terça-feira, setembro 02, 2008

Astor Silva



Astor Silva, instrumentista, arranjador, regente e compositor, nasceu em 10/5/1922 no bairro do Rio Comprido, Rio de Janeiro, RJ, e faleceu na mesma cidade em 12/2/1968. Fez seus estudos na Escola João Alfredo, situada em Vila Isabel. Por essa época já estudava música e formou um grupo com colegas do colégio que se apresentava em bailes e festas familiares.

Iniciou sua atividade artística como trombonista de dancings. Por volta de 1940, passou a atuar no Cassino da Urca, e em outros, como os situados em Copacabana e Icaraí. Em 1946, com o fechamento dos Cassinos, passou a integrar a Orquestra Tabajara, dirigida por Severino Araújo, que realizou excursões pelo Brasil, Argentina, Uruguai, França, etc.

Ainda como integrante da Orquestra Tabajara, apresentou-se na Rádio Tupi. Posteriormente, transferiu-se para a orquestra do maestro Carioca que atuava na mesma emissora. Exibiu-se ainda na boate carioca Night and Day e na TV Rio. Foi diretor musical de diversas gravadoras. Na CBS desempenhou também a função de arranjador-chefe.

No início dos anos 1950, formou seu próprio conjunto com o qual atuou na Todamérica fazendo acompanhamentos para Flora Matos, Garotos da Lua, Virgínia Lane, Zilá Fonseca, Ademilde Fonseca e Raul Moreno.

Em 1952, seu Chorinho da Nice foi gravado na Continental por Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara. Em 1953, gravou com seu conjunto na Todamérica o choro Pisando macio, de sua autoria, e o Baião diferente, de Marcos Valentim.

No ano seguinte, gravou também com seu conjunto o choro No melhor da festa, e o Baião lusitano, ambos de sua autoria. Por essa época, passou a dirigir sua própria orquestra e gravou o mambo Mambomengo, e o samba Sete estrelas, de sua autoria. Ainda em 1954, seu choro Alta noite, parceria com Del Loro, foi gravado na Sinter pelo cantor Jamelão. Atuou com sua orquestra na Todamérica e acompanhou, entre outras, a cantora Dóris Monteiro na gravação da Marcha do apartamento, e do samba Sacrifício não se pede.

Em 1955, gravou com seu conjunto os choros Chorinho de boite, e Sombra e água fresca, de sua autoria. Por essa época, atuou com seu conjunto e com sua orquestra na gravadora Continental acompanhando gravações de Moreira da Silva, Nora Ney, Bill Farr e Emilinha Borba.

Entre 1960 e 1963, atuou com seu conjunto e sua orquestra na Columbia. Em 1960, foi um dos responsáveis pelo sucesso do samba Beija-me, de Roberto Martins e Mário Rossi, gravado por Elza Soares com arranjos seus.

Em 1961, acompanhou com seu conjunto um das primeiras gravações do então iniciante cantor Roberto Carlos num 78 rpm com as músicas Louco por você e Não é por mim. Acompanhou também gravações de Risadinha, Wanderléia, também em começo de carreira, Ciro Monteiro, Rossini Pinto e Elis Regina, em uma de suas primeiras gravações, com as músicas A virgem de Macareña e 1, 2, 3, balançou.

Ainda em 1961, gravou com sua orquestra os frevos Jairo na folia, de Francisquinho, Ao som dos guisos, de Edgar Morais, A pisada é essa, de João Santiago, e Vai na marra, de David Vasconcelos.

Gravou ainda, pelo pequeno selo Ritmos, com seu conjunto, os sambas Vamos fazer um samba, de sua parceria com Nelson trigueiro, e Agora é cinza, de Bide e Marçal.

Foi um dos principais arranjadores da segunda metade dos anos 1950. Em 1974, seu Chorinho de gafieira foi regravado por Raul de Barros no LP Brasil, trombone, lançado pelo selo Marcus Pereira.

Obras

Alta noite (c/ Del Loro); Baião lusitano; Chorinho de boite; Mambomengo; No melhor da festa; Pisando macio; Sete estrelas; Sombra e água fresca; Vamos fazer um samba (c/ Nelson Trigueiro).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

Nenhum comentário:

Postar um comentário