Teca Calazans |
Teca Calazans (Teresinha João Calazans), compositora, cantora e atriz, nasceu em Vitória, ES, em 20/10/1940. Vem de familia musical: sua mãe tocava bandolim, as irmãs, piano, e o avô era professor de música. Começou a aprender violão aos dez anos.
Indo residir em Recife PE na adolescência, sofreu influência das cirandas, da Banda de Pífaros de Caruaru, dos cocos e dos xangôs. Estudando arte dramática, fundou em 1964, com outros atores e artistas pernambucanos, o Grupo Construção, que apresentava teatro e música e do qual também participavam Geraldo Azevedo e Naná Vasconcelos.
Gravou o primeiro disco em 1967, um compacto simples em 45 rpm, pela gravadora Rozenblit (selo Mocambo), com a marchinha Aquela rosa (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando) e Cirandas (pesquisa e adaptação dela mesma).
Mudou- se em 1968 para o Rio de Janeiro, onde, como atriz, trabalhou no Teatro Opinião e em programas da TV Globo. Em 1970 foi para a França, e aí conheceu o cantor e compositor Ricardo Vilas, com o qual formou a dupla Teca e Ricardo (voz e violão), que durou dez anos e excursionou por toda a Europa.
A dupla gravou cinco LPs na França (Musiques et chantes du Brésil, Caminho das águas, Cadê o povo?, Teca e Ricardo — desafio de viola e Jardin exotique, este com participação de Cartola em Tive sim).
Voltaram ao Brasil em 1979 e gravaram dois LPS pela EMI, Povo daqui (1980) e Eu não sou dois (1981). Com o término da dupla, começou sua carreira solo com o LP Teca Calazans (1982, EMI).
Em 1983, convidada pela Funarte, participou do projeto em memória dos 80 anos de Mário de Andrade, cantando repertório folclórico dentro do LP Mário 300, Trezentos e Cincoenta (sic).
Em 1984 gravou Mina do mar, pelo selo Eldorado. Em 1988 foi convidada pelo selo Idéia Livre para fazer parte do projeto 100 Anos de Heitor Villa-Lobos, que resultou num disco lançado somente nos EUA e Europa em 1990, com o título Teca Calazans chante Villa-Lobos, pelo selo Globo Records. Ainda em 1988, gravou Intuição, produção independente com direção musical de Maurício Carrilho, lançado na Europa, em 1993.
Em 1989 retornou à França, onde se fixou definitivamente, lançando os CDs Pizindim (1990, lançado no Brasil em 1997), em que interpreta obras de Pixinguinha, O samba dos bambas (lançado no Brasil em 1996), junto com O Trio, dedicado a compositores clássicos do samba brasileiro, e Firoliu (1996, lançado no Brasil em 1997), com grande parte de criações próprias.
Suas composições foram gravadas por Nara Leão, Gal Costa e Milton Nascimento.
CDs
Firoliu, 1997, Kuarup KCD 088; Pizindin — 100 anos de Pixinguinha, 1997, Atração ATR 32005.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.
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