Klécius Caldas e Armando Cavalcanti, certamente uma das melhores duplas carnavalescas de todos os tempos, foram os autores da ótima marchinha do carnaval de 1952, a Maria Candelária, sátira feroz e bem-humorada aos funcionários apadrinhados que, ao invés de trabalharem e fazerem carreira no serviço público, já chegam ao topo da escala do merecimento sem esforço algum. Gravada por Blecaute, tornou-se um clássico eterno da música popular brasileira.
Contrastando com a humilde Maria lavadeira, do samba Lata d'água, Maria Candelária, com o nome inspirado (segundo Klecius) no ponto de ônibus da Candelária, onde muitas funcionárias esperavam condução todas as tardes, no tempo em que o Rio era capital federal, foi a segunda marcha na preferência dos foliões, perdendo somente para Sassaricando.
A marchinha carnavalesca, infelizmente, continua atual. No Rio de Janeiro, antigo distrito federal, ou na também bela Brasília, as coisas continuam as mesmas... (ou pior!).
Maria Candelária (marcha/carnaval, 1952) - Armando Cavalcanti e Klécius Caldas - Intérprete: Blecaute
______________________________________________________________________
Fontes: "A Canção no Tempo", vol. 1 - Jairo Severiano; Charge de Théo na Revista da Semana, de 19/01/1952; Blog Década de 50.
Nenhum comentário:
Postar um comentário