quinta-feira, outubro 19, 2006

Helena de Lima


Helena de Lima, cantora, nasceu no Rio de Janeiro/RJ em 17/05/1926. Começou a vida profissional na década de 1940 quando César Ladeira recrutava talentos novos para a Rádio Nacional. Em 1948 estreou como crooner da boate Pigalle, do Rio de Janeiro, e a partir daí, continuaria a cantar em casas noturnas do Rio de Janeiro e de São Paulo por mais de 25 anos.


Depois de temporada na boate Oásis, de São Paulo, em 1951, voltou ao Rio de Janeiro e participou como crooner do conjunto de Djalma Ferreira, no bar do Hotel Plaza Copacabana. Entre os compromissos seguintes incluíram-se apresentações na boate Jirau, do Rio de Janeiro.

Em 1958 fez grande sucesso, apresentando-se em contracanto com Dolores Duran, na boate Bacará, também do Rio de Janeiro. Seu primeiro disco, da Todamérica, tinha duas composições da dupla Marino Pinto e Vadico: Prece e Coração, atenção. Após o fechamento da Bacará, alternou temporadas em casas noturnas com gravações, sempre acompanhada pelo maestro Lauro Miranda, a quem se manteria ligada ao longo da carreira. É dessa época o LP Vale a pena ouvir Helena.

Na década de 1960, durante a fase de apresentações na boate Cangaceiro, gravou ao vivo os LPs O céu que vem de você e Um noite no Cangaceiro, produções da RGE. Concessa Lacerda, que a ouvira num show do Cangaceiro, deu-lhe para gravar Verdade da vida (com letra de Raul Mascarenhas), uma das faixas do LP Uma noite no Cangaceiro e seu maior sucesso profissional.

Na sucessão de temporadas em outras boates e clubes que se seguiu a fase do Cangaceiro, apresentou-se com Elisete Cardoso e outros artistas, e gravou um LP com músicas de Noel Rosa.

Em 1971, com Adeilton Alves, gravou um LP com 36 composições de Ataulfo Alves. Em 1974, após uma série de excursões e shows, participou de temporada em que a boate Porta do Carmo, de São Paulo, reuniu Cauby Peixoto, o Trio Mocotó e outros. Em 1975 fez curta temporada na Pujol, do Rio de Janeiro.

Em sua longa carreira, sempre preferiu o ambiente íntimo e de público pequeno, das casas noturnas de grandes cidades. Entre seus êxitos, destaca-se a marcha-rancho Estão voltando as flores (Paulo Soledade).


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

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