Henrique Brito, instrumentista e compositor, nasceu em Macau, RN, em 15/7/1908, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11/12/1935. Com uma bolsa do governo do Rio Grande do Norte, transferiu-se para o Rio de Janeiro, ingressando no Colégio Batista.
Foi logo apelidado Violão por seus colegas, entre os quais Carlos Alberto Ferreira Braga, o
Braguinha, depois conhecido com João de Barro, que o convidou, em 1928, a integrar o conjunto Flor do Tempo, que estava formando com colegas e amigos do bairro de Vila Isabel.
Como violonista, passou a apresentar-se em festas e reuniões com o grupo, que em seguida tomou o nome de
Bando de Tangarás. Tocava também um instrumento de sua invenção, a violata, uma espécie de violão feito com uma lata de querosene.
A partir de 1929, o grupo gravou vários discos na Parlophon. No ano seguinte gravou como solista de violão várias obras suas na Brunswick:
Naná,
Alice,
Toma lá! dá cá! e
Saudades do Norte, e
Gastão Formenti gravou sua música
Meu sofrer (com
Noel Rosa), também na Brunswick.
Quando o conjunto se desfez em 1931, foi para Los Angeles, EUA, integrando em 1932 o Brazilian Olympic Band, dirigido por
Romeu Silva.
Mais tarde, com a volta desse conjunto para o Brasil, permaneceu nos EUA, onde, impressionado com os efeitos obtidos pelo cinema sonoro, pensou na possibilidade de ampliar o som das cordas do violão. Levou sua idéia a um fabricante de instrumentos musicais em San Francisco, E.U.A., e em 1933, segundo
Almirante, regressou ao Rio de Janeiro, trazendo o primeiro violão elétrico de que se tem notícia no Brasil. O instrumento, fabricado segundo sua concepção, não foi patenteado em seu nome.
Obra
Alma em pedaços (c/Pedro Brito), valsa, s.d.; Deusa da mata (c/C. Guimarães), toada, s.d.; Flor do tempo, valsa, s.d.; Manhã pequena (c/José Giannini), canção, s.d.; Olhos de Helena (c/Pedro Brito), valsa, s.d.; O preço do café (c/dPedro Brito), samba, s.d.; Queixumes (c/Noel Rosa), canção, 1940; Sem um adeus (c/Gomes Júnior), samba, s.d.; Só para você me ouvir (c/Barreto Neto), blue, sd.; Velha melodia (c/Barreto Neto), fox-blue, s.d.; Viola triste (c/Pedro Brito), canção, s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.