Maurício Einhorn |
Maurício Einhorn (Moisés Davi Einhorn), instrumentista e compositor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29/5/1932. Aos cinco anos ganhou uma pequena gaita-de-boca dos pais, que também tocavam o instrumento, participando até os 13 anos em shows no Colégio Franco-Brasileiro, onde estudava.
Formou vários conjuntos e duplas de gaita, apresentando-se em shows e festas escolares, além de participar de vários programas de calouros. Desde 1947 conduziu, dele participando, o Programa das Gaitas Hering, na Rádio Tupi, ao lado de Fred Williams e outros.
Em 1949 gravou em 78 rpm da gravadora Rio o tema Portate bien, com o conjunto de gaitas Brazilian Rascais, e apresentou-se com Waldir Azevedo e seu Regional, tocando chorinhos desse compositor na Rádio Clube do Brasil.
Por volta de 1954, no bar do Hotel Piaza, entrou em contato com Durval Ferreira, com quem começou a compor. A primeira música dos dois, Sambop, foi gravada em 1960 por Claudete Soares no LP Nova geração em ritmo de samba (do qual participou como instrumentista), seguindo-se Estamos aí (com Durval Ferreira e Regina Werneck), gravada por Leny Andrade; Tristeza de nós dois (com Durval Ferreira e Bebeto); Batida diferente (com Durval Ferreira), Nuvem, Clichê (as duas com Durval Ferreira e Luis Fernando Freire); Samblues (com Durval Ferreira e Regina Werneck), e muitas outras.
Compôs também com Marco Versiani, José de Alencar Schetini Filho, Johnny Alf, Eumir Deodato e outros.
Em 1968 participou do III FIC, da TV Globo, do Rio de Janeiro, com Negróide (com Arnaldo Costa e Taiguara), defendida pelo último. Nesse ano, participou do IV FMPB, da TV Record, de São Paulo SP, com Domingo de manhã (com Arnaldo Costa e Mário Teles), atuando também em shows na TV Globo e na TV Tupi.
Sua música Avião (com Durval Ferreira e Hélio Mateus) foi uma das últimas canções gravadas por Agostinho dos Santos.
Tocou com Vítor Assis Brasil, tendo atuado como gaitista em várias gravações de Chico Buarque, Os Gatos, Grupo Abolição, Som-3, Luis Loy Quinteto, Claudete Soares, Eumir Deodato, Os Cariocas, Gilberto Gil e muitos outros. Participou também das trilhas sonoras de diversos filmes.
Em 1975 gravou para o selo Philips um LP que deveria ter sido o primeiro a aparecer com seu nome mas que, por razões comerciais, acabou batizado de The Oscar Winners (Vencedores do Oscar), sendo reeditado dois anos depois com o nome de A era de ouro do cinema.
Em 1979 saiu o primeiro LP em seu nome, ME, lançado pela etiqueta Clam. Outros LPs seus saíram em 1984 (Barclay/Ariola) e 1985 (Jugando en BuenosAires, selo lnterdisc).
Em 1993 apresentou-se no Sesc Pompéia, em São Paulo SP, apresentação da qual foram extraídas faixas para seu quarto disco, pela etiqueta Tom Brasil. Em 1995 gravou um CD ao vivo com Sebastião Tapajós, Gilson Peranzetta e Paulinho Nogueira; no ano seguinte gravou, novamente com Tapajós e Peranzetta e mais Altamiro Carrilho o CD independente Nas águas do Brasil.
Apresentou-se, em 1999, nos shows "Tributo a K-Ximbinho" (RJ), "Tributo a Waldir Azevedo" (Brasília) e "40 anos de bossa nova" (RJ), entre outros.
Em janeiro de 2000, participou, em Paris (França), da gravação da trilha sonora de Alexandre Desplat para o filme "Lulu", de Phillipe de Broca, com o ator Jean-Paul Belmondo.
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e PubliFolha - 2a. Edição - 1998; Dicionário Cravo Albin da MPB.