Felisberto Marques (circa 1860 – circa 1920, Rio de Janeiro, RJ) era flautista, compositor e professor. Contemporâneo e amigo do maestro Anacleto de Medeiros, muito pouco se sabe a seu respeito. Participou da serenata que Eduardo das Neves, o palhaço Dudu, realizou em homenagem a Santos Dumont, em 1903.
Segundo Alexandre Gonçalves Pinto, "era um melodioso flauta de justo valor pela expressão com que executava as suas admiráveis composições, pois Felisberto, além de um bom executor, era um exímio professor de flauta".
Ainda em "O choro", Alexandre conta que "Anacleto de Medeiros considerava e venerava Felisberto, pela sua inteligência musical e seu fino trato":
“Vou aqui descrever outro chorão da velha e nova guarda, já fallecido, Felisberto Marques, mais conhecido por Maçarico. Era um melodioso flauta de justo valor pela expressão com que executava suas admiráveis composições, pois Felisberto além de um bom executor, era um exímio professor de flauta. Ultimamente, já nos fins de sua gloriosa vida foi accommmettido de um súbito mal que com espanto de todos os seus admiradores, perdeu a embocadura, e nada mais pôde tocar. Eis as suas composições: "Suspiros d'Alma", "Tutú", "Os Deuses de Maricota" e muitas outras que não tenho no meu archivo musical. Anacleto de Medeiros considerava e venerava Felisberto, pela sua inteligência musical e seu fino trato” (Alexandre Gonçalves Pinto).
Obras: Manoelita; Odalisca; Os deuses de Maricota; Paquetaense; Suspiros d'alma; Tutu.
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora; O Choro – Reminiscências dos chorões antigos, 1936 – Alexandre Gonçalves Pinto.
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