Arthur Napoleão (Arthur Napoleão dos Santos), pianista, professor e compositor, nasceu na cidade do Porto, Portugal, em 6/3/1843, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/5/1925. Aos sete anos, deu seu primeiro concerto de piano, que obteve alguma repercussão no meio musical europeu.
Apresentou-se então em várias capitais do continente, tocando para a rainha Vitória, da Inglaterra, o rei da Prússia e Napoleão III, da França. Foi aplaudido por importantes compositores da época. Acompanhou ao piano dois famosos violinistas, Henri Vieuxtemps (1820—1881) e Henryk Wieniawsky (1835—1880).
Veio ao Brasil pela primeira vez em agosto de 1857, apresentando-se em quatro concertos no Teatro Lírico Fluminense, no Rio de Janeiro. Compôs nessa ocasião uma polca-mazurca para piano intitulada Uma primeira impressão do Brasil.
Em janeiro do ano seguinte tocou no Teatro São Pedro de Alcântara, e a 10 de fevereiro realizou uma festa de despedida no Teatro Lírico Fluminense. Cinco anos depois iniciou uma tournée pela Europa e Américas.
Em 1866 transferiu-se definitivamente para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Três anos depois fundou uma loja de instrumentos musicais, e no mesmo ano, em sociedade com Narciso José Pinto Braga, a loja Narciso & A. Napoleão, editora que durante um século levou seu nome e que teve papel de destaque no estímulo à produção musical brasileira. Foi professor de piano, tendo entre seus alunos Chiquinha Gonzaga e João Nunes.
Escreveu estudos de técnicas pianísticas baseados nos exercícios de Johann Baptist Cramer (1771—1858), oficialmente adotados pelo Conservatório de Música, do Rio de Janeiro, editados pela Casa Schott, de Milão, Itália.
Dedicou-se também à composição, e em 1883 fundou, com o violinista cubano José White (1836-1918), a Sociedade de Concertos Clássicos, onde se apresentou diversas vezes como pianista.
Obras
Música orquestral: Camões, p/orquestra e banda, s.d.; L’Africaine, p/piano e orquestra, s.d.; Hino do Acre, s.d.; Hino do Espírito Santo, s.d.
Música instrumental: A brasileira, p/piano, s.d.; A caprichosa, p/piano, s.d.; Elvira, p/piano, s.d.; A fluminense, p/piano, s.d.; Uma primeira impressão do Brasil, p/piano, s.d.; Soirée de Rio (1. Chant d’adieu, 2. Une fleur, 3. Gavotte impériale, 4. Nocturne dramatique, 5. Tarantelle, 6. Le Rêve, 7. Heroíde, 8. Berceuse, 9. La Fougère), p/piano, s.d.; Soirées intimes (1. Ma pensée, 2. Pressentiment, 3. Tarantelle, 4. Confidence, 5. Rêverie, 6. Menuet, 7. Aveu, 8. Marche de nuit, 9. Tendresse, 10. Mazurka, 11. Barcarolie, 12. Légende), p/piano, s.d.; Souvenir de Naples, p/piano, s.d.; Teus olhos, p/piano, s.d.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.
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