Valdemar Silva - 19/6/1937 |
Passou a trabalhar ainda muito jovem, tendo exercido desde os 12 anos de idade várias profissões.
Aos 20 anos passou a trabalhar como feirante, profissão a qual se dedicou por 38 anos. Começou a compor na adolescência, sendo sua primeira obra o samba Com fome e com frio, que ficou incompleto.
Em 1930, conheceu Getúlio Marinho (Amor) que o levou à Victor. Iniciou suas atividades artísticas em 1933, por intermédio de Amor, que o apresentou a Henrique Vogeler, responsável pela primeira gravação de sua obra, Até dormindo sorriste, uma parceria com Amor.
Nesse mesmo ano, Moreira da Silva gravou na Victor o samba Homem não chora. Em 1934 passou a atuar como ritmista em inúmeras gravações. Em 1935, Araci de Almeida gravou na Victor a marcha Tic-tac, parceria com Roberto Martins e Aurora Miranda gravou na Odeon o samba Muito chorei.
No mesmo ano, teve mais quatro composições gravadas por Patrício Teixeira na Odeon: as marchas Cala boca, com Paulo Pinheiro e Tipo combinado, com Bide e os sambas Samba no morro, com Roberto Martins e Remo no mar, com Alcebíades Teixeira.
No ano seguinte, compôs aquele que seria seu maior sucesso, o samba Favela, com Roberto Martins, gravado por Francisco Alves na Victor e um de seus maiores sucessos, que se tornou um dos grandes clássicos da música popular brasileira e que foi regravada por Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Ataulfo Alves, Maysa e as orquestras de Severino Araújo e Zacarias. Também nesse ano, a marcha Meu coração também parceria com Roberto Martins foi gravado por Araci de Almeida.
Em 1937, Carmen Miranda lançou o samba Imperador do samba em disco Odeon. No mesmo ano, fez com Zé Pretinho o samba Você precisa amar... gravado por Jaime Vogeler e com C. Vasconcelos o samba Julgou ser feliz gravado por J. B. de Carvalho.
Em 1938, teve a marcha Garota, parceria com Vicente Paiva gravada pela dupla Joel e Gaúcho. Em 1939, teve duas parcerias com Paulo Pinheiro gravadas na Odeon: o samba Eu sou a Bahia em dueto por Dircinha Batista e Nuno Roland e o samba-canção Em paga de tudo por Dircinha Batista. Na mesma época, Dircinha Batista gravou o samba Eu gostava tanto dele, com Raul Marques. Ainda em 1939, Patrício Teixeira gravou na Victor os sambas Pergunte à vizinha do lado, com J. Eloi de Assis e Perdão, com Raul Marques.
Trabalhou com os regionais de Benedito Lacerda e Claudionor Cruz e integrou as orquestras de Vicente Paiva, Fon-Fon, Simon Bountman e maestro Gaó. Em fins de 1940, os Anjos do Inferno gravaram na Columbia sua marcha Todo mundo dança, parceria com Raul Marques.
Em 1941, voltou a ter músicas gravadas por Patrício Teixeira: os sambas No dia do meu casamento, com E. Figueiredo e A gargalhar fiquei, com Raul Marques. No mesmo ano, fez com Milton de Oliveira o samba É feliz gravado por João Petra de Barros na Victor.
Em 1945, Roberto Paiva gravou na Continental seu Samba da vitória, com Ari Monteiro, alusivo ao fim da segunda Guerra Mundial. Em 1946, Carlos Galhardo gravou o samba Ela tem razão, com Erasmo Silva em disco Victor.
Em 1951, Orlando Silva gravou com sucesso o samba Senhor, me ajude, com Luís Soberano. Teve mais de vinte músicas gravadas, principalmente sambas e marchas tendo como principal parceiro Roberto Martins. Teve obras gravadas por Aracy de Almeida, Francisco Alves, Linda Batista e Carlos Galhardo entre outros.
Obra
A gargalhar fiquei (c/ Raul Marques), Aquarela do morro (c/ Arnô Canegal), Até dormindo sorriste (c/ Getulio Marinho), Brincando com Iaiá (c/ Raul Marques), Cala boca (c/ Paulo Pinheiro), Com fome e com frio, Compra ioiô (c/ Roberto Martins), É feliz (c/ Milton de Oliveira), Ela tem razão (c/ Erasmo Silva), Em paga de tudo (c/ Paulo Pinheiro), Eu gostava tanto dele (c/ Raul Marques), Eu sou da Bahia (c/ Paulo Pinheiro), Favela (c/ Roberto Martins), Garota (c/ Vicente Paiva), Homem não chora, Imperador do samba, Julgou ser feliz (c/ C. Vasconcelos), Meu coração (c/ Roberto Martins), Muito chorei (c/ Buci Moreira), No dia do meu casamento (c/ E. Figueiredo), Perdão (c/ Raul Marques), Pergunte à vizinha do lado (c/ J. Eloi de Assis), Remo no mar (c/ Alcebíades Teixeira), Samba da vitória (c/ Ari Monteiro), Samba no morro (c/ Roberto Martins), Senhor, me ajude (c/ Luis Soberano), Tem tempo (c/ Roberto Martins), Tipo combinado (c/ Alcebíades Barcelos), Todo mundo dança (c/ Raul Marques).
Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira / AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982. / MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). / Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.