sábado, março 01, 2008

Vanja Orico


Vanja Orico (Evanjelina Orico - 15/11/1929, Rio de Janeiro, RJ), atriz e cantora, é filha do escritor paraense Oswaldo Orico, membro da Academia Brasileira de Letras.

Foi descoberta em 1952 pelos cineastas Alberto Lattuada e Federico Fellini, quando atuava em Roma no show chamado Macumba, patrocinado pela Rádio e TV Italiana, iniciando então sua carreira de atriz.

Atuou em diversos filmes, como Mulheres e luzes, dirigido por Lattuada e Fellini, onde cantou a música folclórica Meu limão, meu limoeiro, Lampião, O rei do cangaço, de Carlos Coimbra, e, em 1953, O cangaceiro, de Lima Barreto, que ganhou o Prêmio de Melhor Filme de Aventura no Festival de Cannes daquele ano, entre outros. É desse ano sua gravação de maior sucesso, Sodade meu bem sodade (Zé do Norte), da trilha sonora de O cangaceiro.

Seu primeiro LP foi lançado em 1954 pela gravadora Sinter, onde cantou, entre outras, músicas como Uirapuru (Waldemar Henrique) e João Valentão (Dorival Caymmi). Seu segundo disco foi gravado durante uma turnê pela União Soviética, onde se apresentou cantando as músicas de O Cangaceiro, especialmente Mulher rendeira, grande sucesso por quase toda Europa.

No começo da década de 60 apresentou-se no Carnegie Hall, de Nova York. De 1957 a 1962, gravou em discos temáticos de filmes, entre eles: O império do sol e Os bandeirantes, este último de Marcel Camus.

Em 1964, lançou pela gravadora Chantecler seu terceiro LP. Morou em Paris durante a maior parte da década de 60, onde gravou diversos discos em 45 rpm. Em 1969 gravou Viola enluarada (Marcos Valle - Paulo Sérgio Valle) numa versão em francês que fez grande sucesso em países europeus.

Na década de 1980, criou o projeto Rio Boa Praça, com música, teatro e outras artes, desenvolvido na Praça do Méier, subúrbio do Rio de Janeiro. Em 1997, lançou no Brasil o CD Vanja Orico e Quinteto Violado, no qual interpretou Manhã de carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria), Chaquito (Geraldo Vandré), De chapéu de sol (Capiba) e uma composição inédita de Carlos Lyra, Amarga vinha.

Em 2002 iniciou a filmagem de um video sobre sua vida e carreira, dirigido pelo cineasta Luiz Carlos Ribeiro Prestes.

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