quinta-feira, outubro 19, 2006

Ildefonso Norat

Ildefonso Norat, cantor, compositor e ator, nasceu em Belém/PA. Atuou em fins da década de 1920 e meados da década de 1930 como cantor e ator de teatro de revistas. Gravou o seu primeiro disco pela Victor em 1929 cantando a cançoneta Feijoada, de Rogério Guimarães e Ornellas. Por essa época, formou um conjunto para acompanhá-lo em apresentações.

Em fevereiro de 1930, gravou com seu conjunto pela Columbia os sambas É assim, de Rubem Bergmann e A casinha que eu fiz caiu, de sua autoria. No mesmo ano, lançou três discos que tinham numa das faces o cantor Januário de Oliveira. Nesses discos cantou a marcha Seu Julinho trouxe ouro, de Juvenal de Abreu, referência ao então candidato oficial à presidência da República Júlio Prestes; a regravação do samba-canção Reminiscências do passado, de Sinhô e o samba O que tu qué...não dou!, de Oscar Cardona. Gravou também Ioiô! Você quer?, de Cícero de Almeida e a marchinha Eu só digo a você, de Raul Morais.

Também em 1930, gravou na Parlophon o samba Vem ouvir meu cantar, de Edmundo Henriques. Ainda nesse ano, gravou como crooner da Orquestra Brunswick os sambas Amostra a mão, de Sinhô e Eu vou à feira, de Átila Soares.

Ainda na gravadora Brunswick registrou como cantor do grupo Gente do Morro os sambas Dá nele, de Sinhô; No Salgueiro, de sua autoria e Benedito Lacerda; Chora meu bem, de Benedito Lacerda e Isto não se faz, de Júlio dos Santos.

Gravou solo, com acompanhamento da Orquestra Brunswick sob direção de Henrique Vogeler, os sambas Samba Maria, de sua autoria, e No palácio das necessidades, parceria com Benedito Lacerda.

Em 1931, gravou em dueto com Murilo Caldas os sambas Já fui rei e Deixo saudades, de autores desconhecidos. Em 1932, fez uma série de gravações pela Columbia cantando os sambas Sai fumaça, de J. Aimberê, com acompanhamento da Orquestra Columbia; Você me conhece, de Plínio Brito, com o grupo Sete Diabos e Sou carioca, de Henrique Vogeler e Milton Amaral e a marcha Tenentes...do diabo, de Noel Rosa, Visconde de Bicoíba e Henrique Vogeler, com a Fanfarra dos Tenentes, da Sociedade Carnavalesca Tenentes do Diabo.

Em 1935, teve a marcha No duro gravada por Jaime Vogeler na Odeon. Gravou ainda as canções Martírio, de sua autoria e Ranchinho do sertão, de Luiz Iglesias e Sofonias Dornelas com acompanhamento de Josué de Barros ao violão. Também nesse ano, fez três gravações em dueto. Com Dina Marques gravou o Samba da meia-noite, de sua autoria e Luiz Tangerini; com Leonel Farias registrou a marcha Aurora, de Leonel Farias e Henrique Vogeler e com Iolanda Osório registrou a marcha Paquita meu bem!..., de Alfredo Gama.

Gravou 25 músicas em 18 discos pelas gravadoras Victor, Columbia, Parlophon e Brunswick. Em 2003, teve duas de suas gravações de obras de Sinhô relançadas pelo selo Revivendo.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

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