domingo, janeiro 06, 2008

Gilvan Chaves


Gilvan Chaves (Gilvan de Assis Chaves), compositor, cantor e instrumentista, nasceu em Olinda PE (20/9/1919) e faleceu em São Paulo SP (12/8/1986). Desde criança cantava para a família. Aos 13 anos apresentou-se pela primeira vez em público, no Salão Pio X, em Olinda. Aos 17 anos aprendeu a tocar violão, com um amigo, e compôs sua primeira música, Tiro errado, que não chegou a gravar.

Em 1944 ingressou na Rádio Clube de Pernambuco, em Recife PE, convidado pelo maestro Nelson Ferreira, tocando violão e cantando toadas e cantigas regionais no programa Divertimentos Guararapes, produzido por Ziul Matos, atuando ao lado de Sivuca, Luiz Bandeira, José Tobias e, mais tarde, Paulo Molin. Nessa época, como vocalista e violonista, fez parte dos grupos Ases do Ritmo (1945), Os Boêmios (1946) e Conjunto Paraguaçu (1949). Participou, cantando, das inaugurações da Rádio Jornal do Comércio (1949) e da Rádio Tamandaré (1951).

Em 1952 transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em 1954 começou a se apresentar na Rádio e TV Tupi, no Rio de Janeiro e em São Paulo SP. Logo depois, realizou várias temporadas no Norte e Nordeste, em televisão, rádio, clubes e boates, não só como cantor, mas também como contador de “causos” (histórias humorísticas).

Estreou em disco em 1955, interpretando Pregões do Recife (domínio público) na Mocambo (hoje Rozenblit). Um de seus maiores êxitos foi sua primeira composição gravada, o rasqueado Moça bonita (com Alcir Pires Vermelho ), em 1953. Além dessa, destacaram-se Prece ao vento (com Alcir Pires Vermelho e Fernando Luís da Câmara Cascudo), grande sucesso nacional, e O gemedor, as três gravadas pelo Trio Nagô, na Sinter.

Fez também sucesso como cantor, interpretando seus arranjos de Pregões do Recife, Casamento aprissiguido (Rui Morais e Silva) e Pastoril do véio Cebola (domínio público), em gravações da Mocambo. Gravou seis LPs, dos quais dois na Rozenblit, dois na Columbia, um na Musidic e um na Equipe. Recebeu medalha de ouro do Diário da Noite e o prêmio Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro como melhor cantor de folclore.

Em 1958 tornou-se membro-titular da Sociedade Brasileira de Folclore, indicado por Luís da Câmara Cascudo que, nesse mesmo ano, assinou a contracapa do seu LP Encantos do Nordeste, lançado pela Columbia.

Em 1975, a Rozenblit (Recife) produziu um LP com seus principais sucessos, Gilvan Chaves, no qual ele próprio interpreta Casamento aprissiguido, Lá no Norte, Farinha fina, O entarte do espelho, Pregões do Recife, O gemedor, Massarico (c/Aldemar Paiva), Cadê a bolacha (de Jurandy Borges da Costa), Meu bom, Pé de jerimum (de Rui de Morais e Silva), Vento terrá, Pastoril do Velho Cebola e Aboio.

Em 1982 lançou, pela Continental, um compacto com baiões, toadas e um monólogo de sua autoria, “O homem do cavalo” Foi produtor e apresentador da Rádio Nacional de Brasília DF.

Obras: Areia macia (c/Ziul Matos), samba-canção, 1960; Dei ao mar pra guardar, toada, 1956; Fé em Deus (c/Oldemar Magalhães), baião, 1960; O gemedor, baião, 1955; Moça bonita (c/Alcir Pires Vermelho), rasqueado, 1953; Mocambo de pala, toada, 1956; Morena praieira, baião, 1955; Prece ao vento (c/Alcir Pires Vermelho e Fernando Luís da Câmara Cascudo), baião, 1954; Quem é que vai?, xótis, 1957; Riqueza de pescador, coco, 1960; A vida passou, samba, 1957; Zabelê (c/Péricles Leal), samba, 1970.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira -Art Editora / PubliFolha.

José Vasconcelos

José Vasconcelos (José Tomás da Cunha Vasconcelos Neto), humorista e ator, nasceu em Rio Branco, Acre, em 20 de março de 1926. Estreou profissionalmente no programa de rádio Papel Carbono de Renato Murce (1941).

Tornou-se célebre por fazer imitações perfeitas das vozes de outros locutores, como a imitação de Ary Barroso apresentando um programa de calouros. Imitava, também, Theófilo de Vasconcelos, Lauro Borges e Castro Barbosa, dentre muitos outros.

Estreou no cinema em Este Mundo é um Pandeiro (1947). Destaca-se no teatro e TV do Brasil e de Portugal. Produziu e atuou no primeiro programa humorístico da televisão brasileira, A Toca do Zé, exibido pela TV Tupi de São Paulo em 1952.

Em 1960, gravou um disco pela Odeon, Eu Sou o Espetáculo, sendo provavelmente o primeiro humorista a vender mais de 100 mil cópias de um LP do gênero. Seu sucesso abriu caminho para que outras gravadoras investissem no segmento, mas o próprio Vasconcelos não conseguiu repetir o êxito de sua primeira gravação.

Em 1964, ao visitar a Disneylândia, em Los Angeles, José Vasconcelos teve a idéia de construir a "Vasconcelândia", uma cidade infantil, numa área de um milhão de metros quadrados, no município de Guarulhos, SP. Tratou-se de um audacioso, no qual ele investiu, por mais de 10 anos, todos recursos que obteve em mais de vinte anos de carreira. Não obteve nenhum apoio oficial - a proposta que fez a Embratur até hoje permaneceu engavetada.

Com recursos próprios, fez terraplanagem do local, construiu restaurante, administração, um parque de diversões e o projeto de cine drive-in. Buscou apoio com poderosos grupos empresariais - especializados na realização de feiras populares - oferecendo sociedade em sua projetada Vasconcelândia, mas não obteve sucesso. O projeto quase o levou à falência e foi abandonado para enorme tristeza do humorista.

Continuou trabalhando na TV, em papéis como o do gago "Rui Barbosa Sa-Silva" na Escolinha do Professor Raimundo, além de se apresentar em casas de espetáculos por todo o Brasil.

José Vasconcelos conta histórias de bichos

Fontes: Wikipédia, Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro, MIllarch.

Iolanda Osório

Iolanda Osório, cantora, teve uma curta carreira fonográfica no começo da década de 1930 apresentando ainda em Cassinos e Rádios. Estreou em disco em 1930 gravando pela Brunswick com o Grupo Desafiadores do Norte o samba Chô arara, de João Miranda. No segundo disco cantou com o mesmo grupo o samba Dona Toínha, de João Miranda.

Em seguida, gravou a embolada Aí baiano e o samba Devagá cá mesa, de João Miranda e a toada O peso do pesado, de João Frazão, também com o grupo Desafiadores do Norte.

Em seu primeiro disco solo gravou o samba-fox A terra dos navá, de Henrique Vogeler e o samba Sinarzinho de Ioiô, de Henrique Vogeler e Rocha com acompanhamento da Orquestra Brunswick sob direção de Henrique Vogeler. Com a mesma orquestra gravou ainda nesse ano os sambas Orgulhosa, de João da Gente e Até quebrar, de Chernovia Leão. Com o grupo Desafiadores do Norte gravou o samba Jandira, de Romualdo Miranda. Ainda nesse ano, registrou os sambas Chorei, de Benedito Lacerda e Ingratidão, de Jaci Pereira e Benedito Lacerda e a marcha Eu quero casar, de Lamartine Babo.

Lançou em 1931 os sambas Gaivota do amor, de Caninha e Desconfiado, de Altamiro Godinho; os maxixes Sonho brasileiro, de Bonfiglio de Oliveira e Lamartine Babo e Larga o osso, de F. Correia da Silva e as marchas Oh Iaiá! e Eu só gosto de você, da dupla Artur Castro e A . Henriques. Ainda nesse ano, lançou o choro-canção Meus ciúmes, de Sinhô; as marchas Os moços de hoje, de Lamartine Babo e J. Machado e Boa roupa, de Pedro Cabral e Dan Málio Carneiro e o samba Me deixa em paz, de Loló Uerba.

Ainda em 1931, gravou um disco pela Odeon com a marcha Não vá embora, de Júlio Casado e M. Campos e o samba Tudo virou, de A . R. de Jesus com acompanhamento da Orquestra Copacabana do Cassino Copacabana. Em 1932, transferiu-se para a gravadora Columbia e lançou em seu primeiro disco no selo as músicas Mulher bonita e Enferrujado cujos autores não apareceram no selo do disco. Gravou também as marchas Arrastão, de Vitor Hugo de Albuquerque e Marcha ortográfica, de Jorge P. Nóbrega. Ainda nesse ano, gravou o tango Por que razão?, de Alfredo Gama e a marcha Paquita meu bem!..., do mesmo autor e registrada em dueto com o cantor Ildefonso Norat.

Gravou 18 discos com 33 músicas pelas gravadoras Odeon, Columbia e Brunswick registrando músicas de compositores como Henrique Vogeler, João da Gente, Lamartine Babo, Benedito Lacerda; Bonfíglio de Oliveira e João Miranda.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Novos Baianos

Os Novos Baianos foram um exemplo lapidar de um grupo pautado na base cultural brasileira, mas com toda uma preocupação de ter um som com elementos universais. Ativo entre os anos de 69 e 79, o grupo lançou oito trabalhos que viraram marcos no contexto da música popular brasileira e até do rock brasileiro dos anos setenta.

Utilizando-se de diversos gêneros musicais brasileiros, o grupo cozinhou em seu caldeirão João Gilberto, Luiz Gonzaga, choro, afoxé, e toda a parafernália eletrica de Dodô a Jimmy Hendrix. Os Novos Baianos tornaram-se emblemáticos dentro da indústria cultural brasileira pela constante referência às matrizes musicais nordestinas incorporando também tangos, sambas e boleros, operando a clássica infusão tropicalista, divulgada alguns anos antes pelos seus conterrâneos tropicalistas Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Tom Zé.

Influenciados pela contracultura e pela emergente Tropicália, Luiz Dias Galvão (Juazeiro/Ba, letras) Moraes Moreira (Antônio Carlos de Moraes Pires Moreira -Ituaçu/Ba, 08/07/47), Paulinho Boca de Cantor (Paulo Roberto de Figueiredo -Santa Inês/Ba, 28/07/47), Baby do Brasil - ex-Baby Consuelo (Consuelo Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade -Niterói/RJ, 12/05/52) tocam juntos pela primeira vez em Salvador, no show Desembarque dos Bichos Depois do Dilúvio, em 69. Ainda neste ano se inscrevem no V Festival de MPB da TV Record, com a música De Vera.

Primeiro LP com influência Tropicalista

O primeiro disco é tido como um petisco tropicalista para os colecionadores e marca a estréia musicada do poeta Galvão, que com seu lirismo louco e canábico soube retratar bem os vários temas ligados à sua geração e que mantém elo identificatório até com as gerações mais novas. Estrada, futebol, as ladeiras e belezas da Bahia, tudo foi cantado pela lira juazeirense de Galvão.

Nas apresentações em palco e gravações, o grupo era acompanhado inicialmente pelo grupo "Os Leifs" , do qual faziam parte Pepeu Gomes e seu irmão baterista, Jorginho Gomes. O guitarrista Pepeu Gomes, que logo iria s casar com a vocalista da banda, ao se incorporar definitivamente ao grupo, passa, juntamente com Moraes Moreira, a ter um papel de arranjador musical no Novos Baianos, o que ficou mais perceptível nos últimos discos.

Em 71, se fixam no Rio de Janeiro em uma cobertura e no ano seguinte mantém contato com João Gilberto, que passa alguns dias com eles. Sobre o episódio, Galvão comentaria mais tarde que, quando viu um senhor usando terno e gravata, achou que se tratava de um agente da Polícia Federal.

O estouro nacional com o segundo LP

A influência do já consagrado bossanovista foi sentida no próximo album, o clássico Acabou Chorare ,lançado pela Som Livre, e seria decisiva em outros albuns quando se tentou uma fusão de rock com MPB. Este disco se configurou no único momento de carreira da banda em que foram unanimidade de público e crítica.

A projeção nacional vem com os hits, Preta Pretinha , Besta é tu e a regravação de Brasil pandeiro, homenagem do grupo a outro baiano, o compositor santoamarense , Assis Valente.

Por essa época, o grupo incorpora à sua formação o subgrupo A Cor do Som, composto por Pepeu Gomes, seu irmão Jorginho Gomes (Jorge Eduardo de Oliveira Gomes -Salvador/Ba, 23/08/54) na bateria, Dadi (Eduardo Magalhães de Carvalho - Rio de Janeiro/RJ, 16/08/52), no baixo; e José Roberto Martins Macedo (São Paulo, 15/08/50), o Baixinho, na percussão e Bolacha (Carlos Alberto Oliveira) na percussão. O subgrupo acaba por servir de sólida base ritmica para o som elétrico dos Novos Baianos.

Com este novo núcleo eles tinham um regional onde os vários membros tocam percussão, bandolim, cavaquinho e pandeiro passeando prelos choros, rocks frevos e baiões como se tudo isso tivesse nascido junto . O núcleo vocal era formado por Baby Consuelo, Moraes e Paulinho Boca de Cantor.

Em 73, já fixados num sítio no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, passam a dividir o tempo entre a música e futebol contando com a presença de visitantes ilustres como o ex-atacante do Flamengo, Afonsinho. Neste aspecto, os Novos Baianos conseguiram realizar uma obra de qualidade duradoura e inovadora, em termos rítmicos e líricos.

Em pleno clima de fechamento das liberdades democráticas por conta do regime militar, viviam como uma comunidade quase que anárquica. Fruto dessa convivência existencial e artística, o grupo lança o álbum Novos Baianos Futebol Clube, de 73, lançado pela Continental.

Destaques desse LP são as faixas: O samba da minha terra, de Dorival Caymmi, numa releitura com arranjos que se dissolvem numa orgia de guitarras; e Alimente, um chorinho-baião instrumental. No ano seguinte, lançam Novos Baianos, ainda com Moraes Moreira, que parte para carreira-solo. Este álbum tem como destaque a faixa O rei da Bola, um frevo afro de Moraes, Pepeu e Galvão, que homenageia o futebol brasileiro.

O início do fim

Desfalcado de Moraes, co-autor da maioria das letras em parceria com Galvão, os Novos Baianos tem na figura de Pepeu Gomes o seu eixo instrumental, fato que fica perceptível no álbum seguinte Vamos para o Mundo. O grupo ganha o reforço do dançarino Gato Félix para dar maior enfoque cênico às apresentações. Neste álbum predominam as faixas instrumentais que são calcadas no choro, samba, baião e outros gêneros enraizados na cultura popular nordestina.

O próximo álbum, Caia na estrada e perigas ver pela gravadora Tapecar traz a regravação samba eletrizado Ziriguidum de Jackson do Pandeiro, e o choro Brasileirinho, de Waldir Azevedo. A faixa-título, um frevorock-carnavalizado, tem a letra baseada nos dísticos escritos em fundos de caminhões.

Em 76, Dadi deixa os Novos Baianos e forma um novo A Cor do Som, sendo substituído por outro irmão de Pepeu, Didi (Eduardo Gomes Oliveira Salvador/Ba ). As modificações na formação da banda incluem, também, a entrada de Charles Negrita na percussão e a saída de Gato Félix.

Já enfraquecidos pelo processo embrionário das carreiras-solo de Pepeu, Baby e Paulinho, o grupo lança, em 77, um disco cheio de frevos e sambas carnavalescos chamado Praga de Baiano. Neste momento os Novos Baianos já tinham se tornado uma banda de trio elétrico do carnaval de Salvador, tendo sido Baby a primeira cantora a cantar neste tipo de evento.

O último trabalho, Farol da Barra, lançado em 78, traz o último sucesso do grupo, a bossa que é a faixa título, parceria de Caetano Veloso e Galvão. Além disso dois compositores da tradicional MPB são homenageados: Ary Barroso, com Isto aqui, o que é? Dorival Caymmi com Lá vem a baiana. No ano seguinte, os integrantes do grupo de forma consensiosa resolvem encerrar as atividades.

Em 87, Baby , Pepeu, Morais e Paulinho Boca de Cantor voltam a se reunir para uma única apresentação na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) na reabertura do espaço. Outro reencontro acontece no Carnaval de 90, quando Baby, Pepeu, Moraes e Paulinho cantam num trio elétrico nas ruas de Salvador. Neste mesmo ano, Moraes e Pepeu retomam a antiga parceria num novo LP e numa turnê pelo Brasil.

Em 97, o poeta, letrista e cantor Galvão depois de publicar a autobiografia do grupo intitulada Anos 70: Novos e Baianos consegue reunir a formação original da banda e lançar o CD (duplo) Infinito Circular, que reúne antigas e novas composições do grupo, dentre elas a faixa-título, cantada por Galvão, que faz um resumo da ideologia libertária destes. Para os velhos fãs, clássicos cantados por Moraes, Paulinho, Pepeu e Baby. O futuro do grupo de acordo com as últimas declarações depende da disponibilidade de tempo oferecida pelos projetos individuais de cada membro dos "Novos Baianos".

Tragédia no fundo do mar (Assassinato do camarão)


Tragédia No Fundo do Mar (Assassinato do Camarão) (samba, 1974) - Zeré e Ibrain - Intérprete: Os Originais do Samba

LP Os Originais Do Samba - Pra Que Tristeza / Título da música: Tragédia No Fundo do Mar (Assassinato do Camarão) / Zeré (Compositor) / Ibrain (Compositor) / Os Originais do Samba (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1974 / Nº Álbum: 103.0100 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.


Tom: G

 G     D7            G
Assassinaram o camarão
 G                   E7              Am
Assim começou a tragédia no fundo do mar
        Am                      D7
O carangueijo levou preso o tubarão
   Am                    D7
O siri sequestrou a sardinha
                    G
Tentando fazer confessar
                 G7
O baiacu que não se apavora
G7                       C
Disse: eu que vou investigar

 Cm        D7                   G
Vou dar um pau nas piranhas la fora
 E7        Am        D7              Dm    G7          
Voces vão ver, elas vão ter que entregar
C         D7                    G  
Vou dar um pau nas piranhas lá fora
        C         D7               G   
Voces vão ver, elas vão ter que entregar

Am                D7                G             E7
Logo ao saber da notícia a tainha tratou de se mandar
 Am       D7                     G     
Até o peixe espada também foi se entocar
G7                   E7
Malandro foi o peixe galo
Am            Cm
Bateu asas e voou
          G         D7         G
Até hoje eu não sei como a briga terminou
G7                    E7
Malandro foi o peixe galo
Am            Cm
Bateu asas e voou
          G          E7          G
Até hoje eu não sei como a briga terminou

Do lado direito da rua direita


Do Lado Direito da Rua Direita (samba, 1972) - Luís Carlos e Chiquinho - Intérprete: Os Originais do Samba

LP Os Originais Do Samba - O Samba É A Corda ... Os Originais A Caçamba / Título da música: Do Lado Direito da Rua Direita / Luís Carlos (Compositor) / Chiquinho (Compositor) / Os Originais do Samba (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1972 / Nº Álbum: 103.0049 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.


Tom: A

Introdução: A7+  A6  (2x)  Bm7  E9  (2x)

A7+ A6      A7+  A6         Bm7  E9  Bm7  E9
Do.....lado direito, da rua Direita
Bm7  E9     Bm7      E9   A7+  A6  A7+  A6
Olhando as vitrines coloridas eu  a  vi
A7+      A6         A7+    A6          Bm7   E9 Bm7 E9
Mas quando quis me aproximar de ti não tive tempo
Bm7  E9    Bm7        E9       A7+   A6  A7+  A6
No movimento imenso da rua eu lhe perdi
Bm7           E9             C#m7  
......E cada menina que passava......
                  F#7
para seu rosto eu olhava
 Bm7     E9     Bm7       E9      A7+ 
E me enganava pensando que fosse você....
     Bm7         E9               A7+
e na rua Direita eu voltarei pra lhe 

Esperanças perdidas


Esperanças Perdidas (samba, 1972) - Adeílton Alves e Délcio Carvalho - Interpretação: Os Originais do Samba

LP O Samba É A Corda... Os Originais A Caçamba / Título da música: Esperanças Perdidas / Adeílton Alves (Compositor) / Délcio Carvalho (Compositor) / Os Originais do Samba (Intérprete) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1972 / Nº Álbum: 103.0049 / Lado A / Faixa 4 / Gênero musical: Samba.


Intr.: Dm Dm7 Gm Gm7 C7 F7+ Em5-/7 A7 
  Dm               D7                  Gm6
Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
C7/5+                   C7                F7+     A7
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
Dm                      D7                  Gm6
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Em5-/7                 A7                  Dm     A7
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar
Dm              D7                  Gm6
Minha beleza encontro num samba que faço
C7/5+             C7                 F7+     A7
Minha tristeza se torna um alegre cantar
Dm                D7                  Gm6
É que carrego um samba bem dentro do peito
Em5-/7             A7                Dm
Sem a cadência do samba não posso ficar
            A7                 Dm
Não posso ficar... eu juro que não
D7                Gm6
Não posso ficar... eu tenho razão
Em5-/7
Já fui batizado na roda de bamba
A7                 Dm         A7
O samba é a corda... eu sou a caçamba
   Dm                 D7             Gm6
Quantas noites de tristeza ele me consola
C7/5+           C7             F7+     A7
Tenho como testemunha a minha viola
Dm                   D7                  Gm6
Ai... se me faltar o samba não sei que será
Em5-/7             A7                Dm
Sem a cadência do samba não posso ficar 

Cadê Tereza


Cadê Tereza (samba, 1969) - Jorge Ben Jor - Intérprete: Os Originais do Samba

LP Os Originais Do Samba / Título da música: Cadê Tereza / Jorge Ben "Jorge Benjor" (Compositor) / Os Originais do Samba (Intérprete) / Jorge Ben "Jorge Benjor" (Part.) / Gravadora: RCA Victor / Ano: 1969 / Nº Álbum: BBL 1475 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Samba.


Tom: D
Introdução: Bm E (4x)  Em A7

Em   A7   D7+
Cadê Tereza, 
             Em    A7    D7+
    lá lá lá lá lá lá lá lá  (2x)
Em            A7          Em     A7
Tereza foi a um samba lá no morro,
            D7+
 e não me avisou
Em                                             F#
será que arrumou outro crioulo pois ainda não voltou
Em   A7   D7+            Em    A7    D7+
Cadê Tereza, lá lá lá lá lá lá lá lá  (2x)

  Em          A7          Em          A7         D7+
Tereza, minha nêga, minha musa, gosto muito de você
Em                                           F#
sou um malandro enciumado, machucado que espera por você

                   Bm7              E7
Juro por Deus, se você voltar
Bm7          E7
eu vou me regenerar
Bm7                     E7
jogo fora meu chinelo, meu baralho
Bm7              E7
e a minha navalha e vou trabalhar
Bm7                     E7
jogo fora meu chinelo, meu baralho
Bm7              E7
e a minha navalha e vou trabalhar

Em   A7   D7+            Em    A7    D7+
Cadê Tereza, lá lá lá lá lá lá lá lá

Os Originais do Samba


Os Originais do Samba - Conjunto de samba formado na década de 1960, no Rio de Janeiro. Teve duas formações, a primeira com Bigode (pandeiro e voz), Bidi (cuíca e voz), Chiquinho (ganzá e voz), Lelei (tamborim e voz), Mussum (reco-reco e voz) e Rubão (surdo e voz) e a segunda com Bigode (voz, pandeiro e coreografia), Zeca do Cavaco (José Carlos Antônio Júnior - São Paulo/1970 - cavaco e banjo), Sócrates (Francisco de Assis Silva Pereira - São Paulo/1951 - guitarra), Rubinho Lima (Rubens Pedreira Lima - São Paulo/1973 - percussão), Valtinho Tato (Valtenir Aparecido Toledo - São Paulo/1954 - percussão) e Gigi (José Delfino Rodrigues da Costa - São Paulo/1951 - reco-reco e tamborim).


O seu integrante mais famoso foi Antonio Carlos Bernardes, carioca nascido em 1941, conhecido como Mussum, que atuou em televisão como ator cômico. Ao lado de Renato Aragão, Zacarias e Dedé Santana, compôs o grupo Os Trapalhões, que manteve um programa por vários anos na Rede Globo. Atuou em diversos filmes de Renato Aragão, como integrante do grupo. Faleceu em 1994, em São Paulo.

Rubens Fernandes (Rubão), nasceu no Rio de Janeiro e faleceu, em São Paulo, em 1977. Arlindo Vaz Germino (Bigode) nasceu em 1942, no Rio de Janeiro. Murilo da Penha Aparecida e Silva (Bidi) nasceu no Rio de Janeiro, em 1932. Francisco de Souza Serra (Chiquinho), carioca, nasceu em 1943. Wanderley Duarte (Lelei) nasceu no Rio de Janeiro, em 1946.

No início da década de 1960, ainda com o nome Os Sete Morenos, o grupo se apresentou no Clube dos Baianos, na Praça Tiradentes. Em 1961, o nome do conjunto mudou para Os Originais do Samba. Por esta época, Carlos Machado o contratou para atuar no show O teu cabelo não nega, sobre o compositor Lamartine Babo, que entrou em cartaz na boate Fred's e no Copacabana Palace, ambos no Rio de Janeiro.

Neste mesmo ano, o grupo viajou para o México, acompanhando a Companhia de Carlos Machado, fazendo temporada com o show O teu cabelo não nega, naquele país, por seis meses. Excursionou, também, em Porto Rico. Depois, por várias cidades brasileiras e, por fim, apresentou o show em São Paulo.

No ano de 1968, os produtores Mièle e Bôscoli convidaram o grupo para se apresentar ao lado de Elis Regina na I Bienal do Samba, interpretando a música Lapinha, de Baden Powell e Paulo César Pinheiro. A música foi vencedora e o grupo foi contratado pela gravadora RCA Victor.

No ano seguinte, gravou o primeiro LP: Os originais do samba, do qual despontaram os primeiros sucessos do grupo: Cadê Teresa, de Jorge Ben e E lá se vão meus anéis, de Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro.

Em 1970, gravou o disco Samba é de lei. Com o sucesso de Tá chegando fevereiro, de Jorge Ben e João Melo, o grupo recebeu três Discos de Ouro da gravadora RCA Victor. No ano posterior, o grupo apresentou-se no IV Festival Universitário de Música Popular Brasileira da TV Tupi, do Rio de Janeiro.

No ano de 1972, no LP O samba é a corda , Os Originais a caçamba, gravou as músicas Esperanças perdidas (Adeilton Alves e Délcio Carvalho) e Do lado direito da rua direita, de Luis Carlos e Chiquinho, alcançando um grande êxito nas paradas de sucesso da época. Um ano depois, o disco É preciso cantar, lançou com sucesso outra composição interpretada pelo grupo: É preciso cantar (Adeilton Alves e Délcio Carvalho).

Em 1974, o grupo lançou um de seus maiores sucessos, Tragédia no fundo do mar (Assassinaram o camarão), de Zere e Ibraim, do LP Pra que tristeza. Deste mesmo disco, destacam-se ainda outras composições, como A dona do primeiro andar, Boato (João Roberto Kelly) , O aniversário de Tarzã, Nego véio quando morre e Saudade e flores.

Dos vários artistas que o grupo acompanhou em shows ou em gravações, destacam-se Chico Buarque, Toquinho e Vinicius de Moraes, Paulinho da Viola, Elza Soares, Elis Regina, Jorge Ben , Martinho da Vila e Jair Rodrigues. Entre os artistas internacionais que o grupo acompanhou estão Duke Ellington e Earl Grant. Foi o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Teatro Olympia, em Paris. O conjunto também participou do Carnival Friends of Brazil Club, na cidade de São Francisco, na Califórnia.

Em 1997, o grupo completou 30 anos de carreira e comemorou lançando um CD pela gravadora RGE, Os Originais de todos os sambas, contando com uma nova formação. No ano de 1998, a convite de Rildo Hora participou do disco Casa de samba 3, no qual, junto com o grupo Os Morenos, interpretou a faixa Do lado direito da Rua Direita, de Luis Carlos e Chiquinho.


Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.