"Nem sempre os nomes correspondem as pessoas. Deve haver muito Gentil grosseiro e neurastênico, muito Pacífico belicoso, muito Leão covarde, muita Bela feia.
No caso de Linda Batista, porém, o nome não contradiz a pessoa: ainda de ser como de nome, inspira-nos um plágio ao soneto de Magalhães de Azeredo sobre Fra Angélico.
Filha de um ventríloquo, o conhecido artista de "vaudeville" Baptista Júnior, ela e sua irmã Dircinha Batista, são as bonecas mais inteligentes que aquele artista já apresentou ao público.
Uma e outra dispensam cordéis. Agem por sua própria inspiração, com autonomia, e não somente falam, como também cantam. E cantando bem.
Daí Linda Batista vir escravizando legiões de fãs de Belém ao Rio, na sua excursão vitoriosa. Rainha do rádio carioca, seu mandato termina no próximo carnaval. Mas, de qualquer maneira, Linda Batista ficará reinando ainda ..."
Fonte: CARIOCA, 26/12/1936 (texto atualizado).
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