sábado, fevereiro 25, 2012

Nosso Sinhô do Samba - Parte 3

Sinhô por Álvarus
Sinhô era temperamental. Um emotivo. Daí a tradição de brigão que dele ficou, ainda que as suas brigas não tivessem conseqüências maiores. Indispunha-se momentaneamente com os companheiros e logo esquecia para daí a pouco novamente provocar turras, ou topá-las se a provocação vinha dos outros, o que não era raro notadamente nos seus primeiros anos de compositor.

A glória que lhe veio rápida, embora bem diversa da que hoje favorece os artistas, pois também lhes dá quase a indispensável compensação financeira, mais lhe acenderia os humores. Com apenas dez anos de produção, ganhou ‘oficialmente’ o título de “Rei do Samba” (1) numa época em que não havia muitos disputantes do título. Mas os havia de valor. Pode-se dizer que eram poucos mas bons. O título, no entanto, já lhe outorgara o povo, inclusive através do julgamento de oficiais do mesmo ofício.

Naturalmente pernóstico e além disso atucanado pela inveja e despeito de alguns, Sinhô se mostrava de quando em quando irritadiço. Sobre essa sua característica poucos divergem. Mozart de Araújo teve a impressão de que o sambista era algo intratável. Muito vaidoso. Certa vez o viu deblaterando na Casa Édison. Reclamava, ao que parece, melhor paga e em dado momento, mais exaltado, exclamou abrangendo com um gesto largo as prateleiras do estabelecimento:

— Tudo isso é meu!

Querendo significar que a prosperidade do incansável Fred Figner em grande parte lhe fosse devida.

Sob o aspecto do gênio, Sinhô não é bem referido por muitos dos que o conheceram. Uns o dão como muito mentiroso, ou melhor, gabola.

‘Conversava’ muito. Prometia ainda mais, sem nenhuma intenção de cumprir. Exagerava na vanglória. Tinha talento, afirma outro, mas era pretensiosíssimo. Falava mal de muitos. Era o que hoje se chamaria fofoqueiro.

Manuel Bandeira, que lhe foi apresentado na câmara-ardente de Zeca Patrocínio, na igreja do Rosário, teve impressão terrível do sambista de quem era admirador e a quem dedicou página antológica:

“Sinhô tinha passado o dia ali, era mais de meia-noites ia passar a noite ali e não parava de evocar a figura do amigo extinto, contava aventuras comuns, espinafrava tudo quanto era músico e poeta, estava danado naquela época com o Vila e o Catulo, poeta era ele, músico era ele. Que língua desgraçada! Que vaidade!”

A propósito, R. Magalhães Júnior conta que no velório, lá pela madrugada, Sinhô bastante ‘alto’ se aproximou do caixão e quis prestar uma homenagem ao grande amigo morto:

— Zeca, meu filho... Escuta aqui... Estás ouvindo?

E com o olhar cravado na face do morto, começou a tamborilar um samba na madeira do próprio caixão. De repente, volta-se para Álvaro Moreira, quase num grito:

— Dr. Álvaro, o Zeca está se mexendo!

Heitor dos Prazeres. com quem teve alguns dissídios por causa de trechos de sambas, afirmou que Sinhô era mesmo tratado pelos companheiros como o leviano! Não o considerava mau e sim malandro.

Contudo, mesmo os que fazem ainda hoje tais afirmações não lhe negam qualidades de bom companheiro em outros instantes. E a quase completa ausência de maldade nas suas fofocas e invenções, a que a maioria não dava grande importância. Brigava com todo mundo, mas ninguém era seu inimigo. E teve amigos devotados e entusiastas como José do Patrocínio Filho, Luís Peixoto, Álvaro Moreira, Vila-Lobos, Benjamin Costalat, Mário Reis, Augusto Vasseur etc. Procurava ser polido, era divertido e exuberante e se esmerava no trajar.

Juntem-se à vaidade, ao renome que logo granjeou, as dificuldades da vida, os seus problemas de ordem íntima e sentimental e a inveja que provocava e aí estarão justificados as suas brigas e azedumes.

Quando lançou o Quem são eles?, teve réplicas até de Hilário, o bom Hilário. A que mais lhe deve ter atingido foi, repitamos, a invectiva sonora dos irmãos Pixinguinha e China, na verdade a mais impiedosa, pois além de lhe espinafrar a carcaça, aludia a seu fracasso na flauta, instrumento aliás que nunca o seduziu. Ferino e direto, o samba-resposta a um simples título tomado como deboche tonteou o sambista estreante que procurou contornar a situação (2). Aproximou-se do Clube dos Democráticos, a quem dedicou o samba Confessa meu bem (3), composto para o Carnaval de 1919. Ele mesmo ao piano, na sede do veterano clube, iria divulgá-lo. Ou trabalhá-lo, como se diz hoje. E já na primeira noite de apresentação, toda a sala acompanhou o pianista-compositor. cantando:

Confessa, confessa
Meu bem
Fala, fala, fala,
Meu bem
Que eu não digo nada
A ninguém.

Lingua malvada e ferina
Falar de nós é tua sina
Vou-me embora, vou-me embora
Desse meio de tolice
Estou cansado de viver
De tanto disse-me-disse
Ai, que gente danada
Ai! Não confesso nada.


Como se depreende dos versos, Sinhô aí faz alusões claras e diretas. Inegável que não somente topava provocações como as fazia. Revidava indiretas (ou diretas), formulava queixas em tom nada cordial e gostava de caricaturar também. Em Pé de pilão, marcha carnavalesca de 1922, ao lado de um estribilho lírico, traça um perfil gaiato.

És um mofino,
fino
És narigudo
gudo
Tens pernas finas
finas
E és pançudo
çudo.


Teria endereço? Quem sabe lá? Talvez simples brincadeira. Mas, e em outras composições?

Para o prestígio de Sinhô, cada vez mais acentuado, deveria ter contribuído a sua amizade com o negro Assumano. Henrique Assumano Mina do Brasil, ou o Pai Assumano. Almirante assim se refere ao famoso negro que faleceu em 1933: “Era uma figura impressionante de preto: morava no número 191 da rua Visconde de Inhaúma, num sobrado que conheci. Na sala, nos quartos, pelos tetos, estavam penduradas ervas de virtudes medicinais que espalhavam um cheiro acre que fermentava o ambiente, porque as janelas nunca se abriam. Ninguém ali podia assobiar, falar em mulher ou no diabo”.

Assumano era compadre de Irineu Machado e, segundo a versão corrente, Sinhô nele cria cegamente e não lançava nenhuma das suas composições sem receber previamente a bênção do Príncipe dos Alufás, da lei de Mussulmi ou Mussumiri. Mariza Lira informa que “a primeira audição de suas músicas era feita na residência de Assumano. Acreditava Sinhô que a popularidade de suas composições era devida, unicamente, àquela influência espiritual”. E acrescenta, divergindo de muitos e talvez um pouco aquém da realidade: “Modéstia natural dos que têm valor”.

Certo é que o sambista, como nota ainda Almirante, apesar de carioca legítimo, tinha especial predileção pelos costumes da Bahia e crendices dos seus negros. Sua paixão pela temática baiana viria a criar-lhe casos e despertar ciúmes dos baianos falsos ou legítimos do Rio.

A briga musical já não seria evitável. Sinhô, vitorioso, contando facilidades para a edição das suas composições, não perderia ensejo de responder às críticas e remoques com que o feriam. E uma dessa respostas, dentro da linha fetichista, era o Vou me benzer (1919-1920), também denominado As Criaturas:

Há criaturas que vivem
Porém com tal influência
Que parece ser por elas
Que a gente tem existência.

Vou me benzer
Para me livrar
Desses maus olhos
Que querem me botar.


Desenho de Acquerone - Arquivos Almirante
Museu da Imagem e Som
As suas implicâncias com o China, irmão de Pixinguinha, ainda o fariam voltar à liça e dessa vez com uma composição que seria o maior sucesso popular a marchinha pioneira O Pé de Anjo (1920). Ao que dizem, Sinhô pretendia fixar na marcha os pés enormes de Otávio da Rocha Viana, o China:

Eu tenho uma tesourinha
Que corta ouro e marfim
Serve também pra cortar
Línguas que falam de mim.

Ó pé de anjo, Ó pé de anjo
És rezador, és rezador
Tens um pé tão grande
Que é capaz de pisar
Nosso Senhor, Nosso Senhor.


Certa vez um dos seus desafetos ocasionais (4) tentou agredir o compositor de Quem são eles?. A turma do deixa-disso, não-faça-isso (hoje: deixa-pra-lá) impediu que a coisa se complicasse. Mas Sinhô não esqueceu a ofensa e se valeria do seu habitual processo de revide ou provocação, lançando o samba De boca em boca (1921), depois popularizado com o título O Boi e mais tarde reeditado com a denominação de Segura o boi. Tanto no subtítulo como nos versos era evidente a reação:

Vou lhes confessar sem temor
E mesmo posso jurar
Eu tenho fé em Deus
Que não hão de me matar.

Segura o boi
que o boi vadeia
o boi só está bem
nas grades de uma cadeia.

Deus só quem tem direito
De minha vida acabar
Fica maluco, ó sim
Quem nesta coisa pensar.


De 1924 é Ave de rapina, nome de samba nada carnavalesco. Os versos ao que parece são uma queixa, uma incontida recriminação:

Quem dá esquece
Quem apanha quer vingar
O tempo é pouco
Pra quem não pode esperar.

Apita agora
Ave de rapina
Apita agora
Que é a tua sina.

Formaste o pulo
Como a onça mais ligeira
Fizeste capa
Da nossa pura bandeira.


Simples poema de carnaval ou válvula aberta para a diatribe com uma ave de rapina que apita?

Entre os seus desafetos houve quem o achasse língua ferina. E até Manuel Bandeira, como vimos, taxou-o de língua desgraçada. Mas, por seu turno, o sambista nunca cessou de queixar-se da língua ferina dos outros. Em Quando come se lambuza, samba do Carnaval de 1923, de boa letra, assim a conclui:

Arria a mochila e fala direito
Arria a mochila e fala direito
Tu sabes, língua ferina
Quem é bom já nasce feito.


A frase do último verso lançada no samba Fala meu louro ele a repetiria ainda em outras composições, como no samba de 1928 Quem fala de mim tem paixão, variante do nome de um bloco carnavalesco (Quem Fala de Nós Tem Paixão). Esse samba Sinhô o classificaria de ‘sambamaioral’, o que é outra fórmula de provocação. E não se esqueça que já na famosa marchinha O Pé de Anjo, o compositor se queixava da língua ferina dos outros advertindo sobre a existência de uma tesourinha para cortá-las. O tema ainda retornaria em 1928, quando lançou o samba Tesourinha, em cuja capa (edição Irmãos Vitale) figura uma grande tesoura cortando a língua de um mulato esvaporido (desenho de Wantick).

Felizmente as brigas de Sinhô acabavam em sambas. As agressões, os remoques, a inveja, as provocações e injustiças instigavam o compositor. E o que ele não podia revidar em taponas, tiros ou palavrões, faria mais tarde em sambas, alguns verdadeiras jóias do nosso cancioneiro, cujos versos não traíam os motivos rancorosos dos quais se originavam.

Sabiá (1928), uma das suas mais belas composições, foi composta logo após o desenlace de um dos seus casos sentimentais. De início Sinhô quis reagir violentamente. Confidenciou suas mágoas e seus intuitos a amigos, mas acabou o Sinhô brigão de gênio bom extravasando sua queixa e sua vingança pela forma habitual, a canção:

Quem roubou o meu sossego
A Deus eu fiz entregar,
Pois eu hei de ver no mundo
Alguém por mim se vingar.


Mariza Lira dá versão à notícia de que era sempre com emoção, que ia até à água nos olhos, que Sinhô ouvia cantar esse lindo samba.

Alguns biógrafos e historiadores relatam que para se impelir o nosso José do Patrocínio (pai) aos grandes rasgos de eloqüência bastava que o insultassem, espicaçando-lhe os brios, com a invectiva marcante: - negro!

Com Sinhô dar-se-ia quase a mesma coisa. Quem quisesse empurrá-lo a produzir música o invectivasse.

Resposta a tais afrontas é o samba Macumba (1923), embora aqui a réplica, segundo informação de Almirante, se baseasse ainda em razões de ordem sentimental. De qualquer forma o compositor se defendia:

A inveja é um fato
Que nunca tem fim
Podes vir de feitiço
Pra cima de mim.


E o mesmo infatigável Almirante, a quem se devem todas as primeiras pesquisas a respeito de Sinhô, que informa ter havido em 1920 encrencas do sambista com o Caninha, o Nozinho, o João da Baiana e o Chico da Baiana. Brigas e arrufos que ele esquecia rápido, principalmente se lhe sopravam a gaforinha os ventos veludosos da fama. Era um espadachim teórico. Brigava mais de papo que de sopapo. Sua arma predileta era a solfa. Sua cunhada Maria Barbosa da Silva achava-o calmo e ponderado, inimigo de brigas e de escândalo. E conta que certa vez, levando a sobrinha a uma festa no subúrbio, lá começaram a surgir confusões. Sinhô retirou a moça e suas amigas, abandonando o baile ainda que sob os sussurrados protestos das jovens.

Revide ou agressão também terá sido o seu samba Três macacos no beco (1919), alusão direta e inegavelmente engraçada aos irmãos Pixinguinha e China e ao Donga. E outras questões surgiriam ainda motivadas, segundo seus opositores, por se apropriar de trechos musicais alheios, encaixando-os em suas composições. Mas isto será assunto de outro capítulo.

Seja dito ainda em abono do gênio brigão de Sinhô, que o provocavam aqui e ali os que tentavam negá-lo e não se conformavam com a sua ascensão algo vertiginosa. Vertiginosa para o ascensionário e para os que o viam subir. E repita-se que a glória do compositor era limitadíssima. Não o tornava rico, não o fazia escalar melhor nível da vida. Talvez nem lhe desse mesmo satisfatórias condições econômicas. Era apenas a glória popular, de certo modo a que “fica, eleva, honra e consola”.

Sinhô viveu para a música e da música. Pobremente. Por algum tempo foi estafeta dos Correios. Mas, de uma feita saiu para entregar a correspondência. Encontrou companheiros das rodas de samba. Ficou-se de conversa e bebida e acabou perdendo a correspondência. E também o emprego (5).
______________________________________________________________________
(1) Já em 1922 as suas músicas eram editadas com seu nome e apelido seguidos da designação - O Rei do Samba. A coroação de 1927 foi assim duplamente simbólica. (2) O samba Já te digo logo se tornou popular. A sátira, a pilhéria com o colarinho pé dc Sinhô agradou em cheio. Um sucesso! (3) Gravação Odeon 121528, por Eduardo das Neves. (4) Segundo afirmações de. alguns, Dirceu de Almeida Vale. O incidente origem em comentários políticos. . . (5) Ao que parece a exoneração se verificou no quatriênio Bernardes e teve também como agravante a influí-la a ousadia de Sinhô ao lançar a marchinha Fala baixo, no Carnaval de 1922, fato que por pouco não o levou à cadeia.

Fonte: "Nosso Sinhô do Samba" / Edigar de Alencar - Edição FUNARTE - Rio de Janeiro 1981.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Rosana

Rosana (Rosana Fiengo), cantora, conhecida posteriormente como Rosanah Fienngo, nasceu e foi criada no bairro do Brás, São Paulo, em 7 de março de 1963. Com seu talento artístico precoce, começou a tocar teclado com 6 anos, incentivada pela tia pianista, Eda.

Filha do músico Aldo Fiengo, começou a cantar profissionalmente com 13 anos de idade, na banda de seu pai, a Casanova's. Fortemente influenciada por Elis Regina e Gladys Knight na adolescência, tanto que em seu aniversário de 12 anos foi presenteada pela mãe,Zenaide, que a levou ao show de Elis e ela pôde abraçar a cantora e falar que queria ser uma cantora também.

Em 1978, ainda na banda do pai e já morando na cidade do Rio de Janeiro, gravou um compacto simples pela gravadora Odeon, com a romântica Fique um pouco mais, que entrou na trilha da novela Pecado Rasgado da Rede Globo e Muito independente, em ritmo de discothèque.A banda Casanova's chegou a aparecer numa cena dessa novela, com Rosana como vocalista.

Participou ainda de diversos programas de televisão da época, como Globo de Ouro, Chacrinha, Carlos Imperial, Sexta Super, Raul Gil e Almoço com as Estrelas.

Aos 18 anos, em 1980, decidiu de fato seguir a carreira profissional de música, mas teve que fazer uma difícil escolha: Passou no vestibular na Universidade Gama Filho no curso de psicologia e teve que optar entre os estudos ou a música, e foi a música que escolheu, apesar de ainda gostar sobre assuntos referentes a psicologia.

Em 1981, classificou-se no Festival MPB Shell da Rede Globo com a canção Pensei que fosse fácil, mas não é, de Zé Rodrix. Em dezembro desse ano posou totalmente nua para a Revista Homem, da Idéia Editorial.

Em 1985, participou de outro festival da Rede Globo, o Festival dos Festivais, e interpretou numa das eliminatórias a canção Vidraça. Ainda naquele ano, participou do especial infantil A Era dos Halley de Augusto César Vannucci, cantando ao lado de Guilherme Lamounier a música Luz de mim de Daltony Nóbrega.

Em 1986, após gravar alguns discos e participar de outros, uma fita com uma gravação daquele que é considerado pela cantora o seu primeiro sucesso da carreira - Nem um toque, foi levada à Rede Globo e acabou inserida na trilha sonora da telenovela Roda de Fogo (1986). Com essa exposição, a música foi exaustivamente executada nas rádios. Rosana então assinou contrato com a CBS/Sony Music (atual Sony BMG) neste mesmo ano, permanecendo neste selo até 1993, quando migrou para a Polygram.

O maior sucesso, porém, ocorreu em 1987, com a canção O amor e o poder, que fez parte da trilha de Mandala (1987). Versão da música The power of love, a faixa ficou por várias semanas consecutivas em primeiro lugar nas paradas de sucesso. O primeiro disco, Coração selvagem, que continha esta canção, vendeu mais de um milhão de cópias, rendendo à cantora vários troféus e homenagens. Em 1988, foi indicada ao Troféu Imprensa nas categorias de Melhor Cantora de 1987 e Melhor Música do mesmo ano. Também foi indicada a este prêmio nas categorias de Melhor Cantora de 1988 e Melhor Cantora de 1989.

Ao longo da carreira, gravou mais de doze discos, dos quais oito tiveram execução fora do Brasil, sobretudo na América Latina e Portugal, contabilizando oito discos de ouro e dois de platina, e também foi convidada para gravar com cantores internacionais, como Ana Gabriel e Emmanuel, e apresentou-se nos principais programas televisivos. Sempre fez muito sucesso com suas músicas de cunho romântico e de sentimentos profundos.

Nos anos 90 dedicou-se a gravar projetos especiais privilegiando outros estilos musicais, tais como o rhythm and blues no álbum Doce Pecado, 1990 gravado em Miami (EUA) com produção de Ronnie Foster, releituras de clássicos da MPB (Gata de Rua, 1993, com produção de Roberto Menescal) ou uma incursão pela dance music (Vende Peixe-Se, 1996).

Em 1991, Rosana fez vocalize no funk eletrônico Mexa-se, faixa do trabalho de estréia da banda Magrellos, participando do clip do grupo veiculado na MTV e também em programas de tv.

Quando se comemoraram os 90 anos de Carmen Miranda, fez uma homenagem a ela excursionando, em parceria ao Quarteto Maogany, com o espetáculo em 1999. A cantora também gravou canções para dois filmes da Disney: O Corcunda de Notre Dame e Oliver & Sua Turma.

Rosana tem como madrinha de carreira a cantora Leny Andrade e é reconhecida como uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos por nomes consagrados como o cantor e compositor Caetano Veloso, e o produtor musical Max Pierre.

No atual Prêmio de Música Brasileira (antigo Prêmio TIM/SHARP) organizado por José Maurício Machline, Rosana é uma das recordistas com 9 (nove) indicações, sendo a última em 2004 pelo álbum Rosana (Movieplay, 2003), e vencedora de 5 (cinco) prêmios de Melhor Cantora Popular em 1987, 1989, 1990, 1992 e 1994.

Vivendo no Rio de Janeiro, a cantora multi-instrumentista, continua fazendo espetáculos pelo Brasil e exterior, cantando e tocando piano e violão.


Em 1998 nasceu seu primeiro filho, Davy. Na época estava casada com o produtor Rodrigo di Castro.

Poucos anos antes de engravidar de Davy, estava grávida, mas perdeu o bebê com 5 meses de gestação, o que a abalou por completo. Esse terrível fato a fez se converter a religião evangélica, mais precisamente a Igreja Batista, igreja essa localizada na Barra da Tijuca, Cidade do Rio de Janeiro, onde vive desde o começo da carreira.

Discografia

1979 - Fique Um Pouco Mais - (EMI-Odeon)
1983 - Rosana - (RCA Victor)
1987 - Coração Selvagem - (Epic/CBS)
1988 - Vício Fatal / Ao Vivo - (Epic/CBS)
1989 - Onde o Amor Me Leva - (Epic/CBS)
1990 - Por Donde el Amor Me Lleva - espanhol - (Epic/CBS)
1990 - Doce Pecado - (Epic/CBS)
1992 - Paixão - (Columbia/CBS)
1993 - Gata de Rua - (Columbia/CBS)
1994 - Essa sou eu - (Polygran)
1996 - Vende peixe-se - (Natasha Records)
2003 - Rosana - (Movieplay)

Fonte: Wikipédia; Dicionário Cravo Albin.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Jorge Aragão

Jorge Aragão (Jorge Aragão da Cruz), compositor, cantor e sambista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1 de Março de 1949. Como sambista, começou sua carreira na década de 1970, em bailes e casas noturnas. Como compositor, despontou em 1977, quando Elza Soares gravou sua composição Malandro (com Jotabê).

Foi integrante do grupo Fundo de Quintal (núcleo do gênero pagode) e um de seus principais compositores e letristas, tendo por isso abandonado o conjunto algum tempo depois para dedicar-se à carreira solo.

Quase todos os grandes intérpretes de samba como Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila têm canções de Jorge Aragão em seu repertório.

O primeiro disco solo, Jorge Aragão, veio em 1982, pela Ariola. Conhecedor do carnaval carioca, foi comentarista dos desfiles de escolas de samba nas TV's Globo, Manchete e nos últimos anos no projeto Carnaval do Povão pela CNT. Com doze discos lançados, excursionou pelos Estados Unidos e se apresenta em várias cidades do Brasil.

Entre seus sucessos estão Coisinha do pai (com Almir Guineto e Luiz Carlos), consagrado na gravação de Beth Carvalho que valeu uma gravação inédita em 1997 para acordar Mars Pathfinder um robô da Nasa em Marte; Coisa de pele, Vou festejar, Alvará, Terceira pessoa, Amigos… amantes, Do fundo do nosso quintal e Enredo do meu samba entre outras. Sua música, Eu e você sempre, gravada originalmente pelo grupo Exaltasamba em 2000 tornou o grupo conhecido.

Com quase 30 anos dedicados inteiramente à MPB, Jorge Aragão continua em atividade. O veterano do samba se mantém firme no mercado, apostando em uma série de CDs ao vivo (Ao vivo 1 e 2). O álbum Jorge Aragão Ao vivo Convida, lançado pela Indie Records, em 2002, traz duetos antológicos do sambista com figuras consagradas como Zeca Pagodinho, Alcione, Elza Soares, Beth Carvalho, Emílio Santiago, Leci Brandão, entre outros.

Mais tarde, depois de um disco de estúdio chamado Da Noite pro Dia vem mais um DVD ao vivo gravado no Canecão (Rio de Janeiro) com o mesmo nome também tendo uma ótima vendagem. Atualmente o sambista está com o disco E aí?, com boa recepção do público.

Discografia

Coisa de Pele
(1986), Raiz e Flor (1988), Bar da Esquina (1989), A Seu Favor (1990), Chorando Estrelas (1992), Um Jorge (1993), A Cena (1994), Sambista A Bordo (1997), Sambaí (1998), Jorge Aragão Ao Vivo (1999), Tocando o Samba (1999), Jorge Aragão Ao Vivo 2 (2000), Todas (2001), Ao Vivo Convida (CD & DVD) (2002), Da Noite pro Dia (2003), Jorge Aragão Ao Vivo 3 (2004), E aí? (2006), Coisa de Jorge (CD & DVD) (2007).

Fonte: Wikipédia.

domingo, fevereiro 19, 2012

Vítor Martins

Vítor Martins, compositor (letrista) com viés romântico e dramático, dentre as inúmeras composições destacam-se os trabalhos ao lado do parceiro Ivan Lins, com quem também fundou um selo discográfico, Velas, responsável pelo lançamento de artistas como Lenine, Belô Veloso, Guinga, Chico César, entre outros.

Em 1973, compôs com Ivan Lins a canção Abre alas, gravada pelo cantor no LP Modo livre, dando início a uma fértil parceria que viria a ser quase que exclusiva a partir do disco Somos todos iguais nessa noite lançado em 1977.

Em 1991 fundou, em sociedade com Ivan Lins, a gravadora Velas, com o objetivo de registrar novos talentos da música popular brasileira.

Constam como intérpretes de suas canções, além do parceiro, artistas brasileiros, como Elis Regina e Simone, entre outros, e internacionais, como George Benson, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Carmen MacRae, Barbra Streisand e Quincy Jones.

Obras

16 de novembro (c/ Ivan Lins), A noite (c/ Ivan Lins), A tal (c/ Ivan Lins), A visita (c/ Ivan Lins), Abre alas (c/ Ivan Lins), Açucena (c/ Ivan Lins), Água doce (c/ Ivan Lins), Água rolou nº 1 (c/ Ivan Lins), Água rolou nº 2 (c/ Ivan Lins), Ai ai ai ai ai (c/ Ivan Lins), Ainda te procuro (c/ Ivan Lins), Amar assim (c/ Ivan Lins), Amor (c/ Ivan Lins), Andorinhas (c/ Ivan Lins), Anjo de mim (c/ Ivan Lins), Answered prayers (c/ Ivan Lins e Peter Eldridge), Antes que seja tarde (c/ Ivan Lins), Aos nossos filhos (c/ Ivan Lins), Arlequim desconhecido (c/ Ivan Lins), Atrás poeira (c/ Ivan Lins), Ave (c/ Ivan Lins), Awa yiô (c/ Ivan Lins), Bandeira do Divino (c/ Ivan Lins), Barco fantasma (c/ Ivan Lins), Beijo infinito (c/ Ivan Lins e Heitor TP), Bilhete (c/ Ivan Lins), Bom vai ser (c/ Ivan Lins), Bonito (c/ Ivan Lins), Cabo eleitoral (c/ Ivan Lins),   Camaleão (c/ Ivan Lins e Aldir Blanc), Canavial (c/ Ivan Lins), Cantoria (c/ Ivan Lins), Cartomante (c/ Ivan Lins), Choro das águas (c/ Ivan Lins), Clareou (c/ Ivan Lins e Aldir Blanc), Começar de novo (c/ Ivan Lins), Confins (c/ Ivan Lins e Aldir Blanc), Coragem, mulher (c/ Ivan Lins), Corpos (c/ Ivan Lins), Cru cré corroró (c/ Ivan Lins), Cuidate más (c/ Ivan Lins), Dá licença (c/ Ivan Lins), Daquilo que eu sei (c/ Ivan Lins), De nosso amor tão sincero (c/ Ivan Lins), Demônio de guarda (c/ Ivan Lins), Depois dos temporais (c/ Ivan Lins), Desesperar, jamais (c/ Ivan Lins), Dinorah, Dinorah (c/ Ivan Lins), Doce presença (c/ Ivan Lins), Dona Palmeira (c/ Ivan Lins), Dos que ficaram (c/ Ivan Lins), É de Deus (c/ Ivan Lins), Espelho piano (c/ Ivan Lins), Esses garotos (c/ Ivan Lins), Eu sabia (c/ Ivan Lins), Feiticeira (c/ Ivan Lins), Fogueiras (c/ Ivan Lins), Formigueiro (c/ Ivan Lins), Forró do largo (c/ Ivan Lins), Galeria Metrópole I (c/ Ivan Lins), Galeria Metrópole II (c/ Ivan Lins), Guarde nos olhos (c/ Ivan Lins), Humana (c/ Ivan Lins), I'm not alone (c/ Ivan Lins e Will Jennings), Iluminados (c/ Ivan Lins), Ituverava (c/ Ivan Lins), Joana dos Barcos (c/ Ivan Lins), Juntos (c/ Ivan Lins), Lembra (c/ Ivan Lins), Lembra de mim (c/ Ivan Lins), Lembrança (c/ Ivan Lins e Gilson Peranzzetta), Lenda do Carmo (c/ Ivan Lins), Leva e traz (c/ Ivan Lins e Aldir Blanc), Lua cirandeira (c/ Ivan Lins), Lua soberana (c/ Ivan Lins), Luas de Pequim (c/ Ivan Lins), Mãos (c/ Ivan Lins), Mãos de afeto (c/ Ivan Lins), Marinheiro (c/ Ivan Lins), Menino (c/ Ivan Lins), Meu amor não sabia (c/ Ivan Lins), Meu país (c/ Ivan Lins), Nicarágua Nocturne (c/ Ivan Lins e Kathy Byalick), Noite pra festejar (c/ Ivan Lins),    Noites sertanejas (c/ Ivan Lins), Noturna (c/ Ivan Lins), O pano de fundo (c/ Ivan Lins), O passarinho cantou (c/ Ivan Lins), Paixão secreta (c/ Ivan Lins), Pessoa rara (c/ Ivan Lins), Pontos cardeais (c/ Ivan Lins), Qualquer dia (c/ Ivan Lins), Quaresma (c/ Ivan Lins), Que quer de mim (c/ Ivan Lins), Quem me dera (c/ Ivan Lins), Romance (c/ Ivan Lins), Saindo de mim (c/ Ivan Lins), Saudades de casa (c/ Ivan Lins), Sede dos marujos (c/ Ivan Lins), Será possível (c/ Ivan Lins), Sertaneja setembro (Amada) (c/ Ivan Lins e Gilson Peranzzetta), She walks this Earth (Soberana Rosa) (c/ Ivan Lins, Brenda Russell e Chico César), So crazy for this love (Cru-cre corroro) (c/ Ivan Lins, Chaka Khan e Kathy Byalick), Somos todos iguais esta noite (c/ Ivan Lins), Sonhos (c/ Ivan Lins), Sweet presence (Doce presença) (c/ Ivan Lins e Pisano), Te amo (c/ Ivan Lins), Temporal (c/ Ivan Lins e Gilson Peranzzetta), Tenho mais é que viver (c/ Ivan Lins), Trinta anos (c/ Ivan Lins), Turmalina (c/ Ivan Lins), Um fado (c/ Ivan Lins), Vampiros modernos (c/ Ivan Lins), Velas içadas (c/ Ivan Lins), Ventos de junho (c/ Ivan Lins), Vieste (c/ Ivan Lins), Virá (c/ Ivan Lins), Vitoriosa (c/ Ivan Lins).

Fonte: Wikipédia; Dicionário Cravo Albin da MPB.