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Valdemar Silva - 19/6/1937 |
Valdemar Silva (Valdemar Moniz da Silva), compositor e ritmista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23/10/1911, e faleceu na mesma cidade em 12/6/1990. Foi criado em um ambiente musical. Sua avó Serafina Lopes Faria tocava sanfona e cantava jongo.
Passou a trabalhar ainda muito jovem, tendo exercido desde os 12 anos de idade várias profissões.
Aos 20 anos passou a trabalhar como feirante, profissão a qual se dedicou por 38 anos. Começou a compor na adolescência, sendo sua primeira obra o samba
Com fome e com frio, que ficou incompleto.
Em 1930, conheceu
Getúlio Marinho (Amor) que o levou à Victor. Iniciou suas atividades artísticas em 1933, por intermédio de Amor, que o apresentou a
Henrique Vogeler, responsável pela primeira gravação de sua obra,
Até dormindo sorriste, uma parceria com Amor.
No mesmo ano, teve mais quatro composições gravadas por
Patrício Teixeira na Odeon: as marchas
Cala boca, com Paulo Pinheiro e
Tipo combinado, com
Bide e os sambas
Samba no morro, com Roberto Martins e
Remo no mar, com Alcebíades Teixeira.
No ano seguinte, compôs aquele que seria seu maior sucesso, o samba
Favela, com Roberto Martins, gravado por
Francisco Alves na Victor e um de seus maiores sucessos, que se tornou um dos grandes clássicos da música popular brasileira e que foi regravada por
Carlos Galhardo,
Sílvio Caldas,
Ataulfo Alves,
Maysa e as orquestras de Severino Araújo e Zacarias. Também nesse ano, a marcha
Meu coração também parceria com Roberto Martins foi gravado por Araci de Almeida.
Em 1937,
Carmen Miranda lançou o samba
Imperador do samba em disco Odeon. No mesmo ano, fez com Zé Pretinho o samba
Você precisa amar... gravado por
Jaime Vogeler e com C. Vasconcelos o samba
Julgou ser feliz gravado por
J. B. de Carvalho.
Em 1938, teve a marcha
Garota, parceria com
Vicente Paiva gravada pela dupla
Joel e Gaúcho. Em 1939, teve duas parcerias com Paulo Pinheiro gravadas na Odeon: o samba
Eu sou a Bahia em dueto por
Dircinha Batista e
Nuno Roland e o samba-canção
Em paga de tudo por Dircinha Batista. Na mesma época, Dircinha Batista gravou o samba
Eu gostava tanto dele, com Raul Marques. Ainda em 1939, Patrício Teixeira gravou na Victor os sambas
Pergunte à vizinha do lado, com J. Eloi de Assis e
Perdão, com Raul Marques.
Trabalhou com os regionais de Benedito Lacerda e Claudionor Cruz e integrou as orquestras de Vicente Paiva, Fon-Fon, Simon Bountman e maestro Gaó. Em fins de 1940, os
Anjos do Inferno gravaram na Columbia sua marcha
Todo mundo dança, parceria com Raul Marques.
Em 1941, voltou a ter músicas gravadas por Patrício Teixeira: os sambas
No dia do meu casamento, com E. Figueiredo e
A gargalhar fiquei, com Raul Marques. No mesmo ano, fez com
Milton de Oliveira o samba
É feliz gravado por
João Petra de Barros na Victor.
Em 1945, Roberto Paiva gravou na Continental seu Samba da vitória, com Ari Monteiro, alusivo ao fim da segunda Guerra Mundial. Em 1946, Carlos Galhardo gravou o samba Ela tem razão, com Erasmo Silva em disco Victor.
Em 1951, Orlando Silva gravou com sucesso o samba Senhor, me ajude, com Luís Soberano. Teve mais de vinte músicas gravadas, principalmente sambas e marchas tendo como principal parceiro Roberto Martins. Teve obras gravadas por Aracy de Almeida, Francisco Alves, Linda Batista e Carlos Galhardo entre outros.
Obra
A gargalhar fiquei (c/ Raul Marques), Aquarela do morro (c/ Arnô Canegal), Até dormindo sorriste (c/ Getulio Marinho), Brincando com Iaiá (c/ Raul Marques), Cala boca (c/ Paulo Pinheiro), Com fome e com frio, Compra ioiô (c/ Roberto Martins), É feliz (c/ Milton de Oliveira), Ela tem razão (c/ Erasmo Silva), Em paga de tudo (c/ Paulo Pinheiro), Eu gostava tanto dele (c/ Raul Marques), Eu sou da Bahia (c/ Paulo Pinheiro), Favela (c/ Roberto Martins), Garota (c/ Vicente Paiva), Homem não chora, Imperador do samba, Julgou ser feliz (c/ C. Vasconcelos), Meu coração (c/ Roberto Martins), Muito chorei (c/ Buci Moreira), No dia do meu casamento (c/ E. Figueiredo), Perdão (c/ Raul Marques), Pergunte à vizinha do lado (c/ J. Eloi de Assis), Remo no mar (c/ Alcebíades Teixeira), Samba da vitória (c/ Ari Monteiro), Samba no morro (c/ Roberto Martins), Senhor, me ajude (c/ Luis Soberano), Tem tempo (c/ Roberto Martins), Tipo combinado (c/ Alcebíades Barcelos), Todo mundo dança (c/ Raul Marques).
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira / AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982. / MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). / Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.