sexta-feira, julho 09, 2010

Getúlio Cortes

Getúlio Cortes (Getúlio Francisco Cortes), compositor e cantor, nasceu no Rio de Janeiro em 22/03/38. Iniciou carreira fazendo dublagens de Sammy Davis Jr., Frankie Lana, Louis Armstrong, Frank Sinatra e outros.

Sem ter estudado música e apenas com alguma noções de violão, em 1960, começou a tocar como amador na Rádio Mayrink Veiga; no ano seguinte transferiu-se para a Rádio Tupi e, depois, para a Rádio Mundial. Nessa época organizou o Wonderful Boys, conjunto integrado por ele, o cantor Pedro Paulo e Jocelin Braga.

Ainda em 1961, cantou na boate Plaza, do Rio de Janeiro. Em 1962, fez sua primeira com posição Negro gato (baseada em Three cool cats, de Jerry Leiber e Mike Stoller), lançada por Renato e seus Blue Caps, em 1965, e revivida com sucesso por Roberto Carlos no ano seguinte. A partir de 1963, manteve contato com o pessoal da Jovem Guarda, de quem recebeu muita influência.

Em 1967 foi assistente musical de Carlos Manga, e atuou nos programas Rio Jovem Guarda, na TV-Rio, e Jovem Guarda, na TV Record, em São Paulo SP, ambos comandados por Roberto Carlos. Nessa época, foi representante da APA Produções Artisticas, responsável pelos contratos de Roberto Carlos, Martinha, The Jet Blacks, Leno e Lílian e outros.

Em 1968 foi diretor musical do filme Jovens pra frente, de Alcino Dinis, no qual trabalharam Rosemary, Jair Rodrigues e Oscarito.

Muitas canções de sua autoria fizeram sucesso na voz de Roberto Carlos, como Noite de terror (1964), O feio (com Renato Barros, 1965), Pega ladrão (1965), O sósia (1967), Quase fui lhe procurar (1968, regravada por Roberto em 1995), O tempo vai apagar (com Paulo César Barros, 1968), Uma palavra amiga (1970) e Eu só tenho um caminho (1971).

O outro intérprete mais constante, Renato e Seus Blue Caps, transformou em sucessos Esqueça e perdoe (1965), Disse-me-disse (1969), Tudo tem seu preço (1970) e 46-77-23 (1971).

Trabalhou também como diretor musical de grava doras Em 1995, Roberto Carlos regravou Quase fui lhe procurar, mesma música que Luís Melodia incluiu em seu CD 14 quilates, de 1997.

Obra


O feio (c/Renato Barros), 1965; O gênio, 1966; Negro gato, 1963; Noite de terror, 1965; Quase fui lhe procurar, 1968; O sósia, 1967; O tempo vai apagar (c/Paulo César Barros), 1968; Tudo tem seu preço, 1970.

Algumas músicas

Negro gato
Noite de terror
O gênio
O sósia
Pega ladrão

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.

Volta Seca

Volta Seca (Antônio dos Santos), compositor e instrumentista, nasceu no interior do Sergipe em 13/03/1918. Ex-cangaceiro, pertenceu ao bando de Lampião e passou vinte anos na cadeia.

Em 1957, gravou o LP, então com apenas oito músicas, As cantigas de Lampião (foto abaixo), com instrumentação do maestro Guio de Moraes.

Em 1959, teve o baião A laranjeira, gravado por Zé do Baião, pela Continental. Em 1960, José Tobias gravou na Todamérica a toada Se eu soubesse.

Em 2000, a InterCD relançou em CD o disco As cantigas de Lampião, com narração do locutor Paulo Roberto. As composições levam a assinatura de Volta Seca, mesmo as clássicas Mulher rendeira e Acorda Maria Bonita, tidas como de domínio público.

Estão presentes no disco xaxados, xotes, baiões e toadas. Destaque para, além das citadas, Escuta donzela e Ia pra missa, gíria usada pelos cangaceiros para a convocação de batalha.

A prisão de Volta Seca

Texto: Gilfrancisco (Jornalista, professor da Faculdade São Luís de França e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe) - Jornal da Cidade 23/04/2009.

O medo da prisão transforma o homem numa fera, é isto mesmo: os crimes dos “macacos” foram iguais aos nossos. Mas nada aconteceu com eles, nem com os homens importantes e ricos do sertão, que nos ajudaram, nos davam armas, dinheiro e comida, continuam ricos e importantes.

Lampião não foi o primeiro dos cangaceiros, mas sua presença marcou o rompimento entre o cangaço e as outras formas de violência e autoridade. Seus antecessores estavam ainda fortemente vinculados aos coronéis, ou às formas tradicionais de controle. Em julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros são mortos em emboscada preparada pela polícia, na Fazenda Angico, em Sergipe. Um dos mais importantes cabras do bando de Lampião, Volta Seca (Antônio Santos), fugitivo da Penitenciária do Estado da Bahia, foi preso em Indiaroba, pela força Policial do Estado de Sergipe, comandada pelo oficial do Exercito, capitão Bernardino Dantas.

Volta Seca, por duas vezes fugiu da cadeia. A primeira foi concedida um “passeio experimental”, saiu e não retornou, ficou perambulando pelas ruas da capital. A segunda vez fugiu em companhia de outro sentenciado e saiu pela porta principal sem ser percebido. Apesar de não ter sido capturado em combate, a polícia baiana ganharia notável publicidade com a prisão de Volta Seca, que ocorreu em virtude do cansaço (longa caminhada a pé pela mata durante vários dias), do companheiro de cárcere que ficou muito doente, ao ponto de querer desistir da jornada. Volta Seca não o abandonou, levou-o nos ombros até o primeiro povoado mais próximo, onde foi reconhecido pela população e denunciado a força pública, em seguida preso e recambiado a Salvador

A notícia de sua fuga do famigerado bandoleiro deixou a população sergipana preocupada, porque ainda não havia desaparecido do espírito nordestino, a época de terrorismo em que o banditismo de Lampião criou nos sertões de Pernambuco, Sergipe, Bahia e Alagoas, e de tão graves consequências para o homem do campo. Segundo o Departamento de Segurança, “Volta Seca fugiu da Bahia pelo litoral, penetrando neste Estado pelo município de Estância, e sendo preso em companhia de outro bandoleiro, entre os municípios de Indiaroba e Cristinápolis.” (Diário Oficial. 5 de março, 1944)

Após tomar conhecimento da fuga, as autoridades sergipanas, determinaram rápidas e enérgicas providências, estabelecendo imediatamente contato, com os destacamentos policiais de todo o interior e foi determinada severa vigilância. A Força Policial do Estado, que relevantes serviços prestou no combate ao banditismo, quando este esteve em plena campanha, traz de público, uma vez mais, a sua disposição de combatê-lo, sempre com mais energia, defendendo, com a sua coragem e a sua técnica militar:

“Transportado de Indiaroba para esta capital, desde a sexta-feira última, que aqueles foragidos estão recolhidos à Penitenciária do Estado, à disposição das autoridades policiais do vizinho Estado da Bahia, de onde se evadiram.” (Diário Oficial, 8 de março, 1944)

Quando foi preso pela primeira vez, no final de fevereiro de 1932, Volta Seca submeteu-se a exame psicológico realizado pelo Dr. Artur Ramos:

“Atitude de humanidade. Fala arrastado, responde com precisão a questões que lhe propõem. A este exame preliminar, parece haver um certo grau de mitomania. Aumenta um pouco os relatos de crimes dos seus companheiros. Admiração incondicional pelo compadre Lampião, o que denota um certo grau de erostratismo criminal.

Olhar móvel, desconfiado, intimidado com a presença de várias pessoas – oficiais da Força Pública – que o inquirem.

“Esta vaidade criminal leva-o até a descrer no fracasso de Lampião, que julga invulnerável...”

Segundo Zé Sereno, depois da prisão de Volta Seca, ninguém nunca mais acampou no Raso da Catarina, ou na serra do Chico. Quando o cangaceiro foi preso, Lampião ordenou a divisão dos grupos, entregando o comando aos seus mais experimentados homens: Luís Pedro, Zé Baiano, Velho Cirilo, Jararaca, Manuel Moreno. Cada um com seu grupo formado saiu do Raso, para penetrar nas caatingas. Ao tomar conhecimento da prisão de Volta Seca, Lampião soube que os irmãos Roxo, o haviam entregue à polícia e decidiu vingar. Passou na casa dos irmãos e assassinou todos eles, exceto a mãe e um irmão que encontrava-se viajando. Incendiou a fazenda e destruiu plantações.

Um fato curioso é que “desde que fora internado naquele estabelecimento penitenciário, Volta Seca, com o interesse de captar a confiança de seus vigias, dedicara-se a fazer flores de cera e se exercitava na ginástica, trazendo em si a ideia fixa de uma evasão. Foi o que veio acontecer.” (Diário Oficial, 5 de março, 1944).

Sergipano de Itabaiana, filho de Manuel Antônio dos Santos e Arminda Maria dos Santos, era o 6º dos 13 filhos do casal, nascera em 18 de março de 1918. Volta Seca havia se juntado ao bando de Lampião em 1929, aos 11 anos, e não era a primeira criança a ser aceita no bando: Beija-Flor, Deus-te-Guie, José Roque e Rouxinho. Essas crianças eram utilizadas na lavagem dos cavalos, no carregamento de água, na arrumação e assepsia de pousos e acampamentos, e foram muitas vezes usadas nos serviços de espionagem. Portanto, a sua passagem pelo cangaço foi rápida, não mais de 4 anos.

Volta Seca saiu pelo mundo devido aos maus tratos da madrasta, pessoa violenta que espancava constantemente os enteados. Percorreu sozinho, os sertões de Sergipe e Bahia, até encontrar Lampião em Goroso, no município de Bom Conselho. Em entrevista concedida ao jornalista Joel Silveira, em março de 1944, na Penitenciária da Feira do Cortume, situado na Baixa do Fiscal, Volta Seca diz que no princípio apanhava quase que diariamente de Lampião e outros cabras do grupo. Mas depois endureceu o cangote e o “primeiro que me apareceu com ares de pai, recebi com a mão no rifle.”

Por ser menor, Volta Seca teve que aguardar a maioridade, 21 anos para ir a julgamento. Transferido para Queimadas (BA), a fim de responder por crimes do banco naquele local. Condenado a 145 anos de cadeia, no primeiro julgamento, Volta Seca teve a pena reduzida para 30 anos de reclusão. Mais tarde, o processo foi revisto e a pena reduzida para 20 anos. Em 1954, Volta Seca foi perdoado pelo presidente Getúlio Vargas. Em liberdade, analfabeto e um homem marcado pela sociedade, viu-se diante de um grande desafio. Casou-se e foi morar no Nordeste, quando recebe um convite para morar em São Paulo, do cineasta e diretor Lima Barreto, para assistir e criticar o filme, O Cangaceiro (1953), mediante uma gratificação. O ex-cangaceiro condenou a cena em que Lampião chicoteia um cabra na cara. Diz que nos sertões, não se faz isso com homem, se mata, pois cara de homem no Nordeste é sagrada. Graças às novas amizades conseguiu emprego na Estrada de ferro Leopoldina, onde trabalhou por vários anos.

Cantor e compositor em 1957, Volta Seca gravou pela Continental um LP, com apenas 8 faixas, ‘As Cantigas de Lampião’, com instrumentação do maestro Guio de Moraes: ‘Acorda Maria Bonita’, ‘Escuta Donzela’, ‘Eu não pensei tão criança’, ‘Lá prá Mina’, ‘A Laranjeira’, ‘Mulher Rendeira’, ‘Lampião e Sabino’, ‘Se eu Soubesse’. Em 1959, teve o baião ‘A Laranjeira’ gravado por Zé do Baião, e no ano seguinte, por José Tobias, a toada ‘Se eu Soubesse’.

Fontes: Jornal da Cidade - A prisão de Volta Seca; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Edmundo Souto

Edmundo Souto (Edmundo Rosa Souto), compositor, instrumentista, escritor e arquiteto, nasceu em 30/3/1942, em Belém, PA. Aos oito anos, transferiu-se de Belém para o Rio de Janeiro com seus pais, fixando residência nesta cidade desde então.

Em 1963, compôs a trilha sonora do curta-metragem Garoto de calçada, de Carlos Frederico Rodrigues. Nesse mesmo ano, teve suas primeiras composições, De brincadeira (c/ Danilo Caymmi) e Candomblé (c/ Paulo Antônio Magoulas), gravadas em LP pelo Conjunto Mário Castro Neves.

Entre 1964 e 1966, estudou violão com Oscar Castro-Neves.

Em 1967, formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conciliando a atuação profissional nessa área com a carreira de compositor.

No ano seguinte, compôs, com Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós, a música Andança, que conta com mais de 150 gravações, no Brasil e no exterior.

Destacou-se como compositor da geração dos festivais, tendo conquistado as seguintes premiações:

1968: 2º lugar no I Festival Universitário de Música Popular (RS) com "Canto pra dizer-te adeus (c/ Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós), defendida por Iracema Werneck (1968);

1968: 3º lugar na fase nacional do III Festival Internacional da Canção (FIC) com Andança, defendida por Beth Carvalho e o grupo Golden Boys;

1969: 1º lugar na fase nacional e 1º lugar na fase internacional do IV Festival Internacional da Canção (FIC) com Cantiga por Luciana (c/ Paulinho Tapajós), defendida por Evinha;

1969: 6º lugar na II Olimpíada Musical da Canção em Atenas (Grécia) com Rumo Sul (c/ Paulinho Tapajós), defendida por Beth Carvalho;

1974: 4º lugar no Festival Universitário de Juiz de Fora com Pra ninguém chorar (c/ Paulo César Pinheiro), defendida por Beth Carvalho.

Em 1970, compôs para trilhas sonoras de novelas as canções Tema de Regina (c/ Paulinho Tapajós), para a novela A próxima atração (TV Globo), e Onde você mora (c/ Paulinho Tapajós), para a novela Verão vermelho (TV Globo).

Em 1984, escreveu, com Paulinho Tapajós, o livro infantil Verde que te quero ver (Editora Record), cujo texto foi adaptado, pelos autores, para um musical infantil de televisão (Rede Globo) e teatro. Compôs algumas músicas da trilha sonora do musical, posteriormente lançada em LP. Ainda nesse ano, a escola de samba Unidos do Cabuçu venceu o desfile com o samba-enredo "Beth Carvalho, a enamorada do samba", de sua autoria e dos parceiros Iba Nunes, Luís Carlos da Vila e Paulinho Tapajós.

Em 1989, escreveu o livro infantil, A pipa arco-íris, publicado pela Editora Record. Adaptou o texto para o teatro e compôs a trilha sonora do musical.

Em 1999, concluiu o MBA (Master Business Administration) em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em 1999 e 2000, trabalhou na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro.

Idealizou e produziu a Sinfonia Sacopenapã, composta de dezessete canções em homenagem à Lagoa, bairro do Rio de Janeiro, tendo parceiros como Sérgio Natureza e Paulinho Tapajós, entre outros. A Sinfonia Sacopenapã foi apresentada no Parque do Cantagalo, na Lagoa (RJ).

Obra

Andança (Edmundo Souto / Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós); Ao Chico com carinho (Edmundo Souto / Moacyr Luz e Paulinho Tapajós); Alpendre da Saudade (Edmundo Souto / João Pacífico); Água-pé (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Beth Carvalho, a enamorada do samba (Edmundo Souto / Iba Nunes, Luís Carlos da Vila e Paulinho Tapajós); Bloco Leblon (Edmundo Souto / Tavito); Boto desbotado (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Caminho de São Thiago (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Caminhos (Edmundo Souto / Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós); Candomblé (Danilo Caymmi e Paulo Antônio Magoulas); Cantiga por Luciana (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Canto de saudade (Edmundo Souto / Paulo Antônio Magoulas); Canto pra dizer-te adeus (Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós); Cavalheiro andante (Edmundo Souto / Arnoldo Medeiros); Cansaço (Edmundo Souto / Paulo César Pinheiro); Canção do arco-íris (Edmundo Souto / João Pacífico e Paulinho Tapajós); Conquista do cacique (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Contraste (Edmundo Souto / Arnoldo Medeiros); Canção do despertar (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Dança de brinquedos (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); De brincadeira (Edmundo Souto / Danilo Caymmi); De pé no chão (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Disfarce (Edmundo Souto / Noca da Portela); História de São João Batista (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Joatinga (Edmundo Souto / Beth Carvalho e Paulinho Tapajós); Mais que um sorriso (Edmundo Souto / Jorge Aragão) Onde você mora (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Palhaço real (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Pra ninguém chorar (Edmundo Souto / Paulo César Pinheiro); Rancho dos boêmios (Paulinho Soares e Nei Barbosa); Reencontro (Edmundo Souto / Danilo Caymmi e Paulinho Tapajós); Regina (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Rumo sul (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Samba-enredo exaltação à mulher (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Sempre só (Edmundo Souto / Joaquim Vaz de Carvalho); Só quero ver (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Soda com cachaça (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Sou frevo (Edmundo Souto / Arnoldo Medeiros); Vaqueirada (Edmundo Souto / Bororó Felipe e Nei Lopes); Verde que te quero ver (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós); Verso e cantoria (Edmundo Souto / Bororó Felipe e Paulinho Tapajós); Vivências (Edmundo Souto / Chico Lessa e Paulinho Tapajós); Xote dos pássaros (Edmundo Souto / Paulinho Tapajós).

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB; Wikipédia.

Você também é responsável

Você também é responsável (canção, 1969) - Dom e Ravel


Introdução: Gm

D                  Gm
Eu venho de campos, subúrbios e vilas,
D                    Gm
Sonhando e cantando, chorando nas filas,
D#                D
Seguindo a corrente sem participar,
Cm                 D
Me falta a semente do ler e contar
Gm                 D
Eu sou brasileiro anseio um lugar,
Gm           D#          D
Suplico que parem , prá ouvir meu cantar
F          F7          Bb
Você também é responsável,
F            F7          Bb
Então me ensine a escrever,
F            F7           Bb
Eu tenho a minha mão domável,
F            F7        Bb        D
Eu sinto a sede do saber (do saber, do sabe-er)
Gm             D                     Gm
Eu venho de campos, tão ricos tão lindos,
D                    Gm
Cantando e chamando, são todos bem vindos
D#               D
A nação merece maior dimensão,
Cm                D
Marchemos prá luta, de lápis na mão
Gm                 D
Eu sou brasileiro anseio um lugar,
Gm           D#          D
Suplico que parem , prá ouvir meu cantar
Refrão 

Dom e Ravel

Dom e Ravel - Os irmãos Eduardo Gomes de Farias, 1947- (Ravel) e Eustáquio Gomes de Farias 21/08/1944 - 10/12/2000, (Dom) nascidos em Itaiçaba, Ceará, mudaram-se, ainda pequenos, para São Paulo, na década de 1950, com os pais e a irmã caçula Eva. Foram criados na periferia de São Paulo, onde foram morar. Eduardo foi apelidado de Ravel por um professor de música, por causa de sua aptidão para a arte.

Ingressando na carreira artística por volta do início dos anos 1960, a dupla, já como Dom & Ravel, lançou em 1969 o primeiro LP, Terra boa, que trazia Você também é responsável, transformada, dois anos depois, pelo ex-ministro da Educação, Jarbas Passarinho, em hino do Mobral, o Movimento Brasileiro de Alfabetização.

Mas seria na virada dos anos 1970 que dupla atingiria seu maior sucesso, através de sua composição Eu te amo meu Brasil, gravada pelo conjunto Os Incríveis. A obra rendeu-lhes, ao mesmo tempo, sucesso e rotulações de bajuladores da direita. Tais críticas ocorreram devido ao caráter ufanista,daquela canção, que foi utilizada, no contexto político daquele momento, em pleno auge da ditadura, pelos governos militares. Somando-se à temática ufanista, também foi sucesso sua composição Obrigado, homem do campo.

O sucesso de Eu te amo meu Brasil teria levado o então governador de São Paulo, Roberto de Abreu Sodré, a sugerir ao ex-presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, que a citada canção fosse transformada em hino nacional. Médici nada teria respondido. Mas a notícia teria sido divulgada na imprensa e os artistas começaram a ser apontados como arautos da ditadura. A música, segundo Ravel, foi composta, na verdade, para aproveitar a onda do tricampeonato da seleção de futebol. Todavia, em entrevista de 2001 à Veja, o músico declara:'Mas nossos sobrenomes Gomes de Farias ajudaram a aumentar a confusão', lembrando a associação que as pessoas faziam com o brigadeiro Eduardo Gomes e o general Cordeiro de Farias. Falava-se, então que os irmãos eram filhos de militares. Na verdade, o pai deles era um pequeno comerciante paraibano e a mãe, uma dona-de-casa cearense.

Em 1971, tiveram a música Praia de Iracema gravada pelo grupo paulista Demônios da Garoa no LP Aguenta a mão , joão, lançado pela Chantecler. Em 1972, a dupla foi selecionada para participar do LP coletânea Os grandes sucessos, lançado pela RCA , com a música Você também é responsável.

Em 1973, Dom & Ravel gravaram Animais irracionais, falando de injustiça social. A direita não gostou e os dois sentiram uma certa má-vontade da mesma ditadura que com eles simpatizara, sendo o disco e a música afastados das rádios.

Em meados dos anos 1970, a dupla se separou, e ambos seguiram carreira solo.

Com a morte do irmão Dom, em dezembro de 2000, vítima de um câncer de estômago, Ravel, com uma vista prejudicada por um acidente, lançou, em 2001, o CD Deus é o juiz, em sua homenagem, com sucessos da dupla. "Eu te amo meu Brasil" não foi selecionada para o disco.

Obra

Eu te amo meu Brasil /Glória aos jovens (Dom) /O caminhante (Dom e Aziz) /Obrigado, homem do campo / Você também é responsável.

Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Bioagrafia de Dom e Ravel- Letras.com.br.

terça-feira, julho 06, 2010

Nonato Buzar

Radicado no Rio de Janeiro, o compositor Nonato Buzar é um dos maranhenses mais gravados no Brasil. Suas obras constam dos repertórios de nomes como Alcione, Cauby Peixoto, Elis Regina, Elizeth Cardoso, Ivan Lins, Jair Rodrigues, João Nogueira, Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, MPB-4, Nana Caymmi, Nelson Gonçalves, Os Cariocas, Roberto Ribeiro, Rosinha de Valença e Wilson Simonal, entre outros. Fora do país, suas músicas já foram cantadas por Jimmy Cliff e o grupo Santana.

Com toda essa bagagem, acumulada em mais de 50 anos de carreira – morou em Paris na década de 1970 e lá gravou Via Paris, com o conjunto País Tropical, um de seus discos mais conhecidos.

História de Nonato

Nonato Buzar nasceu em Itapecuru-Mirim em 1932, tendo se mudado para o Rio de Janeiro em 1953, onde foi aprovado no vestibular para Engenharia. Desistiu do curso e dedicou-se à música.

Ainda nos anos 1950 iniciou sua carreira artística, apresentando-se em boates como Little Clube e Bottle’s, no famoso Beco das Garrafas. Em 1965 assinou a contracapa do disco 400 anos de samba, de Elizeth Cardoso – uma de suas intérpretes –, que comemorava os quatro séculos da “cidade maravilhosa”.

Em fins dos anos 1960 idealizou, produziu e integrou o conjunto A Turma da Pilantragem. Foi produtor musical nas gravadoras PolyGram e RCA Victor e realizou discos de nomes como A Turma da Pilantragem, Banda do Canecão, Festival Internacional da Canção, Jair Rodrigues, Jimmy Cliff e Wilson Simonal, para citar alguns.

Nonato Buzar é ainda um dos compositores com mais passagens por aberturas de novelas da Rede Globo. São dele os temas Irmãos Coragem (com Paulinho Tapajós), Assim na terra como no céu (com Roberto Menescal e Paulinho Tapajós), Verão vermelho, O homem que deve morrer (com Torquato Neto), todos aberturas de novelas homônimas. Esteve presente ainda em trilhas sonoras de O cafona, Minha doce namorada e Anjo mau.

Ainda na TV Globo, compôs trilhas para os programas Brasil Pandeiro, Saudade não tem idade e Chico City, este último protagonizado por parceiro seu: o humorista e compositor Chico Anísio.

Em seu disco de estréia (2003) Maria Rita gravou Menininha do portão (Nonato Buzar/ Paulinho Tapajós). O disco teve a expressiva vendagem de 350 mil cópias dois meses após o lançamento.

Fonte:Nonato Buzar; encontrando amigos.


João Só

João Evangelista de Melo Fortes, ou simplesmente João Só, nasceu no dia 3 de novembro de 1943 em Teresina no Piauí. Filho caçula da família que já contava com 11 irmãos, mudou-se ainda bem cedo para Salvador na Bahia, onde passou boa parte da infância e da vida. João Só era portanto, como ele mesmo costumava dizer, baiano de coração.

O início de João Só na música aconteceu muito cedo. Costumava olhar um dos seus irmãos tocando violão, a fim de tentar memorizar algumas posições, e logo conseguiu base suficiente para destacar-se no cavaquinho, tendo inclusive feito uma apresentação em um programa chamado "Hora da Criança" de Aroldo Ribeiro na Rádio Cultura da Bahia.

A música então incorporou-se de vez à vida de João Só. Aos 15 anos, já era um grande instrumentista, projetando-se no mercado profissional. Depois do cavaquinho, dedicou-se ao violão, seu principal instrumento. Trabalhando na noite, foi levado ao piano e a outros instrumentos como o violino, o bongô e o contrabaixo.

No início da década de setenta, realizou várias apresentações no Norte e Nordeste em uma caravana da gravadora EMI, com o objetivo de engajar-se no cenário nacional. A oportunidade não demorou muito. Levado pelo cantor Miltinho, gravou na Odeon o seu primeiro e grande sucesso: Menina da ladeira.

João Só concebeu esta música de uma maneira muito natural e espontânea. Após participar de um jantar oferecido aos profissionais de publicidade num dos restaurantes da Ribeira, onde se localizava o antigo aeroporto, começou a tocar o violão e cantar alguns versos. Já sozinho e com a casa fechando as portas, desenvolveu todo o tema da música: "Parecia até que era um trabalho antigo, conhecido" dizia. Quando chegou em casa, gravou tudo para não esquecer. No outro dia, viu que quase nada precisava ser mudado.

Com Menina da ladeira, João Só começou a participar de shows em várias partes do País: "O disco estourou em todas as paradas em apenas quatro meses. A partir daí, minha vida ficou muito agitada. Tinha que atender compromissos em várias cidades. Às vezes saía de um avião para entrar em outro" costumava dizer. Nesse ritmo, se tornou cada vez mais conhecido.

Em 1972, após apresentar-se na Argentina, ao lado de Paulo Diniz, gravou o primeiro LP, com músicas do porte de Canção pra Janaína e Copacabana. Foi convidado para gravar outros discos. A partir de 1978, João se dedicou exclusivamente a shows: "Deixei um pouco de lado as gravações. E não estou arrependido, principalmente por causa do aprimoramento da música na noite" disse ele.

João Só veio a falecer de enfarto no dia 20 de junho de 1992, quando descansava na casa de sua família em Salvador, aos 50 anos de idade. Em cerca de 20 anos de carreira, gravou 15 discos e algumas fitas, compôs mais de 40 músicas gravadas e fez centenas de shows por todo o Brasil. Deixou, além do trabalho, o único filho Richard Evangelista Fortes.

Fonte: João Só - Biografia (vilabol)


Ari do Cavaco

Ari do Cavaco (Ari Alves de Sousa), compositor, nasceu no Rio de Janeiro RJ, em 17/2/1942. Sambista do G.R.E.S. da Portela, aprendeu a tocar cavaquinho de ouvido e começou a compor em 1969: com Silvinho do Pandeiro fez O cotidiano (partido-alto) e, com Ari Guarda, Pra onde eu vou.

Em 1971 Paulinho da Viola gravou Lapa em três tempos, um samba-enredo seu em parceria com o irmão Rubens Alves de Sousa. Tornou-se mais conhecido em 1972, quando sua música Nó na cana (com César Augusto) foi apresentada no VII FIC, da TV-Globo, Rio de Janeiro.

Atuou em shows no Bola Preta, Renascença, Casa de Bamba, Casa do Partideiro e em outros clubes e boates. Participou dos Festivais MPB Shell da TV Globo: em 1981, com Reunião de bacana (com Bebeto de São João), defendida pelo grupo Exporta Samba; em 1982, com Mordomia (com Gracinha), defendida por Almir Guineto, que obteve o terceiro lugar. Tomou parte em gravações de Jair Rodrigues, Originais do Samba e Zeca Pagodinho. É presidente da Ala de Compositores da Portela.

Obras

Chico lambança (c/Otacílio de Sousa), 1974; Lapa em três tempos (c/Rubens Alves de Sousa), samba-enredo, 1971; Mordomia (c/Gracinha), 1982; Nó na cana (c/César Augusto), 1972; Todo azul que o azul tem (c/Café e Carlinhos Madureira), samba-enredo, 1992; Vai, meu samba (c/Otacílio de Souza), 1975.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Rua Ramalhete

Rua Ramalhete (canção, 1979) - Tavito e Ney Azambuja Intérprete: Tavito

Compacto duplo (7") Tavito / Título da música: Rua Ramalhete / Tavito (Compositor) / Ney Azambuja (Compositor) / Tavito (Intérprete) / Gravadora: CBS / Ano: 1979 / Nº Álbum: 56.545 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Canção.


Intr.: Em(add9) / /  C7M(#11) / / F#4/3 / / B7 / /

Em(add9)       Em7(9)/D          C(add9)
Sem querer     fui me lembrar
D7/4  D7       G(add9)
De uma rua e seus ramalhetes
C(add9)             G(add9)          B7/4    B7*
O amor    anotado em bilhetes  Daquelas tardes

Em(add9)     Em7(9)/D            C(add9)
No muro      do Sacré-Coeur
D7/4     D7        G(add9)
De uniforme e olhar de rapina
C(add9)              G(add9)           B7/4   B7*
Nossos bailes no clube da esquina   Quanta saudade

E(add9)              F#4/3
Muito  prazer, vamos dançar
D#m          G#7/4  G#7
Que eu vou falar no seu ouvido
C#7/4      C#7   F#7/4  F#7   B7/4             B7*
Coisas que vão fazer  você tremer dentro do vestido
E(add9)            F#4/3
Vamos  deixar tudo rolar
D#m          G#7/4  G#7
E o som dos Beatles na vitro____la

C#(add9)          F#       C#(add9)    E(add9) F#4/3
Será      que algum dia eles vêm     aí
C#(add9)      F#               G#7/4  G#7  F# G#/F#
Cantar     as canções que a gente quer ouvir

C#m / / A7M / / B7 / /E(add9) / /A7M / /A#º / / G#7/4 G#7 F# G#/F# /
C#m / / A7M / / B7 / /E(add9) / /A7M / /A#º / / G#7/4 G#7 F#4/3 B7 /

Em(add9)       Em7(9)/D          C(add9)
Sem querer     fui me lembrar...

Tavito

Tavito (Luís Otávio de Melo Carvalho), compositor, instrumentista e cantor, nasceu em Belo Horizonte-MG, em 26 de janeiro de 1948. Aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão. Autodidata, logo em seguida começou a participar de serenatas e a atuar em festas em sua cidade natal, além de compor suas primeiras canções. É companheiro de geração de Milton Nascimento e de outros músicos mineiros, como Toninho Horta, Tavinho Moura e Nelson Angelo.

Em 1965, conheceu Vinícius de Moraes, que se encantou com a sua performance ao violão. Foi, então, convidado pelo poeta para acompanhá-lo em alguns shows pela cidade de Belo Horizonte. Cursou o 1º ano de Desenho Industrial na Universidade Mineira de Arte, mas abandonou os estudos decidindo-se pela profissão de músico. Mudou-se, então, para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como professor de violão.

Em 1969, participou do Festival Universitário da TV Tupi (RJ), com a canção Terça-feira (c/ Werther Jacques e Antonio Gil), interpretada pelo conjunto Três Morais.

No ano seguinte, foi convidado por Milton Nascimento para formar uma banda que acompanhasse o cantor e compositor em shows. Nasceu o Som Imaginário, integrado também por Wagner Tiso, Robertinho Silva, Luís Alves, Zé Rodrix, Frederyko e Laudir de Oliveira (mais tarde substituído por Naná Vasconcelos). Ainda em 1970, o grupo defendeu a canção Feira moderna no V Festival Internacional da Canção (TV Globo), classificando-a em 6º lugar. Gravou três LPs com o conjunto. Nessa época, começou a compor com Mariozinho Rocha, Eduardo Souto Neto e Zé Rodrix.

Em 1971, concorreu com Casa no campo (c/ Zé Rodrix) no VI Festival Internacional da Canção (TV Globo). A canção viria a se tornar um de seus maiores sucessos na voz de Elis Regina. Por essa época, já reconhecido no meio artístico, começou a participar de gravações com inúmeros intérpretes, tocando tanto o violão quanto a viola de 12 cordas, seu elemento diferencial como instrumentista.

Em 1972, foi convidado por José Scatena para ingressar no mercado publicitário paulista, como compositor de jingles e trilhas comerciais. Mudou-se para São Paulo e em seis meses já era um dos mais requisitados jinglistas dessa cidade.

No ano seguinte, o Som Imaginário se dissolveu, e seus integrantes partiram para carreiras individuais.

Em 1974, de volta ao Rio de Janeiro, continuou atuando na área publicitária, contratado por diversas produtoras de jingles cariocas. Logo em seguida, montou sua própria empresa, a Zurana Criação e Produção, que viria a se tornar uma das maiores produtoras de jingles do Brasil.

Em 1979, por indicação de Fernando Adour, gravou seu primeiro LP como cantor solista, "Tavito", lançado no ano seguinte pela gravadora CBS. O disco incluiu Rua Ramalhete, canção bastante executada e que remete à sua antiga admiração pelo conjunto The Beatles, além de Começo, meio e fim (c/ Ney Azambuja) e Longe do medo (c/ Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras.

Na década de 80, lançou os LPs "Tavito II" (1982) e "Tavito III" (1983). Em 1984, gravou um compacto simples com Simpatia e Água e luz (c/ Ricardo Magno). Decepcionado com a pouca divulgação do disco, passou a compor somente para outros intérpretes.

Ao longo de sua carreira artística, atuou também como produtor de discos, tendo sido responsável por trabalhos de Marcos Valle, Renato Teixeira, Selma Reis e Sá & Guarabyra, entre outros. Assinou, ainda, arranjos vocais para vários artistas, destacando-se Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Ivan Lins.

Até 1992, realizou diversos shows pelo Brasil. A partir desse ano, passou a dedicar-se exclusivamente à composição, aos arranjos e à publicidade.

Em 2004, voltou ao cenário artístico, apresentando-se nos espaços cariocas Panorama e Mistura Fina. Nesse mesmo ano, finalizou a gravação de mais um disco, contendo suas canções Rua Ramalhete, Começo, meio e fim, Aquele beijo e O primeiro sinal, todas com Ney Azambuja, O dia em que nasceu nosso amor e A sorte grande do amor, ambas com Luiz Carlos Sá, Um certo filme (c/ Rocknaldo), Água e luz (c/ Ricardo Magno) e Gostosa, além de Hoje ainda é dia de rock (Sá, Rodrix e Guarabyra),"Cowboy" (Eduardo Souto Neto e Paulo Sérgio Vallle) e "Naquele tempo (Mariozinho Rocha e Renato Corrêa).

Ainda em 2004, sua canção Rua Ramalhete (c/ Ney Azambuja) tornou-se hino oficial da cidade de Belo Horizonte.

Fontes: Wikipédia; Dicionário Cravo Albin da MPB.

Sérgio Sampaio

Sérgio Sampaio (Sérgio Morais Sampaio), compositor e cantor, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim ES, em 13/04/1947, e faleceu no Rio de Janeiro em 15/05/1994. Desde cedo se interessou por música — o pai compunha dobrados e o tio era intérprete do Trio de Ouro.

Aos nove anos, começou a trabalhar com o pai numa tamancaria, e aos 16 entrou como locutor para a Rádio Cachoeiro de Itapemirim. Dois anos mais tarde, transferiu-se para o Rio de Janeiro, empregando-se como locutor na Rádio Relógio, depois na Rádio Rio de Janeiro (1967), e posteriormente em várias outras emissoras.

A partir de 1970, passou a cantar no rádio, depois de apresentar algumas músicas que havia composto, influenciado pelo pai e pelo tio, Raul Sampaio. Nesse mesmo ano, conheceu Raul Seixas, que incentivou seu gosto pelo rock, pois até então estava mais voltado para boleros, baiões, valsas e tangos.

De suas primeiras gravações destacam-se No ano 83 (1968), Coco verde (1971), Classificado número um (1972), Não adianta (1972) e Eu quero é botar meu bloco na rua, que defendeu no VII FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, em 1972; classificada para a parte final do festival, foi incluída em seu LP de 1973.

Em 1975 lançou, em disco compacto, o samba Velho bandido, de sua autoria. Continuou se apresentando em shows e, na década de 1990, Elba Ramalho e Roupa Nova regravaram seu maior sucesso, Eu quero é botar meu bloco na rua.

Obras

Coco verde, 1971; Eu quero é botar meu bloco na rua, 1972; Não adianta, 1972; Velho bandido, 1975.

CD

Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez (c/Raul Seixas, Míriam Batucada e Edy Star), 1996, Acervo e Rock Company, RCCD 10.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFOLHA.

Délcio Carvalho

Délcio Carvalho, compositor e cantor, nasceu em Campos RJ em 09/03/1939. Seu pai, saxofonista da banda Lira de Apoio, ensinou-lhe as primeiras noções musicais. Mais tarde tornou-se cantor, apresentando se em conjuntos de baile e na Orquestra de Cicero Ferreira, ainda em Campos.

Após o serviço militar, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou de diversos programas de calouros. Trabalhando na Petrobrás durante o dia, à noite apresentava-se como cantor em conjuntos de baile e num cabaré em Caxias RJ, onde morava.

Começou a compor em fins da década de 1950, quando, em parceria com Daniel Pereira Santos Júnior, fez dois sambas: Dinheiro de pobre e Destino da saudade. Somente em 1968 uma música sua foi gravada: o samba Pingo de felicidade, em arranjo de iê-iê-iê, na voz de Christiane (selo Caravelle).

Em 1969 formou, com Rubem Confete, Caboclinho e outros sambistas, o conjunto Lá Vai Samba, que se apresentou em São Paulo SP nos festivais das televisões Record e Globo. Em 1971 tornou-se parceiro de Adeilton Alves de Sousa, compondo, entre outras, Esperanças perdidas, que foi gravada na Holanda, França e Suécia, no ano seguinte. Mais tarde, fez parceria com Ivone Lara, do G.R.E.S. Império Serrano, compondo em 1978 Sonho meu, um de seus maiores sucessos.

É sambista do G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense desde 1970. Em 1996 foi lançado seu segundo disco, Afinal, incluindo Coisas da Mangueira (com Cláudio Jorge), Chorei, confesso (com Ivone Lara), Afinal (com Ivor Lancelotti), entre outras.

Obras

Alvorecer (c/Ivone Lara), samba, 1974; Chorei, confesso (c/Ivone Lara), samba, 1996; Esperanças perdidas (c/Adeílton Alves de Sousa), 1971; Sonho meu (c/Ivone Lara), samba, 1978.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e publiFOLHA.

segunda-feira, julho 05, 2010

Rossini Pinto

Rossini Pinto, compositor, produtor musical e cantor, nasceu em Ponte do Itabapuana, Espírito Santo, em 24/01/1937, e faleceu no Rio em 25/06/1985. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou, e, em 1955, trabalhou como repórter no Jornal dos Sports e Correio da Manhã.

Introduzido no meio artístico por parente de Jânio Quadros em 1960, musicou Convite de amor, versos do político publicados na Revista Acadêmica, o que provocou impacto na imprensa e convite de várias gravadoras, optando pela Copacabana. No ano seguinte, surgiu como cantor em Vamos brincar de amor (Vadico e Herberto Sales) e Rock presidencial (de sua autoria).

Em 1962 foi para a CBS, na qual lançou Dançando twist, música de Ray Coniff e letra sua, além de Maninha, maninha (Moacir Bastos e Darci Silva). Compôs Malena, interpretada por Roberto Carlos, e Me leva pro céu (com Fernando Costa), gravada por Emilinha Borba.

Um ano depois, ao lado de sua atividade como jornalista de O Jornal, gravou pela CBS o primeiro sucesso, Voa, passarinho e Viu no que deu? (ambos com Fernando Costa), enquanto Roberto Carlos registrava em disco Relembrando Malena. Como cantor, teve sucesso em 1964 com Por causa de você chalalalalu e Amor e desprezo.

Roberto Carlos interpretou muitas de suas canções: Um leão está solto nas ruas, em 1964; Eu te adoro, meu amor, em 1965; e, em 1966, Parei olhei, e Só vou gostar de quem gosta de mim, esta grande êxito com mais de 100 gravações, inclusive no exterior.

No mesmo ano, os Golden Boys lançaram pela Odeon Alguém na multidão, Pensando nela, (A. Xavier e Salomão José, versão de sua autoria); e, em 1970, Fumacê (com Solange Correia), a versão de Michelle e Ontem, versão de Yesterday (ambas de John Lennon e Paul McCartney), esta cantada também por Agostinho dos Santos.

Em 1967 saiu da CBS e foi para a Odeon, gravando, como cantor, Montanha do amor, versão de sua autoria, e trabalhando como produtor de discos até 1970. A partir desse ano, de volta à CBS, atuou como cantor e produtor responsável por Odair José, Luís Carlos Magno, Os Selvagens, Núbia Lafayette e Ari Cordovil.

Em 1973, Núbia Lafayette gravou seu samba Casa e comida, e, no ano seguinte, José Augusto lançou pela Odeon sua composição Na rua em que você morava.

Obras

Alguém na multidão, 1966; Casa e comida, 1973; Fumacê (c/Solange Correia), 1970; Malena, 1962; O leão está solto nas ruas, 1964; Parei, olhei, 1966; Só vou gostar de quem gosta de mim, 1966; Voa, passarinho (c/Fernando Costa), 1963.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha.

Pepeu Gomes

Pepeu Gomes (Pedro Aníbal de Oliveira Gomes, guitarrista e compositor) nasceu em Salvador, Bahia, em 07 de fevereiro de 1952. Considerado pela revista americana Guitar World como um dos dez melhores guitarristas do mundo na categoria "world music", aprendeu a tocar violão ainda cedo em sua cidade natal. Aos onze anos ingressou em uma banda, chamada Los Gatos e, aos quatorze anos, participou da banda Os Minos.

Na década de 70, com Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Luiz Galvão e Baby Consuelo formou o grupo Novos Baianos. Partiu para a carreira individual com o final do grupo, por volta de 1978.

No final da década de 1980, voltou-se para a música instrumental, participando de festivais de jazz e lançando, em 1989, "Instrumental On The Road".

Nos anos 90 dedicou-se mais a seu trabalho como guitarrista, relendo velhos sucessos como os chorinhos "Brasileirinho" (Waldir Azevedo) e "Noites Cariocas" (Jacob do Bandolim), presentes no início de sua carreira e que fizeram sua fama de virtuose.

O próprio Pepeu afirmou que, após ter sido visto tocando no Trio elétrico por Dave Mustaine, na Bahia, foi convidado pelo mesmo a integrar a banda de Thrash Metal Megadeth, a fim de substituir o talento de Marty Friedman em meados dos anos 90 .

Também enveredou por um estilo mais pop, com o lançamento de Meu coração em 1999. Pepeu foi casado com Baby Consuelo, com quem teve seis filhos, três das quais formaram o conjunto SNZ - Sarah Sheeva, Nana Shara e Zabelê. Após sua separação, viveu com a então cantora de Axé Music Simone Moreno.

Fontes: Wikipedia; Cliquemusic.

João de Aquino

João de Aquino, violonista e compositor, nasceu em 23 de junho de 1945 no bairro carioca de São Cristóvão. Neto de um maestro de banda do interior do estado do Rio e primo do violonista e compositor Baden Powell, teve contato com a música desde a infância.

Aos dez anos começou a ter aulas de violão com o lendário violonista Meira, chorão de primeira linha. Firmou-se como violonista, primeiro tocando em bailes e cabarés, e depois acompanhando cantores como Pery Ribeiro, Leny Andrade, Dóris Monteiro.

Trabalhou em cinema e televisão, como diretor musical e compositor de trilhas. Em 1970 sua canção Sagarana (com Paulo César Pinheiro), interpretada por Maria Odete, causou sensação no V Festival Internacional da Canção.

Depois excursionou pelo México e Europa antes de se tornar conhecido no Brasil. Quando voltou, alternou a carreira de instrumentista com a de produtor musical. Em 1991 gravou o CD Patuá, pela Leblon, disco lançado também no exterior, e que apostou no resgate da MPB instrumental dançante.

Cinco anos depois foi a vez de Bordões, um CD cheio de convidados: Martinho da Vila, Elza Soares, Áurea Martins, Gilson Peranzzetta, Raul de Souza e outros.

Entre seus maiores sucessos destacam-se Pensando bem e Viagem (com Paulo César Pinheiro), gravada pioneiramente por Marisa Gata Mansa e que já ganhou mais de 60 regravações. Em 1998 fundou, com outros músicos, o Bando da Rua, um movimento dedicado a recuperar o bom humor da música carioca.

Fontes: Cliquemusic; Wikipedia; Rob Digital.

Poxa



Poxa (samba, 1975) - Gilson de Souza - Intérprete: Gilson de Souza

LP Pôxa / Título da música: Poxa / Gilson de Souza (Compositor) / Gilson de Souza (Intérprete) / Gravadora: Tapecar / Ano: 1975 / Nº Álbum: LPX.31 / Lado A / Faixa 3 / Gênero musical: Samba.


Introd: E7/9+ E5+/9

Am7                                Dm
Poxa como foi bacana,te encontrar de novo
Dm/B
Curtindo um samba junto com meu povo
E7/9-          Gm7       A7
Você nao sabe como eu acho bom,la,laia,laia
Dm                 G7            C7M
Eu te falei que você,nao ficava nem uma semana
F7M                 Dm/B
Longe deste poeta que tanto te ama
E7               Gm7         A7
Longe da batucada,e do meu amor,la,laia,laia
Dm                G7                     C7M
Poxa por que voce,nao para pra pensar um pouco
F7M                 Dm/B
Nao ve que e o motivo,de um poeta louco
E7/9-                Gm7  A7
Que quer o seu amor,pra te fazer cancao
Dm             G7                   C7M
Poxa nao entre nessa de mudar de assunto
F7M                     Dm/B
Nao ve como e gostoso a gente ficar junto
E7/9-             Gm7  A7
Mulher o teu lugar e no meu coracao
Dm         G7          C7M             F7M
Poxa,laia,laia,laia,laia,laia,laia,laia..
Dm/B          E7/7-                 Gm7  A7
Pra ter o teu amor,e te fazer cancao
Dm         G7             C7M           F7M
Poxa,laia,laia,laia,laia,laia,laia,laia..
Dm/B         E7/9-               (Am E7) (Gm A7)
Mulher o teu lugar,e no meu coracao 

domingo, julho 04, 2010

Gilson de Souza


Gilson de Souza, nascido em Marília-SP, fez sucesso em 1975 com a música Poxa, considerado um dos mais belos sambas da época. Não ficou conhecido apenas no Brasil, mas fez shows na Espanha, em Portugal, na França e no Japão. Gravou dois LPs e teve suas composições regravadas por intérpretes famosos. Também ganhou prêmios importantes, como o Troféu Imprensa.

Onde andará Gilson de Souza?

O compositor e sambista Gilson de Souza, fazia, em 1975, em torno de vinte apresentações por mês. O sucesso era decorrência ritmo contagiante do samba “Poxa”, música de sua autoria até hoje cantada pelos brasileiros. O samba, segundo o autor, tem pelo menos 50 regravações, inclusive internacionais. A música fazia parte do seu primeiro disco e chegou a lhe dar o troféu Imprensa como revelação do ano e melhor música.

A inspiração para música veio por meio de uma namorada que, ao retornar de uma viagem, encontrou o sambista e seus amigos músicos no mesmo bar de sempre. Feliz por encontrar o pessoal novamente, falou: “Poxa, que bom encontrar vocês de novo! Eu vou e volto e encontro vocês aqui dentro, gente! Vocês não têm casa não?" Gilson gostou da interjeição e correu para o violão...

Pouca gente sabe, mas Gilson não é autor de um sucesso só. Quem não se lembra de Orgulho de um sambista?, sucesso memorável na voz de Jair Rodrigues e regravado por vários artistas, dentre eles: Adriana Calcanhoto e Luciana Melo. Não fica só nisso: Gilson compôs dezenas de outros sambas – com Almir Guineto, por exemplo, foram pelo menos 40.

A música, curiosamente, veio para Gilson de Sousa depois de uma fratura na mão, que obrigou o sambista a desistir da sua paixão: o boxe. Brincando, declarou em uma entrevista, em um programa da rádio Record, que gostava muito de boxe e chegou a estar perto de disputar títulos, mas após o traumatismo na mão, descobriu ser mais fácil ser poeta do povo do que levar murro.

Respeitado como compositor, Gilson já foi cantado por muita gente boa, como: Elza Soares, Neguinho da Beija Flor, Almir Guineto, Reinaldo, Originais do Samba, Djalma Pires, Luis Américo, Elymar Santos, Rosa Maria e até por artistas internacionais, como a dupla argentina Pimpinela, a Banda Inglesa ACATRAZ-BAND que gravou uma versão de Poxa, já o cantor americano Sheldon Porter gravou uma versão de “Amor de Capoeira”.Até o pop star, Elton John, arriscou cantar a música Poxa em ritmo de Bossa Nova, em um dos seus shows, com direito a registro em DVD.

O paulista de Marília, hoje trabalha como conselheiro fiscal da Sicam – Sociedade Independente de Autores, mas continua compondo e se apresentando em shows, geralmente aos finais de semana e apresentações esporádicas em programas de televisão, onde canta seus sucessos e novas melodias do seu último CD, como Barack Obama, um samba em homenagem ao novo presidente dos Estados Unidos.

Nelson Ned

Nelson Ned (Ubá-MG, 02/03/1947), cantor e compositor desde cedo se interessou por música. Nos anos 60 começou a se apresentar e gravar discos, inclusive nos países da América Latina, onde é extremamente popular. Com repertório voltado para a música romântica, seus shows atraiam multidões em estádios e teatros.

Como compositor, já teve músicas gravadas por Moacir Franco, Antônio Marcos, Agnaldo Timóteo e outros. Ganhou Discos de Ouro no Brasil e já se apresentou algumas vezes no Carnegie Hall, em Nova York, EUA.

Na década de 90 passou a cantar músicas evangélicas, após ter-se convertido. Lançou em 1996 a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", uma referência à sua condição de anão (fonte: Wikipedia).

SOS: Doente e sem recurso(10/10/2008)

Com apenas 1,12 de altura e 92 quilos, o cantor Nelson Ned, 61 anos, está lutando para emagrecer e controlar o diabetes e o colesterol. Porém, o que tem agravado sua saúde são a obesidade e o inchaço, difíceis de serem tratados por falta de recursos financeiros.

Conhecido como O Pequeno Gigante da Canção, Nelson Ned foi o único artista da América Latina a lotar quatro vezes o Carnegie Hall. Áureos tempos! Hoje tudo mudou, e a vida do artista se trasnformou em um pesadelo.

Com sucessos um atrás do outro, entre eles a música Tudo Passará, veio também a dependência pelas drogas e o fundo do poço, com a conseqüente perda de toda a sua fortuna. Na década de 90, ele tentou dar a volta por cima, tornando-se evangélico e gravando músicas Gospel, mas as dificuldades de locomoção (freqüentemente precisa da ajuda de uma cadeira de rodas) e as fortes dores o impediram de permanecer no palcos.

Apesar de Nelson Ned não gostar de falar de seu drama, o amigo cantor e vereador Agnaldo Timóteo, que ele conhece desde a década de 60, vem fazendo uma campanha com o objetivo de angariar pelo menos R$ 50 mil para ajudar no seu tratamento médico.

“Toda sua fortuna foi perdida com as drogas. Mesmo recuperado desse vício, hoje ele não consegue voltar a fazer shows, porque a falta de saúde o impede. O Nelson precisa ser internado em uma clínica para emagrecer, fazer as cirurgias necessárias, controlar o colesterol e voltar a cantar. E sua permanência lá deve ser de pelo menos seis meses”, explicou Timóteo a OFuxico.

Agnaldo Timóteo contou ainda que pediu ajuda a diversos artistas, entre eles Zezé Di Camargo e Luciano, Chitãozinho & Xororó, Bruno & Marrone, Gugu, Hebe, Faustão, Tom Cavalcante e Xuxa. Nenhum deles, porém, respondeu.

“Acredito que eles nem chegaram a saber do assunto, pois são pessoas generosas. Provavelmente, seus assessores barraram minha mensagem”, desabafou Timóteo.

De acordo com Timóteo, Silvio Santos e Sônia Abrão prometeram ajudar. O cantor Daniel, disse ele, também foi procurado e até ofereceu ajuda. Só que o dinheiro oferecido pelo artista gerou polêmica. Agnaldo considerou pífia a importância oferecida.

“Ele deu R$ 2 mil, e eu devolvi. Não aceito só isso, pois ele ganha milhões”, disse Timóteo.

O incidente acabou gerando uma saia justa entre os dois.

“O Daniel respondeu que R$ 2 mil é um valor muito acima do salário mínimo, que sustenta milhões de famílias. Mas cada um vive como pode”, insiste Timóteo.

Até Jô Soares entrou na história. Segundo Timóteo, uma secretária o procurou, esta semana, para dizer que o apresentador da Globo se solidarizou com o que soube e prometeu colaborar.

O empenho de Timóteo tem uma razão de ser: os dois são conterrâneos (nasceram em Minas Gerais) e começaram a carreira juntos, em Belo Horizonte. “Fomos calouros juntos. Ele cantava músicas do Nelson Gonçalves, e eu do Caubi Peixoto”.

Timóteo disse também que, abandonado pelos filhos, Nelson Ned tem sido ajudado por ele.

“Não quero revelar valores, mas faço o que posso. De mim, o que ele já recebeu, daria para comprar um carro novo”, finalizou. (fonte:Doente sem recursos Nelson Ned precisa de sua ajuda).


Evaldo Braga


Evaldo Braga (Campos dos Goytacazes-RJ, 1948 — Três Rios-RJ, 31 de janeiro de 1973), cantor e compositor, não teve pais conhecidos, tendo sido criado num orfanato fluminense, juntamente com o ex-jogador Dadá Maravilha. Sua mãe, uma prostituta da cidade de Campos-RJ, o abandonou numa lata de lixo. Foi nela que se inspirou para compor seu maior sucesso, Eu não sou lixo.

Boêmio, alcoólico, morreu num acidente automobilístico na BR-3 (Rio-Juiz de Fora), em um Volkswagen TL, após tentativa de ultrapassagem forçada segundo populares. Importante ressaltar que no momento do acidente Evaldo Braga não dirigia o carro, e sim seu motorista. Seu túmulo é um dos mais visitados pelos fãs no feriado de Finados no Cemitério do Caju, Rio de Janeiro.

Trabalhou por muito tempo como engraxate, nas portas de rádios e gravadoras. Foi com o emprego que conheceu diversos artistas, tal como Nilton César, que ofereceu a primeira chance de emprego no meio artístico, como seu divulgador.

Foi como divulgador que conheceu Edson Wander e apareceu pela primeira vez no ramo musical, compondo Areia no meu caminho juntamente com Reginaldo José Ulisses. A música foi gravada pelo cantor Edson Wander em seu primeiro disco, Canto ao Canto de Edson Wander, no ano de 1968, e estourou nas paradas brasileiras, chegando a superar artistas do porte de Roberto Carlos.

Com isso conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o convidou para gravar um disco na gravadora Polydor. Posteriormente teve músicas gravadas por Paulo Sérgio, um dos artistas que muito o ajudou no mercado musical.

Na música celebrizou-se no ano de 1969, no estilo "dor-de-cotovelo", em parcerias com compositores como Carmem Lúcia, Pantera, Isaías Souza e outros. Apresentava-se com freqüência no programa a Discoteca do Chacrinha. Seus maiores sucessos foram Eu não sou lixo, Nunca mais, A cruz que carrego (clip do youtube no final deste artigo), Mentira, Sorria, sorria, entre outros.

Sendo homenageado com um disco em que artistas como Flor, Canarinhas de Petrópolis dentre outros, faziam duetos com o próprio post mortem...




Fonte: Baseado num esboço de sua biografia na Wikipedia.