Caio Cezar Sitônio |
Caio Cezar (Caio Cezar Barros Sitônio, 29/10/1960 Recife, PE), vilonista, compositor e arranjador, iniciou seus estudos de violão com o professor espanhol Carrion Domingues no Curso de Extensão em Música da Universidade Federal de Pernambuco (1980 - 1994). Integrou, nesse período, o conjunto de choro desta universidade, onde aprofundou estudo e pesquisa sobre Música Popular Brasileira, tendo excursionado por todo o Norte e Nordeste brasileiro.
A partir de 1985, passou a desenvolver carreira solo trazendo em seu repertório a cantoria do violão brasileiro, tendo realizado ao lado do violonista Edinaldo Queiroz um série de concertos pelo interior do Nordeste, promovido pelo Ministério da Cultura, intitulado "Concertos Didáticos".
Estreou nos palcos cariocas em 1988, na "Série Instrumental da Sala Funarte".
Em 1994, lançou seu primeiro CD Caio Cezar interpreta João Pernambuco - vol. I. Produzido por Zé da Flauta e Nando Lobo, lançado pela Perfil Musical e posteriormente distribuído pela gravadora Velas, este trabalho lhe rendeu diversos elogios e a escolha como um dos melhores discos do ano pelo crítico Sérgio Cabral na revista Veja-Rio, Jornal do Brasil (RJ), Jornal da Tarde (SP) e Jornal do Comércio (PE).
Em 1994, participou do projeto Aquarela do Rio (com a participação especial do grupo Galo Preto), projeto que teve, entre outros convidados, Turíbio Santos, Altamiro Carrilho, Paulinho da Viola e Nana Caymmi.
No mesmo ano, realizou um importante show no Jazz Mania, no Rio de Janeiro, intitulado "Violão pernambucano", acompanhado dos violonistas João Lyra, Paulo Rafael e Nenéu Liberalquino. Com o último, também apresentou-se no Projeto Seis e Meia, de Recife, em 1995.
Em 1996, iniciou uma série de apresentações com o violonista Canhoto da Paraíba, interrompida pelo grave problema de saúde de Canhoto da Paraíba.
No teatro, destacam-se os seguintes trabalhos: direção musical e arranjos do musical O Samba de Valente de Assis, de Zé Trindade Neto, dirigida por Flávio de Lyra e encenado no Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil e no Teatro Carlos Gomes (1995); direção musical da peça O Ouro das Facas, de Maria Helena Künner, dirigida por Zeca Bittencourt e encenado no Teatro Gláucio Gil , RJ (1996); composição, arranjos e direção do musical Nicolau Grande e Nicolau Pequeno, original de Hans Christian Andersen, adaptação e direção de Theotônio de Paiva, encenada no Teatro Cândido Mendes, e vencedora do Prêmio Mambembe (Funarte - RJ) de melhor espetáculo (1998).
Em 1998, compôs para a televisão a trilha original da Série Táxi Brasil, veiculada pela TV Bandeirantes. Produziu, dirigiu e arranjou o CD do cantor Marcelo Vianna sobre a obra de Pixinguinha com as participações especiais de Jaques Morelenbaum, Velha Guarda da Mangueira, Pedro Luís e A Parede, João Nogueira, Dom Um Romão e outros. O disco incluiu clássicos e inéditos do compositor.
Trabalhou como violonista com João Nogueira de 1998 até 2000. Em 1999, uma música sua, Quebra-queixo, deu nome ao CD do Grupo Rabo de Lagartixa (RJ).
Em 2002, apresentou-se na noite em homenagem ao cineasta Alex Vianny, no Espaço dos Correios, quando também foi o líder do conjunto que acompanhou Mariana de Moraes, Zezé Motta, Dóris Monteiro e Marcelo Vianna, apresentado por Ricardo Cravo Albin, numa produção de Betina Vianna.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
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