terça-feira, outubro 30, 2012
Cantoras do Rádio
Grupo formado em 1987, e integrado por Ademilde Fonseca, Carmélia Alves, Ellen de Lima e Violeta Cavalcanti, veteranas da era de ouro do rádio no Brasil. O nome do grupo foi sugerido pelo ator Érico de Freitas, então diretor da Sala Funart Sidney Miller, quando o grupo original fez seu primeiro espetáculo, como se fosse um programa de auditório dos anos 50.
Em suas várias formações, o grupo gravou dois discos, com grandes sucessos de cada uma de suas integrantes, sendo lançados em várias cidades brasileiras. De suas outras formações constaram Nora Ney, Rosita Gonzales e Zezé Gonzaga.
Em 13 de julho de 2001, o grupo estreou no Café-Teatro Arena. Desta vez, com a seguinte formação: Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Ellen de Lima e Violeta Cavalcanti. Apresentou o show "Estão voltando as flores", com direção e roteiro de Ricardo Cravo Albin e produção de Cláudio Magnavita. O espetáculo foi composto de 11 quadros e 40 músicas, que permearam sucessos pessoais de cada uma das integrantes e ainda outros 10 sucessos pinçados do repertório de divas da canção popular: Nora Ney, Carmem Miranda, Dolores Duran, Dalva de Oliveira, Elizeth Cardoso, Dircinha Batista, Isaurinha Garcia, Aracy de Almeida, Linda Batista e Aurora Miranda.
Em 2002, o grupo voltou a se apresentar no teatro Café Pequeno, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, as Cantoras do Rádio se apresentaram no Teatro Trianon, na cidade de Campos dos Goytacazes, no show "Sim, estão voltando as flores" dirigido por Ricardo Cravo com o apoio da Folha da Manhã, ONGs Ecos do Rio Paraíba, Fundação Trianon e do Grupo MPE.
Ainda em 2002 o grupo se apresentou no Teatro Rival BR, para lançar o disco Estão Voltando as Flores editado pela Som Livre, permanecendo duas semanas com sucesso.
Discografia
As eternas cantoras do rádio • CID • CD (1991)
As eternas cantoras do rádio. Vol. 2 • CID • CD (1993)
Estão voltando as flores • Som Livre (2002)
Eternas, magníficas, as cantoras do rádio
Elas se lembram com saudade, não propriamente nostalgia, dos áureos tempos da Rádio Nacional. "Apesar do glamour, éramos funcionárias da rádio, que era uma autarquia. Tínhamos de bater ponto e seguíamos a escalação dos programas, como uma ordem do dia. Mas, na hora de cantar, íamos de gala, tínhamos roupas maravilhosas, não era como hoje, quando os artistas fazem show de roupa rasgada e vira moda." Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas e a caçula do grupo - "A nossa menina" -, Ellen de Lima. Há mais de 20 anos Carmélia e Ellen voltaram à estrada, fazendo shows. A partir de 1988, As Eternas Cantoras do Rádio virou um hit no palco e em CD. Carminha integrou-se ao grupo há oito anos, substituindo Nora Ney. As três estão no documentário Cantoras do Rádio, de Gil Barone e Marcos Avellar, que estreou ontem. Há uma quarta cantora no filme, mas Violeta Cavalcanti, vítima de Alzheimer, já não canta mais.
Cada uma representa um estilo. Carmélia, o baião; Carminha, com sua voz de contralto, a fossa; e Ellen, com sua habilidade de soprano, não se fixa em um estilo nem gênero, mas tem liberdade para cantar todos os clássicos. Violeta, ausente neste encontro que se realiza na chuvosa tarde de quarta-feira, num hotel dos Jardins, tinha - tem - o samba no corpo, e na voz. O repórter comenta o atual boom dos documentários musicais. Fala de Um Homem de Moral, de Ricardo Dias, sobre Paulo Vanzolini - Carmélia Alves dispara a cantar, "Não fica no chão/Nem espera que mulher/lhe venha dar a mão..." O repórter insiste, faz a pergunta tola, se elas conhecem Ronda? Como? "Ronda é um clássico!" É a vez de Ellen cantarolar.
Uma carioca (Carmélia), outra mineira (Carminha), a terceira, baiana (baianíssima!, Ellen). Representam a própria brasilidade. Todas reinaram na Nacional, a rádio mais poderosa do Brasil - do mundo! -, que dividia suas cantoras em três plantéis. Havia um primeiro time inatingível, as divinas; um meio de campo, no qual estavam; e o terceiro time, formado por cantoras que iam parar na Rádio Nacional por indicação de políticos - era uma autarquia, não se esqueçam. A rádio ficava na lendária Praça Mauá, no Centro do Rio. Todas tiveram forte ligação com São Paulo. Carmélia foi casada - durante 54 anos - com o paulista Jimmy Lester, que cantava em inglês. Em 1998 ele morreu em Teresópolis, no Estado do Rio, e ela o trouxe para ser enterrado em São Paulo. Nesta semana, por conta da agenda de lançamento de Cantoras do Rádio na cidade, Carmélia circulou bastante por Sampa. Ao passar pelo cemitério, teve uma coisa. A saudade bateu forte.
Carminha e Ellen têm outra ligação com São Paulo. Como crooners, revezavam-se na boate Oásis. Cada vez que a temporada de algum artista não caía no agrado do público, o dono, desesperado, chamava Carminha ou Ellen no Rio e elas vinham salvar a pátria. Falam todas ao mesmo tempo. Cada uma tem sua história para contar. Carmélia Alves arregala o olho e pergunta - "Você sabia que sou uma assassina?" Lembra do sujeito que assistia a um show numa boate e que disse: "Carmélia, você me mata com seus baiões!" e morreu de verdade, fulminado por um ataque. A história, contada agora, é tragicômica, mas foi um horror. Carmélia tinha um título e sempre foi o de ?rainha do baião?, mesmo quando era crooner da boate do Copacabana Palace, frequentada pela nata do café soçaite. O repórter diz que viu o documentário sobre o parceiro de Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, O Homem Que Engarrafava Nuvens. E...? "O filme é muito legal, tem vários números seus." Carmélia só cantava Humberto Teixeira ou tinha uma ligação mais calorosa com ele? "O Humberto foi um dos fundadores, com o Jimmy, do Clube da Chave, em Copacabana. Era um irmão!"
Ellen passou pelo Clube do Guri, na Rádio Mauá, pelo programa de calouros de César de Alencar e também pelo famoso Papel Carbono, de Renato Murce, quando passou no teste imitando a diva Heleninha Costa. Tornou-se conhecida do público por ser a intérprete da célebre Canção das Misses, escrita por Lourival Faissal, para servir de tema do tradicional concurso de Miss Brasil. De todas as cantoras - as rainhas - do rádio, foi a única que teve uma experiência como teleatriz (na Globo), contracenando - acreditem! - com Fernando Montenegro e Sergio Britto. Carminha veio de Belo Horizonte, convidada por um descobridor de talentos que a deixou na mão, mas o lendário Heron Domingues a ouviu cantar e o resto é história. Carminha foi parar no elenco da Rádio Nacional. Seu filho, o saxofonista Raul Mascarenhas Jr., casou-se com Fafá de Belém. Tiveram a filha Mariana. Carminha fala na neta, também cantora, que incorporou o repertório das divas do rádio.
Todas passaram pelas chanchadas da Atlântida, fingindo que cantavam na tela. "O disco tocava numa vitrola e, às vezes, a agulha emperrava", lembra Carmélia. Cantoras do Rádio é outra coisa. Outra fase da carreira delas, outra fase do próprio cinema brasileiro. O filme é uma apaixonada declaração de amor às eternas cantoras do rádio. Onde vão, há um numeroso público de terceira idade, mas existem também os jovens, que cantam com elas e as reverenciam. É por isso que, quando falam da Rádio Nacional, sentem saudade, mas não tristeza. A vida tem muitas fases e a atual está sendo boa. Carminha Mascarenhas, aos 79 anos, está na fase de se desfazer de muita tralha que acumulou ao longo de sua carreira. Pelo sotaque, ela percebe que o repórter é gaúcho. "Quer o meu Laçador?" Carminha ganhou o troféu de prata cantando Lupicínio Rodrigues. Havia um belo dueto sobre o compositor em Cantoras do Rádio. Carminha e Ellen cantando o rei da dor de cotovelo. Os direitos são caros e o número, como muitos outros, foi cortado. Mas elas cantarolam trechos de Vingança e é um privilégio para o repórter.
Fontes: Luiz Carlos Merten - O Estadao de S.Paulo; Dicionário Cravo Albin da MPB.
sábado, outubro 20, 2012
Déo Rian
Déo Rian (Déo Césario Botelho), instrumentista, nasceu no Rio de Janeiro-RJ, no bairro de Jacarepaguá, em 26/02/1944, em uma família que a música sempre esteve presente. Seu pai cantava, o irmão de seu avô tocava cavaquinho e os tios de sua mãe, no começo do século, tocavam bandolim e formavam em casa rodas de choro. Começou a praticar no cavaquinho com 5 anos de idade, o qual logo trocaria pelo bandolim. Tinha 15 anos quando passou a estudar por música com Moacir Arouca.
Em 1962, com 18 anos, tocou pela primeira vez como profissional, na Rádio Mauá, mas por pouco tempo. Fazia parte do regional de Darli do Pandeiro e tal aconteceu no programa Samba e Outras Coisas, produzido e apresentado por Henrique Batista, irmão da cantora Marília Batista.
Daí em diante, continuou apenas a freqüentar reuniões de serestas e choros, como já vinha fazendo desde muito cedo, inclusive no Retiro da Guarda Velha, onde Pixinguinha também costumava comparecer. Conhecia, desde 1961, Jacob do Bandolim, seu vizinho em Jacarepaguá, e dele se tornaria amigo e dileto discípulo. Exigente ao extremo, com todos e consigo mesmo, Jacob só permitia que uma pessoa pudesse assistir a seus próprios ensaios, Déo Rian.
Dalton Vogeler, produtor da RCA-Victor, em junho de 1969, ouviu-o tocar e não teve dúvidas de que se tratava de uma rara revelação no instrumento. O falecimento de Jacob pouco depois, em agosto de 1969, fez com que Dalton se lembrasse de Déo para preencher a vaga deixada por Jacob na gravadora.
Levou então seu nome para Romeo Nunes, diretor-artístico da RCA-Victor, que determinou um teste e conseqüentemente gravação do LP Dalton, entendendo que sua descoberta não tinha nome adequado para artista, propôs-lhe a substituição do Cesário Botelho por Rian, sugestão que tirou do cinema do mesmo nome em Copacabana.
O lançamento desse LP, no ano seguinte, somente com composições de Ernesto Nazareth e bem cuidada produção, fez com que o público logo constatasse que, de fato, o jovem Déo Rian podia ser considerado o sucessor do genial Jacob do Bandolim. Aliás, também seu sucessor, em 1970, no conjunto Época de Ouro, que Jacob tinha liderado.
Em 1973, Déo participou do espetáculo Sarau com Paulinho da Viola. Em 1974, gravou 2 LPs, na Odeon e na CID, saindo o 4º LP, Saudades de Um Bandolim, pela Continental, em 1976.
No ano seguinte, desligou-se do Época de Ouro e formou seu próprio conjunto, o Noites Cariocas. Com ele gravaria seu 5º LP, Inéditos de Jacob do Bandolim, em 1980, através do selo Eldorado. Nesse mesmo ano, seu LP Ernesto Nazareth foi lançado no Japão, abrindo caminho para que aí excursionasse, em 1991, com apresentações, em Tóquio, Osaka, Kioto, Kobe e Nagoya, e gravasse o CD Déo Rian com choros e modinhas, sendo acompanhado por músicos japoneses no violão, cavaquinho e pandeiro, tarefa possível porque levou escritas as partes musicais.
Faria, nesse mesmo ano, uma segunda viagem ao Japão, para lançamento desse CD, e para espetáculos em Tóquio, Sandai, Kyossato e Iokoyama. Um CD como tem sucedido tantas vezes com outros artistas brasileiros que gravam no exterior, jamais lançado em nosso país.
Em 1995, esteve pela terceira vez em terras japonesas, apresentando-se em Tóquio, Tsukuba e Yasato.
Déo Rian é formado em Economia, em 1976, pela Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, tendo trabalhado e se aposentado na Embratur.
Participou do espetáculo Canto das Três Raças, em 1977, com Clara Nunes, da série Seis e Meia, em 1981 e 1988, e de diversos outros espetáculos, como o Projeto Pixinguinha-Funarte, em 1997, com apresentações em Goiânia, Palmas, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Rio Branco. Em 1994, fez uma temporada em Santiago do Chile.
Em 1993, gravou o CD Raphael Rabello e Déo Rian (BMG Ariola), apenas com músicas clássicas e, em 1996, o CD Choro em Família (produção independente), com seu filho Bruno, também bandolinista, então com 15 anos de idade, já uma grata realidade no instrumento.
"Dono de uma das mais belas sonoridades de toda a história de nossa música popular", segundo o historiador e jornalista Sérgio Cabral (in Jacob do Bandolim), Ermelinda A. Paz (Funarte, 1997, p. 64).
Déo Rian, que aqui temos no início de sua carreira discográfica, porém já no domínio pleno de sua arte, continua a se apresentar - e o fará seguramente por muitos anos ainda - para gáudio de seus inúmeros admiradores e valorização da música brasileira.
Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.
Em 1962, com 18 anos, tocou pela primeira vez como profissional, na Rádio Mauá, mas por pouco tempo. Fazia parte do regional de Darli do Pandeiro e tal aconteceu no programa Samba e Outras Coisas, produzido e apresentado por Henrique Batista, irmão da cantora Marília Batista.
Daí em diante, continuou apenas a freqüentar reuniões de serestas e choros, como já vinha fazendo desde muito cedo, inclusive no Retiro da Guarda Velha, onde Pixinguinha também costumava comparecer. Conhecia, desde 1961, Jacob do Bandolim, seu vizinho em Jacarepaguá, e dele se tornaria amigo e dileto discípulo. Exigente ao extremo, com todos e consigo mesmo, Jacob só permitia que uma pessoa pudesse assistir a seus próprios ensaios, Déo Rian.
Dalton Vogeler, produtor da RCA-Victor, em junho de 1969, ouviu-o tocar e não teve dúvidas de que se tratava de uma rara revelação no instrumento. O falecimento de Jacob pouco depois, em agosto de 1969, fez com que Dalton se lembrasse de Déo para preencher a vaga deixada por Jacob na gravadora.
Levou então seu nome para Romeo Nunes, diretor-artístico da RCA-Victor, que determinou um teste e conseqüentemente gravação do LP Dalton, entendendo que sua descoberta não tinha nome adequado para artista, propôs-lhe a substituição do Cesário Botelho por Rian, sugestão que tirou do cinema do mesmo nome em Copacabana.
O lançamento desse LP, no ano seguinte, somente com composições de Ernesto Nazareth e bem cuidada produção, fez com que o público logo constatasse que, de fato, o jovem Déo Rian podia ser considerado o sucessor do genial Jacob do Bandolim. Aliás, também seu sucessor, em 1970, no conjunto Época de Ouro, que Jacob tinha liderado.
Em 1973, Déo participou do espetáculo Sarau com Paulinho da Viola. Em 1974, gravou 2 LPs, na Odeon e na CID, saindo o 4º LP, Saudades de Um Bandolim, pela Continental, em 1976.
No ano seguinte, desligou-se do Época de Ouro e formou seu próprio conjunto, o Noites Cariocas. Com ele gravaria seu 5º LP, Inéditos de Jacob do Bandolim, em 1980, através do selo Eldorado. Nesse mesmo ano, seu LP Ernesto Nazareth foi lançado no Japão, abrindo caminho para que aí excursionasse, em 1991, com apresentações, em Tóquio, Osaka, Kioto, Kobe e Nagoya, e gravasse o CD Déo Rian com choros e modinhas, sendo acompanhado por músicos japoneses no violão, cavaquinho e pandeiro, tarefa possível porque levou escritas as partes musicais.
Faria, nesse mesmo ano, uma segunda viagem ao Japão, para lançamento desse CD, e para espetáculos em Tóquio, Sandai, Kyossato e Iokoyama. Um CD como tem sucedido tantas vezes com outros artistas brasileiros que gravam no exterior, jamais lançado em nosso país.
Em 1995, esteve pela terceira vez em terras japonesas, apresentando-se em Tóquio, Tsukuba e Yasato.
Déo Rian é formado em Economia, em 1976, pela Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro, tendo trabalhado e se aposentado na Embratur.
Participou do espetáculo Canto das Três Raças, em 1977, com Clara Nunes, da série Seis e Meia, em 1981 e 1988, e de diversos outros espetáculos, como o Projeto Pixinguinha-Funarte, em 1997, com apresentações em Goiânia, Palmas, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Rio Branco. Em 1994, fez uma temporada em Santiago do Chile.
Em 1993, gravou o CD Raphael Rabello e Déo Rian (BMG Ariola), apenas com músicas clássicas e, em 1996, o CD Choro em Família (produção independente), com seu filho Bruno, também bandolinista, então com 15 anos de idade, já uma grata realidade no instrumento.
"Dono de uma das mais belas sonoridades de toda a história de nossa música popular", segundo o historiador e jornalista Sérgio Cabral (in Jacob do Bandolim), Ermelinda A. Paz (Funarte, 1997, p. 64).
Déo Rian, que aqui temos no início de sua carreira discográfica, porém já no domínio pleno de sua arte, continua a se apresentar - e o fará seguramente por muitos anos ainda - para gáudio de seus inúmeros admiradores e valorização da música brasileira.
Fonte: Revivendo Músicas - Biografias.
sábado, outubro 06, 2012
Eudóxia de Barros
Eudóxia de Barros, pianista e professora, nasceu em São Paulo, SP, em 18/09/1937. Inicialmente estudou piano com Matilde Frediani, em seguida com Nellie Braga e Karl Heim, diplomando-se em 1951 pelo Instituto Musical de São Paulo.
Em 1953 executou em primeira audição no Brasil o Concerto nº 1 de Heitor Villa-Lobos, sob a regência de Eleazar de Carvalho, como uma das vencedoras do concurso para solista da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Entre 1954 e 1957 estudou particularmente com Magda Tagliaferro. De 1957 a 1958 fez cursos na França, com Pierre Kostanoff, Lazare Lévy (1882-1964), Pierre Sancan (do Conservatório de Paris), Cristianne Senart e Magda Tagliaferro.
Em 1959, de volta ao Brasil, fez cursos em São Paulo com Guilherme Fontainha, Camargo Guarnieri e Osvaldo Lacerda (harmonia, contraponto e composição).
Em 1964 lecionou piano no Conservatório Santa Cecília, de Santos SP, e no Conservatório Jesus Maria José, de Franca SP. Viajou pelos EUA em 1965 e foi aluna de Olegna Fuschi e Howard Aibel até 1967. Nesse período foi catedrática de piano na Escola de Artes da Carolina do Norte, em Winston-Salem.
Em 1966 classificou-se em primeiro lugar, por unanimidade, em concurso para solista da orquestra sinfônica da Carolina do Norte. Sob a regência de Benjamin Swalin excursionou por várias cidades norte-americanas. Em 1966 ainda atuou em Washington D.C., na União Pan-Americana, e em 1967 na National Gallery of Art. Nesse mesmo ano, em Nova York, apresentou-se no Town Hall, sendo convidada para tocar no Carnegie Hall, em 1969.
Esteve na República Federal da Alemanha, estudando com Walter Blankenheim, entre 1969 e 1970. De 1971 a 1975 lecionou piano no Conservatório Dr. Carlos de Campos, de Tatuí SP, e no Conservatório Maestro Julião, de Presidente Prudente SP.
Em 1979, publicou Técnica pianística: apontamentos sugeridos pela prática no magistério e concertos, pela Ricordi do Brasil. Foi eleita para a ABM, em 1989.
Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional de Música da Funarte, na categoria intérprete.
Pianista premiada várias vezes no Brasil e no exterior, gravou 31 LPs ao longo de sua carreira e realizou recitais por todo o Brasil, diversos países da América Latina e República Federal da Alemanha.
É premiada várias vezes pela Associação Paulista de Críticos Teatrais e pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais, do Rio de Janeiro RJ. Ocupa a cadeira número 14 da Academia Brasileira de Música.
CD
Este Brasil que tanto amo - Comep-Edições Paulinas - 1995
Fontes: Revivendo Músicas - Biografias; Wikipédia; Dicionário Cravo Albin da MPB.
Em 1953 executou em primeira audição no Brasil o Concerto nº 1 de Heitor Villa-Lobos, sob a regência de Eleazar de Carvalho, como uma das vencedoras do concurso para solista da Orquestra Sinfônica Brasileira.
Entre 1954 e 1957 estudou particularmente com Magda Tagliaferro. De 1957 a 1958 fez cursos na França, com Pierre Kostanoff, Lazare Lévy (1882-1964), Pierre Sancan (do Conservatório de Paris), Cristianne Senart e Magda Tagliaferro.
Em 1959, de volta ao Brasil, fez cursos em São Paulo com Guilherme Fontainha, Camargo Guarnieri e Osvaldo Lacerda (harmonia, contraponto e composição).
Em 1964 lecionou piano no Conservatório Santa Cecília, de Santos SP, e no Conservatório Jesus Maria José, de Franca SP. Viajou pelos EUA em 1965 e foi aluna de Olegna Fuschi e Howard Aibel até 1967. Nesse período foi catedrática de piano na Escola de Artes da Carolina do Norte, em Winston-Salem.
Em 1966 classificou-se em primeiro lugar, por unanimidade, em concurso para solista da orquestra sinfônica da Carolina do Norte. Sob a regência de Benjamin Swalin excursionou por várias cidades norte-americanas. Em 1966 ainda atuou em Washington D.C., na União Pan-Americana, e em 1967 na National Gallery of Art. Nesse mesmo ano, em Nova York, apresentou-se no Town Hall, sendo convidada para tocar no Carnegie Hall, em 1969.
Esteve na República Federal da Alemanha, estudando com Walter Blankenheim, entre 1969 e 1970. De 1971 a 1975 lecionou piano no Conservatório Dr. Carlos de Campos, de Tatuí SP, e no Conservatório Maestro Julião, de Presidente Prudente SP.
Em 1979, publicou Técnica pianística: apontamentos sugeridos pela prática no magistério e concertos, pela Ricordi do Brasil. Foi eleita para a ABM, em 1989.
Em 1995, recebeu o Prêmio Nacional de Música da Funarte, na categoria intérprete.
Pianista premiada várias vezes no Brasil e no exterior, gravou 31 LPs ao longo de sua carreira e realizou recitais por todo o Brasil, diversos países da América Latina e República Federal da Alemanha.
É premiada várias vezes pela Associação Paulista de Críticos Teatrais e pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais, do Rio de Janeiro RJ. Ocupa a cadeira número 14 da Academia Brasileira de Música.
CD
Este Brasil que tanto amo - Comep-Edições Paulinas - 1995
Fontes: Revivendo Músicas - Biografias; Wikipédia; Dicionário Cravo Albin da MPB.
quinta-feira, outubro 04, 2012
Rubens Peniche
Rubens Peniche (Rubens Cardoso Peniche), cantor e compositor, nasceu em Santos, SP, em 19/4/1921. Cantou pela primeira vez com um conjunto regional na Rádio Clube de Santos.
Em 1939, estreou na Rádio Bandeirantes em São Paulo, no concurso do "Cantor misterioso", que foi ganho por Alvinho, marido da cantora Leny Eversong. Atuou em várias emissoras e cassinos. Compôs com o pseudônimo de Valtenir Pinto. Em 1944, gravou seu primeiro disco, na Continental, com as marchas Cirandinha e Se me queres mal, parcerias com Gentil de Castro.
Em 1945, gravou os samba Rei vagabundo, de Mário Rossi e Marino Pinto e Além do céu azul, de Mário Rossi e Tito Ramos, o fox Há muito tempo, de J. Kern e Ira Gershwin, com versão de Sivan Castelo Neto e as marchas Quando estás ao meu lado, de Aldo Cabral e Medeiros Neto e Verão do Brasil, de Denis Brean e Lupicínio Rodrigues.
Em 1946, gravou o samba Raridade, de Orlando Monello, Gentil Castro e R. Faraone e o choro Ciúmes, de David Raw e Sadi Cabral. Em 1947, gravou o samba Baliza da escola, de Raul Marques, Zé Luiz e Gentil Castro e o samba Cabelo branco, de Sátiro de Melo e Gastão Viana.
Em 1948, gravou as marchas "Princesa", de José Assad, o "Beduíno" e "Maria do requebrado", de Orlando Monello e Gentil Castro e os sambas "Que importa", de Osvaldo França e Francisco Lacerda e "Festa do povo", de Conde e Avaré.
Em 1950, gravou as marchas Lolita, a mazurca Dança da nobreza e a valsa Pique será, de José Assad, o Beduíno e Japonesa, de Juraci Rago e Paulo Queiroz. Nesse ano, gravou mais duas composições de José Assad, as marchas Eu sou o diabo, com Juraci Rago e Coringa.
Em 1951, gravou a valsa Duas lágrimas, de Antônio Rago e Ribeiro Filho e o bolero Voltar eu quero, de Juraci Rago e Reinaldo Santos. Em 1952, gravou a marcha Índia morena, de Osvaldo França e Blecaute e o samba Máscara de pano, de José Sacomani. Nesse ano, gravou os tangos Madressilva, de Canaro, Amadori e Juraci Rago e Silêncio, de Petarossi, Gardel, Le Pera e Alraqui.
Em 1953, gravou o pasodoble Não te posso querer, de C. Larrea e Juraci Rago e o samba-canção João Ninguém, de Sereno e Sacomani.
Discografia
1944 - A vingança do barrigudo / Duas mulheres • Continental • 78
1944 - Cirandinha / Se me queres mal • Continental • 78
1945 - Verão do Brasil / Falso maestro • Continental • 78
1945 - Rei vagabundo / Quando estás a meu lado • Continental • 78
1945 - Há muito tempo / Além do céu azul • Continental • 78
1945 - Culpa do destino / Eu vi você • Continental • 78
1945 - Céu aberto / Quem gosta de mim • Continental • 78
1946 - Raridade / Ciúmes • Continental • 78
1946 - Salão dos beneditos / O homem não deve chorar • Continental • 78
1946 - Beduína / Pobre louca • Continental • 78
1947 - Baliza da escola / Cabelo branco • Continental • 78
1947 - Sacrifício / Seis anos atrás • Continental • 78
1948 - Princesa / Que importa • Continental • 78
1948 - Maria do requebrado / Festa do povo • Continental • 78
1950 - Lolita / Japonesa • Continental • 78
1950 - Dança da nobreza / Pique será • Continental • 78
1950 - Coringa / Eu sou o diabo • Continental • 78
1951 - Duas lágrimas / Voltar eu quero • Continental • 78
1951 - Casamento? Não!... / Enche o copo • Continental • 78
1952 - Índia morena / Máscara de pano • Continental • 78
1952 - Madressilva / Silêncio • Todamérica • 78
1953 - Não te posso querer / João Ninguém • Continental • 78
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
Em 1939, estreou na Rádio Bandeirantes em São Paulo, no concurso do "Cantor misterioso", que foi ganho por Alvinho, marido da cantora Leny Eversong. Atuou em várias emissoras e cassinos. Compôs com o pseudônimo de Valtenir Pinto. Em 1944, gravou seu primeiro disco, na Continental, com as marchas Cirandinha e Se me queres mal, parcerias com Gentil de Castro.
Em 1945, gravou os samba Rei vagabundo, de Mário Rossi e Marino Pinto e Além do céu azul, de Mário Rossi e Tito Ramos, o fox Há muito tempo, de J. Kern e Ira Gershwin, com versão de Sivan Castelo Neto e as marchas Quando estás ao meu lado, de Aldo Cabral e Medeiros Neto e Verão do Brasil, de Denis Brean e Lupicínio Rodrigues.
Em 1946, gravou o samba Raridade, de Orlando Monello, Gentil Castro e R. Faraone e o choro Ciúmes, de David Raw e Sadi Cabral. Em 1947, gravou o samba Baliza da escola, de Raul Marques, Zé Luiz e Gentil Castro e o samba Cabelo branco, de Sátiro de Melo e Gastão Viana.
Em 1948, gravou as marchas "Princesa", de José Assad, o "Beduíno" e "Maria do requebrado", de Orlando Monello e Gentil Castro e os sambas "Que importa", de Osvaldo França e Francisco Lacerda e "Festa do povo", de Conde e Avaré.
Em 1950, gravou as marchas Lolita, a mazurca Dança da nobreza e a valsa Pique será, de José Assad, o Beduíno e Japonesa, de Juraci Rago e Paulo Queiroz. Nesse ano, gravou mais duas composições de José Assad, as marchas Eu sou o diabo, com Juraci Rago e Coringa.
Em 1951, gravou a valsa Duas lágrimas, de Antônio Rago e Ribeiro Filho e o bolero Voltar eu quero, de Juraci Rago e Reinaldo Santos. Em 1952, gravou a marcha Índia morena, de Osvaldo França e Blecaute e o samba Máscara de pano, de José Sacomani. Nesse ano, gravou os tangos Madressilva, de Canaro, Amadori e Juraci Rago e Silêncio, de Petarossi, Gardel, Le Pera e Alraqui.
Em 1953, gravou o pasodoble Não te posso querer, de C. Larrea e Juraci Rago e o samba-canção João Ninguém, de Sereno e Sacomani.
Discografia
1944 - A vingança do barrigudo / Duas mulheres • Continental • 78
1944 - Cirandinha / Se me queres mal • Continental • 78
1945 - Verão do Brasil / Falso maestro • Continental • 78
1945 - Rei vagabundo / Quando estás a meu lado • Continental • 78
1945 - Há muito tempo / Além do céu azul • Continental • 78
1945 - Culpa do destino / Eu vi você • Continental • 78
1945 - Céu aberto / Quem gosta de mim • Continental • 78
1946 - Raridade / Ciúmes • Continental • 78
1946 - Salão dos beneditos / O homem não deve chorar • Continental • 78
1946 - Beduína / Pobre louca • Continental • 78
1947 - Baliza da escola / Cabelo branco • Continental • 78
1947 - Sacrifício / Seis anos atrás • Continental • 78
1948 - Princesa / Que importa • Continental • 78
1948 - Maria do requebrado / Festa do povo • Continental • 78
1950 - Lolita / Japonesa • Continental • 78
1950 - Dança da nobreza / Pique será • Continental • 78
1950 - Coringa / Eu sou o diabo • Continental • 78
1951 - Duas lágrimas / Voltar eu quero • Continental • 78
1951 - Casamento? Não!... / Enche o copo • Continental • 78
1952 - Índia morena / Máscara de pano • Continental • 78
1952 - Madressilva / Silêncio • Todamérica • 78
1953 - Não te posso querer / João Ninguém • Continental • 78
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB.
Felinho
Felinho (Félix Lins de Albuquerque), regente e flautista, nasceu em Bonito-PE em 14/12/1895, e faleceu em Recife-PE em 09/01/1980. Logo cedo iniciou os estudos de solfejo com João Archelau Lins de Albuquerque, seu tio paterno, que possuía sólidos conhecimentos musicais e exigia do sobrinho, que lesse música em todas as claves.
Teve, assim, um profundo ensinamento musical, tanto que, aos quinze anos de idade, tornou-se regente de bandas de música de várias cidades, como Catende, Ribeirão, Barreiros e sua própria cidade natal.
Com Antônio de Holanda, clarinetista que viveu muitos anos no Rio de Janeiro-RJ, aprendeu clarinete e trombone.
Trocando o interior pela capital, Felinho começou a tocar clarinete em cassinos e cinemas.
A partir da década de 1920, teve inicio suas constantes viagens ao interior do Estado, onde retomou sua função de regente de banda e, ao mesmo tempo, passou a lecionar música aos filhos dos usineiros.
Em 1932, foi trabalhar na PRA 8, Rádio clube de Pernambuco, onde chefiou um regional, o famoso regional do felinho e criou o Quarteto de Saxofones Ladário Teixeira, em homenagem ao saxofonista mineiro.
Paralelamene, integrava a Orquestra de Concertos e inaugurou, como flautista, a Orquestra Sinfônica de Recife-PE.
Em meio a tanta agitação profissional, nunca lhe faltou tempo para as mais belas composições, como os choros Amoroso, Apaixonado, A Vida é um Choro e as valsas Olhos que Mentem, Silêncio e Triste Consolo, dedicada àquela que era sua namorada na época e que, depois, tornou-se sua esposa.
As variações para clarinete, introduzidas por ele no frevo Vassourinhas, tornaram-no conhecido e admirado. Veio a falecer no Recife, no dia 9 de janeiro de 1980, deixando uma vasta obra musical.
Outras obras
Formigão, Formigueiro, Pretensioso, Meu Choro a São João, Contemplando, Venha para o Choro, seu Paiva, Sacrifício por Amor, A Saudade Vive Comigo, Soluços, Suave Tortura, Delírio de Amor, Triste Consolo, valsa, resgatada no LP "Compositores Pernambucanos no 1", da FUNDAJ, em 1987.
Fonte: Enciclopédia Nordeste in "MPB - Compositores Pernambucanos - Coletânea - 1920-1995", Renato Phaelante da Câmara, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 1997.
Teve, assim, um profundo ensinamento musical, tanto que, aos quinze anos de idade, tornou-se regente de bandas de música de várias cidades, como Catende, Ribeirão, Barreiros e sua própria cidade natal.
Com Antônio de Holanda, clarinetista que viveu muitos anos no Rio de Janeiro-RJ, aprendeu clarinete e trombone.
Trocando o interior pela capital, Felinho começou a tocar clarinete em cassinos e cinemas.
A partir da década de 1920, teve inicio suas constantes viagens ao interior do Estado, onde retomou sua função de regente de banda e, ao mesmo tempo, passou a lecionar música aos filhos dos usineiros.
Em 1932, foi trabalhar na PRA 8, Rádio clube de Pernambuco, onde chefiou um regional, o famoso regional do felinho e criou o Quarteto de Saxofones Ladário Teixeira, em homenagem ao saxofonista mineiro.
Paralelamene, integrava a Orquestra de Concertos e inaugurou, como flautista, a Orquestra Sinfônica de Recife-PE.
Em meio a tanta agitação profissional, nunca lhe faltou tempo para as mais belas composições, como os choros Amoroso, Apaixonado, A Vida é um Choro e as valsas Olhos que Mentem, Silêncio e Triste Consolo, dedicada àquela que era sua namorada na época e que, depois, tornou-se sua esposa.
As variações para clarinete, introduzidas por ele no frevo Vassourinhas, tornaram-no conhecido e admirado. Veio a falecer no Recife, no dia 9 de janeiro de 1980, deixando uma vasta obra musical.
Outras obras
Formigão, Formigueiro, Pretensioso, Meu Choro a São João, Contemplando, Venha para o Choro, seu Paiva, Sacrifício por Amor, A Saudade Vive Comigo, Soluços, Suave Tortura, Delírio de Amor, Triste Consolo, valsa, resgatada no LP "Compositores Pernambucanos no 1", da FUNDAJ, em 1987.
Fonte: Enciclopédia Nordeste in "MPB - Compositores Pernambucanos - Coletânea - 1920-1995", Renato Phaelante da Câmara, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massanga, 1997.
Gastão Viana
Gastão Viana - 1933 |
Começou a carreira artística no começo da década de 1930 convivendo com astros como Pixinguinha e Benedito Lacerda. Em 1931, gravou na Columbia com o Grupo Agrião com Espinha os sambas Raiado, com Pixinguinha, e Recordações, de João Castilho e José P. Jesus.
No carnaval de 1932, foi parcerio de Benedito Lacerda na marcha Macaco olha o teu rabo. No mesmo ano, Murilo Caldas gravou o samba Adeus morena, o conjunto Tupi as macumbas Mironga de moça branca, com J. B. de Carvalho, e No terreiro de Alibibi, com Pixinguinha, e Jaime Vogeler, registrou a marcha Vai haver o diabo, com Benedito Lacerda.
No ano seguinte, seu samba Que doce é esse?, com Benedito Lacerda foi gravado na Victor por Patrício Teixeira, e a marcha Crioula só por necessidade, com Benedito Lacerda, foi lançada na Columbia pelos Irmãos Tapajós, além dos sambas Morena meu amor, com Benedito Lacerda, e Tu és bela, gravados por João Petra de Barros na Odeon. Ainda em 1933, teve o samba Cinco partes principais do mundo, e a marcha Loura queridinha, ambas com Benedito Lacerda, gravadas na Odeon pela dupla Castro Barbosa e Jonjoca .
Em 1934, teve o samba Como é belo, com Pereira Filho, gravado na Odeon pela Dupla Preto e Branco. Duas composições feitas em parceria com Pixinguinha foram gravadas na Victor pelo cantor Patrício Teixeira em 1938: o lundu Yaô africano, e o samba-jongo Mulata baiana. No mesmo ano, o Trio de Ouro registrou na Odeon o samba Adeus Estácio!, parceria com Benedito Lacerda.
Em 1941,o lundu-africano Uma festa de Nanan, parceria com Pixinguinha, foi gravado por Patrício Teixeira, e o samba Mulato bonito, com Oduvaldo Lacerda, foi lançado pela cantora Marilu, ambos na Victor. Na mesma gravadora, Moreira da Silva registrou o samba Mendigo de amor, com Oduvaldo Lacerda. Ainda nesse ano, duas parcerias com Benedito Lacerda foram gravadas por Rosina Pagã na Columbia: o samba Tem que me dar, dá logo, e a marcha As aparências enganam, e uma terceira, a batucada Baianinha, foi gravada por Nelson Gonçalves na Victor. Ainda em 1941, Francisco Alves lançou pela Odeon o samba Vivo bem na minha terra, parceria com Jorge Faraj, dentro do espírito de exaltação patriótica comum na época.
Em 1942, fez com Mário Rossi a marcha Flor morena, gravada por Carlos Galhardo; com Aldo Cabral, a batucada Ioiô das mulheres, registrada por Marilu, e com Arlindo Marques Júnior o samba Maluquinha pra dançar, levado à cera na voz de Ciro Monteiro, as três na Victor, além do samba Põe a mão na consciência, com Benedito Lacerda, registrado por Nelson Gonçalves, também na Victor. Nesse ano, teve o samba Vem surgindo a Avenida, com Benedito Lacerda, gravado em dueto por Ciro Monteiro e Nelson Gonçalves, e o samba O sorriso de Paulinho, com Mário Rossi, gravado com sucesso por Isaura Garcia.
Em 1943, o samba Coitadinha da Sicília, com Benedito Lacerda, e a marcha Reco-reco, com Mário Rossi, foram lançadas por Carlos Galhardo, na Victor, e o samba Baiana bonita, com Benedito Lacerda, foi gravado pelo grupo Quatro Ases e um Coringa, na Odeon. No ano seguinte, o choro Mais devagar coração, com Mário Rossi, foi lançado na Odeon por Odete Amaral, e a marcha-rancho Vou partir, também com Mário Rossi, foi gravada por Gilberto Alves na Odeon.
Em 1945, seu samba "Tentação", com Mário Rossi, foi gravado na Victor por Ciro Monteiro. Ainda nesse ano e também na gravadora Victor, Carlos Galhardo gravou o samba Cidade romance, Gilberto Alves a marcha Menina moça, e Ciro Monteiro o samba Quem é que não quer?, as três com Mário Rossi.
Em 1946, o lundu Benguelê, parceria com Pixinguinha, foi lançado pelo grupo vocal Anjos do Inferno, o samba A alma do tutu, com Jorge Faraj e Roberto Roberti foi gravado por Nelson Gonçalves, e o samba Agora sim, com Mário Rossi foi registrado por Isaura Garcia, os três na Victor. Nesse ano, o samba Antes nunca te visse, com Mário Rossi foi lançado por Emilinha Borba na Continental, e o samba Agora sim, com Mário Rossi, foi gravado na RCA Victor por Isaura Garcia.
Em 1947, fez com João da Baiana o samba-jongo "Mana Diodé", gravado por Jorge Veiga na Continental. No ano seguinte, a marcha "Cabelo branco", com Sátiro de Melo, foi lançada por Rubens Peniche na Continental.
Em 1950, o lundu Yaô, seu maior sucesso, parceria com Pixinguinha, foi regravado na RCA Victor por Pixinguinha. Dois anos depois, Blecaute gravou o samba Calvário do amor, parceria com Jorge de Castro.
Em 1952, Jorge Veiga gravou na Continental o samba Nem queira saber, com Rogério Nascimento. Em 1953, o samba Sétimo céu, com Roberto Martins, foi gravado por Carmélia Alves na Continental. Teve duas macumbas gravadas pelo Trio de Ouro em 1954 na RCA Victor: Quem tá de ronda, com Príncipe Pretinho, e Mironga de moça branca, que fez razoável sucesso.
Em 1955, teve o samba Adeus morena, gravado por Pixinguinha no LP Carnaval da velha guarda lançado pela Sinter. Em 1960, o samba O sorriso do Paulinho, com Mário Rossi, foi regravado por Isaura Garcia no LP Saudade querida na Odeon.
Em 1976, no LP Nua & crua ao vivo lançado por Isaura Garcia pela EMI-Odeon, teve novamente regravado o samba O sorriso do Paulinho, com Mário Rossi. Dois anos depois, João de Aguinho regravou Yaô no LP Terreiro grande lançado por ele pela Epic/CBS.
Em 1989, no LP Orquestra Brasília - O maior legado escrito de Pixinguinha, lançado pela Kuarup, com interpretações de Henrique Cazes e Oscar Bolão, foi regravado o samba-jongo Yaô, com Pixinguinha.
Em 1994, seu samba-canção Mais devagar, coração, com Mário Rossi, foi incluído no CD Jornal de ontem - Orlando Silva e Odete Amaral, lançado pela Revivendo com gravações de Orlando Silva e Odete Amaral. Em 1996, suas composições Benguelê e Festa de Nanã, foram gravadas no CD Orquestra Pixinguinha, lançado por Henrique Cazes pela Kuarup.
Em 2002, teve três composições inéditas com Pixinguinha gravadas no CD As inéditas de Pixinguinha, lançado na Sony Music pelo grupo Água de Moringa. Em 2005, Yaô foi regravada no CD Festa no meu coração lançado pelo sambista Dudu Nobre.
Obras
A alma do tutu (c/ Jorge Faraj e Roberto Roberti), Adeus Estácio! (c/ Benedito Lacerda), Adeus morena, Agora sim (c/ Mário Rossi), Antes nunca te visse (c/ Mário Rossi), As aparências enganam (c/ Benedito Lacerda), Baiana bonita (c/ Benedito Lacerda), Baianinha, Benguelê (c/ Pixinguinha), Cabelo branco (c/ Sátiro de Melo), Calvário do amor (c/ Jorge de Castro), Cidade romance (c/ Mário Rossi), Cinco partes principais do mundo (c/ Benedito Lacerda), Coitadinha da Sicília (c/ Benedito Lacerda), Como é belo (c/ Pereira Filho), Crioula só por necessidade (c/ Benedito Lacerda), Festa de Nanã (c/ Pixinguinha), Flor morena (c/ Mário Rossi), Ioiô das mulheres (c/ Aldo Cabral), Kalú (c/ Pixinguinha), Loura queridinha (c/ Benedito Lacerda), Macaco olha o teu rabo (c/ Benedito Lacerda), Mais devagar coração (c/ Mário Rossi), Maluquinha pra dançar (c/ Arlindo Marques Jr), Mana Diodé (c/ João da Bahiana), Maria Conga (c/ Pixinguinha), Mendigo de amor (c/ Oduvaldo Lacerda), Menina moça (c/ Mário Rossi), Mironga de moça branca (c/ J. B. de Carvalho), Morena meu amor (c/ Benedito Lacerda), Mulata baiana (c/ Pixinguinha), Mulato bonito (c/ Oduvaldo Lacerda), Nem queira saber (c/ Rogério Nascimento), No terreiro de Alibibi (c/ Pixinguinha), O sorriso de Paulinho (c/ Mário Rossi), Põe a mão na consciência (c/ Benedito Lacerda), Que doce é esse? (c/ Benedito Lacerda), Quem é que não quer? (c/ Mário Rossi), Quem tá de ronda (c/ Príncipe Pretinho), Raiado (c/ Pixinguinha), Reco-reco (c/ Mário Rossi), Saudade querida, Sétimo céu (c/ Roberto Martins), Tem que me dar, dá logo (c/ Benedito Lacerda), Tentação (c/ Mário Rossi), Tu és bela, Uma festa de Nanan (c/ Pixinguinha), Vai haver o diabo (c/ Benedito Lacerda), Vem surgindo a Avenida (c/ Benedito Lacerda), Vivo bem na minha terra (c/ Jorge Faraj), Vou partir (C/ Mário Rossi), Yaô africano (c/ Pixinguinha).
Fontes: Dicionário Cravo Albin da MPB; Diário Carioca, de 18/02/1933.
quarta-feira, outubro 03, 2012
Guilherme Araujo
Guilherme Araújo, empresário e produtor, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1937, e faleceu em 21 de Março de 2007. Destacou-se no meio artístico após dirigir o show "Recital", de Maria Bethânia, realizado na boite Cangaceiro do Rio de Janeiro, em 1966.
Foi uma figura importante para o lançamento do Tropicalismo, em 1967, atuando como empresário de Caetano Veloso e Gilberto Gil que foram morar com Guilherme em Londres, quando a barra da ditadura peso para os baianos.
Guilherme foi o responsável por mudanças importantes na carreira de outra baiana, Maria da Graça, que adotou o antigo apelido da infância Gal Costa, em Salvador, como nome artístico por sugestão de Araújo. O empresário achava que Maria da Graça era nome de cantora de fados. Ele também mudou o visual de Gal a partir do show/disco Gal Tropical - marco na carreira da cantora que abandonou de vez o visual hippie, passando a se apresentar de maneira mais sofisticada.
Ficou conhecido por atuar na produção, na seleção de repertório e de músicos, nos roteiros dos shows e na própria imagem dos artistas.
Em 2001, o produtor doou a sua casa, em Ipanema, que foi transformada no Centro Cultural Guilherme Araújo.
Guilherme foi internado no Hospital Clínica de Ipanema, no Rio de Janeiro no dia 6 de Março de 2007 devido a uma infecção na perna esquerda que precisou ser amputada. Além disso, o produtor de 70 anos era hipertenso, diabético e cardíaco. Viria a falecer naquela unidade de saúde no dia 21 de Março de 2007, devido a uma infecção generalizada.
O produtor nunca casou nem teve filhos. Sobrevive-lhe a irmã, Marilza Araújo, com quem vivia e um outro irmão que vive fora do Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia.
Foi uma figura importante para o lançamento do Tropicalismo, em 1967, atuando como empresário de Caetano Veloso e Gilberto Gil que foram morar com Guilherme em Londres, quando a barra da ditadura peso para os baianos.
Guilherme foi o responsável por mudanças importantes na carreira de outra baiana, Maria da Graça, que adotou o antigo apelido da infância Gal Costa, em Salvador, como nome artístico por sugestão de Araújo. O empresário achava que Maria da Graça era nome de cantora de fados. Ele também mudou o visual de Gal a partir do show/disco Gal Tropical - marco na carreira da cantora que abandonou de vez o visual hippie, passando a se apresentar de maneira mais sofisticada.
Ficou conhecido por atuar na produção, na seleção de repertório e de músicos, nos roteiros dos shows e na própria imagem dos artistas.
Em 2001, o produtor doou a sua casa, em Ipanema, que foi transformada no Centro Cultural Guilherme Araújo.
Guilherme foi internado no Hospital Clínica de Ipanema, no Rio de Janeiro no dia 6 de Março de 2007 devido a uma infecção na perna esquerda que precisou ser amputada. Além disso, o produtor de 70 anos era hipertenso, diabético e cardíaco. Viria a falecer naquela unidade de saúde no dia 21 de Março de 2007, devido a uma infecção generalizada.
O produtor nunca casou nem teve filhos. Sobrevive-lhe a irmã, Marilza Araújo, com quem vivia e um outro irmão que vive fora do Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia.
Guadalupe da Vila
Guadalupe da Vila, falecido em 2004, tinha o samba na veia, e a veia do samba carioca da gema, genuíno de Vila Isabel, lugar onde nasceu no ano de 1923. Instrumentista, intérprete e cantor, poeta e compositor, foi artista de destaque, consagrado pelo mundo do samba, onde seu nome se misturou com a sempre distinta cultura artística do tradicional bairro carioca.
Cresceu e viveu à Rua Duque de Caxias, pertinho da Praça Barão de Drummond (a Praça Sete), sob a atmosfera da música de Noel, e da inspiração romântica e artística tão abundante naquela época. O samba–canção, o samba de roda, partido alto, e todas as outras nuances do samba carioca não escapavam ao punho, à imaginação, à inspiração ou à arte do Guadalupe.
Compôs sozinho grande número de canções, e também em parceria com alguns renomados autores - dentre eles o Dunga - autor da famosa Conceição, que consagrou Cauby Peixoto. Criou músicas que visitam diversas nuances do samba: de enredo, de quadra, choro, e toadas, guarânias, além dos boleros e baladas românticas tradicionais.
Freqüentou a Rádio Nacional, na sua época de ouro, onde conheceu e conviveu com os consagrados nomes da nossa Música, participando como cantor e violonista de importantes programas musicais, e de maior audiência naquela ocasião.
Os sambas Por amor, Cantar Pra Viver, Sem essa de tristeza, Feito de Fel, Um Mar aberto – são algumas das composições do Guadalupe que atestam o seu talento, interpretadas, atualmente, na voz de Christina Paz (www.christinapaz.com.br), sua sobrinha cantora.
(Biografia gentilmente enviada por Christina Paz)
Fonte: Revivendo Músicas - Biografias
Cresceu e viveu à Rua Duque de Caxias, pertinho da Praça Barão de Drummond (a Praça Sete), sob a atmosfera da música de Noel, e da inspiração romântica e artística tão abundante naquela época. O samba–canção, o samba de roda, partido alto, e todas as outras nuances do samba carioca não escapavam ao punho, à imaginação, à inspiração ou à arte do Guadalupe.
Compôs sozinho grande número de canções, e também em parceria com alguns renomados autores - dentre eles o Dunga - autor da famosa Conceição, que consagrou Cauby Peixoto. Criou músicas que visitam diversas nuances do samba: de enredo, de quadra, choro, e toadas, guarânias, além dos boleros e baladas românticas tradicionais.
Freqüentou a Rádio Nacional, na sua época de ouro, onde conheceu e conviveu com os consagrados nomes da nossa Música, participando como cantor e violonista de importantes programas musicais, e de maior audiência naquela ocasião.
Os sambas Por amor, Cantar Pra Viver, Sem essa de tristeza, Feito de Fel, Um Mar aberto – são algumas das composições do Guadalupe que atestam o seu talento, interpretadas, atualmente, na voz de Christina Paz (www.christinapaz.com.br), sua sobrinha cantora.
(Biografia gentilmente enviada por Christina Paz)
Fonte: Revivendo Músicas - Biografias
Assinar:
Postagens (Atom)