quarta-feira, maio 22, 2013

Belinha da Silva

Belinha da Silva - 1949
Belinha Silva (Nair José da Silva), cantora, iniciou a carreira artística cantando na Rádio Guanabara num programa de calouros. Atuou depois na Rádio Tupi. Na primeira metade da década de 1950 foi uma das cantoras contratadas pela Rádio Nacional onde estreou em 1948 no programa "Alma do sertão" apresentado por Renato Murce quando interpretou Recorda coração.

Entre outros programas, participou do "Dicionário Toddy" produzido por Fernando Lobo onde, em um especial sobre o Nordeste, interpretou Nordeste e a música Macumbô.

Em 1950, atuou no programa "Poemas sonoros" apresentado na Rádio Nacional por Manoel Barcelos, com textos de Eurico Silva, e arranjos e orquestra dirigida pelo maestro Leo Peracchi. Apresentou-se também no programa "Gente que brilha", apresentado pelo radialista Paulo Roberto.

Estreou em discos em 1951, quando assinou contrato com a gravadora Elite Special, e gravou com acompanhamento de orquestra, o baião Bate o barro, de Ismael Neto e Nestor de Holanda Cavalcanti, e o samba-canção Dores iguais, de Ismael Neto e René Bittencourt. Em seguida, gravou com acompanhamento de conjunto regional o Baião na cidade, de Ismael Neto e Nestor de Holanda Cavalcanti, e o coco Piaba, de Rafael de Carvalho.

Sempre atuando com exclusividade em programas musicais da Nacional, em 1952 gravou com acompanhamento de regional o samba Não dei razão, de Bob Nelson e Sebastião Lima, e a Marcha do Sheik, de Dunga e José Batista. No mesmo ano, gravou os sambas-canção Não diga que isso é amor, de Anísio Bichara e F. Marchelli, João bilheteiro, de René Bittencourt, e A dor da saudade, de Luiz Antônio e Jota Jr., e os sambas Silêncio entre nós, de Luiz Bittencourt e Roberto Faissal, Baiana de Nazaré, de Ari Moreno, e Minha promessa, de Rubens Campos e Ari Rebelo.

Apesar de manter sempre uma atuação bastante discreta no cast de estrelas da Nacional, em 1953 lançou um último disco pela Elite Special com a Marcha da China, de Geraldo Queiroz e José Batista, e o samba Documento de operário, de Artur Vargas Jr, Manoel Moreira e Jones Dutra. No mesmo ano, foi contratada pela Odeon e lançou o baião De quem é meu coração e a polca Polquinha brejeira, ambas de Babi de Oliveira, com acompanhamento de conjunto regional.

No ano seguinte, gravou com acompanhamento de conjunto melódico o baião Oia o jeito, de Vargas Jr e Ubirajara Nesdan, e o samba-canção Eu abro mão, de Carolina Cardoso de Meneses e Armando Fernandes.

Em 1956, foi contratada pela gravadora pernambucana Mocambo, e no ano seguinte, lançou o samba-canção Não ser mãe, de René Bittencourt, e o xote Velhos tempos, de Altamiro Carrilho e Armando Nunes. Em seguida, gravou a marcha Cuidado papai, de Othon Russo, Castro Perret e Edson Santana, e o samba Sem teu amor, de Carvalhinho, Carrapeta e Osvaldinho.

Em 1960, gravou pelo pequeno selo CAM a marcha Eu vou pro Bola, de Blecaute e Antoninho exaltando o tradicional bloco carnavalesco carioca Cordão do Bola Preta, e o samba Dor de amor, de José Silva, Everton Correia e Jorge Costa. Lançou ainda pelo selo Ritmos, o samba Já chorei por você, de Petrus Paulus, José Silva e Jorge Gonçalves, e a marcha Tô jogado fora, de José Rosas, José Silva e Jorge Lemos.

Discografia

(1954) Óia o jeito/Eu abro mão • Odeon • 78
(1957) Não ser mãe/Velhos tempos • Mocambo • 78
(1957) Cuidado papai/Sem teu amor • Mocambo • 78
(1960) Eu vou pro Bola/Dor de amor • CAM • 78
(1961) Já chorei por você • Ritmos • 78
(1961) Tô jogado fora • Ritmos • 78

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Revista do Rádio - Fevereiro de 1949.

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