Carvalhinho (José Prudente de Carvalho), compositor, nasceu em Aracaju, SE, em 29/3/1913, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 30/7/1970. Aos 12 anos mudou-se para o Rio de Janeiro.
Autor de marchinhas e sambas, já na década de 1940 fazia sucesso nos carnavais, com Vou me acabar (com Romeu Gentil), 1945, e O periquito da madame (com Afonso Teixeira e Nestor de Holanda), 1947.
Em 1952 foi um dos compositores mais populares do Carnaval, quando a marchinha Acho-te uma graça (com Benedito Lacerda e Haroldo Lobo) foi gravada pelo locutor César de Alencar. No ano seguinte, novo êxito com a marchinha Cossaco.
Em 1956, a música mais cantada do Carnaval foi Quem sabe, sabe, que compôs com Joel de Almeida, aproveitando um jingle então muito popular no rádio e na televisão.
Seu maior sucesso foi o samba Madureira chorou (com Júlio Monteiro), lançado no Carnaval de 1958 e inspirado na morte por afogamento da estrela do teatro de revista Záquia Jorge, que se apresentava em um teatro daquele subúrbio do Rio de Janeiro. O samba foi gravado por Joel de Almeida e chegou a ser lançado na França com o título Si tu vas à Rio, em interpretação do grupo vocal Les Compagnons de la Chanson.
Para o mesmo Carnaval, compôs ainda, em parceria com Paulo Gracindo, o samba Derrubaram a galeria, que comentava o desaparecimento do Hotel Avenida e sua famosa Galeria Cruzeiro, ponto de reunião dos foliões carioca e reduto tradicional dos velhos Carnavais.
No ano seguinte, com o mesmo parceiro, obteve grande sucesso com a marchinha Vai ver que é . Entre seus últimos sucessos estão ainda Meu patuá (com Zilda do Zé e Jorge Silva), samba de 1964, premiado num concurso promovido pelo animador de televisão Chacrinha, e Saravá, com os mesmos parceiros, samba do ano seguinte, gravado por Orlando Dias.
Afastando-se do meio artístico para chefiar a seção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos da cidade de Sapucaia RJ, morreu logo depois.
Obra
Fiquei na saudade (c/Jorge Silva e Zilda do Zé), samba 1965; Madureira chorou (c/Júlio Monteiro), samba 1957; Quem sabe, sabe (c/Joel de Almeida), marcha, 1956.
Nenhum comentário:
Postar um comentário