Beto Sem Braço (Laudemir Casemiro), cantor, compositor e sambista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1940, e faleceu na mesma cidade, em 15/4/1993. Trabalhou como feirante e seu pseudônimo lhe foi dado na infância, em conseqüência de uma queda de cavalo, na qual perdeu o braço direito.
Pertenceu à Ala de Compositores da Vila Isabel e mais tarde, transferiu-se para a Escola de Samba Império Serrano. Em 1987, descontente com a desclassificação de seu samba, atirou no presidente e no vice-presidente da escola Jamil Cheiroso e Roberto Cunha, respectivamente.
Para o Império Serrano compôs o seu maior sucesso carnavalesco, Bum, bum baticumbum, prugurundum, em parceria com Aluízio Machado. Nesta escola foi diretor de bateria por vários anos.
No início da década de 1970 estreou no mercado fonográfico com a gravação de Ai que vontade, interpretada porOsvaldo Nunes, tornando-se o seu primeiro sucesso em nível nacional.
Em 1978, Beth Carvalho, no LP De pé no chão, gravou de sua autoria Marcando bobeira (c/ Dão e João Quadrado). No ano seguinte, Almir Guineto, no LP Jeito de amar, pela gravadora RGE, incluiu Lindo requebrado (com Almir Guineto, Carlos Senna e Adalto Magalha).
No ano de 1977, Paulinho Mocidade interpretou Põe pimenta (com Jorginho Saberás) no LP Se o caminho é meu, pela RCA.
Na década de 1980, Beth Carvalho interpretou várias composições suas, como Quando o povo entra na dança (com Carlito Cavalcanti), no LP Sentimento brasileiro (1980); em 1981, a cantora incluiu no disco Na fonte, outra composição sua, Escasseia, em parceria com Aluízio Machado e Zé do Maranhão; em 1983, o LP Suor no rosto obteve um grande sucesso devido à interpretação de Camarão que dorme a onda leva (com Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e, no ano seguinte, Beth Carvalho, juntamente com Martinho da Vila, interpretaram São José de Madureira (c/ Zeca Pagodinho), em novo disco da cantora.
Em 1986, Zeca Pagodinho incluiu várias composições suas em seu disco, como Quando eu contar, Iaiá (c/ Serginho Meriti); Vou lhe deixar no sereno (c/ Jorginho Saberás); Cidade do pé junto (c/ Zeca Pagodinho); e Brincadeira tem hora (c/ Zeca Pagodinho), muito divulgadas em rodas de samba e emissoras de rádio por todo o país.
No ano de 1987, Jovelina Pérola Negra, no disco Luz do repente, incluiu duas músicas suas, Feira de São Cristóvão (c/ Bandeira Brasil) e Calango do morro, em parceria com Paulo Vizinho. Ainda nesse ano, no LP Perfume de champanhe, Almir Guineto cantou Coisa da roça, parceria de ambos, e o grupo Exporta Samba gravou Daltônico Varela (com Serginho Meriti), Samba em Berlim e Morena do canjerê, ambas em parceria com Joel Menezes.
Em 1990, Zeca Pagodinho gravou diversas composições de Beto Sem Braço no CD Mania de gente, pela gravadora RCA, entre elas, Aonde será que eu vá, em parceria com Martinho da Vila.
No ano de 1996, Boi, parceria sua com J. C. Santos, foi gravada por Zeca Pagodinho no CD Deixa clarear; em 1999, ainda Zeca Pagodinho, no disco Ao vivo, interpretou Camarão que dorme a onda leva e São José de Madureira. Nesse mesmo ano, Leci Brandão, no disco Auto-estima, gravou de sua autoria Com toda essa gente, em parceria com Dudu Nobre e Zeca Pagodinho.
No ano 2000, Zeca Pagodinho interpretou A paisagem, no disco Água da Minha Sede. Neste mesmo ano, Nininha, Almirzinho, Kléber, Nonana da Mangueira e Luizinho SP gravaram o CD Pagode de Mesa - Terra Samba. No disco, feito ao vivo na casa de show Terra Samba, em São Paulo, foi incluída uma composição de sua autoria, Pintou uma lua lá, em parceria com Maurição.
No ano de 2002, Deni Lima gravou um disco só com composições de Beto Sem Braço: Deni de Lima canta Beto Sem Braço, lançado pela gravadora Virrec, que, entre outras, apresenta as inéditas Panos de Buda, Marimbondo dá mel e Um dia de rei e ainda outras regravações.
Dentre os muitos sucessos de sua carreira estão Manera mané e Meu bom juiz, ambas interpretadas por Bezerra da Silva. Entre os vários intérpretes das 463 músicas gravadas estão Alcione, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva e Fundo de Quintal.
O compositor morreu em 15 de abril de 1993, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, vitimado por tuberculose.
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