Luiz Vicentini
D
A lua velha no sertão é bem melhor
A
que um lampião de aguardente;
G
Aquece o coração,
Gº D
iluminando a vastidão dessa planície.
B-
Lá vem o caminhão,
A
tão conhecido pau-de-arara, com aqueles homens;
F#
Lá vai o sol, levando o céu pra escuridão,
B-
por quê de mim se esconde.
F#
Traga amanhã de manhanzinha
um pouco dessa água corrente,
B-
Vê se me acorda bem mais cedo,
pra que eu toque pra essa gente
A
Uma canção antiga, minha,
F# B-
mais que predileta do eterno poeta.
F#
Faça de conta que o Nordeste é forte,
B-
tem mata verde e água em abundância,
A D
Laço vermelho pras moças que gostam de cabra-macho,
cavalo e arreio.
F#
A noite é festa ao redor da fogueira,
B-
a prenda dança até raiar o dia,
A D
Bota a sanfona no lombo da velha e cai na folia.
F#
A lua velha do sertão faz parte,
B-
como a aguardente ta pro boiadeiro,
A
Se o trovador tem sua viola,
D
meu coração tem seus segredos,
F#
E não tem medo de chorar baixinho,
B-
quando o sertão inteiro silencia,
A D
Pra contemplar no céu o sol da noite: a velha lua.
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