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sábado, novembro 01, 2008

Pedro Celestino

Pedro Celestino, cantor e compositor, era o irmão mais novo de Vicente Celestino. Em 1928, fez sua estréia em disco gravando pela Odeon o samba Gosto de apanhá, de Duque e o maxixe Viva a Penha, de Tuiú. No mesmo ano, lançou o tango Caboquinha, de Alfredo Gama e o motivo popular Peixinhos do mar.

Em 1929, gravou a canção O guasca, de Zeca Ivo e o fado-toada A vida é um inferno onde as mulheres são os demônios, de Zeca Ivo e Lamartine Babo e ainda o coco Campineiro, de J. B. Silva, o conhecido Sinhô.

Em 1931, participou da opereta As pastorinhas, juntamente com Araci Cortes, apresentada no Teatro Recreio, no Rio de Janeiro.

Ficou mais de 10 anos sem gravar, retornando em 1941, quando lançou a valsa Pertinho do céu, de Vicente Paiva e Ariovaldo Pires e a canção História de circo, de Edgard Barroso e Paulo Mac Dowell.

Em 1947, gravou de sua autoria, Adolar e J. Francisco de Freitas a canção Confissão e, de Átila Yorio e Alberto Oliveira, a toada-canção O vagabundo.

Em 1948, foram gravadas a valsa Supremo adeus, de Belmácio Godinho e Benedito Costa e a canção Desespero, de René Bittencourt. São de 1953 as gravações, pela Todamérica do bolero Alma cigana, de René Bittencourt e do tango Guitarra de marfim, de Arlindo Pinto e J. M. Alves. No mesmo ano, gravou a toada-canção Olhos criminosos, de René Bittencourt e a canção Rua da saudade, de Arnaldo Pescuma.

Foi por essa época que Pedro Celestino apareceu na TV Tupi de São Paulo e, ao lado de Tersina Sarraceni fez uma temporada de operetas. Isso foi muito importante para a TV Tupi, pois eram encenadas operetas famosas, com grandes interpretes e grandes cantores.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Pró-TV - Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da TV Brasileira.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Eu vi Lili

Eu vi Lili (fox/carnaval, 1926) - Freitinhas (José Francisco de Freitas) - Intérprete: Pedro Celestino

Disco selo: Odeon R / Título da música: Eu vi Lili.../ José Francisco de Freitas "Freitinhas" (Compositor) / Pedro Celestino (Intérprete) / Jazz Band Sul-Americano Romeu Silva (Acomp.) / Nº do Álbum: 122977 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Marcha Canção / Coleções: IMS, Nirez


Em teus olhinhos vejo
Que tu tens o desejo
Quando desinquieto ele estava
Junto a uma zinha
Toda gente assim cantava: (x2)

Eu vi / Eu vi
Você bolinar
Lili / Lili
Quando beliscava assim
Ela nervosa, enfim
Ficou ao ver-me ali (x2)

Quando ele pisca, pisca
A zinha pega a isca
Quando no escuro escutava
Sua risadinha
A gente assim cantava: (x2)

Eu vi / Eu vi
Você bolinar
Lili / Lili
Quando beliscava assim
Ela nervosa, enfim
Ficou ao ver-me ali

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Zeca Ivo

Zeca Ivo (José Ivo da Costa), compositor, nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 19/5/1894 e faleceu na mesma cidade em 19/2/1964. Viveu durante muito tempo no Rio Grande do Sul, onde incorporou valores da cultura gaúcha, compondo músicas típicas da região.

Sua primeira composição foi Tristeza de trovador. Em 1926, Arthur Castro gravou pela Odeon Tristezas de gaúcho, sua primeira composição gravada. No mesmo ano gravou pela Odeon a canção Gaúcho velho, de sua autoria, de Cardoso de Menezes a toada fado Oração e de J. Fonseca Costa, o samba O mundo sem mulher.

Em 1927, gravou na Odeon as canções Primavera e Triste violeiro, ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou a canção Luar do Sul pela Odeon. Em 1929 Pedro Celestino gravou pela Parlophon a canção O guasca e o fado-toada A vida é um inferno onde as mulheres são os demônios, em parceria com Lamartine Babo. Laís Areda gravou a canção Órfã do amor. No mesmo ano, Lamartine Babo compôs a toada Zeca Ivo em homenagem ao compositor, gravada por Benício Barbosa pela Parlophon.

Em 1930, Max Cardoso gravou a canção Proeza de gaúcho pela Victor. Em 1933, Francisco Alves gravou de Zeca e Jota Machado a canção Mês de Maria, Augusto Calheiros gravou "Flor do mato (c/ Francisco de Freitas) e César Pereira Braga gravou a rancheira Guasco velho.

Em 1935, compôs com Custódio Mesquita a marcha Jardineiro do amor, gravada por Aurora Miranda, e com Kid Pepe a marcha Ondas curtas, gravada por Orlando Silva em seu primeiro disco. Em 1936, Aurora Miranda gravou a marcha Ano novo e Sílvio Caldas gravou o samba Última carta de amor, composto em parceria com Benedito Lacerda.

Em 1937 compôs com João de Freitas a valsa Quero-te cada vez mais, gravada por Augusto Calheiros. Em 1956, Augusto Calheiros gravou a canção Flor do mato.

Foi um dos primeiros parceiros de Ary Barroso em seu começo de carreira, com quem compôs a canção Meu pampa lindo. Percorreu o Brasil integrando grupos teatrais ou sozinho, realizando recitais de poemas e canções.

Obras

Ano-novo, marcha, 1936; Flor do mato (com José Francisco de Freitas), canção, 1933; Jardineiro do amor (com Custódio Mesquita), marcha, 1935; Luar do sul, canção gaúcha, 1927; Mês de Maria (com Jota Machado), canção, 1933; Meu pampa lindo (com Ari Barroso), canção, 1928; Ondas curtas (com Kid Pepe), marcha, 1935; Quero-te cada vez mais (com João de Freitas), 1937; Tristezas de gaúcho, 1926; última carta de amor (com Benedito Lacerda), samba, 1936.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

segunda-feira, abril 03, 2006

Morro de Mangueira

Pedro Celestino
Morro de Mangueira (samba, 1926) - Manoel Dias - Intérprete: Pedro Celestino

Disco selo: Odeon R / Título da música: Morro de Mangueira / Manoel Dias (Compositor) / Pedro Celestino (Intérprete) / American Jazz Sylvio de Souza (Acomp.) / Nº do Álbum: 123029 / Nº da Matriz: 123029-3 / Lançamento: 1926 / Gênero: Samba / Coleção: IMS


Eu fui a um samba lá no morro da Mangueira
Uma cabrocha me falou de tal maneira:
Não vai fazer como fez o Claudionor
Para sustentar família foi bancar o estivador.
Não vai fazer como fez o Claudionor
Para sustentar família foi bancar o estivador.


// Ó cabrocha faladeira,/ Que tens tu com a minha vida?
Vai procurar um trabalho/ E corta esta língua comprida
// Ó cabrocha faladeira,/ Que tens tu com a minha vida?
Vai procurar um trabalho/ E corta esta língua comprida

Não tem água na Mangueira / É pau pra virar
É duro subir ladeira / Para em seco namorar

Branca


"Aurora", "Branca" e "Elza" são os nomes femininos que intitulam três das mais conhecidas valsas de Zequinha de Abreu. Dessas, pelo menos "Branca" seria inspirada por uma musa verdadeira, a jovem Branca Barreto (foto acima), filha do chefe da estação ferroviária de Santa Rita do Passa Quatro, terra do compositor.

Conta João Bento Saniratto - amigo de Zequinha, citado por Almirante num artigo publicado em O Dia - que a valsa foi composta de improviso, na presença de um grupo que conversava à porta do Grêmio Literário Recreativo. Como na ocasião a moça passasse pelo local, o autor (que era seu admirador) resolveu homenageá-la na composição.

"Branca" é uma bela valsa sentimental, de melodia triste, uma característica predominante na música de Zequinha de Abreu. Composta por volta de 1918, ganhou popularidade a partir de 1924, quando teve a sua primeira edição. Mas, ao que se sabe, somente seria gravada em 1931, no mesmo disco que lançou o Tico-tico no fubá. Tem uma letra de Duque de Abramonte (Décio Abramo), embora seja uma valsa essencialmente instrumental.

Branca (valsa, 1924) - Zequinha de Abreu e Duque de Abramonte. A seguir duas interpretações do tema:

Interpretação de Gilberto Alves em disco Copacabana lançado em 1959:

Disco 78 rpm / Título da música: Branca / Zequinha de Abreu (Compositor) / Duque de Abramonte (Compositor) / Gilberto Alves (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Copacabana / Nº do Álbum: 5985-a / Nº da Matriz: M-2367 / Lançamento: Janeiro/1959 / Gênero musical: Valsa / Coleção: Nirez



Intérpretação de Francisco Petrônio em 1965:

LP Francisco Petrônio – O Grande Baile da Saudade / Título da música: Branca / Zequinha de Abreu (Compositor) / Duque de Abramonte (Compositor) / Francisco Petrônio (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / Coro (Acompanhante) / Gravadora: Continental / Nº Álbum: PPL-12.186 / Lançamento: 1965 / Lado A / Faixa 2 / Gênero musical: Valsa



Am-------------------------- A7------- Dm
Há tempos que a vi / Que eu a conheci
-----------------------Am
Ela era linda, um primor, de amor
-----B7------------------ E7
Misto de estrela e de flor
Am ----------------------A7------------ Dm
Mas também sofreu / Eu sei vou contar
---------------------Am --------E7------- Am
Pois li naquele olhar, / Cansado de chorar

E7 -----------------------Am
De tarde ao chegar / Os trens um a um
--------E7------------------------- Am
Ela viu desembarcar / Um estranho tentador
E7----------------------- Am ---------------A7
Vi Branca cismar / Num sono de amor
-----------Dm--------- Am ---------E7-------- Am
Ficou logo apaixonada / Do mancebo tentador

C------------ G7------------------------ C
Mas essa flor / Não sentiu florir o amor
---------------------G7 --------------------------C---- G7
Nunca o sentiu florir / Porque ele teve que partir
C--------------- G7--------------------------- C---- C7
Viu-o embarcar / Como um dia após o amar
F------ Fm--- C --A7 ------------------D7 ----G7
E nunca mais / ----Sentiu o puro amor
--------------------C
Do jovem tentador



Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.

quinta-feira, março 30, 2006

Ave Maria

Erothides de Campos
Esta valsa-serenata foi a primeira "Ave Maria" a fazer sucesso na música popular brasileira. Seu autor é Erothides de Campos, um paulista de Cabreúva que passou a maior parte da vida em Piracicaba, compondo, tocando vários instrumentos e... ensinando física e química na Escola Normal Sud Mennucci. De sobrenome Neves pelo lado materno, ele usava o pseudônimo Jonas Neves quando fazia letras, como é o caso desta canção, que muitos pensam ser de duas pessoas.

Composta em 1924 e lançada em disco em 1926, por Pedro Celestino, "Ave Maria" somente ganhou sua gravação ideal em 1939, quando Augusto Calheiros soube valorizar o clima de nostalgia e misticismo romântico que marca a composição. Uma prova do sucesso nacional de "Ave Maria" é a valsa "Cheia de Graça", escrita em Recife, no final dos anos vinte, por Nelson Ferreira e Eustórgio Wanderley, em homenagem a Erothides de Campos. O curioso em "Cheia de Graça" é que a canção repete as notas iniciais da "Ave Maria", só que em escala descendente, ao contrário do original.

Ave Maria (valsa-serenata, 1924) - Erothides de Campos

Interpretação de Pedro Celestino em disco Odeon lançado em 1926:

Disco selo: Odeon R / Título da música: Ave Maria / Erothides de Campos (Compositor) / Jonas Neves (Compositor) / Pedro Celestino (Intérprete) / Conjunto (Acomp.) / Nº do Álbum: 123085 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Valsa / Coleções: IMS, Nirez



Interpretação de Augusto Calheiros em disco Odeon lançado em outubro de 1939:

Disco 78 rpm / Título da música: Ave Maria / Erothides de Campos (Compositor) / Jonas Neves (Compositor) / Augusto Calheiros (intérprete) / Antenógenes Silva [Acordeon], Rogério e Laurindo (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Nº do Álbum: 11775-a / Nº da Matriz: #6188 / Gravação: 30/agosto/1939 / Lançamento: Outubro/1939 / Gênero musical: Valsa / Coleções: IMS, Nirez


----------Bm ------Gb7----- Bm------- Em---- B7------ Em
Cai a tarde tristonha e serena, em macio e suave langor
----------G7-------- Em----- Bm------- A7------ G7------ Gb7
Despertando no meu coração a saudade do primeiro amor!
----------Bm-------- Gb7------- Bm B7 ---------Em ----B7----- Em
Um gemido se esvai lá no espaço, ----nesta hora de lenta agonia
--------------G7 ------Em------ Bm ------A7------- Gb7 ----Bm
Quando o sino saudoso murmura badaladas da “Ave-Maria”!

-------------A7------------------- D------------------ A7 -------------------D
Sino que tange com mágoa dorida, recordando sonhos da aurora da vida
-------------------B7 --------------G7 -----Em-- Bm--- Gb7 --Bm Gb7
Dai-me ao coração paz e harmonia, na prece da “Ave Maria”!

Cai a tarde tristonha . . .. (repetir a 1a. Estrofe)

--------B--- Gb7----- B----------- G7----- Gb7------ Bm
No alto do campanário uma cruz simboliza o passado
-------------B7------------ Em ------------------Bm----- Gb7--- Bm
De um amor que já morreu, deixando um coração amargurado
-------B---- Gb7----- B -----------G7----- Gb7--- Bm
Lá no infinito azulado uma estrela formosa irradia
-----------B7--------------- Em ------G7--- Em-- Bm ---Gb7-- Bm (Bm)
A mensagem do meu passado quando o sino tange “Ave Maria”


Fonte: A Canção no Tempo - Vol. 1 - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Editora 34.