Picolino da Portela (Claudemiro José Rodrigues), compositor, cantor e instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 13/5/1930. Começou a compor aos 16 anos para o bloco Unidos da Tamarineira, do subúrbio de Osvaldo Cruz, onde ficou de 1945 a 1946.
Entrou para o G.R.E.S. da Portela em 1950, com Candeia e Valdir 59. Os três passaram a integrar a ala dos impossíveis, então presidida pelo compositor Wanderley, e se apresentaram em 1955-1956 no Clube High-Life com a Orquestra Tabajara e a do maestro Cipó. Fundou mais tarde a ala dos malabaristas, que liderou por cinco anos. Transferiu-se depois para a ala dos compositores, da qual foi presidente por dois anos.
Participou ainda do conjunto Os Mensageiros do Samba, liderado por Candeia, com quem chegou a gravar um LP na Philips, em que foram incluídas duas músicas de sua autoria, Lenço branco e Se eu conseguir (com Casquinha). Formou o Trio ABC, com Noca da Portela e Colombo, que participou de vários espetáculos de samba e alguns festivais.
Compôs dois sambas-enredo da Portela, o Samba do gigante (com Valdir 59), feito em homenagem ao IV Centenário de São Paulo SP (1954) e Legados de D. João VI (com Candeia e Valdir 59), em 1957.
Classificou-se em primeiro lugar no Concurso de Carnaval do Teatro Municipal, do Rio de Janeiro, em 1969, com Chorei, sofri, penei (com Noca da Portela).
É autor ainda de Atrás do meu caminho, gravado por Elizeth Cardoso, e Portela querida (com Noca da Portela e Colombo), gravado por Elza Soares. Com estes dois parceiros compôs também A dor que vem do Brás, lançado por Eliana Pittman, a mesma cantora que gravou Tô chegando, já cheguei (com Caipira). Entre outras músicas, lançou ainda Puxa, que luxo, gravado por Luiz Ayrão. Ritmista, apresentou-se em clubes, churrascarias e rodas de samba do Rio de Janeiro, sendo também funcionário aposentado do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis.
Obras
Atrás do meu caminho, s.d.; Chorei, sofri, penei (c/Noca da Portela), 1969; A dor que vem do Brás (c/Noca da Portela e Colombo), s.d.; Legados de D. João VI (c/Candeia e Valdir 59) samba-enredo, 1957; Lenço branco, s.d.; Portela querida (c/Noca da Portela e Colombo), 1968; Puxa, que luxo, s.d.; Samba do gigante (c/Valdir 59), samba-enredo, 1954; Se eu conseguir (C/Casquinha), s.d.; Tô chegando, já cheguei (c/Caipira), s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.
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