O nome e origem do bloco estão ligados ao sentido da gíria, isso porque seu fundador Sebastião Maria, carpinteiro de polícia, saía no Carnaval fantasiado de onça e era chegado numa bebida. Então num boteco no bairro do Catumbi, durante um dos porres de Sebastião em 12 de dezembro de 1956, surgiu o nome o Bafo da Onça.
Bloco Bafo da Onça desfila pelas ruas do Centro do Rio (Foto: Arquivo do Bafo da Onça) |
No início dos anos 60 o bloco lançou pelo Selo Mocambo, junto com a Fábrica de Discos Rozenblit Ltda, um LP com alguns de seus sambas-de-empolgação. Entre os compositores e cantores do disco, destacaram-se Joaquim Antero de Araújo (Mistura), Walter Terra (Jujuba) e Paulo F. de Lima, além, da figura mais associada ao bloco, o saudoso cantor e compositor Osvaldo Nunes. "Osvaldo Nunes era alma daquilo. Foi o grande compositor da época", declarou a cantora Beth Carvalho em recente entrevista.
As mulheres e crianças saíam, em fila, animando o bloco (Foto: Arquivo do Bafo da Onça) |
O Cordão da Bola Preta, que no ano passado viveu maus momentos e chegou a ser despejado do antigo prédio na Cinelândia, se renovou. E ganhou uma nova sede, um Centro Cultural no coração da Lapa. O prefeito Eduardo Paes anunciou no ano passado um crédito no valor de 898.000,00 para que a RioUrbe realizasse a obra de revitalização da sede do Cacique de Ramos. Já o Bafo da Onça continua em sua pequena e humilde quadra situada no bairro do Catumbi a espera de investimentos e pelo menos, quem sabe, cheguem no próximo Carnaval?
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Fontes: Folha do Centro - Fevereiro/2010; UOL Música - 20/2/2006.
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