Mostrando postagens com marcador peterpan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador peterpan. Mostrar todas as postagens

domingo, julho 07, 2013

A crise de habitações no carnaval

Aqui estão os Quatro Ases e Um Coringa, intérpretes da marcha de Peterpan e Afonso Teixeira, "Marcha do Caracol". Afonso tem em sua bagagem uma série de sucessos musicais que o credenciaram a figurar no meio dos mais aplaudidos compositores populares (Revista do Rádio/1951)


Marcha do Caracol (marcha/carnaval, 1951) - Peterpan e Afonso Teixeira - Interpretação: 4 Ases e 1 Coringa



Gravada em disco RCA, a "Marcha do Caracol" ataca em cheio o problema da crise de habitações e faz, nas "entrelinhas" uma charge com os adeptos das residências pré-fabricadas. Eis a letra da interessante composição:

I

Há quanto tempo
Não tenho onde morar
Se é chuva, apanho chuva!
Se é sol, apanho sol
Francamente
Pra viver nessa agonia
Eu preferia
Ter nascido um caracol...

II

Levava minha casa
Nas costas, muito bem
Não pagava aluguel
Nem luvas a ninguém!
Morava um dia "aqui"
Um outro, "acolá"
Leblon, Copacabana
Madureira ou Irajá!...


_____________________________________________________________________
Fonte: Revista do Rádio, Fevereiro/1951.

sábado, junho 15, 2013

Afonso Teixeira

Afonso Teixeira, compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ (Circa 1920) e começou a ter músicas gravadas no começo da década de 1940. Suas composições foram principalmente sambas e marchas.

Em 1941, o samba Última lágrima, com Peterpan e M. Roberto, foi gravado por Nena Robledo (irmã de Emilinha Borba) com o conjunto Milton de Oliveira e sua Turma, e a marcha Mulher bonita, com Antenor Borges e Djalma Esteves, foi lançada por Nicodemos Rezende, as duas na Odeon.

Em 1942, a valsa Último sonho, com Ari Monteiro, e a marcha Quem é o tal?, com Ubirajara Nesdan, foram gravadas por João Petra de Barros na Victor. A marcha Bonde de ceroulas, com Cristóvão de Alencar, foi gravada por Lauro Borges no mesmo ano, na Victor, visando o carnaval do ano posterior.

Em 1943, obteve sucesso com o samba Tirrim...tirrim..., com Peterpan, gravado pelos Quatro Ases e um Coringa. Ainda nesse ano, Odete Amaral lançou a marcha O curió, com Ubirajara Nesdan, e Araci de Almeida o samba Quem disse que eu não caso?, com Peterpan, ambas na Odeon.

Em 1944, o grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa gravou na Odeon o samba Lenda do morro, com Peterpan, e a marcha Seu Balzac, com Jorge de Castro, enquanto Carlos Galhardo registrou na Victor o samba Depois que ela me fez, com Germano Augusto. No mesmo ano, Elvira Pagã registrou na Continental o samba Arrastando o pé, com Peterpan.

Em 1945, Dircinha Batista lançou na Continental a dança-brasileira Tuma-tumba, com Peterpan. Também na Continental Emilinha Borba registrou os sambas Se eu tivesse com que..., e Como eu sambei, e João Petra de Barros a marcha Moça bonita, todas com Peterpan.

Araci de Almeida registrou em 1946, na Odeon, o samba Pretensão e vaidade, com  Carvalhinho e Humberto de Carvalho, e Alcides Gerardi, também na Odeon, o samba Dedo de luva, com Humberto de Carvalho, enquanto Gilberto Alves na Victor gravou a canção Em cada sonho...um amor, com Humberto Carvalho e Carvalhinho, e Flora Matos na Continental registrou o samba Liberdade tem limite, com José Batista. Ainda nesse ano, fez grande sucesso com a marcha O periquito da madame, parceria com Nestor de Holanda e Carvalhinho, lançada pelos Quatro Ases e Um Coringa.

Em 1947, outro de seus sambas foi gravado por Araci de Almeida na Odeon; Resignação, com Peterpan, enquanto Ruy Rey na Continental lançou o samba Não escapa ninguém, com Peterpan.

Obteve grande sucesso em 1949, com o samba Chico Brito, com Wilson Batista, lançado na Odeon por Dircinha Batista. No mesmo ano, pela Victor, os Anjos do Inferno registraram o samba Nega, com Valdemar Gomes, e Moreira da Silva gravou na Continental o samba Mulher que eu gosto, com A. F. Marques. No ano seguinte, Carlos Galhardo gravou pela Victor o samba Quando não estás, com Ari Monteiro, e Ruy Rey lançou pela Continental a marcha Negócio da China, com Peterpan. Ainda em 1950, a marcha Tourada sem espada, com Jorge de Castro, foi gravada por Orlando Correa na Todamérica.

Para o carnaval de 1951, o grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa gravou com sucesso na Victor a marcha Marcha do caracol, com Peterpan, registrando ainda a marcha Apanhador de papel, também com Peterpan. No mesmo ano, os Anjos do Inferno lançaram o samba Saudade de Helena, com Valdemar Gomes.

Fez com Roberto Martins, em 1952, o samba Dona do meu coração, gravado na Victor por Gilberto Alves. Também desse ano, o samba Garota dos discos, com Wilson Batista, foi gravado por Quatro Ases e Um Coringa, enquanto a marcha Camponesa, com Peterpan, foi gravada para o carnaval por Emilinha Borba na Continental.

Em 1953, o grupo Quatro Ases e Um Coringa gravou na RCA Victor a marcha Polonesa, com Peterpan, e os Vocalistas Tropicais lançaram pela Continental a marcha Cabelo grisalho, com Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti.

Em 1955, Emilinha Borba gravou na Continental a marcha Chega de índio, com Cristóvão de Alencar. A marcha S O S, com Dunga, foi gravada por Orlando Correia no LP Carnaval RCA Victor - Vol. 1, de 1958.

Em 1965, o samba Liberdade tem limite, com José Batista, foi gravado na Polydor por Germano Mathias. Em 1970, seu samba Tirrim, tirrim, tirrim, parceria com Peterpan foi gravado por Noite Ilustrada em LP Continental.

Seu maior parceiro foi Peterpan com quem assinou as marchas Apanhador de papel e Marcha do caracol, também fez sucesso com o samba Chico Brito, com Wilson Batista e com a marcha O periquito de madame, com Nestor de Holanda e Carvalhinho.

Obras


Apanhador de papel (c/ Peterpan), Arrastando o pé (c/ Peterpan), Bonde de ceroulas (c/ Cristóvão de Alencar), Cabelo grisalho (c/ Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti), Camponesa (c/ Peterpan), Chega de índio (c/ Cristóvão de Alencar), Chico Brito (c/ Wilson Batista), Como eu sambei (c/ Peterpan), Dedo de luva (c/ Humberto de Carvalho), Depois que ela me fez (c/ Germano Augusto), Dona do meu coração (c/ Roberto Martins), Em cada sonho...um amor (c/ Humberto Carvalho e Carvalhinho), Garota dos discos (c/ Wilson Batista), Lenda do morro (c/ Peterpan), Liberdade tem limite (c/ José Batista), Marcha do caracol (c/ Peterpan), Moça bonita (c/ Peterpan), Mulher bonita (c/ Antenor Borges e Djalma Esteves), Mulher que eu gosto (c/ A. F. Marques), Não escapa ninguém (c/ Peterpan), Nega (c/ Valdemar Gomes), Negócio da China (c/ Peterpan), O curió (c/ Ubirajara Nesdan), O periquito da madame (c/ Nestor de Holanda Cavalcanti e Carvalhinho), Polonesa (c/ Peterpan), Pretensão e vaidade (c/ Carvalhinho e Humberto de Carvalho), Quando não estás (c/ Ari Monteiro), Quem disse que eu não caso? (c/ Peterpan), Quem é o tal? (c/ Ubirajara Nesdan), Resignação (c/ Peterpan), S O S (c/ Dunga), Saudade de Helena (c/ Valdemar Gomes), Se eu tivesse com que... (c/ Peterpan), Seu Balzac (c/ Jorge de Castro), Tirrim...tirrim... (c/ Peterpan), Tourada sem espada (c/ Jorge de Castro), Tuma-tumba (c/ Peterpan), Última esperança (c/ Peterpan), Última lágrima (c/ Peterpan e M. Roberto), Último sonho (c/ Ari Monteiro).

____________________________________________
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.

quarta-feira, maio 22, 2013

Marilena Cairo

Marilena Cairo - 1956
Marilena Cairo (circa 1930 - Rio de Janeiro), cantora, iniciou a carreira artística no início da década de 1950, apresentando-se em programas de rádio, quando foi contratada pela gravadora Copacabana em 1953. Gravou com acompanhamento de orquestra os sambas-canção Mentes, de Augusto Mesquita e Ari Monteiro, e Os lábios que te beijavam, de Mary Monteiro e Odilon Noronha.

Em 1955, gravou o samba Eu não conhecia a saudade, de Lindolfo Gaya, e o samba-canção Fita meus olhos, de Peterpan.

Contratada pela Sinter em 1956, lançou nesse ano o LP Marilene Cairo canta para você, com acompanhamento de Britinho e sua orquestra, disco no qual interpretou as músicas Fita meus olhos, Folha morta, de Ary Barroso, Os rios correm pro mar, de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy, Ninguém para amar, e Quem me dera, ambas de Anísio Silva e C. Portela, Aniversário da saudade, de Santos Garcia e Aldacir Louro, Se eu pudesse, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, e Eu sei, de Carlinhos e Alberto Paz.

No início do ano seguinte, os sambas-canção Eu sei, de Carlinhos e Alberto Paz, e Se eu pudesse, de José Maria de Abreu e Jair Amorim foram lançados em disco de 78 rpm. Ainda em 1956, atuou no filme Vamos com calma, direção de Carlos Manga e estrelado por Oscarito.

Contratada pela RCA Victor em 1957, gravou com acompanhamento de orquestra o bolero Deus te favoreça, de Fernando César, e o samba-canção Vê o que fizeste, de Peterpan e Mary Monteiro. No ano seguinte, lançou, também com acompanhamento de orquestra, o bolero Não posso mais te querer, de Aldacir Louro e Linda Rodrigues, e o samba-canção Por que brigamos?, de Pedro Rogério e Lombardi Filho.

No início da década de 1960, gravou dois discos pelo pequeno selo Santa Rita interpretando o samba-canção Aniversário da saudade, de Santos Garcia e Aldacir Louro, e Ao apagar da fogueira, de Castro Perret, e os sambas Menina dos olhos, de Anísio Bichara, Aldacir Louro e A. Roberto, e Você me traiu, de José Silva, Jorge Gonçalves e Agenor Lourenço.

Em 1974, participou do disco Osvaldo Santiago - Gente importante na Música Popular Brasileira um tributo ao compositor Osvaldo Santiago lançado pela Continental com as participações também de Alcides Gerardi, Gilberto Alves, Arlindo Borges, Coro Continental, e Hélio Chaves. Nesse tributo interpretou as músicas "Tudo cabe num beijo" e "Caçador de esmeraldas".

Os brotos (do rádio) também amam

"Marilena Cairo é uma pequena bonita e interessante que sabe cantar e apareceu no rádio atuando no programa de Samuel Rosemberg, o “Clube do Guri”. Desde que surgiu no rádio, fez logo valer sua personalidade e não houve quem não profetizasse grandes sucessos para a estrelinha que surgia.

Sua aparição verificou-se há mais ou menos quatro ou cinco anos e, depois, quando atingiu a idade juvenil, começou a ser solicitada para outras atuações. Assim apareceu na televisão, sempre cantando com agrado geral. Certo dia noticiou-se que Marilena estava atuando na PRE-Neno. Consagrava-se, assim, como profissional, a cantora que tanto sucesso fizera nos programas infantis e para quem tantos e tantos ouvintes ou homens de rádio julgaram possível uma carreira cheia de êxitos. Ainda dessa vez, Marilena continuou atuando no rádio e foi assim que ingressou noutros programas mantendo sempre o máximo de fãs.

Hoje, Marilena Cairo que ainda não conta vinte anos, está na Rádio Mundial e brilhando como não poderia deixar de brilhar. Sua atração principal é a maneira de cantar e sua graça muito juvenil. Tudo isso, porém, fez com que muita gente se preocupasse com o possível eleito dessa moça e, assim, de um momento para outro correu a notícia de que Marilena possuía um Príncipe Encantado e esse era nada mais nada menos do que o conhecido Paulo Mollin, cantor também novo e que se vem destacando no cenário radiofônico desde que deixou Pernambuco para atuar no Rio. Em Pernambuco, Paulo Mollin era cantor da Rádio Jornal do Comércio, de Recife. Ainda guri, de calças curtas, certo dia velo ao Rio e surpreendeu a todos cantando na Rádio Nacional, onde fez uma série de programas e agradou em cheio. Hoje, homem feito, muito embora seja muito jovem, está radicado no Rio, onde atua. na Nacional, depois de curta temporada na Tupi.

Fora do rádio, Paulo estuda e pretende seguir uma carreira universitária. Está terminando seu curso de humanidades para depois então ingressar numa Universidade. Requestado pelas moças, dono de uma bonita voz e de uma aparência atraente, o moço pernambucano reúne muitas qualidades para agradar às jovens. Acontece, porém, que era preciso que alguém o atraísse e, esse alguém, dizem todos, é a cantora da antiga “Hora do Guri”, a Marilena Cairo, dona de uma voz bonita e de uma carinha ainda mais bela.

Nessas coisas do coração, nada como se ouvir os interessados e, por isso, fomos ao encontro das pessoas mais próximas aos dois moços. Por sorte, encontramos o pai de Paulo Mollin, no elevador da Tupi, em companhia do animador Aérton Perlingeiro, velho amigo da família e talvez o maior fã de Paulinho. De início, nos dirigimos ao sr. Mollin perguntando:

— Então, temos romance na família, não é?

O pai de Paulo, porém, se surpreendeu com a pergunta e, curioso, fez outra indagação:

— Que negócio é esse?

Não vacilamos em contar a história:

— Dizem que Paulo Mollin e a Marilena Cairo estão-se namorando e o negócio é para casar...

Dessa vez o sr. Mollin, não vacilou e, quase nervoso, replicou:

— Qual o que! Paulinho ainda é muito novo e precisa cuidar de sua vida. De sua carreira. Fazer alguma coisa e preparar-se para o futuro.

— Mas se ele gosta da moça...

— Nem sempre o coração deve ser atendido. Paulo está estudando e tem em mente realizar um curso. Não pode, no momento, pensar em casamento.

— E no futuro?

— Bem, aí é outra coisa. Se ele pensar bem, tratará primeiro de se firmar na vida e, depois, de casar.

— O senhor se importaria que ele casasse?

— Nessas coisas, o pensamento dos pais não influi a não ser como a voz do bom senso. Todo aquele que antes de se firmar definitivamente procura constituir família, acaba se arrependendo, mais dia menos dia.

— E o Paulinho, não lhe falou nada, ainda?

— Não. Soube disso por seu intermédio. Nem conhecia qualquer projeto do Paulinho com referência à cantora da Mundial. Por isso não posso me pronunciar oficialmente sobre um romance que nem sei se existe.

Deixamos o elevador e procuramos Paulo Mollin na Nacional e Marilena na Mundial. Não os encontramos e tivemos de nos valer do telefone. Todos dois negaram a existência de qualquer romance.  Paulo disse que conhece Marilena e gosta dela como admirador e colega. Nada mais. O fato é que, se de fato existe um romance, eles despistam muito bem.  Há, porém, tudo para favorecer a ação de Cupido: ambos são moços, e estão naquela fase da vida em que tudo se apresenta envolto em nuvens cor de rosa!" (Revista do Rádio, 21/5/1955)

Discografia

(S/D) Aniversário da saudade/Ao apagar da fogueira • Santa Rita • 78
(S/D) Menina dos olhos/Você me traiu • Santa Rita • 78
(1974) Osvaldo Santiago - Gente importante na MPB • Continental • LP
(1958) Não posso mais te querer/Por que brigamos? • RCA Victor • 78
(1957) Eu sei/Se eu pudesse • Sinter • 78
(1957) Deus te favoreça/Vê o que fizeste • RCA Victor • 78
(1956) Marilene Cairo canta para você • Sinter • LP
(1956) Quem me dera/Ninguém para amar • Sinter • 78
(1955) Eu não conhecia a saudade/Fita meus olhos • Copacabana • 78
(1953) Mentes/Os lábios que te beijavam • Copacabana • 78

_________________________________________________________
Fontes: Revista do Rádio; Dicionário Cravo Albin da MPB.

terça-feira, setembro 27, 2011

Ela tem que se humilhar

Nelson Gonçalves

Ela tem que se humilhar (samba, 1951) - José Batista e Peterpan - Intérprete: Nelson Gonçalves

Disco 78 rpm / Título da música: Ela tem que se humilhar / José Batista, 1913-1968 (Compositor) / Peterpan, 1911-1983 (Compositor) / Nelson Gonçalves, 1919-1998 (Intérprete) / Orquestra (Acompanhante) / RCA Victor, 1951 / Nº Álbum 800822 / Lado A / Gênero musical: Samba.



Ela tem que se humilhar / Se quiser voltar novamente pra mim
Me condene quem quiser / Mas com mulher, tem que se fazer assim
Ela tem que se humilhar / Se quiser voltar novamente pra mim
Me condene quem quiser / Mas com mulher, tem que se fazer assim 

Ela mandou me dizer / Que eu fosse lhe buscar
Lá na casa da mãe dela / Lá na Beira circular 
Ela que espere sentada / Pois eu sei que não vai lá
Afinal de contas / Sou homem ou não sou 
O que é que há? 

Ela tem que se humilhar / Se quiser voltar novamente pra mim
Me condene quem quiser / Mas com mulher, tem que se fazer assim
Ela tem que se humilhar / Se quiser voltar novamente pra mim
Me condene quem quiser / Mas com mulher, tem que se fazer assim

Ela mandou me dizer / Que eu fosse lhe buscar
Lá na casa da mãe dela / Lá na Beira circular 
Ela que espere sentada / Pois eu sei que não vai lá 
Afinal de contas / Sou homem ou não sou 
O que é que há?

quarta-feira, novembro 24, 2010

Madureira

Emilinha Borba
Madureira (samba, 1947) - Jorge de Castro Peterpan

Título da música: Madureira / Gênero musical: Samba / Intérprete: Emilinha Borba / Compositores: Castro, Jorge de - Peterpan / Gravadora Continental / Número do Álbum 15763 / Data de Gravação 00/1946 / Data de Lançamento 00/1947 / Lado A / Disco 78 rpm:


Mas como é bom / Morar em Madureira
Toda noite tem festa / Todo dia tem cera
E a maior distração / Que a gente tem
É correr atrás do bonde / Correr atrás do trem

Mas como é bom / Morar em Madureira
Toda noite tem festa / Todo dia tem cera
E a maior distração / Que a gente tem
É correr atrás do bonde / Correr atrás do trem

O bonde do horário não se move
E o trem das sete e quinze
Chega sempre dez pras nove
De manhã trabalho / De noite pra cima
Não digo mais nada / Senão meu samba
Não rima (ai, como é bom!)

Como é bom / Morar em Madureira
Toda noite tem festa / Todo dia tem cera
E a maior distração / Que a gente tem
É correr atrás do bonde / Correr atrás do trem

sexta-feira, setembro 19, 2008

Se você se importasse

Apesar da pouca idade, Dóris Monteiro (foto). começou a cantar em 1951 na boate do Copacabana Palace Hotel e fez sua estréia em disco, gravando, pela Todamérica, em 78 rpm, de um lado, Se você se importasse, de Peterpan, um dos compositores mais gravados por Emilinha Borba (na realidade, seu cunhado) e, do outro, Fecho meus olhos, vejo você (José Maria de Abreu).

Se você se importasse, quase que imediatamente, tornou-se um grande sucesso popular em todo o país, ficando nos primeiros lugares das paradas de sucessos do final de 1951 até meados de 52. Com uma bela melodia e uma letra simples, mas bem feita, a música proporcionou a Dóris uma estréia espetacular no mundo do disco, que lhe abriu as portas.

Se você se importasse (samba-canção, 1951) - Peterpan - Intérprete: Dóris Monteiro

Disco 78 rpm / Título da música: Se você se importasse / Peterpan, 1911-1983 (Compositor) / Monteiro, Doris (Intérprete) / Orquestra Melódica (Acompanhante) / Imprenta [S.l.]: Todamérica, 1951 / Nº Álbum: 5091 / Gênero musical: Samba canção.


Se você se importasse
Com meu triste viver
Se você se importasse
Com o meu padecer
E me compreendesse
Tão feliz eu seria
Se você se importasse
Com a minha agonia.

Tudo quanto padeço
E esquecer não consigo
Eu talvez esquecesse
Se você se importasse
Um pouquinho comigo.

sábado, maio 03, 2008

Tico-tico na rumba

Emilinha Borba
Tico-tico na rumba (rumba, 1947) - Peterpan e Haroldo Barbosa - Intérpretes: Emilinha Borba e Ruy Rey

Disco 78 rpm / Título da música: Tico-tico na rumba (Yo Quiero Bailar) / Haroldo Barbosa (Compositor) / Peterpan, 1911-1983 (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Ruy Rey (Intérprete) / Chiquinho e Sua Orquestra (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 29/05/1947 / Lançamento: 08/1947 / Nº do Álbum: 15806 / Nº da Matriz: 1669-1 / Gênero musical: Rumba / Coleções de origem: IMS, Nirez


Eu fui a Cuba só pra passear
E numa festa pedi pra tocar
O tico-tico à la brasileira
E o cubano ficou cantando
A noite inteira:


El tico-tico (tico-tico lá)
Yo quiero bailar (tico-tico lá)
El tico-tico (tico-tico lá)
Yo quiero bailar (tico-tico lá)
El tico-tico (tico-tico lá)
Yo quiero bailar (tico-tico lá)



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

Se queres saber

Emilinha Borba
Se queres saber (samba-canção, 1947) - Peterpan - Intérprete: Emilinha Borba

Disco 78 rpm / Título da música: Se queres saber / Peterpan, 1911-1983 (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Chiquinho e Seu Naipe de Cordas (Acomp.) / Gravadora: Continental / Gravação: 29/05/1947 / Lançamento: 08/1947 / Nº do Álbum: 15806 / Nº da Matriz: 1666-1 / Gênero musical: Samba / Coleções de origem: IMS, Nirez


Se queres saber
Se eu te amo ainda
Procura entender
A minha mágoa infinda

Olha bem nos meus olhos
Quando eu falo contigo

E vê quanta coisa
Eles dizem que eu não digo

O olhar de quem ama diz
O que o coração não quer
Nunca mais eu serei feliz
Enquanto vida eu tiver



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

domingo, março 16, 2008

Era ela

Sílvio Caldas
Era ela (samba/carnaval, 1939) - Peterpan e Russo do Pandeiro - Intérprete: Sílvio Caldas

Disco 78 rpm / Título da música: Era ela / Peterpan, 1911-1983 (Compositor) / Russo do Pandeiro (Compositor) / Sílvio Caldas (Intérprete) / Orquestra Victor Brasileira (Acomp.) / Gravadora: Victor / Gravação: 01/12/1938 / Lançamento: 01/1939 / Nº do Álbum: 34400 / Nº da Matriz: 80946-1 / Gênero musical: Samba


Toda minha inspiração
Era ela
Toda minha ilusão
Era ela
Mesmo assim me abandonou
Ela acreditou
Que eu ficasse a padecer
Deus me perdoe se é pecado
Mas amar sem ser amado

É melhor morrer...

Ela pensa
Que eu não vivo a sofrer
Ela pensa
Que eu não vivo a chorar
Entretanto
Eu chorei tanto
Que não tenho mais pranto
Para reclamar...



Fontes: Discografia Brasileira - IMS; Instituto Moreira Salles.

sexta-feira, abril 07, 2006

Peterpan

Peterpan - 1944

Peterpan (José Fernandes de Paula), compositor e instrumentista nasceu em Maceió AL em 21/1/1911 e faleceu no Rio de Janeiro RJ em 28/4/1983. Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 11 anos e, a partir do final da década de 1930, dedicou-se à composição, principalmente de músicas de Carnaval.


Em 1940 obteve sucesso com a valsa Última inspiração, gravada por João Petra de Barros. Ainda em 1940, Francisco Alves gravou sua composição Fiz um samba, que ele assinou como José Borba, usando o sobrenome da mulher, Xezira Borba (artisticamente Nena Robledo), irmã de Emilinha Borba. Também assinou músicas como José Fernandes.

Em 1945, Eu quero é sambar (com Alberto Ribeiro), foi um dos destaques do Carnaval, na voz de Dircinha Batista. Dois anos depois, Emilinha Borba lançou com sucesso o samba Se queres saber.

Em 1950, Já vi tudo (com Amadeu Veloso) foi gravado em dupla por Emilinha Borba e Marlene, desfazendo boatos de rivalidade entre as duas cantoras da Rádio Nacional. No ano seguinte, o conjunto Quatro Ases e Um Curinga lançou a Marcha do caracol (com Afonso Teixeira). Ainda em 1951, Dóris Monteiro estreou em disco, na Todamérica, com Se você se importasse, outro êxito de meio-de-ano.

Em 1983, Marcha do caracol e Se queres saber foram incluídas na série Quem ama não mata, da TV Globo.

Obras

Espanhola diferente (c/Nássara), marcha, 1949; Eu quero é sambar (c/Alberto Ribeiro), samba, 1945; Fita meus olhos, samba, 1955; Já vi tudo (c/Amadeu Veloso), samba, 1950; Marcha do caracol (c/Afonso Teixeira), 1951; Olha pro céu (c/Luís Gonzaga), marcha, 1951; Se queres saber, samba, 1947; Se você se importasse, samba-canção, 1951; Tudo foi surpresa (c/Nalzinho), samba, 1938; Última inspiração, valsa, 1940.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.