terça-feira, outubro 18, 2011

Frederico Rocha

Frederico Rocha (circa 1900), cantor e barítono, desenvolveu a carreira artística na década de 1920 na cidade do Rio de Janeiro, RJ, e, como era comum na época, apresentou-se em teatros de revistas.

Gravou os primeiros discos em 1926, com acompanhamento da Orquestra Odeon, interpretando o samba-carnavalesco Voronoff, o cateretê Genipapo, a marcha-rancho Moreninha, e o samba Olhai, todas de Eduardo Souto.

No mesmo ano, gravou a marcha-carnavalesca Mamãe, eu vou com ele!, e os maxixes A gente se defende e Carnaval à noite, de Américo Jacomino, o Canhoto, a canção Dia de espiga, de Alves Coelho, o maxixe-carnavalesco Adeus Joana, de José Luiz de Nazareth, e a marcha-carnavalesca Já quebrou, de José Luiz de Morais, o afamado Caninha, considerado um dos pioneiros do samba nos saraus das tias baianas da antiga Praça Onze.

Ainda em 1926, fez grande sucesso, tanto na festa da Penha quanto no carnaval carioca com o samba Braço de cera, composição de Nestor Brandão. Também no mesmo ano, fez sucesso sua gravação da toada Paulista de Macaé, de Pedro de Sá Pereira, música que fez parte da revista Paulista de Macaé, de Marques Porto e Luiz Peixoto apresentada no Teatro Recreio.

Em 1927, gravou com sucesso a primeira composição de Lamartine Babo, a marcha Os calças largas, incluída na revista de mesmo nome, de Lamartine Babo e Freire Júnior, e que também obteve grande êxito no carnaval daquele ano.

Em sua curta carreira fonográfica, gravou vinte músicas pela Odeon, com destaque para Os calças largas, Braço de cera, e Paulista de Macaé.

Frederico Rocha, o anjo barítono

Na segunda metade dos anos 1920, o carnaval seguia ao som de Frederico Rocha, ídolo da Mocidade Alegre junto com Pedro Celestino. Nessa mesma época surgem novos tipos. O de maior sucesso foi a menina melindrosa, a ousada de cabelos e vestidos curtos. Frederico Rocha as descreve como sendo as mulheres que amedrontavam os homens com seus vestidos e comportamento livre.

Frederico Rocha ficou famoso no teatro de revista com sua voz de cantor de ópera; ele era um barítono bifronte. Para Luís Antonio Giron: “Frederico Rocha canta ao sabor das mudanças, como que impelido à praia do futuro por uma onda gigantesca de mudança, cantando virado para o alto-mar do passado”.

A Voz Popular com Frederico Rocha traz as canções O mundo é uma roleta, Moreninha e Mamãe, eu vou com ele.

Discografia

(1926) Voronoff • Odeon • 78
(1926) Genipapo • Odeon • 78
(1926) Moreninha • Odeon • 78
(1926) Olhai • Odeon • 78
(1926) Braço de cera • Odeon • 78
(1927) Os calças largas • Odeon • 78

Playlist




A gente se defende, Adeus Joana, Braço de cera, Carnaval à noite, Dia da espiga, És a minha assombração, Já quebrou, Mamãe eu vou com ele, Moreninha, Mulher de cueca, O mundo é uma roleta, Olhai, Paulista de Macaé, Saruê (todos de 1926).

Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Cultura Brasil.

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