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quarta-feira, dezembro 29, 2010

Arlindo Ferreira

Arlindo Ferreira - Circa 1970
Arlindo Ferreira, instrumentista, nasceu em Sete Lagoas, MG, em 22/1/1916. Desde menino tocava violão, iniciando a carreira profissional em Belo Horizonte MG, na década de 1930, quando se apresentou na inauguração da Rádio Guarani.

Em 1938 foi para o Rio de Janeiro RJ, atuando na Rádio Transmissora (depois Globo) como integrante do regional de Claudionor Cruz, no qual permaneceu por dez anos. Por idêntico período de tempo, atuou com Rogério Guimarães na Rádio Tupi, transferindo-se depois para a Nacional.

Acompanhou vários cantores brasileiros da época, como Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Moreira da Silva, Ademilde Fonseca, tendo também sido acompanhante de Emilinha Borba por 15 anos, além de Gilberto Alves. Atuou no Cassino da Urca (Rio de Janeiro), no Quitandinha (Petrópolis RJ) e no Icaraí (Niterói RJ).

Sempre tocando violão, só gravou uma vez como solista, com Bola Sete, na música Bola Sete no choro, pela etiqueta Star (atual Copacabana). Como acompanhante, participou de diversas gravações. Aposentou-se em 1974.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora e PubliFolha – 2ª. Edição – 1998; Foto: samba & choro (www.samba-choro.com.br).

domingo, dezembro 16, 2007

Dino Sete Cordas

Dino Sete Cordas (Horondino José da Silva), instrumentista, violonista e compositor (Rio de Janeiro, 5/5/1918). Nascido no bairro de Santo Cristo, começou brincando com o violão do pai, que trabalhava como operário fundidor e tocava nas horas vagas.

Aos 14 anos já participava de serestas com os boêmios do bairro, e em 1935 começou a carreira profissional, acompanhando o cantor Augusto Calheiros em circos de Niterói, RJ. Tocava de ouvido, fazendo bordão nas variações que aprendia com o pai e os irmãos músicos: Lino, que tocava cavaquinho no Regional de Dante Santoro, e Jorginho, mais tarde ritmista do Conjunto Época de Ouro.

Em 1937 foi convidado para integrar o Regional de Benedito Lacerda, substituindo o violonista Ney Orestes, que adoecera. Trabalhava então como operário numa fábrica de sapatos, mas com a morte de Ney Orestes tornou-se efetivo no grupo e deixou a fábrica. Logo em seguida, Carlos Lentine, outro violonista do regional, foi substituído por Jaime Florence, o Meira, surgindo então a dupla de violonistas Dino-Meira, uma das mais famosas e duradouras da música popular brasileira. Como integrante do regional, gravou muitos discos, acompanhando os intérpretes famosos da época, Francisco Alves, Carmen Miranda, Luís Barbosa, Sílvio Caldas e Orlando Silva , entre outros.

Na década de 1940 iniciou estudos de teoria musical e, em 1950, quando o Regional de Benedito Lacerda se transformou no Regional do Canhoto, continuou a fazer parte do grupo. Foi nessa época (1950) que começou a tocar violão de sete cordas, até então utilizado somente pelo violonista Tute, no Grupo da Velha Guarda e no conjunto Diabos do Céu. Encomendou um violão especial, com a sétima corda grave afinada em dó, desenvolvendo e dinamizando o seu uso.

Como integrante do Regional do Canhoto, prosseguiu acompanhando inúmeros cantores e outros solistas, em gravações, shows e rádios. Em fins da década de 1950, com o surgimento da bossa nova, seguida do iê-iê-iê, o estilo da execução dos violonistas de regional ficou fora de moda. Passou então a usar uma guitarra elétrica e entrou para o conjunto de danças liderado por Paulo Barcelos.

Na segunda metade da década de 1960, com as gravações de discos de escolas de sambas, o violão bordão, chamado “de baixaria”, volta a ser requisitado. Em 1965 e 1967, participou da gravação dos dois LPs do show Rosa de Ouro, de Hermínio Bello de Carvalho, acompanhando as cantoras Clementina de Jesus e Araci Cortes, e o Conjunto Rosa de Ouro. Nessa fase, deu aulas de violão e atuou no Conjunto Época de Ouro, de Jacob do Bandolim.

A partir de 1970, com o ressurgimento do samba e do choro, em gravações, passou a tocar com grande número de cantores, como Beth Carvalho, Raul Seixas, Gilberto Gil, Carlinhos Vergueiro, Macalé, Vinícius de Morais, Toquinho e Cristina.

Em 1974 foi responsável pelos arranjos e pela regência de dois discos importantes, lançados pela etiqueta Marcus Pereira: A música de Donga, com Elisete Cardoso, Paulo Tapajós e outros, e o primeiro LP de Cartola. Dois anos depois, atuou novamente com Cartola, orquestrando o seu segundo LP, que lançou o sucesso As rosas não falam.

Em 1988 completou 63 anos ininterruptos de atuação como músico profissional, ostentando número invejável de participações em discos e shows de artistas de várias gerações. Considerado como o grande mestre do violão de sete cordas, lançou em 1991 um disco histórico em que tocou com outro virtuoso do instrumento, Raphael Rabello.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.