terça-feira, dezembro 21, 2010

Zélia Duncan


Zélia Duncan (Zélia Cristina Gonçalves Moreira), cantora e compositora, nasceu em Niterói, RJ, em 28/10/1964. Iniciou a carreira profissional em 1981 cantando na sala Funarte.

Sob a orientação do diretor teatral Moacir Góis, estreou no Rio de Janeiro em 1987 no extinto Botanic, como Zélia Cristina. No mesmo ano, excursionou pelo Nordeste acompanhando Cida Moreira e Wagner Tiso, no projeto Pixinguinha.

Em 1989 apresentou-se no show Zélia Cristina no caos, na Casa de Cultura Laura Alvim, que resultou no convite para gravar o primeiro disco, Outra luz, pela gravadora Eldorado.

No final de 1991, insatisfeita com o resultado de seu primeiro trabalho, foi cantar em um hotel em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, retornando ao Brasil em 1992.

Convidada por Almir Chediak, participou do songbook de Dorival Caymmi cantando Sábado em Copacabana, ocasião em que foi descoberta por aquela que passou a ser sua empresária, Beth Araújo, da Warner. Nessa ocasião, mudou o nome para Zélia Duncan, sobrenome de solteira da mãe, título do disco lançado em 1994 pela Warner.

A música Catedral (Cathedral Song, de Tanita Tikaran, versão em parceria com Christian Oyens) fez grande sucesso como trilha da novela A próxima vítima, da TV Globo, e o disco foi eleito pela revista Bíllboard como um dos dez melhores álbuns latinos de 1995.

Participou do songbook de Djavan com a canção Cigano e do songbook de Tom Jobim com Bonita.

Embora estabelecida como artista de pop-rock, participou com o samba Quantas lágrimas (Manacéia) do disco Casa de bamba (Polygram, 1995).  Seus sucessos incluem a regravação de Lá vou eu, de Rita Lee.

Em 1996 lançou o CD Intimidade, pela Warner, e, em 1997, apresentou-se em shows no Brasil e no exterior (EUA, Japão), e também na TV portuguesa.

Em 2000, após turnê por cidades do Nordeste e Sul do país, a cantora apresentou-se no Teatro Rival, com o show solo Entre parênteses, tocando violão de seis e 12 cordas e bandolim.

Em 2001, gravou um rap em português para o relançamento no Brasil e no México do CD Brand new day, de Sting. Nesse mesmo ano, lançou o CD Sortimento, contendo suas canções Chicken de frango e Beleza fácil (ambas com Rodrigo Maranhão), Eu me acerto, Desconforto (c/ Rita Lee) e Hóspede do tempo (c/ Fred Martins), além da faixa-título (Nando Reis), Por que que eu não pensei nisso antes? ( Itamar Assumpção), Alma (Arnaldo Antunes e Pepeu Gomes), Todos os dias (John), Flores (Fred Martins e Marcelo Diniz), Na hora da sede (Luiz Américo e Braguinha), que contou com a participação do Trio Mocotó, e as faixas bônus que registraram sua participação em discos de Herbert Vianna (Partir, andar, de Herbert Vianna) e Capital Inicial (Eu vou estar, de Alvin L. e Dinho Ouro Preto).

Em 2002, gravou a faixa Look at me no CD Dê uma chance à paz - Uma homenagem brasileira, tributo a John Lennon idealizado por Marcelo Fróes e co-produzido com Celso Fonseca para o selo Geléia Geral, atuando no show de lançamento do disco, realizado na Praia de Copacabana no dia 8 de dezembro desse mesmo ano. Ainda nesse ano, lançou Sortimento vivo, em CD e DVD, o primeiro de sua carreira, com direção de Oscar Rodrigues Alves, contendo o registro ao vivo de show realizado nesse mesmo ano no Sesc Vila Mariana (SP), cenas da viagem a Portugal, videoclipes de sua carreira e o making-of das gravações.

Fez show na Praia de Icaraí, em 2003, em comemoração ao 430º aniversário de Niterói. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Cais do Oriente (RJ), ao lado de outros artistas, para o lançamento do livro Vamo batê lata (Editora 34), uma biografia do grupo Paralamas do Sucesso escrita pelo jornalista Jamari França.

Em 2004, gravou o CD Eu me transformo em outras, primeiro projeto do selo Duncan Discos, com distribuição da Universal Discos. Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco no Teatro Rival BR (RJ). Nesse mesmo ano, lançou o DVD Eu me transformo em outras.

Lançou, em 2005, o CD Pré, pós tudo, bossa band, produzido por Christiaan Oyens, Bia Paes Leme e Beto Villares. O disco incluiu Diz nos meus olhos (Inclemência), composição de Guerra Peixe que recebeu letra de sua autoria e foi incluída na trilha sonora da novela Alma gêmea (Rede Globo), nesse mesmo ano.

Em 2007, apresentou-se com Os Mutantes em São Paulo, durante as comemorações do aniversário da cidade e, em seguida, no Rio de Janeiro, seguindo em turnê com o conjunto pela Europa e Estados Unidos. Em setembro desse mesmo ano, desligou-se do grupo.

Lançou em 2008, ao lado de Simone, o DVD e CD Amigo é Casa, gravado no ano anterior no Auditório Ibirapuera, com roteiro de ambas, direção geral e cenografia de Andréa Zeni, direção musical de Bia Paes Leme, direção de DVD de Joana Mazugueli.

Em 2009, lançou o CD Pelo sabor do gesto, contendo suas canções Nem tudo e Aberto, ambas com Edu Tedeschi, Sinto encanto (c/ Moska), Tudo sobre você (c/ John Ulhoa), Se um dia me quiseres (c/ Zeca Baleiro), Se eu fosse (c/ Dante Ozzetti), Todos os verbos (c/ Marcelo Jeneci) e Esporte fino confortável (c/ Chico César), e ainda suas versões Boas razões (De bonnes raisons) e Pelo sabor do gesto (As-tu dejà aimé?), músicas do francês Alex Beaupain.


Fonte: Enciclopédia Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998 - Dicionário Cravo Albin da MPB.

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