domingo, setembro 19, 2010

A espingarda (Pa-pa-pá)

Jararaca - 1961

José Luís Rodrigues Calazans, o Jararaca (Maceió AL 1896-Rio de Janeiro RJ 1977) começou a tocar no conjunto Turunas Pernambucanos (ou Turunas da Mauriceia) onde todos os integrantes adotaram apelidos de bichos.

Em 1921 os Turunas exibiram-se por 15 dias no Cine-Teatro Moderno, com o conjunto Oito Batutas, que visitava Recife. Foi o estímulo decisivo para o grupo, convidado então para os festejos do centenário da Independência, no Rio de Janeiro, em 1922, fazendo grande sucesso com suas emboladas, cocos, baiões, e com seus trajes típicos: alpercatas e chapéu de couro.

O vespertino A Noite deu-lhe ampla cobertura, chefiada pessoalmente por seu proprietário, Irineu Marinho. O conjunto foi convidado a gravar dois discos na Odeon, obtendo grande êxito com Espingarda-pá-pá-pá-pá - arranjo de Jararaca sobre tema folclórico.

A espingarda (Pa-pa-pa-pá) (embolada, 1922) - José Luís Calazans

Interpretação do cantor Bahiano com os Turunas da Mauriceia em disco Odeon lançado em 1922:

Disco selo: Odeon R / Título da música: A espingarda / José Luís Rodrigues Calazans "Jararaca" (Compositor) / Bahiano (Intérprete) / Turunas Pernambucanos (Acomp.) / Nº do Álbum: 122102 / Nº da Matriz: 122102-A-III / Lançamento 1922 / Gênero musical: Embolada alagoana / Coleção: IMS



Interpretação de Jararaca em disco Odeon, lançado em maio de 1929:

Disco 78 rpm / Título da música: Espingarda Pau-pau / José Luís Rodrigues Calazans "Jararaca" (Compositor) / Jararaca (Intérprete) / Seu Grupo (Acomp.) / Gravadora: Odeon / Nº do Álbum: 10383-b / Nº da Matriz: 2394 / Lançamento: Maio/1929 / Gênero musical: Embolada / Coleção: Nirez



Espingarda / Pa, pa, pa, pa
Faca de ponta / Ta, ta, ta, ta,
Espingarda / Pa, pa, pa, pa
Faca de ponta / Ta, ta, ta, ta,

Jacarecica, Ponta Verde e Morro Grosso,
Levada, cambona e Poço
Bebedoro, Jaraguá - ôi.
Coquero Seco d'outro lado da Lagoa
Se atravessa na canoa
Camarão é no Pilá - ôi.

Minha espingarda
Tem a boca envenenada
De matá onça pintada
Caititú, tamanduá - ôi.
Eu dei um tiro
Na cabeça da guariba
Que a bala passo pra riba
Matou dois Maracajá ...

Espingarda ...

Faca de ponta
Espingarda e carabina
Minha faca já tá fina
Só de tanto eu amolá;
Minha espingarda
Quando tá azuretada
Vai sozinha prá caçada
Da mata do Calumbi - ôi.

Pegue pra qui
E arrepare o companhero
Vou lhe dá um granadero
Sem coronha, sem fuzi,
Dou-lhe mais uma espingarda
E lhe puxo pra caçada
Da mata do Calumbi - ôi.

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