terça-feira, abril 11, 2006

Demetrius

Demetrius (Demétrio Zahra Neto), cantor e compositor, nasceu em São Paulo SP em 28/3/1942. Iniciou a carreira em fins da década de 1950, gravando rocks no selo Young, como Hold me so tight, de sua autoria.


Em 1961 passou para a gravadora Continental, emplacando vários êxitos, entre eles A bruxa (Baby Santiago), em 1964, e Ritmo da chuva (Rhythm of the Rain, de John Gummoe, versão dele próprio), no mesmo ano.

Mudando-se para a RCA em 1965, lançou Ternura, sua versão para Somehow it Got to Be Tomorrow Today (Estelle Levitt), versão que faria mais sucesso na voz de Wanderléia, em 1966.

Além de gravar rocks, compôs canções em estilo sertanejo, como O que será que as outras têm que a linda não tem?, grande sucesso com Ari Toledo em 1969, na gravadora Fermata. Entre suas composições que gravou com êxito sobressaem Ei, meu pai (RCA, 1971 ) e Nas voltas do mundo (RCA, 1973).

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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Consuelo Velázquez


Consuelo Velázquez, pianista e compositora, nasceu em Zapotlán el Grande, Jalisco, México, em 29 de de agosto de 1924. Pouco tempo depois foi levada para a cidade de Guadalajara, onde iniciou seus estudos de música com R. Serratos. Mudou-se para a Cidade do México para estudar na Escola Normal de Música, da qual Serratos havia sido nomeado diretor.

Ali se formou como professora de piano, aos 15 anos de idade (1939). Em pouco tempo compôs o bolero Bésame mucho, popularizado em todo o mundo; logo compôs outras canções, como por exemplo, Que seas feliz, a mais popular de 1956.

Casou com Mariano Rivera, diretor da RCA Victor, empresa que gravou muitos de suas canções. Como pianista ofereceu numerosos recitais no Palácio de Belas Artes e outros locais importantes no país. Foi presidente da Sociedade de Autores e Compositores, a que pertencem 44 países. Entre outras condecorações, foi nomeada compositora da América pelo Conselho Panamericano de Sociedades Autorais. Foi, também, deputada federal a qüinquagésima legislatura no período que corresponde de 1979 a 1982.

Entre suas canções mais conhecidas encontram-se: Bésame Mucho, Que Seas Feliz, No Volveré, Amar y vivir, Anoche, Verdad amarga, Aunque Tengas Razón, Al Nacer este Día, Yo no Fui, Los Pequeños Detalles, Amor sobre Ruedas, Cachito, Orgullosa y Bonita, Canción de Cuna a Josefina, ¡Qué Tontería! ¡Qué Divino!, Chiqui Chiqui, Corazón, Déjame Quererte, Donde Quiera, Enamorada, Enamorado Perdido, Franqueza, Para Ti , Pasional, Pensarás en Mí, Por eso te Quiero, Ser o no Ser, Sólo Amor, Será por eso, Tenaz Obsesión, , Mi Amor, etc.


Acesse aqui a relação de compositores e intérpretes de bolero

Bolero: Letras, Cifras e Músicas

Saiba sobre as origens do bolero


Fonte: Diccionario de Música en México - Gabriel Pareyón. Tradução: Everaldo J Santos.

Clara Nunes


Clara Nunes, cantora, nasceu em Paraopeba MG, em 12/8/1943 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 2/4/1983. O pai, Mané Serrador era violeiro e cantador de folias-de-reis. Órfã desde pequena, aos 16 anos foi para Belo Horizonte MG, onde conseguiu empregar-se como operária numa fábrica de tecidos. Por essa época cantava no coral de uma igreja, ao mesmo tempo em que, ajudada pelos irmãos, conduía o curso normal.


Em 1960 foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, em sua fase mineira, com Serenata do adeus (Vinícius de Moraes), e obteve o terceiro lugar na finalíssima realizada em São Paulo SP, com Só adeus (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Contratada pela Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, durante um ano e meio teve um programa exclusivo na TV Itacolomi. Nessa mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.

Em 1965 foi para o Rio de Janeiro RJ e passou a apresentar-se na TV Continental, no programa de José Messias. Ainda nesse ano, após teste, foi contratada pela Odeon, que, em 1966, lançou seu primeiro LP A voz adorável de Clara Nunes, em que interpreta boleros e sambas-canções.

Em 1968, gravou Você passa, eu acho graça (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), que foi seu primeiro sucesso e marcou sua definição pelo samba. Em 1969, na Odeon, lançou o LP A beleza que canta, com composições inéditas e outras antigas, como Casinha pequenina (domínio público).

No Carnaval de 1970, obteve destaque com Ê baiana (Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio) e Ilu ayê (Norival Reis e Silvestre Davi da Silva), samba-enredo do G.R.E.S. da Portela, lançados também no LP Clara Nunes.

Em 1972, além de ter realizado seu primeiro show, Sabiá, sabiô (com texto de Hermínio Belo de Carvalho), no Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro, lançou o LP Clara, Clarice, Clara, com músicas de compositores de escolas de samba e outras de Caetano Veloso e Dorival Caymmi. Ainda nesse ano, gravou o samba Tristeza pé no chão (Armando Fernandes), apresentado no Festival de Juiz de Fora MG, que vendeu mais de 100 mil cópias.

Em fevereiro de 1973, estreou no Teatro Castro Alves, em Salvador BA, com o show O poeta, a moça e o violão, ao lado de Vinícius de Morais e Toquinho. Também em 1973, a convite da rádio e televisão portuguesa, fez temporada em Lisboa.

Em 1974, integrou a delegação que representou o Brasil no MIDEM, em Cannes, França. Ainda nesse ano, gravou na Europa o LP Brasília e, no Brasil, lançou o LP Alvorecer, que chegou ao primeiro lugar de todas as paradas brasileiras e que incluía sucessos como Conto de areia (Romildo e Toninho), Menino de Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro) e Meu sapato já furou (Elton Medeiros e Mauro Duarte). Também em 1974, ao lado de Paulo Gracindo, atuou inicialmente no Canecão, no Rio de Janeiro, na segunda montagem do espetáculo Brasileiro, profissão esperança, de Paulo Pontes (do qual foi lançado um LP), que contava, em cenas e músicas, as vidas de Dolores Duran e de Antônio Maria.

Em 1975, ano do seu casamento com o compositor Paulo César Pinheiro, realizou temporada em vários países da Europa. No mesmo ano, lançou Claridade, seu disco de maior sucesso, com O mar serenou (Candeia), Juízo final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares), Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato), Bafo de boca (João Nogueira e Paulo César Pinheiro).

Outro grande sucesso veio em 1976, com o disco Canto das três raças. Em 1977 lançou As forças da natureza, disco mais dedicado ao samba e ao partido-alto, com destaque para Coração leviano (Paulinho da Viola).

Em 1978 lançou o disco Guerreira, interpretando outros ritmos brasileiros. Em 1979 lançou o disco Esperança, com destaque para Feira de mangaio (Sivuca). No ano seguinte veio Brasil mestiço, que induiu o sucesso Morena de Angola, composto por Chico Buarque para ela. Em 1981 lançou Clara, com destaque para Portela na avenida. No auge como intérprete, lançou em 1982 Nação, que seria seu último disco, com destaque para a faixa-título, de João Bosco e Aldir Blanc.

Morreu prematuramente em 1983, depois de 28 dias de agonia, hospitalizada após uma cirurgia de varizes. Seu enterro no dia 2 de maio de 1983, no cemitério São João Batista, foi acompanhado por emocionada multidão. Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa da artista, em 16 CDs remasterizados no estúdio de Abbey Road, em Londres, e embalados em capas que reproduzem as originais.

Algumas músicas


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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.