Cristina Buarque |
Em 1952, sua família mudou-se para a Roma, na Itália, onde seu pai foi lecionar, retornando depois ao Brasil. Por volta de 1965, formou um quarteto vocal, com duas irmãs (Ana Maria e Maria do Carmo) e uma amiga (Helena), que se apresentava em shows em colégios paulistanos e em alguns programas esporádicos na televisão, acompanhando às vezes o irmão Chico.
Sua primeira gravação foi em 1967, no LP Paulo Vanzolini - Onze sambas e uma capoeira, selo Marcus Pereira, no qual cantou Chorava no meio da rua (Paulo Vanzolini).
Em 1968, seu irmão, Chico Buarque, chamou-a para dividir com ele a faixa Sem fantasia (Chico Buarque), do LP Chico Buarque Volume 3. Essa gravação alcançou relativa popularidade.
Na início década de 1970, apresentou-se no Bar Violeiro, na barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, junto com João do Vale e Miúcha. Em 1974, lançou seu primeiro LP Cristina no qual interpretou Quantas lágrimas, (Manacéia), o seu grande sucessos, a música a tornou mais conhecida do grande público. Já nesta época começou a de resgatar a obra de antigos sambistas e membros das escolas de samba, como Candeia.
No ano de 1976, lançou o seu segundo LP, Prato e faca. Em 1977, participou do disco Tiro de misericórdia, de João Bosco, faixa Vaso ruim não quebra (João Bosco e Aldir Blanc) e do LP Pelas ruas, de Carlinhos Vergueiro, na faixa Teimosia (Carlinhos Vergueiro). Em 1978 gravou pela Continental o LP Arrebém, com participações das irmãs Miúcha e Piii na faixa Você só... mente (Noel Rosa e Hélio Rosa), e da Velha-Guarda da Portela na música Muito embora abandonado (Mijinha e Francisco Santana). Em 1979 participou do LP Clementina e convidados, da cantora Clementina de Jesus, lançado pela EMI/Odeon, dividindo com ela a faixa Tantas você fez (Candeia).
Em 1980, gravou pela Ariola o LP Vejo amanhecer, que teve a participação do conjunto Época de Ouro na faixa Cantar, de Godofredo Guedes, pai do cantor e compositor Beto Guedes, além da música-título de Noel Rosa. Em 1981 lançou o LP Cristina, com Vida de rainha (Alvaiade e Monarco), e participação de Clementina de Jesus em Quando a polícia chegar (João da Baiana). Ainda neste ano, participou do disco em homenagem a Geraldo Pereira, gravando a música Pode ser? (Geraldo Pereira e Marino Pinto).
Em 1985, participou do disco As flores em vida - Nélson Cavaquinho, cantando Aquele bilhetinho (Nélson Cavaquinho, Augusto Garcez e Wilson Canegal). Neste mesmo ano lançou, em parceria com Mauro Duarte, o LP Cristina e Mauro Duarte, pelo selo Coomusa (Cooperativa Mista dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro), onde regravou Quantas lágrimas.
No ano de 1987, gravou um compacto duplo com Mauro Duarte, no qual os dois cantam Resgate (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro), e Deixa eu viver na orgia (Cristina e Mauro Duarte). Em 1988 participou do LP Candeia, lançado pela Funarte, interpretando a faixa Morro do sossego (Candeia e Artur Poerner). Em 1989 participou do disco Homenagem a Paulo da Portela, outra vez em dueto com Mauro Duarte, cantando Quem espera sempre alcança.
No ano de 1990 lançou no mercado japonês o CD Resgate, lançado na Brasil novembro de 1994. Em 1995 lançou, com Henrique Cazes, o CD Sem tostão... A crise não é boato - canções de Noel Rosa. Em 1998, gravou no disco Eterna chama/ Candeia, duas parcerias inéditas de Marquinhos de Oswaldo Cruz e Candeia, Luz de verão e Vem pra Portela, registradas por Cristina em fita K7 na casa de Candeia na década de 1970, posteriormente letradas por Marquinhos de Oswaldo Cruz. Neste mesmo ano de 1998, participou do CD Chico Buarque de Mangueira, no qual cantou em várias faixas.
Em janeiro do ano 2000, participou ao lado de Monarco do show O poeta da morte. Neste mesmo ano lançou o CD Ganha-se pouco, mas é divertido, com composições de Wilson Batista. Em 2001 gravou, com Henrique Cazes, o CD Sem tostão 2... A crise continua. Ainda em 2002 participou da caixa de quatro discos Acerto de contas de Paulo Vanzolini, lançada pela gravadora Biscoito Fino, na qual Falta de mim, noite longa (Paulo Vanzolini e Toquinho), Mente e Morte é paz (ambas de Paulo Vanzolini).
Em 2007 Cristina lança o CD Cristina Buarque e Terreiro Grande Ao Vivo, em parceria com o Grupo Terreiro Grande, cantando sambas tradicionais como vem fazendo desde o início de sua carreira. Logo no primeiro semestre do anos seguinte lança em parceria com o grupo Samba de Fato pela gravadora Deckdisc o CD duplo O Samba Informal de Mauro Duarte, no qual resgata grande parte da obra do sambista, sendo que 18 das músicas registradas são inéditas.
Fontes: Cantoras do Brasil; Dicionário Cravo Albin da MPB.
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