sexta-feira, junho 07, 2013
Marco Antônio
Marco Antônio (Antônio Lopes Marques), cantor, nasceu em Vitória, ES, em 1927, e faleceu em Nilópolis, RJ, em 05/02/1965. Em 1954 iniciou sua carreira artística, quando contratado pela Columbia gravando a batucada Você chorou, de Átila Bezerra, Sebastião Gomes e Jorge Gonçalves, e a marcha Ximbica resfriada, de Almeida Freire, Murilo Vieira e A. Vanderley.
Foi para a RGE e gravou em 1961, com acompanhamento do conjunto RGE os sambas Mulher de 30, de Luís Antônio, e Samba de improviso, de Haroldo Barbosa e Luis Reis, e os boleros Beija-me depois, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, e Volta, de Ciro de Souza e Antônio Moreira.
Em 1962, gravou a marcha Sujaram a barra, de Nello Nunes, A. Batista e Guguta; o samba É menino, de Antoninho Lopes, Zé da Vila e Ramandini; o bolero Chega, de A. F. Conceição e Espírito Santo, e a guarânia Contando os dias, de Lupicínio Rodrigues. Nesse ano, participou da coletânea 14 sucessos de ouro - Vol. 2 da RGE interpretando em dueto com a cantora Elza Laranjeira a balada Amor.
Em 1964, lançou aquele que acabou sendo seu último disco, o LP Tu serás a estrela guia gravado pela Odeon e no qual interpretou as músicas Se eu pudesse lhe dar o perdão, de Marino Pinto e Carlos Marques; Andaluza e Espera mais um pouco, de Ciro Monteiro e Dias da Cruz; A noite o luar e alguém, de Cid Magalhães e Amâncio Cardoso; O pranto dos meus olhos, de Neco e J. Pereira; É bom ser bom, de Fernando Barreto; Abre a porta, de Rutinaldo; Tu serás a estrela guia e Deus esteja nesta casa, de Maurílio Lopes e Flávio Carvalho; Ave sem ninho, de Nilo Barbosa e Geraldo Morais; Nosso amor tinha raiz, de Paulo Marques e Jorge Ramos, e Nossas alianças, de Paulo Gesta e Jorge Smera.
Começou a fazer bastante sucesso com a balada Nossas alianças, sendo tocada nas rádios quando sofreu o trágico acidente no qual veio a falecer.
A tragédia
"Trágica ocorrência roubou a vida do cantor Marco Antônio, na madrugada de cinco de fevereiro, nas proximidades de sua residência, em Nilópolis. Eram duas horas quando ele procurava chegar a sua casa, na Avenida Mirandela 290, tateando no escuro, pois um temporal interrompera a energia elétrica, ali, desde as 19 horas do dia 4. Foi então que pisou numa poça d’água, onde caíra um fio de alta tensão, sendo fulminado. Ninguém pôde fazer qualquer coisa em seu socorro. O corpo permaneceu onde fora eletrocutado, até às 9 horas do dia seguinte, quando se providenciou o desligamento da rede elétrica que matara o artista. Marco Antônio foi sepultado no cemitério de Inhaúma, no dia 6, às 10 horas da manhã, depois de velado por alguns artistas que chegaram a ter conhecimento da tragédia. Altemar Dutra enviou uma coroa de flores para o seu colega de gravadora, a Odeon, que, aliás, cuidou do sepultamento.
Cantor desde 1954, Antônio Lopes Marques (Este o seu nome verdadeiro), ele contava 38 anos de idade e era natural de Vitória, no Espírito Santo. Casado com D. Celita Alves Marques, era pai de quatro filhos: o quinto deverá nascer em junho. Gozava de estima dos cantores e disk-jóqueis: lutador trabalhava intensamente, perseguindo o sucesso, que começava a alcançar. Compungidos, vários programadores interromperam a apresentação de música de carnaval. Jair de Taumaturgo, da Mayrink Veiga (emissora em que Marco Antônio se apresentava com mais frequência, tendo ali cantando algumas horas antes de morrer), homenageou a memória do artista falecido. Também Júlio Louzada dedicou-lhe a sua "Oração da Ave Maria”. A Rádio Mauá também alterou sua programação, logo que soube do fato, passando a transmitir gravações selecionadas. Todos sentiram a morte do cantor que era simples, de pouca fala e voz bonita". (Revista do Rádio, 06/03/1965)
Discografia
(1954) Você chorou/Ximbica resfriada • Columbia • 78
(1961) Samba de improviso/Volta • RGE • 78
(1961) Mulher de trinta/Beija-me depois • RGE • 78
(1962) Sujaram a barra/É menino • RGE • 78
(1962) Chega/Contando os dias • RGE
(1962) 14 sucessos de ouro - Vol. 2 • RGE • LP
(1964) Tu serás a estrela guia • Odeon
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Fontes: Revista do Rádio; Dicionário Cravo Albin da MPB.
quinta-feira, junho 06, 2013
Elza Ribeiro
Elza Ribeiro (Elza Martins), cantora, nasceu no bairro da Penha, na capital paulista, em 07/10/1939. Sua primeira apresentação ao microfone aconteceu na Rádio Tupi, através do Grêmio Juvenil Tupi, orientado por Homero Silva. Um dia foi tomar parte numa festa de beneficência em Santo André, SP, e acabou por despertar a atenção dos diretores da Rádio Clube dessa cidade. Foi então convidada a cantar naquela emissora, sem contrato, mas recebendo por atuação.
Naquele tempo atuava ali, também, Wilson Miranda, que mais tarde veio a ser seu colega na Tupi. Elza foi apresentada por um colega da rádio de Santo André ao gerente da Tupi e este a apresentou a Júlio Nagib, então diretor musical. Isto foi em julho de 1958 e ela fez testes. Enquanto aguardava o resultado das provas, foi vista por Júlio Rosemberg, que a convidou para atuar em seu programa e a persuadiu a mudar seu nome de Elza Martins para "Elza Ribeiro". Tão boa foi a sua atuação, que a Tupi a contratou sem querer saber os resultados dos testes.
Cantava então todos os gêneros musicais, mas a princípio de sua carreira preferia cantar em castelhano. Em 1959, lançou pelo selo paulista Califórnia a toada Sem carinho, de Vilma Camargo, e o bolero Cinquenta são as primaveras, de José Astolphi.
Em 1960, Alberto Dias, diretor da RCA Victor, ouviu-a cantar um "rock" e resolveu imediatamente contratá-la. Nesse ano, participou do LP Garotas e rock da RCA Camden cantando as baladas Johnny Kiss, de Gelmini e Danpa, que abriu o disco, Conversa ao telefone (Pillow talk), de Peper e James; Biologia (Biology), de Edwards e Wayne; e Banho de lua (Tintarella di luna), de Migliacci e B. de Fillippi, todas com versão de Fred Jorge. As baladas Conversa ao telefone, Banho de lua, Biologia e Johnny Kiss seriam lançadas em disco de 78 rpm no mesmo ano.
Em 1961, gravou o calipso Sonhando, de Vorozn e Ellis, em versão de Juvenal Fernandes, e o rock-balada Sem querer, de Ciloca Madeira. No mesmo ano, gravou as baladas Amor de mamadeira, de D. Shannon e M. Crook, e Vamos dar uma voltinha, de Percy Faith, em versões de Fred Jorge.
Apesar de um bom começo de carreira não logrou dar continuidade às atividades artísticas.
Discografia
1959 - Sem carinho/Cinquenta são as primaveras - Califórnia - 78
1960 - Conversa ao telefone/Banho de lua - RCA Camden - 78
1960 - Biologia/Jonny Kiss - RCA Camden - 78
1960 - Garotas e rock - Participação - RCA Camden - LP
1961- Sonhando/Sem querer - RCA Camden - 78
1961 - Amor de mamadeira/Vamos dar uma voltinha - RCA Camden - 78
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Fontes: Revista do Rádio de 30/06/1960; Dicionário da MPB.
Naquele tempo atuava ali, também, Wilson Miranda, que mais tarde veio a ser seu colega na Tupi. Elza foi apresentada por um colega da rádio de Santo André ao gerente da Tupi e este a apresentou a Júlio Nagib, então diretor musical. Isto foi em julho de 1958 e ela fez testes. Enquanto aguardava o resultado das provas, foi vista por Júlio Rosemberg, que a convidou para atuar em seu programa e a persuadiu a mudar seu nome de Elza Martins para "Elza Ribeiro". Tão boa foi a sua atuação, que a Tupi a contratou sem querer saber os resultados dos testes.
Cantava então todos os gêneros musicais, mas a princípio de sua carreira preferia cantar em castelhano. Em 1959, lançou pelo selo paulista Califórnia a toada Sem carinho, de Vilma Camargo, e o bolero Cinquenta são as primaveras, de José Astolphi.
Em 1960, Alberto Dias, diretor da RCA Victor, ouviu-a cantar um "rock" e resolveu imediatamente contratá-la. Nesse ano, participou do LP Garotas e rock da RCA Camden cantando as baladas Johnny Kiss, de Gelmini e Danpa, que abriu o disco, Conversa ao telefone (Pillow talk), de Peper e James; Biologia (Biology), de Edwards e Wayne; e Banho de lua (Tintarella di luna), de Migliacci e B. de Fillippi, todas com versão de Fred Jorge. As baladas Conversa ao telefone, Banho de lua, Biologia e Johnny Kiss seriam lançadas em disco de 78 rpm no mesmo ano.
Em 1961, gravou o calipso Sonhando, de Vorozn e Ellis, em versão de Juvenal Fernandes, e o rock-balada Sem querer, de Ciloca Madeira. No mesmo ano, gravou as baladas Amor de mamadeira, de D. Shannon e M. Crook, e Vamos dar uma voltinha, de Percy Faith, em versões de Fred Jorge.
Apesar de um bom começo de carreira não logrou dar continuidade às atividades artísticas.
Discografia
1959 - Sem carinho/Cinquenta são as primaveras - Califórnia - 78
1960 - Conversa ao telefone/Banho de lua - RCA Camden - 78
1960 - Biologia/Jonny Kiss - RCA Camden - 78
1960 - Garotas e rock - Participação - RCA Camden - LP
1961- Sonhando/Sem querer - RCA Camden - 78
1961 - Amor de mamadeira/Vamos dar uma voltinha - RCA Camden - 78
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Fontes: Revista do Rádio de 30/06/1960; Dicionário da MPB.
Maestro Totó
Maestro Totó - 1954 |
Mas, o eterno pendor musical foi falando alto dentro dele e, consequentemente, arrumou um emprego como pianista no ano de 1936, além de um bom salário para a época. Estava com 23 anos e era recém formado exercendo duas profissões: médico e pianista. Mas foi estudando cada vez mais o piano, assim como estudou a regência. Esteve na Itália algumas vezes onde fez cursos de especialização musical.
Mais tarde, já professor do Consultório Dramático e Musical de São Paulo, tornou-se bastante conhecido do público pela sua atuação nas principais rádios paulistas.
Foi diretor artístico da Rádio Cruzeiro do Sul, regente da orquestra da Rádio Educadora Paulista, que anos depois se transformou na Rádio Gazeta onde apresentava o programa "Jazz da Gazeta" que incluía uma orquestra sinfônica.
Nos estúdios, Antonio Sergi (também conhecido por Totó), criou a Orquestra Columbia com a qual gravou inúmeros sucessos da época, com todos os grandes intérpretes dos anos 40. Sua orquestra costumava animar os principais eventos sociais da cidade, incluindo as festas na mansão dos Matarazzo, na Avenida Paulista.
Nos anos 40, atuou por vários anos na Rádio Gazeta junto com o maestro Armando Belardi, Conselheiro da Sociedade Esportiva Palmeiras. No final da década, em 1949, compôs o hino (letra e música) da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Totó gostava da regência e de produzir arranjos musicais, não tendo por hábito escrever letras para canções. Nas poucas vezes em que o fez, usou o pseudônimo de Gennaro Rodrigues, como no caso do hino do Palmeiras, o que gerou muita confusão por vários anos, com torcedores imaginando se tratar de pessoas diferentes.
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Fontes: Museu da TV; Wikipedia; Revista do Rádio.
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