sexta-feira, agosto 01, 2008

Cristóvão Bastos

O compositor, pianista e arranjador Cristóvão Bastos (Cristóvão da Silva Bastos Filho - Rio de Janeiro, 03/12/1946) é respeitado e admirado por grande parte da música brasileira. No entanto, precisou de mais de 30 anos de carreira para gravar o primeiro disco solo, Avenida Brasil, que inclui parcerias com compositores consagrados.

Estudou teoria musical e acordeom desde cedo, formando-se aos 13 anos. Sua estréia profissional foi aos 18 anos, tocando piano numa boate em Cascadura, subúrbio do Rio de Janeiro. Parceiro de grandes nomes como Chico Buarque — com quem compôs Todo sentimento —, Paulo César Pinheiro, Aldir Blanc, Paulinho da Viola, Elton Medeiros e Abel Silva, Cristóvão vem criando arranjos para discos e shows de Nana Caymmi, Edu Lobo, Gal Costa, além dos nomes anteriores.

Em 1999, fez a direção musical e os arranjos do show e do disco duplo gravado ao vivo, Gal Costa Canta Tom Jobim. Em 1998, a cantora Clarisse Grova gravou Novos traços, disco de músicas inéditas de Cristóvão e Aldir Blanc. Barbra Streisand gravou Raios de luz, parceria dele com Abel Silva, em 1999, no disco A Love Like Ours. Com Blanc, Cristóvão compôs Resposta ao tempo, tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da Rede Globo (1998), que alcançou grande sucesso, e Suave veneno, da novela Suave Veneno, Rede Globo (1999), ambas gravadas por Nana Caymmi.

Nos quase 40 anos de carreira, Cristóvão recebeu diversos prêmios, entre ele oito Sharp, nas seguintes categorias e trabalhos: Melhor Música para Resposta ao tempo; Melhor Arranjo de Samba para os discos Paulinho da Viola e Parceria, de Paulo César Pinheiro e João Nogueira; Melhor Disco Instrumental para Bons encontros, em parceria com o violonista Marco Pereira; Melhor Arranjo Instrumental para o disco Disfarça e chora, do saxofonista Zé Nogueira; Melhor Arranjo de MPB para os discos Tantos caminhos, de Carmen Costa, e Resposta ao tempo, de Nana Caymmi; e Melhor Arranjo de Canção Popular com o disco Agnaldo Rayol.

Cristóvão estreou no cinema fazendo arranjos para o filme Boca de ouro, com música de Edu Lobo, o mesmo autor da trilha do filme Guerra de Canudos, para o qual fez arranjos e orquestrações. Mauá, O Imperador e o Rei, foi a primeira trilha sonora que compôs sozinho. Participou como instrumentista de filmes como O Homem nu, entre outros.

Fontes: CliqueMusic; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

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