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quinta-feira, janeiro 01, 2009

Artur Castro Budd

Artur Castro Budd (circa 1880 Salvador, BA - circa 1930 Rio de Janeiro, RJ), cantor, era filho de um dentista inglês que se casou com uma moça da família Castro Cafezeiro. Tinha uma irmã também cantora, que parece não ter deixado qualquer registro fonográfico.

Apresentava-se ao público como Artur Castro e também como Artur Budd. Fez carreira no teatro musicado e gravou discos na Columbia americana (A concha e a virgem), e na Phoenix (Adeus que te parto, Rasga o coração); em discos Gaúcho de Porto Alegre gravou as modinhas Lembra-te ó virgem , Despedida do tropeiro, Na casa branca da serra, Ao luar, Flor do céu, Mulher celeste, Findou-se tudo , a barcarola Gondoleiro do amor, o fado Lágrimas de mãe e a cançoneta Terra amada.

Por volta de 1913, junto a outros artistas, dentre os quais Josué de Barros, foi convidado pelo dançarino-empresário Duque para apresentar-se no cabaré que este pretendia abrir em Paris. A idéia não foi à frente, mas estimulados por Duque, Artur e Josué resolvem tentar a sorte na Europa.

Não tendo conseguido contrato em Paris, seguiram para Lisboa , onde se apresentaram com sucesso. Na ocasião, foram convidados a gravar para a fábrica alemã Bekka, viajando para Berlim, onde fizeram 140 discos de música brasileira, que viriam a ser as primeiras gravações feitas por artistas brasileiros na Europa.

Voltou ao Brasil por volta de 1915. Entre os anos de 1926-1927, fez gravações para a Odeon registrando a modinha A ceguinha e o maxixe Cristo nasceu na Bahia, entre outros.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Luar do Sul

Luar do Sul (canção / chula, 1926) - Zeca Ivo e J. Carneiro Ribas - Intérprete: Artur Castro Budd

Disco selo: Odeon R / Título da música: Luar do Sul / J. Carneiro Ribas (Compositor) / Zeca Ivo (Compositor) / Arthur de Castro (Intérprete) / Conjunto (Acomp.) / Nº do Álbum 123083 / Nº da Matriz: 123083-3 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Chula / Coleções: IMS, Nirez


Nas plagas onde eu nasci
Tem um céu que nunca vi
O mais belo é tão azul
O mais belo é tão azul


É de ficar abismado
Vendo o céu tão constelado
Do Rio Grande do Sul
Do Rio Grande do Sul


Se o luar falasse
Talvez contasse
Que me viu com o seu clarão
Beijando a boca mais mimosa
Da gaúcha mais formosa
Que morava no rincão
Que morava no rincão

E nas noites prateadas
O gaúcho na jornada
Tem a doce recordação
Tem a doce recordação

De uma gaúcha bonita
Que dançando a chimarrita
Torturou-lhe o coração
Torturou-lhe o coração

Se o luar falasse
Talvez contasse
Que me viu com o seu clarão
Beijando a boca mais mimosa
Da gaúcha mais formosa
Que morava no rincão
Que morava no rincão

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Zeca Ivo

Zeca Ivo (José Ivo da Costa), compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 19/5/1894 e faleceu na mesma cidade em 19/2/1964. Viveu durante muito tempo no Rio Grande do Sul, onde incorporou valores da cultura gaúcha, compondo músicas típicas da região.

Sua primeira composição foi Tristeza de trovador. Em 1926, Arthur Castro gravou pela Odeon Tristezas de gaúcho, sua primeira composição gravada. No mesmo ano gravou pela Odeon a canção Gaúcho velho, de sua autoria, de Cardoso de Menezes a toada fado Oração e de J. Fonseca Costa, o samba O mundo sem mulher.

Em 1927, gravou na Odeon as canções Primavera e Triste violeiro, ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou a canção Luar do Sul pela Odeon. Em 1929 Pedro Celestino gravou pela Parlophon a canção O guasca e o fado-toada A vida é um inferno onde as mulheres são os demônios, em parceria com Lamartine Babo. Laís Areda gravou a canção Órfã do amor. No mesmo ano, Lamartine Babo compôs a toada Zeca Ivo em homenagem ao compositor, gravada por Benício Barbosa pela Parlophon.

Em 1930, Max Cardoso gravou a canção Proeza de gaúcho pela Victor. Em 1933, Francisco Alves gravou de Zeca e Jota Machado a canção Mês de Maria, Augusto Calheiros gravou "Flor do mato (c/ Francisco de Freitas) e César Pereira Braga gravou a rancheira Guasco velho.

Em 1935, compôs com Custódio Mesquita a marcha Jardineiro do amor, gravada por Aurora Miranda, e com Kid Pepe a marcha Ondas curtas, gravada por Orlando Silva em seu primeiro disco. Em 1936, Aurora Miranda gravou a marcha Ano novo e Sílvio Caldas gravou o samba Última carta de amor, composto em parceria com Benedito Lacerda.

Em 1937 compôs com João de Freitas a valsa Quero-te cada vez mais, gravada por Augusto Calheiros. Em 1956, Augusto Calheiros gravou a canção Flor do mato.

Foi um dos primeiros parceiros de Ary Barroso em seu começo de carreira, com quem compôs a canção Meu pampa lindo. Percorreu o Brasil integrando grupos teatrais ou sozinho, realizando recitais de poemas e canções.

Obras

Ano-novo, marcha, 1936; Flor do mato (com José Francisco de Freitas), canção, 1933; Jardineiro do amor (com Custódio Mesquita), marcha, 1935; Luar do sul, canção gaúcha, 1927; Mês de Maria (com Jota Machado), canção, 1933; Meu pampa lindo (com Ari Barroso), canção, 1928; Ondas curtas (com Kid Pepe), marcha, 1935; Quero-te cada vez mais (com João de Freitas), 1937; Tristezas de gaúcho, 1926; última carta de amor (com Benedito Lacerda), samba, 1936.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

segunda-feira, abril 03, 2006

Papagaio no poleiro

Sinhô

Papagaio no poleiro (samba / carnaval, 1926) - J. B. da Silva (Sinhô) - Intérprete: Artur Castro Budd

Disco selo: Odeon R / Título da música: Papagaio no Poleiro / J. B. da Silva "Sinhô" (Compositor) / Arthur Castro (Intérprete) / American Jazz Band Sílvio de Souza (Acomp.) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 123032 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Samba / Coleções: IMS, Nirez



Ai amor! / Ai amor!
Os teus carinhos
Tem meiguice de uma flor

O amor é muito bom
Enquanto a gente tem dinheiro
Se findar esta moeda
Tem papagaio no poleiro


No barraco da saudade
Fui morar com meu benzinho
A moeda se acabou
Eu fiquei falando sozinho

domingo, março 19, 2006

Cristo nasceu na Bahia

Maxixe de Sebastião Cirino e Duque (1926) gravado na Casa Edison por Artur Castro (na foto). Fez parte da revista Tudo preto, representada pela Companhia Negra de Revistas, no teatro Rialto. Abaixo temos duas interpretações. A primeira, original, com o cantor Artur da década de 1920, a segunda com um grupo de ouro, incluindo Pixinguinha, da primeira fase da MPB:

Cristo Nasceu na Bahia (maxixe, 1927) - Sebastião Cirino e Duque - Intérprete: Artur Castro

Disco selo: Odeon R / Título: Christo Nasceu na Bahia / Duque (Compositor) / Sebastião Cirino (Compositor) / Artur Castro (Intérprete) / American Jazz Band Sílvio de Souza (Acomp.) / Coro (Acomp.) / Nº do Álbum: 123124 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Maxixe / Coleções: IMS, Nirez



A Velha Guarda por disco Sinter em 1955:

LP 10' Carnaval da Velha Guarda / Título da música: Cristo Nasceu na Bahia / Antônio Lopes de Amorim Diniz "Duque" (Compositor) / Sebastião Cirino (Compositor) / Velha Guarda, 1954-1956 [Donga, Heitor dos Prazeres, João da Bahiana e Pixinguinha] (Intérprete) / Coro (Acomp.) / Gravadora: Sinter / Nº do Álbum: 1054 / Ano: 1955 / Faixa: A4 / Gênero musical: Samba



Dizem que Cristo / Nasceu em Belém
A história se enganou
Cristo nasceu na Bahia, meu bem
E o baiano criou


Na Bahia tem vatapá / Na Bahia tem caruru
Moqueca e arroz-de-auçá / Manga, laranja e caju

Cristo nasceu na Bahia, meu bem
Isto sempre hei de crer
Bahia é terra santa, também
Baiano santo há de ser.