Secos e Molhados. Conjunto vocal formado em 1971 por Ney Matogrosso, cantor; Gérson Conrad (São Paulo SP 1952-), cantor e compositor; João Ricardo (João Ricardo Carneiro Teixeira Pinto, Ponte do Lima, Portugal 1949-), cantor e compositor.
Ney já havia se apresentado como amador em Brasília DF, onde morava, e tentara o rádio e a televisão, além de cantar em boates. O grupo surgiu no início de 1973 em São Paulo SP, e em agosto do mesmo ano gravou o LP Secos e Molhados, pela Continental, com Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça), O vira (João Ricardo e Luli) e Rosa de Hiroshima (Gérson Conrad e Vinícius de Moraes).
O disco foi sucesso nacional, possibilitando ao conjunto apresentar-se numa série de espetáculos, entre os quais se destacam os shows no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro RJ, e no Ginásio Presidente Médici, em Brasília.
No ano seguinte, o grupo exibiu-se na televisão mexicana, gravou seu segundo LP, Secos e Molhados, com Flores astrais (João Ricardo e João Apolinário), e Tercer mundo (João Ricardo e Julio Cortázar). Ainda em 1974 o conjunto se desfez, passando seus integrantes a atuar individualmente.
João Ricardo lançou um disco em 1975, João Ricardo, pela Philips, com suas composições Vira safado, Janelas verdes e Salve-se quem puder; apresentou-se no Teatro Bandeirantes, de São Paulo; e tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo.
Gérson Conrad ligou-se ao letrista Paulo Mendonça, à atriz e cantora Zezé Mota e a uma banda de oito elementos e gravou pela Som Livre Gérson Conrad e Zezé Mota, com Trem noturno e A dança do besouro (ambas com Paulo Mendonça). Gravou outros discos solo e continua compondo e fazendo shows.
Algumas letras, cifras e gravações
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.
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