quinta-feira, janeiro 06, 2011

Osvaldo Guilherme

Osvaldo Guilherme e Denis Brean - 1964
Osvaldo Guilherme, compositor, nasceu em Campinas, SP, em 7/3/1919. Em 1942 conheceu o compositor Newton Teixeira, e com ele fez sua primeira composição, O que há com você, gravada no mesmo ano por Isaura Garcia, na Victor.

No início do ano seguinte conheceu o compositor Denis Brean, e pouco depois era convocado pelo Exército, no qual permaneceu por 28 meses.

Nessa ocasião compôs Em tudo há uma saudade, gravada por Ely Camargo, e Seresteiro, em parceria com Newton Teixeira, que a gravou posteriormente.

Retornando à vida civil, reativou a parceria com Denis Brean, com quem havia deixado algumas letras. A primeira música gravada da dupla foi Onde há fumaça há fogo, em disco Odeon, por Joel e Gaúcho. Em seguida o cantor Bob Nelson gravou Como é burro o meu cavalo, também da dupla.

Com Denis Brean compôs seus maiores sucessos, como: Franqueza, Raízes, Conselho, A mulher do meu amigo, Chora, coração, Festa do samba, Cadência do Brasil, Grande Caruso, Andorinha, Presença de Maria e Sinal dos tempos. A dupla teve várias músicas gravadas no exterior, assim como composições incluídas em filmes nacionais.

Sem parceria, gravou diversas músicas, como: Na fumaça de um cigarro, Quando o amor morre, Coisas tolas, o Hino Oficial do Guarani F C. e o Hino a Nossa Senhora das Graças.

É funcionário público aposentado do Instituto Agronômico de Campinas, onde sempre residiu.

Obra

Conselho (c/Denis Brean), samba, 1957; Convite ao samba (c/Denis Brean), samba, s.d.; Franqueza (c/Denis Brean), samba, 1957; Grande Caruso (c/Denis Brean), marcha, 1952; A mulher do meu amigo (c/Denis Brean), samba, s.d.; O que há com você (c/Newton Teixeira), 1942; Seresteiro (c/Newton Teixeira), s.d.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - 2a. Edição - 1998.

Rui Guerra


Rui Guerra (Rui Alexandre Guerra Coelho Pereira), compositor e cineasta, nasceu em Maputo, Moçambique, em 22/8/1931. Tomou contato com os compositores populares quando o Centro Popular de Cultura, no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades, compondo com Sérgio Ricardo Esse mundo é meu, incluída no LP Um senhor talento, da Elenco, 1963.

Aproximou-se então de Edu Lobo, com quem escreveu Reza, Aleluia, Canção da terra e Réquiem para um amor, incluídas no LP A música de Edu Lobo, ainda da Elenco, 1965. Com esse mesmo parceiro, fez Jogo de roda, incluída no LP Edu Lobo, Philips, 1967, e Mariana, Mariana, gravada em 1970 no LP Cantiga de longe, da Elenco.

Experimentou então nova parceria, com Marcos Valle, compondo Bloco do eu sozinho, gravado em 1968 no LP de seu parceiro Viola enluarada, Odeon. Depois, com Milton Nascimento, compôs a canção Canto latino, do LP Milton, Odeon, 1970, e as canções da trilha sonora de seu filme Os deuses e os mortos, de 1971.

Retomando a antiga parceria com Edu Lobo, compôs as canções da trilha sonora da peça Woyzeck, de Georg Büchner (1813—1837), encenada em 1971 no Teatro casa Grande, do Rio de Janeiro, sob a direção de Marilda Pedroso.

Seu parceiro seguinte foi Chico Buarque, criando as canções da peça Calabar, escrita pelos dois, que não foi encenada. Essas músicas apareceram no LP Chico canta, da Philips, em 1974, destacando-se, entre outras, Bárbara, Tatuagem, Fado tropical e Ana de Amsterdam.

Com Francis Hime escreveu Meia luz, Teima e Ave Maria, incluídas no LP deste. Dirigiu ainda espetáculos musicais com Francis Hime e Dori Caymmi, Baden Powell, Alaíde Costa e Dulce Nunes, Milton Nascimento com o Som Imaginário, e Chico Buarque com o MPB-4.

Obra

Aleluia (c/Edu Lobo), 1965; Ana deAmsterdam (c/Chico Buarque), 1974; Bárbara (c/Chico Buarque), 1974; Boi voador (c/Chico Buarque), 1973; Cala a boca, Bárbara (c/Chico Buarque), 1973; Canto latino (c/Milton Nascimento), 1970; Fado tropical (c/Chico Buarque), 1974; Maré morta (c/Edu Lobo), 1972; Não existe pecado ao sul do Equador (c/Chico Buarque), 1973; Réquiem para um amor (c/Edu Lobo), 1965; Reza (c/Edu Lobo), 1965. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998.