segunda-feira, agosto 01, 2011

Gérson Conrad

Gérson Conrad, cantor. compositor e viiolonista, nasceu em 15/4/1952, na cidade de São Paulo, SP. Tornou-se conhecido nacionalmente a partir de 1973 como integrante do grupo Secos e Molhados. Musicou o poema Rosa de Hiroshima, de Vinícius de Moraes, que se tornaria um dos sucessos do primeiro LP do grupo. No segundo disco do grupo, de 1974, foi compositor de mais uma canção, Delírio.

Com o término do conjunto, em 1974, uniu-se ao letrista Paulo Mendonça e à cantora e atriz Zezé Motta, lançando no ano seguinte, em 1975, o LP Gérson Conrad e Zezé Motta, no qual se destacariam Trem noturno e A dança do besouro.

Em 1981, fez um outro trabalho solo, Rosto Marcado, lançado pela gravadora Som Livre, seu último disco lançado até então.

Hoje Gérson Conrad tem sua banda, Trupi, que mantém em seu repertório algumas canções dos Secos e Molhados, e canções de blues e rock. Atualmente estava com o espetáculo que leva o nome de "Bons tempos", uma das canções escritas pelo próprio.

Obras

A dança do besouro (c/ Paulinho Mendonça), Delírio (c/ Paulinho Mendonça), El Rey (c/ João Ricardo), Fala (João Ricardo e Luli), Rosa de Hiroshima (c/ Vinicius de Moraes), Trem noturno (c/ Paulinho Mendonça)

Discografia

(1973) Secos e Molhados • Continental • LP; (1974) Secos e  Molhados • Continental • LP; (1975) Gérson Conrad e Zezé Motta • LP; (1981) GC • LP.

Fonte: Wikipedia.

Olodum

O Olodum, grupo musical e cultural, foi fundado em Salvador, Bahia, em 25 de abril de 1979. Criado como bloco por um grupo de jovens negros do bairro Maciel-Pelourinho, o Olodum (“deus dos deuses”, na língua ioruba) estreou no Carnaval de 1980.

No ano seguinte, já com mais de dois mil associados, desfilou exaltando a história do país africano Guiné-Bissau.

Em 1983, depois de reorganização interna, nasceu o Grupo Cultural Olodum, que passou a implementar projetos sociais e culturais (projeto Rufar dos Tambores, cursos afro-brasileiros, Banda Mirim Olodum) e, em 1984, foi reconhecido como entidade de utilidade pública municipal e estadual.

Seu primeiro LP, Egito, Madagascar, de 1987, com a música Faraó (Luciano Gomes dos Santos), transformou-se em fenômeno de execução na Bahia. No terceiro LP, Do deserto do Saara ao Nordeste brasileiro, em 1989, a música mais tocada foi Revolta Olodum (Domingos Sérgio e José Olissan). Ainda em 1989, o grupo fez seus primeiros shows na Europa e, no ano seguinte, foi ao Japão, Argentina e Chile, voltando também à Europa.

Ganhou o Prêmio Sharp de Música, como melhor grupo regional, nos anos de 1990, 1992, 1993 e 1994. Acompanhou Paul Simon na faixa The Obvious Child, de seu disco The Rhythm of the Saints, de 1990. O videoclipe da música, gravado no Pelourinho, em Salvador, foi exibido em 140 países. O grupo tocou também com outras estrelas internacionais: Michael Jackson, Jimmy Cliff, Wayne Shorter e Herbie Hancock.

Em 1992 lançou o LP A música do Olodum, com o grande sucesso Nossa gente (Roque Carvalho), regravado por Caetano Veloso e Gilberto Gil no CD Tropicália 2. O disco lançado no ano seguinte, O movimento, com a canção Requebra (Pierre Onassis e Nego), vendeu mais de 250 mil cópias.

Abandonando aos poucos a ênfase na percussão, característica de seus primeiros discos, em prol de maior instrumentação de sopros, cordas e teclados, o grupo continuou gravando: lançou em 1995 Sol e mar, gravado ao vivo no Festival de Montreux, Suíça, com regravações dos maiores sucessos do grupo; em 1996, o CD Roma negra; e em 1997, o CD Liberdade, comemorando 18 anos de carreira.

O grupo já gravou diversos discos, apresentando-se em muitos países da América Latina e Europa. No ano de 2005, a Banda Olodum, uma parte do bloco, a mais conhecida, que conta com 30 percussionista apresentou-se ao lado da cantora Sandy e da OSB (Orquestra Sinfônica Brasileira) através do "Projeto Aquarius", na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

A música do Olodum se baseia no chamado “samba-reggae” — fusão de ritmos brasileiros e jamaicanos, juntamente com elementos de forró, funk, pop e outros gêneros — originalmente criado por Mestre Neguinho do Samba, que se integrou ao grupo em 1983.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Ná Ozzetti

Ná Ozzetti (Maria Cristina Ozzetti), cantora, nasceu em São Paulo SP, em 12/12/1958. De família de músicos, seu irmão Dante é violonista e integra a banda da cantora, Marco é guitarrista e Marta é flautista.

Formada em artes plásticas, só começou a cantar em 1978, quando os integrantes do grupo Rumo a ouviram numa praia de Parati RJ e a convidaram para ser a cantora do grupo. Passou a dedicar-se à música, fez cursos de piano e canto. Permaneceu com o grupo até 1992.

Gravou pela Continental seu primeiro disco solo em 1993: Ná Ozzetti incluindo regravações de antigos sucessos, como Sua estupidez (Roberto Carlos e Erasmo Carlos ), No Rancho Fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo) e canções de Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik e Luís Tatit.

Seu segundo disco foi (1994, WEA). Bem acolhida pela crítica, começou a se apresentar mais em São Paulo, e fez um especial na 1V Cultura, Canto em qualquer canto (1995).

Em 1996 lançou o CD Love Lee Rita, seu terceiro disco, apenas com músicas de Rita Lee. Em 1996- 1997 fez shows no Tom Brasil, em São Paulo.

Fundou a Ná Records, lançando, em 1999, seu disco Estopim, que registrou suas composições Canto em qualquer canto (c/ Itamar Assumpção) e Toque de reunir (c/ Luis Tatit), entre outras.

Em 2000, participou do Festival da Música Brasileira (TV Globo), interpretando a canção Show (Luis Tatit e Fábio Tagliaferri), tendo sido contemplada com o prêmio de Melhor Intérprete, que lhe valeu a gravação do CD, pela Som Livre, Show, lançado no ano seguinte.

Em 2001, apresentou-se, ao lado de José Miguel Wisnik e Luís Tatit, no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), no ciclo "São Paulo: da vanguarda ao pop".

Sob a supervisão de Eduardo Gudin, apresentou-se no Sesc Pompéia (SP), ao lado das cantoras Jane Duboc, Monica Salmaso, Celine Imbert, Tetê Espíndola, Vânia Bastos e Myriam Peracch, e da Orquestra Jazz Sinfônica, sob a regência de João Maurício Galindo, interpretando canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, cujas partituras mantiveram os arranjos originais de Leo Peracchi para o LP Por toda a minha vida (1959), de Lenita Bruno. O trabalho foi lançado, em 2002, pela Dabliú Discos, no CD Canções de Tom e Vinicius. O Mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica.

Em 2004, apresentou-se, ao lado de Jards Macalé, Nó em Pingo D'água e Selma do Côco, no Auditório Gilberto Freyre, da Funarte, no Rio de Janeiro, marcando a volta do "Projeto Pixinguinha", percorrendo, em seguida, outras cidades brasileiras.

Em 2005, lançou,com em duo com André Mehmari, o CD Piano & Voz, contendo Vôo da bailarina (André Mehmari e Cristina Saraiva) e músicas de Pixinguinha (Rosa), Caetano Veloso (O ciúme), Dante Ozzetti e Luiz Tatit (Nosso amor), entre outras. Nesse mesmo ano, a gravadora MCD relançou os CDs (1994) e Estopim (1999) em luxuosas edições com capa em digipack, notas da artista e faixas-bônus.

Lançou, em 2009, o CD Balangandãs, com a participação de Dante Ozzetti (violão), Mário Manga (guitarra, violoncelo e violão tenor), Sérgio Reze (bateria) e Zé Alexandre Carvalho (contrabaixo acústico). No repertório, canções das décadas de 1930 a 1950.

Em 2010, voltou a se reunir com os demais integrantes do grupo Rumo - Luiz Tatit, Hélio Ziskind, Gal Oppido, Paulo Tatit, Pedro Mourão, Zecarlos Ribeiro, Akira Ueno e Geraldo Leite -, para o lançamento do CD Sopa de concha, interpretando um repertório de músicas do passado pesquisado por Geraldo Leite: Gosto mais do outro lado (Assis Valente), de 1934, Não resta a menor dúvida (Hervé Cordovil e Noel Rosa), de 1935, Honrando um nome de mulher (Gadé e Valfrido Silva), de 1936, entre outras. 

O disco contou com a participação de Swami Jr (direção artística, arranjos, violão 7 cordas e baixo), Milton Mori (cavaquinho e bandolim), Guilherme Kastrup e Douglas Alonso (percussões), e ainda de Mario Manga (dobro e violão tenor), Andre Mehmari (piano), Toninho Ferragutti (acordeom), Nailor Proveta (sax alto, sax soprano e clarineta), Popó (tuba), Mané Silveira (sax alto), Tiquinho (trombone), Ubaldo (sax tenor), Nahor Gomes (trumpete), Fábio Tagliaferri (viola), Valdir Ferreira (trombone de vara) e Júnior Galante (trumpete), como músicos convidados.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Emílio do Lago

Emílio do Lago (Emílio Eutiquiano Correia do Lago), compositor, pianista, regente e professor, nasceu em Franca, SP, em 1837, e faleceu na cidade de São Paulo, SP, em 7/1/1871. Filho de uma família de músicos, iniciou seu aprendizado em casa. Mais tarde, em Campinas, SP, tornou-se amigo de Carlos Gomes, que lhe dedicou a modinha Quem sabe.

Em 1860 passou a morar em São Paulo, como professor de piano e canto. Fez amizade com os estudantes da Faculdade de Direito, tendo participado de serenatas ao lado de Fagundes Varela (1841—1875) e musicado versos de Castro Alves, entre outros. Tomou parte, como solista ou acompanhante, em inúmeros concertos e recitais.

Em 1864 e 1865 foi sócio do comerciante Henrique Luís Levy, também artista, pai dos compositores Luís Levy e Alexandre Levy, vendendo pianos e partituras em São Paulo. Nos dois anos seguintes organizou e regeu uma pequena orquestra em espetáculos no Teatro São José.

Em agosto de 1868, por ocasião dos festejos pela tomada de Humaitá, na Guerra do Paraguai, foi ovacionado no Largo de São Gonçalo, quando a orquestra executou seu Hino patriótico, com versos de Castro Alves. No ano seguinte, chegou a ser convidado por Louis Moreau Gottschalk, em visita a São Paulo, para um concerto a quatro mãos, que não se realizou.

Em 1870 participou com Brasílio Itiberê da Cunha, então estudante de direito, de um concerto promovido pelo pianista chileno Tomás Rodenas, discípulo de Gottschalk.

Obras

Música orquestral: Hino patriótico, 1868.- Música instrumental: O cabrião, polca, p/piano, 1867; O canto da coruja, serenata, p/piano, 1865; Lágrimas da aurora, polca-mazurca, p/piano, 1864; Uma lembrança da amizade, p/piano, 1864; Marcha militar, p/piano, 1865; Reminiscências, mazurca, p/piano, 1864; Rosa mística, introdução e mazurca, p/piano, 1870; A seráfica, polca brilhante, p/piano, 1870; Sereia, mazurca, p/piano, 1868.- Música vocal: Canção do boêmio, recitativo, 1868; Último adeus do amor, opus 1, modinha, p/piano e canto, 1862.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

A impressão musical no Brasil - Parte 1

O Príncipe regente Dom João
Até a criação da Imprensa Régia, por decreto do príncipe regente Dom João, a 13 de maio de 1808, era proibida a instalação de tipografias no Brasil. Mas já em princípios do século XVIII surgia em Recife PE uma pequena tipografia, logo confiscada, e em 1747 houve a tentativa, também fracassada, de A. Isidoro da Fonseca, no Rio de Janeiro RJ.

As primeiras oficinas imprimindo música no Rio de Janeiro surgiram no início do séc. XIX; alguns desses estabelecimentos se incumbiam de editar e vender músicas.

John Ferguson & Charles Crokaat, com loja na Rua da Quitanda, 41, em 1824 anunciavam no Diário do Rio de Janeiro o que parece ser a mais remota referência a obra musical impressa no país, o “Hino Imperial e Constitucional de S. M. Imperial (Pedro I), para piano e cantoria, recentemente gravado e estampado nesta corte”.

Na mesma loja vendia-se a “Notícia da vida e das Obras de J. Haydn, por Joachin Le Breton” (Imprensa Régia, 1820), considerada a mais antiga obra sobre música impressa no Brasil, e ainda a “Arte de música para uso da mocidade brasileira, por um seu patrício”, impressa por Silva Porto & Cia. em 1823.

Entre os pioneiros destacam-se Francisco Chenot, estabelecido em 1830 como “abridor e estampador” na Rua dos Latoeiros, 126, e depois na Rua da Ajuda, 89, e, na mesma época, H. Furcy, “livreiro e editor de música”, com oficina de gravação na Rua do Cano (hoje Rua Sete de Setembro), 73.

O mais antigo exemplar de peça musical gravada é de cerca de 1833, “Uma saudade para sempre", composta por [M. Pimenta Chaves] um criado da Casa Imperial dedicada à Princesa "Dona Paula Mariana”, publicada pela Oficina Litográfica do Arquivo Militar (Higino José Lopes de Almeida), pertencente, como outras peças da mesma oficina, à seção de música da Biblioteca Nacional, Coleção Teresa Cristina Maria.

João Cristiano Müller, de origem dinamarquesa, estabeleceu-se em 1828, como negociante de pianos e música, na Lapa do Desterro, 76, contando em sua loja com um variado repertório nacional e estrangeiro, para venda e empréstimo. Em 1837, associou-se a H. E. Heinen, sendo ambos nomeados “fornecedores de música de S.M.I.”, com endereço na Rua Nova do Ouvidor, 1 e 36, e no mesmo ano foi elaborado o Catálogo da biblioteca musical de 1. C. Müller e H. E. Heinen, talvez o primeiro no gênero impresso no Brasil, do qual é conhecido um único exemplar, ricamente encadernado, que pertenceu à imperatriz Teresa Cristina Maria.

Em março de 1828 chegou ao Rio de Janeiro o clarinetista João Bartolomeu Klier, natural de Bremen, Alemanha, estabelecendo-se inicialmente como professor de música e, mais tarde, instrumentista da Capela Imperial. Três anos depois, abriu uma loja de música na Rua do Cano, 189, transferindo-se em 1832 para a Rua Detrás do Hospício (hoje Rua Buenos Aies), 95.

Em 1834 anunciou que mandara imprimir, com propriedade exclusiva, modinhas de Gabriel Fernandes da Trindade, e em 1836 já possuía uma imprensa própria de música, anunciando no ano seguinte a publicação de Terpsícore brasileira, coleção de valsas, contradanças etc. Após sua morte em 1855, teve como sucessores na firma suas filhas Francisca Klier & Irmã (1856-1859) e por fim A. J. Klier, sucessor de seu pai J. B. Klier.

A impressão regular de peças musicais no Rio de Janeiro teve início com Pierre Laforge, músico francês estabelecido por volta de 1834 com “estamparia de música” na Rua do Ouvidor, 149, que teria sido o responsável pela gravação das modinhas de Gabriel Fernandes da Trindade para J. B. Klier.

Em 1837 instalou-se na Rua da Cadeia (depois Rua da Assembléia), 89, onde funcionou até 1851, tendo gravado inúmeras peças, em sua maioria de pequeno formato (28 por 18 cm) e sem qualquer capa ou folha de rosto, apenas com as indicações necessárias na cabeça da própria música. Sua produção era constituída principalmente de modinhas, lundus e árias de óperas, de compositores como o padre José Maurício Nunes Garcia, Cândido Inácio da Silva, Gabriel Fernandes da Trindade, Pedro I, Francisco Manuel da Silva, Januário da Silva Arvelos, M. A. de Sousa Queirós, Francisco da Luz Pinto, Joseph Fachinetti, Antônio Tornaghi e outros.

Em 1850 iniciou a publicação de coletâneas para piano e canto, como Delícias da jovem pianista, Recreação da jovem fluminense, Progresso da jovem pianista, Ramalhete dos principiantes, Grinalda da jovem pianista etc.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

A impressão musical no Brasil - Parte 2

Joseph Alfred Martinet - Botafogo, Rio de Janeiro - 1846
No ano seguinte, a firma foi comprada por Salmon & Cia. — Sucursal de R. Laforge, mudando-se para a Rua dos Ourives, 60, onde funcionou até 1853. Salmon & Cia., anteriormente instalados na Rua da Assembléia, 86, haviam iniciado a publicação de uma série de seis variações para piano, intitulada Flores guanabarenses (1842-1857). 

Como sucessores de R. Laforge reimprimiram várias peças dessa oficina, passando a numerar as chapas até 1869, quando a firma foi adquirida, juntamente com outras, por Narciso José Pinto Braga. Dentre as muitas coleções publicadas, destacam-se Progresso musical (1853-1857), O livro de ouro dos pianistas (1854-1857), Recreio dos flautistas (1856-1857), Abelha musical (1858-1859).

Em 1856 publicaram Rio de Janeiro — álbum pitoresco musical, com sete peças para piano de compositores brasileiros, impresso “em papel da China”, com litografias e desenhos de Martinet. Um fac-símile desse álbum foi lançado em 1958 pela Livraria Kosmos Editora.

Entre as oficinas litográficas que na primeira metade do século passado imprimiram material musical de relativa importância, está ainda a firma Heaton & Rensburg. 

George Mathias Heaton, pintor inglês, e Eduardo Rensburg, litógrafo holandês, chegaram juntos ao Brasil em 1840, estabelecendo-se na Rua do Hospício, 103, passando depois por outros endereços, até se fixarem, em 1842, na Rua da Ajuda, 68, quando iniciaram a publicação da coleção Ramalhete das damas, inicialmente sob orientação de Rafael Coelho Machado e interrompida oito anos depois. Constituída de peças para piano e canto, era ilustrada com retratos de compositores, e alguns números acompanhados de um texto sobre assuntos musicais, segundo os anúncios publicados no Jornal do Comércio da época

Em 1851 foram nomeados “litógrafos da Casa Imperial”. Da mesma oficina, em edições muito bem cuidadas, saíram ainda a Coleção de doze valsas, de Francisco Xavier Bontempo (1847); Harpa do trovador (1846), romances de Rafael Coelho Machado, dedicados à imperatriz, e Mauricinas (1849), peças para canto compostas pelo Dr. José Maurício Nunes Garcia, em homenagem a seu pai, o compositor do mesmo nome. Em 1856 dissolveram a sociedade, e E. Rensburg prosseguiu sozinho durante ainda muitos anos.

Na mesma Rua da Ajuda, 21, funcionava a Litografia de J. J. do Rego, responsável pela publicação do periódico Filo-Harmônico (1842), com peças de Francisco Manuel da Silva, João José Ferreira de Freitas, Cândido José de Araújo Viana Júnior etc. Conhecido como litógrafo no Rio de Janeiro desde 1832, Frederico Briggs funcionou na Rua do Ouvidor, 130, entre 1840 e 1843, e depois na Rua da Lampadosa, 6, quando deve ter iniciado atividades no campo da música, publicando obras de Rafael Coelho Machado (1840) e Antônio Tornaghi (1843).

No final desse ano, associou-se a Pedro Ludwig, que, por sua vez, dissolvera a sociedade que mantivera com Victor Larée, na Rua do Ouvidor, 66, este também impressor de música. A nova firma Ludwig & Briggs passou a funcionar na Rua do Carmo, 55 (1843), depois na Rua dos Pescadores (1846-1 849), e até 1870 na Rua dos Ourives, 142. Na década de 1830, com Pierre Laforge, o Rio de Janeiro ganhara a primeira imprensa de música da corte. Anteriormente, eram oficinas de gravadores, abridores e estampadores, na sua maioria franceses que, ocasionalmente, gravavam também música.

Com a instalação, em 1846, da Casa de Filippone e Cia., Abridores e Impressores, na Rua dos latoeiros (hoje Rua Gonçalves Dias), 59, no ano seguinte denominada Ed. Filippone e Cia. e por fim Imperial Imprensa de Música de Filippone e Cia. constituiu-se a primeira editora musical da cidade. 

Em 1847 foi aberta subscrição para a publicação de O Brasil Musical — periódico dedicado a Sua Majestade a Imperatriz do Brasil, que lançou mais de 500 peças entre 1848 e 1875, saindo duas por mês, uma para piano, outra para canto.

Desde o início foram precursores na impressão com chapas numeradas (Brasil Musical número 1 — Ch. Número 33), e no número 20 já declaravam possuir depósitos em Porto Alegre RS, Bahia, Pernambuco e Buenos Aires, Argentina. Foram também precursores na publicação de catálogos nas contracapas das peças que imprimiam, de frontispícios com belos trabalhos de gravação. O repertório apresentado, segundo o gosto da época, era quase exclusivamente de árias, cavatinas, transcrições para piano, para flauta, para violão e trechos de óperas italianas.

Em 1853 mudaram-se para a Rua do Ouvidor, 101, e dois anos mais tarde a firma admitiu como sócio Antônio Tornaghi (Filippone e Tornaghi), conhecido compositor e professor de canto e piano, que chegara ao Brasil em 1841 e do qual o próprio Filippone já publicara várias peças. Até então haviam lançado, entre outras coleções, Melodias celestes (1847), Tesouro da mocidade (1847), As ninfas brasileiras (1848), Pensamentos italianos (1848), Saudades de Bellini (1848), Choix de romances françaises (1851), Divertimento noturno (1850-1852), Noite do Rio de Janeiro (1850-1852), Saudades de Botafogo (1852), Brincadeira musical (1853), Ilustração musical (1854), Coleção de peças para concertina (1854), Novo álbum de modinhas brasileiras (1853) etc.

Por volta de 1862 mudaram-se para a Rua do Ouvidor, 93, entrando gradativamente em declínio as atividades da casa, que tivera seu período áureo na Rua do Ouvidor, 101. Outras coleções foram publicadas mais tarde: O Vesúvio (1859), Família imperial (1862), Estátua eqüestre (1862) e Soirées fluminenses

Domenico Filippone foi responsável pela editora entre 1873 e 1874; no ano seguinte, seus herdeiros assumiram a direção, e logo depois a firma passava à Viúva Filippone (1875-1884). A editora já não dispunha de oficina própria. Em 1884 o Estabelecimento de Músicas e Águas Minerais da Viúva Filippone & Filha publicava algumas peças de Ernesto Nazareth (Cruz, perigo!, Beija-flor, Não me fujas assim), e J. Filippone Ed., Rua Moreira César, 93 (nome da Rua do Ouvidor de 1897 a 1916), publicou ainda alguma música popular. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

Beto Sem Braço

Beto Sem Braço (Laudemir Casemiro), cantor, compositor e sambista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1940, e faleceu na mesma cidade, em 15/4/1993. Trabalhou como feirante e seu pseudônimo lhe foi dado na infância, em conseqüência de uma queda de cavalo, na qual perdeu o braço direito.

Pertenceu à Ala de Compositores da Vila Isabel e mais tarde, transferiu-se para a Escola de Samba Império Serrano. Em 1987, descontente com a desclassificação de seu samba, atirou no presidente e no vice-presidente da escola Jamil Cheiroso e Roberto Cunha, respectivamente.

Para o Império Serrano compôs o seu maior sucesso carnavalesco, Bum, bum baticumbum, prugurundum, em parceria com Aluízio Machado. Nesta escola foi diretor de bateria por vários anos.

No início da década de 1970 estreou no mercado fonográfico com a gravação de Ai que vontade, interpretada porOsvaldo Nunes, tornando-se o seu primeiro sucesso em nível nacional.

Em 1978, Beth Carvalho, no LP De pé no chão, gravou de sua autoria Marcando bobeira (c/ Dão e João Quadrado). No ano seguinte, Almir Guineto, no LP Jeito de amar, pela gravadora RGE, incluiu Lindo requebrado (com Almir Guineto, Carlos Senna e Adalto Magalha).

No ano de 1977, Paulinho Mocidade interpretou Põe pimenta (com Jorginho Saberás) no LP Se o caminho é meu, pela RCA.

Na década de 1980, Beth Carvalho interpretou várias composições suas, como Quando o povo entra na dança (com Carlito Cavalcanti), no LP Sentimento brasileiro (1980); em 1981, a cantora incluiu no disco Na fonte, outra composição sua, Escasseia, em parceria com Aluízio Machado e Zé do Maranhão; em 1983, o LP Suor no rosto obteve um grande sucesso devido à interpretação de Camarão que dorme a onda leva  (com Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz) e, no ano seguinte, Beth Carvalho, juntamente com Martinho da Vila, interpretaram São José de Madureira (c/ Zeca Pagodinho), em novo disco da cantora.

Em 1986, Zeca Pagodinho incluiu várias composições suas em seu disco, como Quando eu contar, Iaiá (c/ Serginho Meriti); Vou lhe deixar no sereno (c/ Jorginho Saberás); Cidade do pé junto (c/ Zeca Pagodinho); e Brincadeira tem hora (c/ Zeca Pagodinho), muito divulgadas em rodas de samba e emissoras de rádio por todo o país. 

No ano de 1987, Jovelina Pérola Negra, no disco Luz do repente, incluiu duas músicas suas, Feira de São Cristóvão (c/ Bandeira Brasil) e Calango do morro, em parceria com Paulo Vizinho. Ainda nesse ano, no LP Perfume de champanhe, Almir Guineto cantou Coisa da roça, parceria de ambos, e o grupo Exporta Samba gravou Daltônico Varela (com Serginho Meriti), Samba em Berlim e Morena do canjerê, ambas em parceria com Joel Menezes. 

Em 1990, Zeca Pagodinho gravou diversas composições de Beto Sem Braço no CD Mania de gente, pela gravadora RCA, entre elas, Aonde será que eu vá, em parceria com Martinho da Vila.

No ano de 1996,  Boi, parceria sua com J. C. Santos, foi gravada por Zeca Pagodinho no CD Deixa clarear; em 1999, ainda Zeca Pagodinho, no disco Ao vivo, interpretou Camarão que dorme a onda leva e São José de Madureira. Nesse mesmo ano, Leci Brandão, no disco Auto-estima, gravou de sua autoria Com toda essa gente, em parceria com Dudu Nobre e Zeca Pagodinho.

No ano 2000, Zeca Pagodinho interpretou A paisagem, no disco Água da Minha Sede. Neste mesmo ano, Nininha, Almirzinho, Kléber, Nonana da Mangueira e Luizinho SP gravaram o CD Pagode de Mesa - Terra Samba. No disco, feito ao vivo na casa de show Terra Samba, em São Paulo, foi incluída uma composição de sua autoria, Pintou uma lua lá, em parceria com Maurição.

No ano de 2002, Deni Lima gravou um disco só com composições de Beto Sem Braço: Deni de Lima canta Beto Sem Braço, lançado pela gravadora Virrec, que, entre outras, apresenta as inéditas Panos de Buda, Marimbondo dá melUm dia de rei e ainda outras regravações.

Dentre os muitos sucessos de sua carreira estão Manera mané e Meu bom juiz, ambas interpretadas por Bezerra da Silva. Entre os vários intérpretes das 463 músicas gravadas estão Alcione, Jovelina Pérola Negra, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva e Fundo de Quintal.

O compositor morreu em 15 de abril de 1993, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, vitimado por tuberculose.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Wikipedia.

Emílio Santiago

Emílio Santiago (Emílio Vitalino Santiago), cantor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de Dezembro de 1946. Frequentando a faculdade de Direito na década de 1970, começou a cantar em festivais universitários e participou do programa de calouros de Flávio Cavalcanti na extinta TV Tupi, chegando às finais.

Trabalhou, também, como crooner da orquestra de Ed Lincoln, além de muitas apresentações em boates e casas de espetáculos noturnas. Em 1973 lançou o primeiro compacto, com as canções Transa de amor e Saravá Nega, que ocasionou maiores participações em rádios e programas televisivos.

O primeiro LP foi lançado pela CID em 1975, com canções esquecidas de compositores consagrados como Ivan Lins, João Donato, Jorge Ben Jor, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, dentre outros. 

Transferiu-se no ano seguinte para a Philips/Polygram, permanecendo neste selo até 1984, pelo qual lançou dez álbuns - todos com pouca repercussão. Foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo em 1985, com a canção Elis Elis.

O sucesso veio na verdade em 1988, quando lançou o LP Aquarela Brasileira pela Som Livre, um projeto especial de sete volumes, dedicado exclusivamente ao repertório de música brasileira; todos ultrapassaram a marca de quatro mil cópias vendidas. Nesta época, lançou também outros projetos especiais, como um tributo ao cantor Dick Farney (Perdido de amor, 1995) ou regravando clássicos do bolero hispânico (Dias de Luna, 1996).

Assinou com a Sony Music em 2000. O disco que marca a estreia na nova gravadora é Bossa Nova, que trouxe muitos clássicos do gênero e também rendeu um DVD. Prosseguiu com Um sorriso nos lábios (2001), um tributo a Gonzaguinha e outro ao compositor acreano João Donato em 2003.

O mais recente álbum foi O melhor das aquarelas ao vivo, onde reviu o repertório de música brasileira que gravou a partir do álbum Aquarela Brasileira (1988), e que entre os méritos conta ser o primeiro disco ao vivo de Emílio e o segundo DVD da carreira, após Bossa nova.

Discografia

* 1975 - Emílio Santiago
* 1976 - Brasileiríssimas
* 1977 - Comigo é assim
* 1977 - Feito pra ouvir
* 1978 - Emílio
* 1979 - O canto crescente de Emílio Santiago
* 1980 - Guerreiro coração
* 1981 - Amor de lua
* 1982 - Ensaios de amor
* 1983 - Mais que um momento
* 1984 - Tá na hora
* 1988 - Aquarela Brasileira
* 1989 - Aquarela Brasileira 2
* 1990 - Aquarela Brasileira 3
* 1991 - Aquarela Brasileira 4
* 1992 - Aquarela Brasileira 5
* 1993 - Aquarela Brasileira 6
* 1995 - Aquarela Brasileira 7
* 1995 - Perdido de amor
* 1996 - Dias de luna
* 1997 - Emílio Santiago
* 1998 - Emílio Santiago
* 1998 - Preciso dizer que te amo
* 2000 - Bossa nova
* 2001 - Um sorriso nos lábios
* 2003 - Emílio Santiago encontra João Donato
* 2005 - O melhor das Aquarelas - ao vivo
* 2007 - De um jeito diferente
* 2010 - Só Danço Samba

Fontes: Wikipedia; Clique Music.

Mutinho

Mutinho (Lupicínio Moraes Rodrigues), baterista e compositor, nascido em Porto Alegre em 4 de fevereiro de 1941, é sobrinho do famoso compositor Lupicínio Rodrigues. Compôs inúmeras canções e teve importantes parceiros como Vinícius de Moraes e Toquinho.

Em 1968 ocorreu sua primeira apresentação internacional em Buenos Aires. Em seguida, foi para o Rio de Janeiro convidado pela pianista Tânia Maria, famosa nos Estados Unidos, onde reside até hoje, para tocar em São Paulo na Catedral do Samba. Posteriormente formou um grupo musical com  o guitarrista Macumbinha e passaram a acompanhar artistas como: Elis Regina, Pery Ribeiro, Leny Andrade e outros.

No término de 1972, foi convidado para acompanhar Vinícius de Moraes e Toquinho, junto com o Quarteto em Cy, no Segundo Circuito Universitário no Rio de Janeiro.

Acompanhando Vinícius e Toquinho, apresentou-se no Uruguai, Argentina, Equador, México e Venezuela. Em 1976 em turnê pela Europa, ao lado de Vinícius, Toquinho e Maria Creuza, apresentou-se no Olympia de Paris e no Sistina de Roma.

Em 1977, acompanhou as estrelas Tom Jobim, Vinícius, Toquinho e Miúcha em temporada de 8 meses no Canecão, Rio de Janeiro. Em razão do sucesso o espetáculo estendeu-se para outros países: Argentina (Buenos Aires); França (Paris); Itália (Roma, Milão, Firenze) chegando até ao oriente médio.

Foram feitas outras turnês pelos países da Europa, pelas Américas e Oriente, sendo que no Japão gravaram discos com Sadao Watanabe.

Após o falecimento de Vinícius de Moraes, Mutinho acompanhou Toquinho até 1996.

Como compositor foi reverenciado muitas vezes por Tom Jobim, que fazia questão de mostrar a todos o "baterista compositor" com suas belíssimas composições. Começou a compor desde cedo, sendo algumas de suas canções já tocadas pelo grupo Canta Povo, que ajudou a criar em 1966 em Porto Alegre.

Da amizade com Macumbinha nasceram: Escadaria e Razão bonita de viver.

Durante o Circuito Universitário, quando procurava Vini­cius de Moraes para propor uma parceria, no Hotel em que estavam hospedados em Ribeirão Preto, SP, foi interpelado por Toquinho, que ouvindo a melodia interessou-se em fazer uma letra em homenagem ao velho poetinha. Como o mesmo estava curtindo uma nova paixão, dedicaram-lhe o grande sucesso Turbilhão, que se tornou o carro chefe do Disco das mãos, de Vinicius e Toquinho em 1975.

Outro grande sucesso, Escravo da alegria, foi composto juntamente com Toquinho. Inspiração para a música foi uma frase de caminhão que dizia: "Se o amor é fantasia, eu me encontro em pleno carnaval"

Em 1983, Mutinho é convidado por Toquinho para compor Casa de brinquedos, tendo participado de quase todas canções.

Em 1984 a dupla compõe Ao que vai chegar. Com letra de Toquinho, a música homenageia Pedro, o primogênito de Toquinho, que nasceria naquele ano.

Em 1997 Mutinho presenteia Toquinho, pelo nascimento de sua filha, com Canção para Jade . Tendo letra de Sergio Iódice foi Gravada em 1997 em italiano com o título Set Innamorerai.

Algumas obras

Turbilhão (com Toquinho), Escravo da alegria (com Toquinho), Na terra, no céu ou no mar (com Toquinho e Luiz Alves), Oi lá (com Toquinho), O caderno (com Toquinho), A bola (com Toquinho), Até rolar pelo chão (com Vinicius de Moraes), Valsa dos músicos (com Vinicius de Moraes), Na escadaria (com Macumbinha).

Fonte: Wikipédia.

Chucho Martinez

Chucho Martinez (Jesús Bojalil Gil) nasceu em 19/12/1917 em Puebla, Puebla, México, e faleceu em 22/5/1988. Era filho de Felipe Bojalil e Carmen Gil de Bojalil. Morou, em sua infância, nas cidades de Misantla e Jalapa, Veracruz, vivendo mais tarde, na América Central, em Cuba e Porto Rico. Também residiu no Canadá e nos EUA.

Iniciou sua carreira artística numa turnê pelo México com o grande maestro Gonzalo Curiel  en 1934. Essa turnê começou em Tampico.

Sua primeira composição foi a valsa Ensoñación. Destacou-se reconhecidamente como compositor e intérprete. Com uma personalidade forte, brilhante moço, muito amistoso e alegre, possuía o dom de ter muitos amigos.

Gostava muito de viajar. Como esporte praticava a natação. Distraia-se nos bailes, num bom filme, e quando tinha oportunidade jogava dominó. Escutava todo o titpo de música, desde popular, clássica ou estrangeira.

Sua composição que obteve maior sucesso foi "Dos arbolitos", porque foi gravada em diversos países por intérpretes estrangeiros famosos. Algumas canções compôs em parceira com Pablo e Carlos Martínez Gil.

Recebeu a medalha Agustín Lara pela "Sociedad de Autores y Compositores de Música (SACM)". O diploma "Honor al Mérito" do Lyons Club de Monterrey, em maio de 1975; diploma "Impactos Musicales Cuervo", por seu trabalho em favor da música mexicana. Placa de Prata de PHAM, pelo seu sucesso que ultrapassou as fronteiras do México.

Foi nomeado filho adotivo de Misantla, em maio de 1975. Diploma de honra ao mérito pela "Sociedad de Autores y Compositores de Música (SACM)", por seus anos de carreira artística, em março de 1984. Também foi homenageado na Venezuela, como um grande compositor..

Possuidor de uma grande voz e ter domínio sobre a própria, era admirado e amado. Quando estudava o canto, em sua juventude, seu professor e maestro o reprovou e lhe aconselhou a abandonar a música.

Sua maior satisfação foi sempre o reconhecimento, o aplauso e o carinho do seu público, tanto para suas composições, como para suas intepretações. Sua vida, se jeito de ser, o define e o considera como um dos homens mais maravilhosos do mundo.


Acesse aqui a relação de compositores e intérpretes de bolero

Bolero: Letras, Cifras e Músicas

Saiba sobre as origens do bolero


Fonte: http://www.marielilasagabaster.net/autores.php?id=138. Tradução: Everaldo J Santos.

Frank Sinatra


Frank Sinatra (Francis Albert Sinatra), cantor e ator, nasceu em Hoboken, New Jersey, EUA, em 12/12/1915, e faleceu em Los Angeles, California, EUA, em 14/5/1998. Considerado uma das maiores vozes da década de 1950 e com mais de 50 anos de carreira, iniciou sua carreira durante a Swing Era e lançou centenas de canções imortalizadas em sua voz, como Killing Me Softly, Strangers in the Night, New York, New York, My Way, Fly Me to the Moon, entre outras.

Filho de imigrantes italianos, foi casado com Nancy Barbato e posteriormente com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e com a socialite Barbara Marx, com quem terminou seus dias. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música no século XX. Teve três filhos: Nancy Sinatra, Frank Sinatra Jr., e Tina Sinatra.

Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.

Artista de grande popularidade, participou da campanha de Franklin Delano Roosevelt para a presidência da república dos Estados Unidos. Seus discos na época vendiam 10 milhões de cópias por ano e Sinatra passou a ser conhecido como "the voice" ("a voz").

No começo dos anos 1950, Sinatra enfrentou vários problemas. Foi acusado de participar da máfia e de envolver-se com o crime organizado. Ao mesmo tempo, seu romance com a atriz Ava Gardner tornou-se público e transformou-se num escândalo, uma vez que Sinatra ainda era casado.

A grande reviravolta ocorreu em 1953, com o lançamento do filme A um Passo da Eternidade. Por sua primorosa atuação no filme, Sinatra ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante. Reconquistando a popularidade, em 1955 foi indicado novamente ao Oscar de melhor ator pelo filme O Homem do Braço de Ouro.

Nas duas décadas seguintes, Sinatra realizou em média um filme por ano. Sua carreira de cantor também cativou mais e mais o público. Milhões de fãs por todo o mundo compraram os seus discos e assistiram às memoráveis apresentações do "blue eyes", como ficou conhecido. Contratado por uma nova gravadora, a Capitol Records, conquistou três álbuns de platina. Sinatra aproximou-se também da bossa nova, gravando canções do compositor Tom Jobim.

Em 1966, Sinatra casou-se com a atriz Mia Farrow, trinta anos mais jovem. O casamento durou dois anos. Oito anos depois, casou-se com Bárbara Marx, que abandonou seu marido, o ator Zeppo Marx, para viver com Sinatra.

Participou ainda de alguns filmes nas décadas de 1970 e 1980. Em 1988, emprestou sua voz para a animação Uma cilada para Roger Rabit.

Teve seu próprio show de TV durante vários anos e nos anos 90 continuou na ativa em concertos e gravações, onde lançou uma série de duetos, inclusive via satélite, utilizando recursos da mais moderna tecnologia.

Seus principais sucessos são Fly me to the moon, My Way e New York, New York. Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, Girl from Ipanema brindou o grande encontro.

Com a saúde debilitada, Sinatra parou de fazer shows aos 80 anos, em 1995. No dia 14 de maio de 1998, Frank Sinatra morreu de um ataque cardíaco em Los Angeles, Califórnia.

Filmografia

* 1990 - Listen Up: The lives of Quincy Jones
* 1988 - Uma cilada para Roger Rabbit (Who framed Roger Rabbit?) (voz)
* 1984 - Um rally muito louco (Cannonball run II)
* 1980 - O primeiro pecado mortal (The First Deadly Sin)
* 1977 - Contratado para matar (Contract on Cherry Street) (TV)
* 1974 - Isto era Hollywood (That's Entertainment!)
* 1970 - O mais bandido dos bandidos (Dirty Dingus Magee)
* 1968 - A mulher de pedra (Lady in Cement)
* 1968 - O crime sem perdão (The Detective)
* 1967 - Tony Rome (Tony Rome)
* 1967 - Serviço secreto em ação (The Naked Runner)
* 1966 - Confidências de Hollywood (The Oscar)
* 1966 - Assalto em um transatlântico (Assault on a Queen)
* 1966 - A sombra de um gigante (Cast a Giant Shadow)
* 1965 - Vamos casar outra vez (Marriage On The Rocks)
* 1965 - O expresso de Von Ryan (Von Ryan's Express)
* 1965 - Os bravos morrem lutando (None But The Brave)
* 1964 - Robin Hood de Chicago (Robin and The 7 Hoods)
* 1963 - Os quatro heróis do Texas (4 for Texas)
* 1963 - O bem-amado (Come Blown Your Horn)
* 1963 - A lista de Adrian Messenger (The List of Adrian Messenger) (participação)
* 1962 - Sob o domínio do mal (The Manchurian Candidate)
* 1962 - Tempestade sobre Washington (Advice and Consent) (voz)
* 1962 - Dois errados no espaço (The Road to Hong Kong)
* 1962 - Os 3 sargentos (3 Sergeants)
* 1961 - A hora do diabo (The Devil at 4 O'Clock)
* 1960 - Pepe (Pepe)
* 1960 - Onze homens e um segredo (Ocean's Eleven (1960))
* 1960 - Can-Can (Can-Can)
* 1959 - Quando explodem as paixões (Never So Few)
* 1959 - Os viúvos também sonham (A Hole in the Head)
* 1958 - Deus sabe quanto amei (Some Came Running)
* 1958 - Só ficou a saudade (Kings Go Forth)
* 1957 - Meus dois carinhos (Pal Joey)
* 1957 - Chorei por você (The Joker is Wild)
* 1957 - Orgulho e paixão (The Pride and the Passion)
* 1956 - A volta ao mundo em 80 dias (Around the world in 80 days)
* 1956 - Redenção de um covarde (Johnny Concho)
* 1956 - Alta sociedade (High Society)
* 1956 - Viva Las Vegas (Meet me in Las Vegas)
* 1955 - O homem do braço de ouro (The Man with the Golden Arm)
* 1955 - Armadilha amorosa (The Tender Trap)
* 1955 - Eles e elas (Guys and Dolls)
* 1955 - Não serás um estranho (Not as a stranger)
* 1954 - Corações enamorados (Young at Heart)
* 1954 - Meu ofício é matar (Suddenly)
* 1953 - A um passo da eternidade (From here to eternity)
* 1952 - Ao compasso da vida (Meet Danny Wilson)
* 1951 - Isto sim que é vida (Double Dynamite)
* 1949 - Um dia em Nova York (On the Town)
* 1949 - A bela ditadora (Take me out to the ball game)
* 1948 - Beijou-me um bandido (The Kissing Bandit)
* 1948 - O milagre dos sinos (The Miracle of the Bells)
* 1947 - Aconteceu assim (It Happened in Brooklyn)
* 1946 - Quando as nuvens passam (Till the Clouds Roll By)
* 1945 - Marujos do amor (Anchors aweigh)
* 1945 - A casa em que vivemos (The House I live in)
* 1944 - Vivendo de brisa (Step lively)
* 1943 - A lua ao seu alcance (Higher and higher)
* 1943 - Alvorada da alegria (Reveille with beverly)
* 1942 - Barulho a bordo (Ship ahoy)
* 1941 - Noites de rumba (Las Vegas Nights)

Premiações

* Oscar humanitário, em 1972.
* Indicação ao Oscar de Melhor Ator, por "O Homem do Braço de Ouro" (1955).
* Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Duas indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "Meus Dois Carinhos" (1957) e "O Bem-Amado" (1963). Vence em 1957.
* Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Prêmio Cecil B. DeMille em 1971, concedido pela Associação de Jornalistas Estrangeiros nos Estados Unidos.
* Duas indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, por "Não Serás um Estranho " (1955) e "O Homem do Braço de Ouro" (1955).

Grammy

o 1958
+ Best Album Cover - Only The Lonely (Frank Sinatra foi Diretor de Arte. Curiosamente seu primeiro Grammy foi pela pintura da capa)
o 1959
+ Album Of The Year - Come Dance With Me
+ Best Vocal Performance, Male - Come Dance With Me
o 1965
+ Album Of The Year - September Of My Years
+ Best Vocal Performance, Male - It Was A Very Good Years
+ Lifetime Achievement Award
o 1966
+ Album Of The Year - Sinatra: A Man And His Music
+ Record Of The Year - Strangers In The Night
+ Best Vocal Performance, Male - Strangers In The Night
o 1979
+ Trustees Award
o 1982
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I'll Never Smile Again (Tommy Dorsey With Frank Sinatra & The Pied Pipers)
o 1984
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - In the Wee Small Hours
o 1994
+ Grammy Legend Award
o 1995
+ Best Traditional Pop Vocal Performance, Male - Duets II
o 1998
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - The House I Live In
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got You Under My Skin
o 1999
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Frank Sinatra Sings For Only The Lonely
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - September Of My Years
o 2000
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - My Way
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Songs For Swinging' Lovers!
o 2004
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Come Fly With Me
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got The World On A String
o 2005
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - One For My Baby

Fonte: Wikipedia - A Enciclopedia Livre; Biografia de Frank Sinatra - Letras.com.br; 70 anos de cinema - Frank Sinatra; Net Saber - Biografias.