segunda-feira, abril 03, 2006

Tristezas do Jeca


Angelino de Oliveira
Conhecida também como "Tristeza do Jeca", esta toada nasceu em Botucatu em 1918, popularizando-se no interior paulista por volta de 1922. Então, gravada pela Orquestra Brasil-América (1924) e pelo cantor Patrício Teixeira (1926), ganhou o país, convertendo-se num dos maiores clássicos de nossa música sertaneja.

Importante centro econômico do estado de São Paulo, Botucatu registrava já àquele tempo uma razoável movimentação artística, reunindo cantadores e músicos, entre os quais o autor da composição, Angelino de Oliveira. "Era um humilde tocador de violão e guitarra portuguesa", dizia o compositor Ariovaldo Pires (Capitão Furtado), amigo pessoal de Angelino. Com sua melodia e letra pungentes, "Tristezas do Jeca" canta as mágoas de um matuto apaixonado:

Tristezas do Jeca (toada, 1922) - Angelino de Oliveira - Interpretação: Patrício Teixeira

Disco selo: Odeon R / Título da música: Tristezas de Jéca / Angelino de Oliveira (Compositor) / Patrício Teixeira (Intérprete) / Nº do Álbum: 123134 / Lançamento: 1926 / Gênero musical: Toada paulista / Coleções: IMS, Nirez



---D --------G ----------D -------------A7
Nestes versos tão singelos / Minha bela,
----------D----------- G----------- D------------ A7
Meu amor / Pra vancê quero contar meu sofrer
---------------D -----D7----
A  minha dor  ------


----G-------------------- D
Eu sou como o sabiá
-----------------B7----------- Em-------------- A7
Que quando canta é só tristeza / Desde o galho
----------------D
onde ele está (bis)


(refrão: )

----------A7------------------------------------ D
Nessa viola canto e gemo de verdade
------------A7------------------------------ D
Cada toada representa uma saudade

--D-------- G------------- D----------------- A7-------------- D
Eu nasci naquela serra / Num ranchinho a beira-chão
-------------------G-------- D------------- A7--------- D------- D7
Todo cheio de buraco / Onde a lua faz clarão


------G------------------- D-------------- B7---------- Em
Quando chega a madrugada / Lá no mato a passarada
--------A7------------ D
Principia um baruião (bis) (refrão)

---D -----G----------------- D
Lá no mato tudo é triste

------------A7------------ D
 
Feito o jeito de falar
-----------G -----------D -----------A7---------- D--- D7
Quando risco minha viola dá vontade chorar


--------------G -------------D ---------B7------------ Em
Não há um que cante alegre / Tudo vive padecendo
----------A7------------ D
Cantando pra aliviar    (bis) ( refrão )



A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34

Nenhum comentário:

Postar um comentário