Raul Motta (circa 1928 - Portugal), cantor, desenvolveu carreira artística no Brasil. De razoável, repercussão nos anos 1950, fez parte do cast paulista da gravadora RGE. De estilo romântico, chegou a fazer incursões pela chamada música jovem que ganhou destaque no final dos anos 1950 cantando cha-cha-cha e rock.
Fez sua estréia em discos em 1954 quando foi contratado pela RCA Victor e gravou com acompanhamento de orquestra o corrido "Canção indiana", de domínio público, e a canção Deus me perdoe, de Frederico Valério. No mesmo ano, gravou com acompanhamento de conjunto o bailinho Ai, ai, menina, de Nascimento de Souza, e a canção Vila Franca, de João Mota.
Em 1955, lançou com acompanhamento de regional e coro o fado Brasileira bonita, de Miguel de Oliveira e Rodrigues, e com acompanhamento de orquestra o baião Fado do baião, de Wilson Alves e Irmãos Orlando. No mesmo ano, foi contratado pela gravadora Copacabana e gravou o bolero Amor sagrado, de G. Prado e Luiz C. Campos. No mesmo disco cantou acompanhado pelo grupo Titulares do Ritmo o fado-canção Coimbra ao luar, de Carlos Rocha. Ainda em 1955, gravou o samba-canção Cantinho agradável, de Antônio Marcos e Machado Filho, e o fado Dona Fortuna, de Alberto Ribeiro e Frederico de Brito.
Nessa época, andou gravando músicas portuguesas e em 1956, gravou o fado "Canção do mar", de Ferrer Trindade e Frederico de Brito, e a marcha "P. R. você", de Hervê Cordovil e Cristóvão de Alencar. No mesmo ano, gravou os fados Nem às paredes confesso, de Ferrer Trindade e Artur Ribeiro, e o pout-pourri História do fado, com arranjos de José Castelo.
Em 1958, ingressou na RGE e gravou com acompanhamento da Orquestra RGE o merecumbê Ay! Cosita linda, de Pacho Galán, o beguine Oh! Mia bela Napoli, de G. Winkler e L. Potarek., e os chachachás Ave Maria Lola, de Sergio Siaba, e La blusa azul, de Isabelita Serpa.
Em 1959, gravou o Fado xuxu, de F. Valério e A. do Vale, e o fox Mi carinito, de Aldo Leguy e Carlos Medina. Nesse ano, lançou LP pela RGE no qual interpretou diversos boleros, entre os quais "Ave Maria Lola", de S. G. Siaba, Nosotros, de Pedro Junco Jr., e Tú me acostumbraste, de F. Dominguez.
Em 1960, gravou com a orquestra dirigida pelo maestro Simonetti o bolero História adormecida, de Enrico Simoneti e Luiz Campos, e o rock Bate o pé, de Artur Ribeiro e Maximiniano de Souza. Nesse ano, participou do LP Mamãe...presente! lançado pela RGE com a participação de diversos artistas do cast daquela gravadora no qual interpretou Estrela da minha vida, de Alves Coelho Filho.
Lançou discos pela RGE, Copacabana e RCA Victor num total de 11 discos em 78 rpm.
Discografia
(1960) História adormecida / Bate o pé • RGE • 78
(1959) Fado xuxu / Mi carinito • RGE • 78
(1959) Raul Mota • RGE • LP
(1958) Ay! Cosita linda / Oh! Mia bela Napoli • RGE • 78
(1958) Ave Maria Lola / La blusa azul • RGE • 78
(1956) Canção do mar / P. R. você • Copacabana • 78
(1956) Nem às paredes confesso / História do fado • Copacabana • 78
(1955) Brasileira bonita / Fado do baião • RCA Victor • 78
(1955) Amor sagrado / Coimbra ao luar • Copacabana • 78
(1955) Cantinho agradável / Dona Fortuna • Copacabana • 78
(1954) Canção indiana / Deus me perdoe • RCA Victor • 78
(1954) Ai, ai, menina / Vila Franca • RCA Victor • 78
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
Onde anda Raul Mota?
ResponderExcluiré irmão do meu cunhado Luiz Motta casado com a minha irmã Gininha
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