"Luar de Paquetá" é a mais conhecida das composições sobre a bucólica ilha, que inspirou tantas outras canções e até um romance célebre, A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo. E merece essa popularidade muito mais pela melodia de Freire Júnior do que pelos versos de Hermes Fontes.
Um exagerado simbolista, o poeta impregnou a canção de imagens afetadas como "nereidas incessantes", "hóstia azul fervendo em chamas", "noites olorosas"... Aliás, a propósito desta imagem, há algumas gravações em que os intérpretes - entre os quais Francisco Alves - trocam o adjetivo e cantam "nessas noites dolorosas". Lançado em 1922, "Luar de Paquetá" estendeu seu sucesso ao ano seguinte, quando deu nome a uma revista teatral.
Luar de Paquetá (tango / fado, 1922) - Freire Jr. e Hermes Fontes
Interpretação de Bahiano em disco Odeon lançado em 1922:
Disco selo: Odeon R / Título da música: Luar de Paquetá / Freire Júnior (Compositor) / Hermes Fontes (Compositor) / Bahiano (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Nº do Álbum: 122064 / 122065 / Lançamento: 1922 / Gênero musical: Tango Fado / Coleção: Nirez D
Intepretação de Déo com Dircinha Batista em disco Continental lançado em 1943:
Disco 78 rpm / Título da música: Luar de Paquetá / Freire Júnior (Compositor) / Hermes Fontes (Compositor) / Déo (Intérprete) / Dircinha Batista, 1922-1999 (Intérprete) / Benedito Lacerda e Seu Conjunto (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: Continental / Nº Álbum 15105-a / Nº Matriz: 688-1 / Lançamento: Dezembro/1943 Gênero musical: Marcha-rancho
Nestas noites olorosas, / Quando o mar desfeito em rosas,
Se desfolha à lua cheia, / Lembra a ilha um ninho oculto,
Onde o amor celebra em culto, / Todo o encanto que a rodeia.
Nos canteiros ondulantes, / As nereidas incessantes,
Abrem lírios ao luar, / A água em prece burburinha,
Em redor da capelinha / E vai rezando o verbo amar.
Jardim de afetos, pombal de amores, / Humildes tetos de pescadores,
Se a lua brilha - que bem nos dá - / Amar na Ilha de Paquetá !
Pensamento de quem ama / Hóstia azul fervente em chamas
Entre lábios separados, / Pensamento de quem ama,
Leva o meu radiograma / Ao jardim dos namorados,
Onde é esse paraíso / O caminho que idealizo,
Na ascensão para este altar, / Paquetá é um céu profundo
Que começa neste mundo / Mas não sabe onde acabar...
Um exagerado simbolista, o poeta impregnou a canção de imagens afetadas como "nereidas incessantes", "hóstia azul fervendo em chamas", "noites olorosas"... Aliás, a propósito desta imagem, há algumas gravações em que os intérpretes - entre os quais Francisco Alves - trocam o adjetivo e cantam "nessas noites dolorosas". Lançado em 1922, "Luar de Paquetá" estendeu seu sucesso ao ano seguinte, quando deu nome a uma revista teatral.
Luar de Paquetá (tango / fado, 1922) - Freire Jr. e Hermes Fontes
Interpretação de Bahiano em disco Odeon lançado em 1922:
Disco selo: Odeon R / Título da música: Luar de Paquetá / Freire Júnior (Compositor) / Hermes Fontes (Compositor) / Bahiano (Intérprete) / Orquestra (Acomp.) / Nº do Álbum: 122064 / 122065 / Lançamento: 1922 / Gênero musical: Tango Fado / Coleção: Nirez D
Intepretação de Déo com Dircinha Batista em disco Continental lançado em 1943:
Disco 78 rpm / Título da música: Luar de Paquetá / Freire Júnior (Compositor) / Hermes Fontes (Compositor) / Déo (Intérprete) / Dircinha Batista, 1922-1999 (Intérprete) / Benedito Lacerda e Seu Conjunto (Acomp.) / Imprenta [S.l.]: Continental / Nº Álbum 15105-a / Nº Matriz: 688-1 / Lançamento: Dezembro/1943 Gênero musical: Marcha-rancho
Nestas noites olorosas, / Quando o mar desfeito em rosas,
Se desfolha à lua cheia, / Lembra a ilha um ninho oculto,
Onde o amor celebra em culto, / Todo o encanto que a rodeia.
Nos canteiros ondulantes, / As nereidas incessantes,
Abrem lírios ao luar, / A água em prece burburinha,
Em redor da capelinha / E vai rezando o verbo amar.
Jardim de afetos, pombal de amores, / Humildes tetos de pescadores,
Se a lua brilha - que bem nos dá - / Amar na Ilha de Paquetá !
Pensamento de quem ama / Hóstia azul fervente em chamas
Entre lábios separados, / Pensamento de quem ama,
Leva o meu radiograma / Ao jardim dos namorados,
Onde é esse paraíso / O caminho que idealizo,
Na ascensão para este altar, / Paquetá é um céu profundo
Que começa neste mundo / Mas não sabe onde acabar...
Fonte: A Canção no Tempo - Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello - Vol. 1 - Editora 34
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