domingo, agosto 03, 2008

Andorinha

Belmonte e Amaraí

Andorinha (La golondrina - canção mexicana, 1860)

A onde irá tão apressada
A andorinha pelo céu
Voando assim tristonha e tão sozinha

E sem parar
Vejo que sou igual à pobrezinha
Pois também vivo sozinho a caminhar

Porque perdi em minha vida
O meu querido amor
E agora vivo num tormento de dor

Sem ter sequer razão
Ela me desprezou
Partiu com outro
E nunca mais voltou

Porque perdi em minha vida
O meu querido amor
E agora vivo num tormento de dor

Sem ter sequer razão
Ela me desprezou
Partiu com outro
E nunca mais voltou
E nunca mais voltou.

Saudades da minha terra

Belmonte e Amaraí

Saudades da minha terra (rasqueado) - Goiá e Belmonte

Introd: G D G D C Bm Am G 

   G
De que me adianta viver na cidade
                               D
Se a felicidade não me acompanhar     

Adeus, paulistinha do meu coração
                            G
Lá pro meu sertão quero voltar
            C
Ver a madrugada, quando a passarada
                              D
Fazendo alvorada começa a cantar

Com satisfação arreio o burrão
                 C   Bm   Am   G
Cortando o estradão saio a galopar
           C                D
E vou escutando o gado berrando
                          G
Sabiá cantando no jequitibá        Intr.

             G
Por nossa senhora, meu sertão querido
                                D
Vivo arrependido por ter te deixado

Esta nova vida aqui na cidade
                               G
De tanta saudade, eu tenho chorado
             C
Aqui tem alguém , diz que me quer bem
                                 D
Mas não me convém , eu tenho pensado

Eu digo com pena, mas essa morena
               C    Bm    Am    G 
Não sabe o sistema que eu fui criado
            C                  D    
Tô aqui cantando de longe escutando
                                   G
Alguém está chorando com o rádio ligado      Intr.

              G
Que saudade imensa do campo e do mato
                                   D
Do manso regato que corta as campinas

Aos domingos ia passear de canoa
                                  G
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
             C
Que doce lembrança daquelas festanças
                               D
Onde tinham danças e lindas meninas

Eu vivo hoje em dia sem ter alegria
           C   Bm      Am    G
O mundo judia, mas também ensina
             C                    D
Estou contrariado, mas não derrotado
                                G
Eu sou bem guiado pelas mãos divinas    Intr.

              G
Pra minha mãezinha já telegrafei
                            D
E já me cansei de tanto sofrer

Nesta madrugada estarei de partida
                                  G
Pra terra querida, que me viu nascer
           C
Já ouço sonhando o galo cantando
                           D
O inhambu piando no escurecer

A lua prateada clareando a estrada
           C     Bm      Am    G
A relva molhada desde o anoitecer
           C                 D
Eu preciso ir pra ver tudo alí
                              G    D7 G
Foi lá que nasci, lá quero morrer 

Pombinha mensageira

Belmonte e Amaraí

Pombinha mensageira (polca paraguaia)

Tom: D
Introdução  A7, D, A7, D
D      A7
Oh pombinha mensageira leve para minha amada
A7    D
Esta carta apaixonada Que chorando eu escrevi
D              A7 
Diga pra minha querida que eu só vivo penando
A7               D
E pergunto soluçando Que mal foi que cometi 
D      A7
Voa depressa pombinha antes que a noite apareça
A7      D
Antes que eu me enlouqueça Por favor esteja aqui
D                A7
Se trouxer boas notícias esta solidão eu venço
A7       D
Mas se não for o que penso Dei que não vou resistir 
D     A7
Quando ela abrir a carta vai notar borrões e erros
A7     D
Diga que neste desterro Foi chorando que escrevi
D     A7
Os borrões foram meus prantos que caíram sobre as letras
A7                 D
E os erros são memórias Que por ela eu perdi 
D           A7
Com certeza ela entende mesmo estando mal escrita
A7        D
Não contém frases bonitas Mas falei o que eu senti
D    A7
Diga que estou sofrendo por viver assim ausente
A7                              D
E a amo loucamente Desde quando eu a vi 
D                A7     D
Dia vem clareando ainda estou acordado
D             A7               D
Tristonho desesperado E a pombinha não vem
D          A7    D
Será que ela não sabe como é triste um abandono
D              A7                   D  G A D
Já perdi noites de sono Sofrendo por querer bem

Belmonte e Amaraí


Dupla sertaneja formada por Pascoal Todarello (Barra Bonita SP 1937—Santa Cruz das Palmeiras SP 1972), o Belmonte, e Domingos Sabino da Cunha (Santa Helena GO 1940—), o Amaraí.

Unidos por cinco anos, gravaram poucos LPs, dois dos quais pela RCA, em 1969 e 1970. Os maiores sucessos da dupla são o rasqueado Saudades da minha terra, a polca paraguaia Pombinha mensageira e Andorinha (adaptação de La golondrina, canção mexicana de 1860).

Belmonte formou outras duas duplas anteriores: com Belmiro e com Miltinho (da dupla Tibagi e Miltinho). Amaraí, por sua vez, formou dupla com Tibagi. Depois da morte de Belmonte, Amaraí seguiu cantando e gravando e, em 1985, lançou um disco solo, sem título, selo Coração Sertanejo.

CD

Sucessos de Belmonte e Amaraí, 1994, Continental 17881 9-2.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e publiFolha.