Rogério Guimarães |
Rogério Guimarães (Rogério Pinheiro Guimarães), instrumentista e compositor, nasceu em 8/6/1900 em Campinas-SP, e faleceu em 23/6/1980 em Niterói-RJ. Influenciado pela família, cursou o Colégio Militar e, depois, a Escola de Guerra, a qual abandonou logo no início.
Seu primeiro contato com o violão foi aos 15 anos de idade, quando começou os estudos instrumentais, motivado por sua grande habilidade com o instrumento.
Como sua família era muito bem relacionada na sociedade da época, passou a tocar nas residências freqüentadas por cantores líricos e poetas da Academia, muito embora o violão não fosse visto com bons olhos.
Em 1926 gravou na Odeon seu primeiro disco, com a valsa Marta e o fox-trot Marinetti, ambos de sua autoria, e passou a acompanhar os cantores da Odeon em suas gravações. Violonista de renome desde 1928, lançou neste mesmo ano outro disco solo pela Odeon, tocando de sua autoria Prelúdio de violão e o choro Que ursada!, além de oito gravações em dueto com o violão de Francisco Alves, que gravaria sua embolada Malabá, no ano seguinte.
Em 1929 tornou-se diretor artístico da Victor, que iniciava suas atividades no Brasil. No primeiro disco desta gravadora, lançado em novembro de 1929, com o número 32200, tocou suas composições Saudades do sertão (toada) e Solidão (romança).
Ocupou o cargo de diretor artístico por três anos, período em que admitiu a novata Carmen Miranda, primeiro sucesso comercial da Victor, e gravou em solo de violão 10 de suas músicas, além de participar de algumas das gravações de Albenzio Perrone, Sílvio Caldas e Castro Barbosa, entre outros.
Em suas apresentações como solista era conhecido como Rogério Guimarães, mas quando acompanhava seu conjunto, o Regional Rogério Guimarães, recebia o apelido de Canhoto. As apresentações e o acompanhamento de cantores em gravações e nas rádios, principalmente na Rádio Tupi a partir de 1935, estenderam-se por vários anos.
Seu regional, também conhecido como Grupo do Canhoto, foi considerado um dos melhores de todos os tempos e esteve em franca atividade até meados de 1950.
Como solista de violão, realizou várias gravações, entre as quais: a valsa Norma, Parlophon, e Ao luar, Odeon, ambas em 1928; a marcha Vítor e a valsa Noite de prazer, ambas na Victor em 1930; o choro Agüenta o galho, Odeon, 1940; a valsa Borboleta azul, Odeon, 1946; e a canção Istambul, Odeon, 1947, todas as composições de sua autoria.
Fonte:Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.
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