segunda-feira, junho 10, 2013

Jorge Murad

Jorge Murad, radialista e humorista, nasceu em 13/04/1910, no Rio de Janeiro, RJ. Também autor de livros e de peças teatrais, além de produtor de televisão e compositor de sambas e marchinhas, iniciou sua carreira em 1929, apresentando-se no Programa Casé.

Animador de programas na Rádio Clube e na Rádio Phillips, recebeu o apelido de o “Sultão da alegria” por seu repertório de anedotas, em programas que se tornaram famosos como Fala meu louro e Pensão do Salomão, líder em audiência na época.

Autor das peças teatrais Carioca da gema, Rumo à Turquia e Dois boêmios do outro mundo, escreveu também vários livros humorísticos como Salada de risos, Salomão a varejo e Anedotas de guerra, tendo sido, por esse último, laureado com a Cruz de Guerra, durante a 2ª Guerra Mundial.

No cinema nacional atuou em filmes como: Alô, alô, Brasil, Alô, alô, Carnaval e Banana da terra.

Faleceu no dia 25 de abril de 1998, no Rio de Janeiro.

O "Sultão da Alegria"

"A carreira de Jorge Murad é uma dessas coisas que entusiasmam a qualquer um e serve mesmo de exemplo a muitos desses pretensos humoristas que usam e abusam da imoralidade para forçar o riso do público. Interpretando com muita propriedade o ‘turco’, ele se tornou conhecido de Norte a Sul do país, conquistando sempre vantajosas ofertas por parte das estações brasileiras, para apresentar sua popular e ouvidíssima Loja do Salomão.

As qualidades de humorista, Jorge Murad alia as de compositor, tendo neste carnaval se apresentado com dois carros de frente: Gioconda e Amendoim torrado, duas interessantes sátiras que lograram êxito almejado pelo seu autor.

O simpático 'turco' é autor ainda de vários livros humorísticos, todos com edição esgotada, como Arak Said, Anedotas de Guerra e Salomão a varejo. Prepara um novo livro sobre anedotas de papagaio, o qual já se encontra no prelo e possui ilustrações especiais de Luiz Sá. Jorge Murad é ainda autor de algumas revistas teatrais, feitas em colaboração com outros ases da ribalta.

Formado em contabilidade, ele preferiu contar anedotas a guardar livros, daí a razão porque começou sapateando um número qualquer. Todos gostaram e forçaram-no a contar uma anedota. Ele contou, e até hoje ainda não parou de contá-las, numa percentagem que não merece desconto..." (A Cena Muda, 11/06/1946).

Salomão é um excelente mestre-cuca, haja vista a frequência de sua popular "pensão...". Aqui o vemos provando um prato que não será servido na sucursal da famosa Pensão do Salomão, localizada nos estúdios da Tupi (Foto: A Cena Muda)

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Fontes: Fundação Museu da Imagem e Som; A Cena Muda, de 11/06/1946 e 16/01/1945.

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