Mostrando postagens com marcador edgar morais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador edgar morais. Mostrar todas as postagens

sábado, maio 18, 2013

Raul Morais

Raul Morais (Raul Corumila de Morais), compositor, instrumentista e regente, nasceu no Recife, PE, em 2/2/1891, e faleceu na mesma cidade em 7/9/1937. Era irmão do professor e compositor Edgar Morais. Com 15 anos foi aluno dos professores Marcelino Cleto e João Bandeira. Estudou piano com Arthur Marques.

Ainda jovem começou a se apresentar em diversas casas noturnas do Recife, entre as quais, o Café Chic Juventude e Cine Teatro Helvética. Em 1910 passou a atuar como pianista da dupla de cançonetistas Os Geraldos, que naquele ano, realizaram excursão ao norte e ao sul do país.

Apresentou-se em Porto Alegre, tendo sido na ocasião convidado a ministrar aulas na Academia de Canto Musical daquela cidade. Viveu por dez anos na cidade de Porto Alegre. Em 1920, retornou ao Recife.

Compôs marchas de carnaval para inúmeros blocos da cidade, tendo participado de inúmeros festivais de música. Trabalhou na Rádio Clube de Pernambuco como maestro. Em 1927, sua canção Na praia, foi gravada na Odeon pelos Turunas da Mauricéia, com Augusto Calheiros no vocal.

Em 1930 Francisco Alves gravou as marchas Cruzes...figa prá você e Aguenta quem pode. No mesmo ano, teve mais dez composições gravadas. Paraguassu e Zilda Morais gravaram o samba Meu bem vem cá, e o maxixe Tá tudo se acabando. Elsie Houston gravou a modinha Por teu amor, por ti, Januário de Oliveira gravou as marchas Eu só gosto é de você e Regresso, e Januário de Oliveira e Elsie Houston gravaram a marcha Tá zangadinha?.

Teve ainda a canção Rosa do sul gravada por Paraguassu, a marchinha Eu só digo a você lançada por Ildefonso Norat, a canção O beijo, por Abigail Parecis, e o coco Lenhadô, por Stefana de Macedo.

Apresentou-se em diversos países, entre os quais, Argentina, Alemanha e Portugal. Entre suas composições estão marchas, valsas, hinos religiosos, foxes, dobrados e marchas patrióticas.

Em 1974, foi lançado o disco Edgar e Raul Morais, pela gravadora Rozenblit, de Pernambuco, onde aparecem algumas obras de sua autoria, entre as quais, Marcha da folia, Adeus pirilampos, Despedida e Batutas brejeiros, esta feita em homenagem ao Bloco Batutas da Boa Vista.

Um de seus maiores sucesso foi a marcha Regresso, que foi evocada por Nelson Ferreira no clássico frevo Evocação nº 1, que também homenageia seu nome, Raul Morais, antecedendo-lhe pelo adjetivo "Velho".

Em 1999 teve a sua Marcha da folia gravada por Antônio Nóbrega no CD Na pancada do ganzá.

Em 2008, teve a música Valores do passado, de sua autoria, gravada pelo cantor e compositor André Rio, no CD Cem Carnavais, lançado através de produção independente.

Obra

Adeus pirilampos, Aguenta quem pode, Batutas brejeiros, Cruzes... figa pra você, Despedida, Eu só digo a você, Eu só gosto é de você, Lenhadô, Marcha da folia, Meu bem vem cá, Na praia, O beijo, Por teu amor, por ti, Regresso, Rosa do sul, Tá tudo se acabando, Tá zangadinha?, Valores do passado.

Fontes: www.onordeste.com; Dicionário Cravo Albin da MPB.

segunda-feira, maio 02, 2011

Edgar Morais

Edgar Morais (Edgar Ramos de Morais), compositor, arranjador e instrumentista, nasceu em Recife PE, em 1/11/1904, e faleceu na mesma cidade, em 31/3/1973. Começou a estudar música, ainda menino, com o irmão mais velho, Raul Morais, formado em música na Alemanha e também compositor de Carnaval.

Em 1923, quando já tocava violão, fez suas primeiras composições para Carnaval e, tendo sido um dos grandes foliões de Recife, fundou diversos blocos locais como o Pirilampos, Jacarandá, Turunas de São José e Corações Futuristas.

Destacou-se no Carnaval de 1935 com Furacão no frevo, frevo de rua, e Caí no frevo, morena, frevo- canção, ambos gravados em disco Victor. Quando morreu seu irmão Raul Morais, em 1937, passou a estudar música sozinho e, em 1939, classificou-se em segundo lugar no Concurso Oficial de Músicas de Carnaval, em Recife, com o frevo de rua Saudades de mano.

Fez ainda dois frevos de rua — Pinga fogo e Tempo quente —, antes de trocar esse gênero pela marcha de bloco e deixar a orquestra de metais, que dirigia, para formar uma orquestra de pau-e-corda, composta de violões, cavaquinhos, banjos, bandolins, reco-reco, tarol e surdo, e um coral feminino, que cantava suas composições.

Compôs marchas de bloco para quase todos os blocos de Recife, chegando, num só ano, a escrever 12 marchas para 12 blocos diferentes, que competiram na passarela camnavalesca, cada um cantando música de sua autoria.

Foi campeão do Carnaval recifense durante vários anos, e, entre as composições que lhe deram o título, foram gravadas em discos, de etiquetas diversas (RCA Victor, Copacabana, Philips, Chantecler, Continental, Odeon, CBS e Mocambo), as seguintes marchas de bloco: A dor de uma saudade, de 1961; Valores do passado, de 1962; Pra você recordar, de 1967; Velhos Carnavais, de 1968, e Saudosos foliões, de 1973.

Conhecido como General de Cinco Estrelas da Folia, deixou uma produção de cerca de 300 composições, na maioria frevos e marchas. Um ano depois de sua morte, foi editado, na etiqueta Rozenblit, o LP Edgar e Raul Morais, contendo entre outras, sua última composição, Velhos tempos de criança.

Obras 

Caí no frevo, morena, frevo-canção, 1935; A dor de uma saudade, marcha de bloco, 1961; Furacão no frevo, frevo de rua, 1935; Saudosos foliões, marcha de bloco, 1973; Valores do passado, marcha de bloco, 1962; Velhos Carnavais, marcha de bloco, 1968.