terça-feira, dezembro 21, 2010

Maestro Duda

Maestro Duda
Maestro Duda (José Ursicino da Silva),regente, compositor, arranjador e instrumentistas, nasceu em Goiana, PE, em 23/12/1935. Começou a estudar música aos oito anos com Alberto Aurélio de Carvalho, regente da Banda Saboeira, de Goiana.

Dois anos depois passou a integrar a banda e fez sua primeira composição, o frevo Furacão. Aos 15 anos foi para Recife PE integrar a Jazz Band Acadêmica, sendo também contratado para a Orquestra Paraguari, da Rádio Jornal do Comércio.

No ano seguinte teve pela primeira vez uma música de sua autoria gravada, o frevo Taradinho, interpretado pela Jazz Band Acadêmica, trazendo do outro lado Cigana mentirosa (Genival Macedo), pela Copacabana.

Em 1953, já como arranjador e regente da Orquestra Paraguari, teve seu maracatu Homenagem à princesa Isabel classificado em segundo lugar no Festival de Música Carnavalesca promovido pela câmara municipal do Recife. No mesmo ano assumiu o departamento de música da TV Jornal do Comércio, fazendo, em 1960, cursos de música sacra e regência na Escola de Artes da Universidade Federal de Pernambuco.

No ano seguinte musicou para o teatro Um americano no Recife, direção de Graça Melo, além de outras peças dirigidas por Lúcio Mauro e Wilson Valença.

A partir de 1962, passou a integrar a Orquestra Sinfônica do Recife, como oboísta e corne-inglês, e no ano seguinte formou sua própria orquestra de bailes.

Em 1967 foi para São Paulo SP, contratado pela TV Bandeirantes, retornando a Recife em 1970. Organizou em 1971 nova orquestra para bailes carnavalescos, com a qual realizou algumas gravações e, no mesmo ano, obteve a classificação máxima do Festival do Frevo realizado pela Rede Tupi, com o frevo de rua Quinho.

Sua orquestra foi escolhida várias vezes como a melhor do ano e em 1975 gravou, para a Rozenblit, um álbum com vários trevos, em homenagem ao Diário Pernambucano.

Também compôs choros, gravados por Severino Araújo e sua Orquestra, e Osmar Milani e sua Orquestra, além de sambas, gravados por Jamelão. Compôs ainda a série de trevos que denominou Familiar (1970), a Suíte 2001, para quinteto de sopro, a Suíte pernambucana de bolso, a Suíte nordestina, para banda e orquestra e O poema sinfônico, para metais, freqüentemente incluídos em repertórios de bandas de todo o país. 

Recebeu o prêmio de melhor arranjador de música popular brasileira, em 1980, em concurso promovido pela TV Globo, Shell e Associação Brasileira de Produtores de Discos. Suíte Nordestina abriu o concerto oficial da Semana da Pátria, no dia 7 de setembro de 1982, transmitido para todos os Estados do Brasil pela TV Educativa, executado pela Orquestra do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, e a Banda Sinfônica do Estado da Guanabara. 

Em 1985, representou o Brasil com sua orquestra na Feira das Nações, em Miami, Flórida, EUA. Na comemoração dos 138 anos do Teatro Santa Isabel, em Recife, em 1988, apresentou sua obra Música para metais nr. 2, com a participação do trompetista Charles Schlueter, da Orquestra Sinfônica de Boston (EUA). 

Durante vários anos consecutivos foi eleito o melhor arranjador de música do Nordeste. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

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