segunda-feira, novembro 19, 2007

Francisco Egídio


Francisco Egídio (Francisco Egídio dos Santos), cantor e compositor, nasceu em São Paulo SP em 17/1/1927 e faleceu em 17/10/2007 na mesma cidade. Dos 14 aos 24 anos participou de programas de calouros em várias emissoras de rádio, entre os quais o Peneira Rodhine, da Rádio Cultura, de São Paulo, onde cantava sucessos da época, principalmente de Nelson Gonçalves, Francisco Alves e Orlando Silva.


De 1946 a 1950 serviu na polícia militar da Aeronáutica, de onde saiu como cabo. Em 1951 participou do concurso O Cantor dos Bairros, da Rádio Excelsior, de São Paulo, obtendo o primeiro lugar e contrato de experiência por três meses na própria emissora. Nessa época, a Rádio Excelsior passou para as Organizações Vítor Costa e assim ele foi incluído no seu quadro artístico.

Gravou pela primeira vez como cantor em 1953, na Copacabana, com as músicas Rascunho brasileiro (Polera) e uma versão do tango Sin palabras. Fez grande sucesso com a interpretação de Creio em ti, versão que lhe deu o troféu Roquete Pinto em 1960, ano em que deixou a Organização Vítor Costa.

Em 1966 viajou por Portugal e África, fazendo várias apresentações durante dois anos. De volta ao Brasil, excursionou pela Argentina, Uruguai e Paraguai.

Em 1970 gravou sua própria composição Bamboleando, na Odeon. Também participou de filmes, como ator, entre os quais A marcha, de Osvaldo Sampaio, em 1972.

Em 1975, participou da trilha sonora da novela "Meu rico português", da TV Tupi, em LP lançado pela Continental no qual interpretou a música Estranha forma de vida.

Em 1977, lançou pela Chantecler um LP que intitulou de "Chico Egydio" e no qual interpretou clássicos como Se alguém perguntar por mim, de Luiz Wanderley, Risque, de Ary Barroso, Caminhemos, de Herivelto Martins, A volta do boêmio, de Adelino Moreira, e Cinco letras que choram (Adeus), de Silvino Neto. No mesmo ano, participou do LP "Carnaval 77 - Convocação geral" lançado pela Som Livre visando reativar o repertório carnavalesco no qual interpretou a marcha Mulata ponte aérea, de Elzo Augusto.

Em 1978, participou do LP "Sambas de enredo das Escolas de samba do Grupo 1", de São Paulo, lançado pela Continental interpretando o samba-enredo Sonho de um rei negro, de João Dionísio e Bom Cabelo, da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.

Em 1990, participou do LP "Feitiço da Vila", lançado pela EMI-Odeon em homenagem a Noel Rosa no qual cantou o samba Palpite infeliz.

Em sua extensa carreira gravou mais de vinte discos em 78 rpm além de vários LPs pelas gravadoras Odeon, Chantecler e Continental, além de participar de diversas coletâneas. Seu principal trabalho foi a gravação feita com Roberto Paiva e que relembrou a famosa polêmica entre Noel Rosa e Wilson Batista.

Faleceu em 17/10/2007 de falência múltipla dos órgãos e foi sepultado no cemitério do Tremembé. Egydio tinha mal de Alzheimer.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.

2 comentários:

  1. Anônimo14:33

    Me dá um gelinho aí..... O Brasil inteiro cantou em 1970.

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  2. No meu contesto um grande cantor, tenho orgulho de tocar suas canções em meu programa semanal na santa Rita FM em santa Rita do sapucaí sul de Minas Gerais Brasil.
    Programa todos os ritmos de seg. a sábado das 7:00 as 9:00
    da manhã.

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