quarta-feira, abril 12, 2006

The Jordans


The Jordans. Um dos maiores grupos de rock instrumental do início da década de 1960, na linha dos ingleses Shadows e dos norte-americanos Ventures. 0 que distinguia os Jordans de outros grupos brasileiros na mesma linha, como Os Incríveis e The Jet Black's, era o uso de instrumentos pouco comuns no pop-rock instrumental, como vibrafone, bandolim e três guitarras elétricas.


O grupo se formou em São Paulo SP, no bairro da Mooca, em janeiro de 1956, com Aladdin (Romeu Mantovani Sobrinho, São Paulo 1941-), guitarra-solo; Sinval (Olímpio Sinval Drago, Jaú SP 1942-), guitarra-base; Tony (José de Andrade, São Paulo 1944.-), contrabaixo; Foguinho (Valdemar Botelho Júnior), bateria; e Irupê (Irupê Teixeira Rodrigues), saxofone e trompete.

Tiraram seu nome do grupo vocal The Jordanaires, que participava das gravações de Elvis Presley. Apareceram na televisão pela primeira vez em 1958, num programa comandado por Tony e Celly Campello, na Record. A primeira gravação do grupo foi um 78 rpm pela Espaciall Mocambo, o instrumental Boudah (G. Dovan e B. Drean), no início de 1961. O grupo lançou Manito (tocando bateria enquanto Foguinho servia o exército) e Mingo, que depois formaram o conjunto The Clevers. Mais tarde, o trompetista Neno, também do The Clevers, passou a fazer parte do grupo.

Contratado pela Copacabana em 1961, o conjunto gravou vários 78 rpm, LPs e compactos. Seus sucessos incluem: Blue star (Victor Young), em 1964, e Tema de Lara (Maurìce Jarre), em 1966. Aladdin saiu em fins de 1968 e o grupo se dissolveu pouco tempo depois. Irupê transferiu-se para o grupo de samba Raça Negra, como saxofonista e arranjador.

Em 1995, com Aladdin, Sinval, Tony, Foguinho e, eventualmente, Manito, o conjunto gravou um disco de reunião, Bons tempos. Ainda ativo na segunda metade da década de 1990, foi citado em revistas francesas e inglesas como um dos remanescentes latino-americanos do pop instrumental dos anos de 1960.

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Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha, SP, 1998.

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