sexta-feira, março 02, 2018

Lírio Panicali - Biografia

Lírio Panicali, regente, arranjador compositor e instrumentista, nasceu em Queluz/SP em 26/6/1906 e faleceu em Niterói/RJ em 29/11/1984. Filho de imigrantes italianos, aos 12 anos transferiu-se para São Paulo SP, ingressando no Liceu Coração de Jesus e depois no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Em 1922, já no Rio de Janeiro/RJ, estudou no I.N.M. e foi maestro e pianista da Companhia Negra de Revista. Nessa cidade, conheceu Lamartine Babo, com quem escreveu o fox Saias curtas. Por razões familiares, precisou voltar à cidade natal, lá tendo desenvolvido intensa atividade musical, organizando bandas e coros.

De volta a São Paulo, começou a trabalhar na Rádio São Paulo, passando, em 1938, para a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, onde participou do programa Canção Antiga, de Almirante. Nesse ano organizou a Orquestra Melódica Lírio Panicali e, desde então, começou a escrever temas para novelas da Rádio Nacional, destacando-se nesse gênero suas valsas Encantamento, Magia (com Raimundo Lopes) e Ternura (com Amaral Gurgel).

Em 1939 estreou no cinema, compondo para o filme Aves sem ninhos, dirigido por Raul Roulien seguindo-se as trilhas sonoras para os filmes: em 1943, Moleque Tião, de José Carlos Burle; em 1947, Este mundo é um pandeiro, de Watson Macedo; em 1953, Dupla do baralho, e em 1954 Nem Sansão nem Dalila, ambos de Carlos Manga.

Foi um dos fundadores da gravadora Sinter (1950), onde permaneceu como diretor do setor artístico e gravou, em 1950, seu primeiro LP, Orquestra melódica de Lírio Panicali. Nessa fábrica, gravou inúmeros sucessos carnavalescos. Idealizou com Paulo Roberto o famoso programa Lira de Xopotó, na Rádio Nacional, sobre bandas do interior, de que resultou o LP do mesmo nome com músicas regionais.

Foi maestro contratado da Rádio M.E.C. e fez arranjos para quase todas as gravadoras do país, tendo-se destacado na Columbia, orquestrando discos de artistas como Cauby Peixoto, Tito Madi e Sérgio Murilo. Fez também arranjos para diversas orquestras, entre as quais a de Zacarias. Com o aparecimento das telenovelas, na década de 1960, foi convidado a escrever algumas trilhas sonoras e, mais tarde, em 1972, resumiu esse seu trabalho no LP Odeon Panicali e as novelas.


Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

Linda Rodrigues - Biografia

Linda Rodrigues (Sofia Gervazone), compositora e intérprete, nasceu provavelmente no estado do Rio de Janeiro em 11 de agosto de 1919, e faleceu em novembro de 1997. Foi uma das cantoras que mais celebraram a dor-de-cotovelo. Gravou pela primeira vez em 1945, pela Continental, os sambas Enxugue as lágrimas (Elpídeo Viana e Correia da Silva) e Abaixo do nível (Osvaldo dos Santos e Odaurico Mota).

Em 1946 gravou a marcha Atchim (J. Piedade e Príncipe Pretinho) e o samba Claudionor (Cândido Moura e Miguel Bauso).

Em 1948 gravou a rumba Jack! Jack! Jack! (Haroldo Barbosa e Armando Castro) e o samba Mais um amor, mais uma desilusão (José Maria de Abreu).

Em 1951 gravou pela Star o samba canção Os dias que lhe dei (Newton Teixeira e Airton Moreira) e o samba Raça negra (Ailce Chaves e Paulo Gesta). Em 1952 gravou o samba Lama (Paulo Marques e Alice Chaves), que veio a ser não apenas seu maior sucesso como um dos sambas-canções mais celebrados no repertório de fossa, e o bolero Nossos caminhos (Aírton Amorim e Nogueira Xavier).

Em 1953 gravou pela Sinter o samba Sombra e água fresca (Geraldo Mendonça e Russo do Pandeiro) e a marcha Bambeio mas não caio (Elvira Pagã, Ailce Chaves e Paulo Marques). Em 1954 gravou o samba Sereno cai (Raul Sampaio e Ricardo Galeno) e a marcha Tá tão bom (Três Amigos).

Em 1955 gravou pela Continental o samba Ninguém me compreende" de Peterpan e o samba-canção Vício de sua autoria e José Braga, com acompanhamento de Guaraná e sua Orquestra, que também se tornou um grande sucesso de sua carreira. No mesmo ano gravou pela Todamérica a marcha Rico é gente bem (Rebelo, Rupp e Ari Monteiro) e o samba Folha de papel (Paulo Marques, Sílvio Barcelos e Ari Monteiro).

Em 1956 gravou os sambas-canções Farrapo humano de sua autoria e Ailce Chaves e Queimei teu retrato (Noel Rosa e Henrique Brito). Em 1957 gravou os sambas Violeta (Mirabeau e Dom Madrir) e Recompensa (Tito Mendes, Nilo Silva e Osvaldo França). No mesmo ano gravou os sambas-canções Pianista, (Irani de Oliveira e Ari Monteiro) e Comentário barato (Jaime Florence e J. Santos).

Em 1958, gravou os sambas Chorar pra que (Aldacir Louro e Silva Jr.) e Quando o sol raiar (Mirabeau, Sebastião Mota e Urgel de Castro). No mesmo ano registrou ainda o samba Sereno no samba (Aldacir Louro e Dora Lopes) e o bolero Nada me falta de sua autoria e Aldacir Louro.

Em 1959 gravou pela RCA Victor o samba Tem areia de sua autoria e José Batista e a marcha Marcha da folia de sua autoria, Aldacir Louro e Silva Jr. Em 1960 gravou os sambas-canções Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos) e Tenho moral de sua autoria e Castelo. No mesmo ano gravou Companheiras da noite samba-canção de sua autoria, Ailce Chaves e William Duba.

Covarde - Fernando Barreto

Covarde (mambo-bolero, 1958) - Getúlio Macedo e Lourival Faissal - Interpretação de Fernando Barreto

Disco 78 rpm / Título da música: Covarde / Macedo, Getúlio (Compositor) / Faissal, Lourival (Compositor) / Barreto, Fernando (Intérprete) / Imprenta [S.l.]: RCA Victor, 1958 / Nº Álbum 801969 / Lado B / Gênero musical: Mambo-bolero.


Introdução: E B7 E B7 
 
    E 
 Covarde 
 Eu sei que sou covarde 
 Por não fazer alarde 
        C#7               F#m 
 Deste amor que sinto por ti 
 Covarde 
 É triste a realidade 
 O medo me invade 
          B7           E  B7 
 Quando chego perto de ti 
    E 
 Covarde 
 Talvez já seja tarde 
 Mas a arma de um covarde 
     C#7  F#m 
 É renunciar 
           A 
 Como o calor que se afasta 
      Am 
 Pro vento passar 
          G#m 
 Igual a sombra que morre 
      C#m 
 Se a luz não brilhar 
       F#m             B7 
 Um covarde assim como eu 
            Bm7  E7 
 Não deve amar 
           A 
 Como o calor que se afasta 
      Am 
 Pro vento passar 
          G#m 
 Igual a sombra que morre 
      C#m 
 Se a luz não brilhar 
       F#m             B7 
 Um covarde assim como eu 
            E 
 Não deve amar. 

Jerônimo - Emilinha Borba

Jerônimo (toada, 1954) - Getúlio Macedo e Lourival Faissal - Interpretação: Emilinha Borba

Disco 78 rpm / Título da música: Jerônimo / Getúlio Macedo (Compositor) / Lourival Faissal (Compositor) / Emilinha Borba (Intérprete) / Gravadora: Continental / Ano: 1955 / Nº Álbum: 17.088-a / Lado B / Gênero musical: Toada.


Tom: G

  G                 D
Quem passar pelo sertão
  D                G
Vai ouvir alguém falar
    E            Am
No herói desta canção
    D               G
Que eu venho aqui cantar
     G               D
Se é pro bem, vai encontrar
    D          G
Um Jerônimo protetor
  E                   Am
Se é pro mal, vai enfrentar
    D           G
O Jerônimo lutador

 G                D
Filho de Maria-Homem nasceu
                      G
Serro Bravo foi seu berço natal
                D
Entre tiros e tocaias cresceu
 C              G
Hoje luta pelo bem, contra o mal
 G                  D
Galopando está em todo lugar
                 G
Pelos pobres a lutar sem temer
             D
Com Moleque Saci pra ajudar
     C               G
Ele faz qualquer valente treme

Aliança - Albertinho Fortuna


Aliança (bolero-mambo, 1960) - Getúlio Macedo - Intérprete: Albertinho Fortuna

LP Albertinho Fortuna - Teu Nome É Amor / Título da música: Aliança / Getúlio Macedo (Compositor) / Albertinho Fortuna (Intérprete) / Gravadora: Continental / Ano: 1961 / Nº Álbum: LPP 3189 / Lado A / Faixa 1 / Gênero musical: Bolero-mambo.



A aliança,
Que tú devolveste
Trazendo um bilhete
Dando fim ao nosso amor
Aliança
Pois faltava um dia
O casamento sería
Nosso sonho de amor.

A aliança
Porque recusaste
Se num gesto jogaste
Meu orgulho no chão.
Nada representava
Nosso namoro e o noivado
Porque mais tarde deixavas
Tua aliança de lado
Entrego à Deus pra te julgar
Se mereces castigo
Peço a Deus pra te perdoar.