quinta-feira, janeiro 04, 2018

Roberto Menescal - Biografia e obra

Roberto Menescal (Roberto Batalha Menescal), compositor e instrumentista nasceu em Vitória ES, em 25/10/1937. Estudou piano com Irma Menescal, em 1950, e teoria, harmonia e violão com Moacir Santos, em 1958. No mesmo ano, organizou um dos primeiros conjuntos instrumentais de bossa nova e fundou, com Carlos Lyra, uma academia de violão, responsável pela divulgação do instrumento que mais se adaptou à expressão do espírito intimista desse movimento musical.


Com seu conjunto, participou da gravação do LP Garotos da bossa nova, na Odeon, em 1959. Sua primeira composição gravada foi Jura de pombo (com Ronaldo Bôscoli ), por Alaíde Costa, também em 1959. Seu primeiro sucesso, O barquinho, que em 1960 teve gravações simultâneas de Maysa, Peri Ribeiro e Paulinho Nogueira, tornou-se uma das músicas mais conhecidas e representativas da bossa nova, com várias gravações também no exterior.

Em 1962, com o conjunto de Eumir Deodato, atuou no programa de Marlene na TV-Rio. Grande incentivador dos shows realizados nas universidades cariocas em 1959, 1960 e 1961, a 21 de novembro de 1962 participou do Festival de Bossa Nova, no Carnegie Hall, New York, EUA.

De 1958 a 1965, o Conjunto de Roberto Menescal apresentou-se como acompanhante em shows de Sylvia Telles, Maysa, Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi, na boate Zum-Zum, e de Araci de Almeida e Billy Blanco.

Em 1966 estudou teoria, harmonia e contraponto com Guerra-Peixe, na Pró-Arte. Participou da gravação de trilhas sonoras de filmes, como Joana, a francesa (1973), de Carlos Diegues, e Vai trabalhar, vagabundo (1974), de Hugo Carvana, entre outras.

Realizou shows em teatros e teve algumas de suas composições incluídas em peças de teatro e novelas de televisão. Gravou com Sílvia Teles, Jair Rodrigues, Elis Regina, Gal Costa, Lúcio Alves, Beth Carvalho, Maysa e Claudete Soares. Excursionou pelo Uruguai, com Norma Benguel, e pela Argentina, com Sílvia Teles e Maísa. Com Elis Regina, que acompanhou de 1968 a 1970, viajou pela Europa, apresentando-se no MIDEM, em Cannes, França.

Foi diretor artístico da TV Excelsior cargo que passou a ocupar depois na Phonogram (Philips). Gravou na Elenco os LPs A bossa nova de Roberto Menescal e seu sexteto e A nova bossa de Roberto Menescal.

Entre 1971 e 1986 foi diretor artístico da gravadora Polygram e, em 1997, fundou a produtora e gravadora Albatroz. Vários de seus LPs, gravados pela etiqueta Elenco, foram relançados como CD, entre eles Conjunto Roberto Menescal (Polygram), Ditos e feitos (Warner), Eu e a música, com participação de Wanda Sá (CID) e Uma mistura fina, com Wanda Sá e Miele (Albatroz).

Algumas músicas


Obra

Ah! se eu pudesse (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Além da imaginação (c/Ronaldo Boscoli), 1963; Amanhecendo (c/Lula Freire), samba, 1964; Amiga (c/Paulinho Tapajós), 1972; Assim na terra como no céu, 1971; Ave-Maria (c/Paulinho Tapajós), 1972; Balansamba (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; O barquinho (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Branca paz (c/Ronaldo Boscoli), 1963; Canta (c/Ronaldo Boscoli), 1968; Danchá-chá-chá (c/Ronaldo Boscoli), chá-chá-chá, 1963; Errinho à-toa (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Luluzinha bossa nova (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1961; Negro (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Nós e o mar (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Rio (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963, Telefone (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1966; Vagamente (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1963; Você (c/Ronaldo Boscoli), samba, 1966; A volta (c/Ronaldo Boscoli), 1968.

Veja também:



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

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